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Estudo Dirigido 2
1. Ao tratar dos salários do trabalho em seu A Riqueza das Nações, Smith argumenta nos seguintes termos a respeito dos altos salários: “a recompensa liberal do trabalho, que é o efeito do crescimento da riqueza, torna-se, então, também a causa do crescimento populacional. Queixar-se da liberalidade dessa recompensa é o mesmo que lamentar, a um só tempo, o efeito e a causa necessários da máxima prosperidade pública” (WN, livro I, cap.8). Detalhe a explicação de Smith, considerando ao menos os seguintes aspectos: a) como são determinados os salários; b) qual a sua relação com o crescimento econômico (o “estado progressivo da sociedade”); e c) como esse processo se relaciona à divisão do trabalho.
 
 Adam Smith em sua célebre obra “A Riqueza das Nações” pode ser considerado como um criador de um ponto de inflexão das ciências econômicas, mas Smith era um filósofo e a Economia se trata apenas de um elemento em sua obra. Dois pontos chave para entender a forma como Smith pensa são o conceito da mão invisível e os limites da intervenção no estado na economia.
 Em sua obra, Adam Smith conceitua a chamada Teoria do Valor, que permitiu explicar todo o sistema de trocas que é característico do sistema econômico e se aproximar da teoria da distribuição do rendimento que veremos a posteriori. A teoria do valor trabalho pode ser resumida a grosso modo como o reconhecimento em todas as sociedades de que o processo de produção pode ser reduzido a uma série de esforços humanos, de modo que fizesse com que Smith abordasse que para qualquer mercadoria ter valor, precisaria de um pré-requisito ser fruto do trabalho humano, de modo que o valor do produto seja a soma de 3 componentes básicas: os salários, os lucros e os aluguéis. Segundo Smith, o preço de mercado seria o verdadeiro preço da mercadoria, sendo esse determinado pelas forças de oferta e procura, enquanto preço natural era o preço à qual a receita da venda fosse apenas suficiente para dar lucro, era o preço de equilíbrio determinado pelos custos de produção. 
 Uma parte importante de sua obra, principalmente no que diz respeito aos trabalhadores, é o salário, sendo este designado como sendo um valor que assegura a manutenção e a reprodução dos trabalhadores produtivos. Na visão Smithiana, a produtividade depende do chamado Trabalho Abstracto, que consiste no dispêndio da energia física e psíquica preciso no processo de produção, daquilo que é comum a todos os tipos de trabalho, independente da sua forma concreta ou do setor de atividade produtiva a qual se exerce. O SALÁRIO dos trabalhadores consiste em uma das duas partes do valor que os trabalhadores acrescentam às matérias primas, sendo a outra parte o lucro do patrão, relativos ao volume de matérias primas e os salários por ele adiantados, sendo que o mesmo arriscou seu capital nesse processo produtivo. No que diz respeito ao salário, Smith diz que o mesmo deve ser ao menos suficiente para que o homem possa viver de seu trabalho, sendo seu trabalho suficiente ao menos para a sua subsistência e de sua família, caso contrário não seria possível o trabalhador sustentar sua família e não poderia se reproduzir dignamente, ao passo que os mesmos não iriam mais do que a primeira geração de trabalhadores. Smith admitia a possibilidade de haver circunstâncias que, ao proporcionarem vantagens aos trabalhadores, possibilitando vantagens aos trabalhadores acima da taxa normal, sendo estas circunstâncias caracterizadas por uma demanda crescente de mão de obra que decorrente do aumento da renda e do capital de um país, ou seja, ele diz que o incremento de salários depende do aumento da riqueza nacional e não do estado atual da economia, de forma que a riqueza seja um fluxo e não apenas um estoque de pedras tal qual pregava o mercantilismo.
 Smith utiliza artifícios comparativos, como comparar os EUA com a Inglaterra, concluindo que os salários são mais elevados nos EUA, portanto, a população tem um potencial de crescimento maior no mesmo e, consequentemente, a economia cresce de forma mais exponencial, comparando no caso o fato do preço dos alimentos serem muito menores nos EUA que na Inglaterra, o que faz com que o salário real seja maior pois compra mais mercadorias, o que tornava os EUA na época uma nação mais progressista e que tenderia à um progresso econômico mais satisfatório (embora naquele momento, ainda fosse menos rica que a Inglaterra). O salário da população se relaciona com o crescimento econômico da forma explicitada no parágrafo, ou seja, quando o salário real da população é grande, proporciona os seres viventes naquele território uma possibilidade mais digna de se reproduzir, e no caso dos trabalhadores, multiplica o número de trabalhadores, portanto, enquanto maior o salário real da população, melhor o ser humano viverá e, consequentemente, tornará possível um maior desenvolvimento econômico no futuro devido à uma crescente população, e devido a isso EUA era mais progressista que a Inglaterra no período, algo que acabou por se concretizar verdade no decorrer dos anos, mas não se pode esquecer da importância dada ao excedente por Smith, que consiste em dizer que o mesmo é essencial para garantir e aumentar a produtividade do trabalho, pois tende a angariar investimentos produtivos, desenvolvimentos de novos métodos, enfim, formas de se aumentar a produtividade nacional e, consequentemente, a renda dos trabalhadores, que por ventura irão ter mais filhos e aumentar ainda mais a produção do país, como um ciclo de riqueza, ou como o mesmo disse, a Riqueza das Nações. Inclusive, é justamente isso que Smith chama de Estado progressivo da Sociedade, o fato da maior produtividade “andar de mãos dadas” com a justiça social, um circulo virtuoso onde o bolo cresce e é dividido ao mesmo tempo, tornando possível a “multiplicação dos trabalhadores” e, consequentemente, mais riqueza no longo prazo. 
 A divisão do trabalho para Adam Smith consiste em um “maior acréscimo aos poderes produtivos do trabalho”, sendo a divisão do trabalho altamente relacionada à produtividade do trabalho, de modo que um trabalhador altamente especializado, ao se ligar com diversos outros trabalhadores consegue produzir uma quantidade muito maior de produtos que um trabalhador autônomo somente, de modo que “quanto mais comércio e divisão do trabalho, maior a riqueza do povo, de modo que o aumento da produtividade dos fatores de produção decorrente de trocas livres baseadas na divisão do trabalho seria o caminho do qual as nações iriam se tornar ricas. Como ele bem percebeu, quando você está numa ilha deserta sozinho, você precisa depreender tempo para coisas boas como conseguir abrigo e fogo. Supondo que você ache mais uma família na mesma ilha, as tarefas já podem ser divididas e especializadas, de modo que cada família faça o que sabe de melhor e aperfeiçoe suas técnicas, facilitando para todos e, consequentemente gerando mais bem estar, isso portanto é o mercado e a divisão do trabalho para Smith (de forma bem simples e sintética, obviamente).
 
2. No livro II de A Riqueza das Nações, Smith trata da acumulação de capital. Seguindo a argumentação do autor, explique com detalhes quais são para ele as diferentes partes segundo as quais o capital se divide e qual sua função na dinâmica econômica.
 No livro a riqueza das nações, Smith dialoga sobre o trabalho produtivo, sendo designado por ele como aquele trabalho que designa Valor ou que eleva o valor daquilo que lhe é aplicado, acrescentando ao valor das matérias primas a que se aplica o valor da sua própria manutenção e o lucro do patrão. Isso designa fortemente uma sociedade pautada na “apropriação de terra” e na “acumulação de capital”, de modo que uma sociedade com determinada estrutura social, com a presença de uma classe de indivíduos que dispõe de riqueza acumulada em suas mãos e de uma classe de indivíduos que precisam vender a sua força de trabalho para garantir seu sustento e de seus próximos.
 Numa sociedadecom essas características, logo começa a existir uma maior riqueza acumulada na mão de determinadas pessoas, algumas destas pessoas irão oferecer empregos para os demais que precisam trabalhar, é o que chamamos de empreendedorismo atualmente, pagando-o um salário e garantindo a subsistência deste indivíduo, além das matérias primas necessárias a seu trabalho, com o objetivo de ganhar um lucro ao final do processo com a venda de seu trabalho ou com aquilo que tal trabalho acrescenta de valor à determinada matéria prima. Ao trocar o produto acabado por dinheiro, por trabalho ou por outros produtos em quantidades maiores que o necessário para pagar o preço das matérias primas e o trabalho dos trabalhadores, parte dessa venda precisa ser incorporado ao capital do empresário, que arriscou seu capital nesse processo produtivo, empreendeu gerando empregos e bem estar para determinadas pessoas. Portanto, o valor auferido pelos trabalhadores no ato de trabalhar estará presente em seu salário e nos lucros do seu patrão. Isso ocorre de modo que a Acumulação de Capital, aliada a divisão do trabalho, distingue o período pré-capitalista do período posterior ao capitalismo. Em sociedades primitivas, sem divisão do trabalho, não é necessária acumulação de capital, mas nestas cidades segundo Smith não podem haver crescimento econômico.
 A partir dessa análise, somos remetidos a chamada Teoria da Distribuição de Rendimentos, que consiste em mapear como é distribuído o capital após o processo produtivo, de modo a chegar uma parte a todos os envolvidos no fazer econômico. O Trabalho produtivo, portanto, vai ser dividido entre: Salário, Lucros e Rendas (ou juros como termo mais atual). A função do salário é assegurar a reprodução e a manutenção dos trabalhadores produtivos, como foi mostrado na questão anterior, Smith acreditava que quanto maior a renda real da população, mais as pessoas se reproduzem e possuem condições de criar seus filhos, o que leva à um aumento da massa de trabalhadores e consequentemente aumenta a riqueza nacional. A parte da renda é o que os fisiocratas chamaram de produto líquido, ou a renda dos donos das terras e proprietários, tudo proveniente do aluguel dos espaços produtivos aos empreendedores, recebendo um valor pré-estipulado todos os meses. A última subdivisão do capital se trata do lucro dos proprietários das empresas (que mais tarde vêm a ser chamado de mais-valia por Marx). Também nesse arcabouço teórico, quanto maior for a população de uma região, levando-se em conta que já está instalada a divisão do trabalho, maior será a especialização de cada indivíduo em sociedade, o que indica que cada vez mais um indivíduo produz não mais um produto inteiro, mas pequenas partes do mesmo, o que faz com que os indivíduos todos precisem de trocas para que se adquira os bens necessários à sua sobrevivência. Além disso, os indivíduos precisam ter um poder de troca em equilíbrio com a quantidade de riqueza ou valor produzido, e que seja muito aceito entre a população. Ainda cabe ressaltar que tal poder de troca é convertido em moeda, o que facilita o poder de compra entre os agentes, já que trocar moedas por produtos é mais fácil que trocar produtos por outros produtos.
 Por último devemos abordar o capital de um país, onde o mesmo deve ser subdividido em 3, sendo a soma dos mesmos o capital geral de uma nação, consiste na soma do capital de todos os três tipos de membros da sociedade. A primeira parte é a exclusiva para consumo imediato da sociedade, sendo uma de suas características não gerar lucro nem renda. Consiste no capital em alimentos, roupas, mobílias domésticas etc. que foram comprados pelos seus consumidores, mas ainda não estão totalmente consumidos. Inclui-se aqui também o capital para compra de moradias, já que uma vez comprado, o dono da casa não recebe renda nem lucro proveniente da mesma, ainda que tenha muita utilidade com isso. Caso se alugue determinada residência, o dono recebe o aluguel todos os meses, auferindo renda para o mesmo. Embora, portanto, uma casa possa proporcionar renda a seu proprietário, e, consequentemente, tenha para ele a função de capital, não gera renda alguma para o público, nem pode ter a função de capital para este, sendo que uma casa jamais poderá aumentar, no mínimo que seja, a renda da sociedade como tal.
 Em segundo lugar, ressaltar o capital fixo de um indivíduo, como máquinas e equipamentos comprados para trabalho, compondo o capital fixo de um indivíduo e de uma sociedade, não fazendo parte nem da renda bruta ou liquida dos mesmos, de modo que a grande engrenagem da circulação é diferente dos bens que essa roda faz circular é diferente dos bens que essa roda faz circular, de forma que a renda da sociedade consista nesses bens e não na engrenagem que as fazem circular. Partindo dessa lógica proposta, embora à renda das pessoas seja paga em diversas moedas ao longo do mundo (e do tempo), a renda real dessa pessoa consiste não no dinheiro com fim em si mesmo, mas quanto esse dinheiro pode comprar de mercadorias, de modo que a quantidade de dinheiro em si seja o menos importante, valendo-se mais o princípio de quanto se compra, o que faz com que o volume de dinheiro que as pessoas tenham ou poder de compra se multiplique, portanto jamais haverá em sociedade uma igualdade entre a quantidade de dinheiro em circulação e a renda da população, sendo a segunda muito maior, já que quando hoje você compra um picolé, amanha a pessoa que te vendeu o picolé compra um arroz para casa e assim o dinheiro vai trocando de mão, levando consigo seu poder de compra, o que gera um fluxo econômico.
 Em terceiro, e último, lugar vem às máquinas e instrumentos de trabalho no qual fazem parte do capital fixo, contando também com a economia das despesas com a manutenção e implantação das máquinas, levando-se em conta que não são reduzidas as forças de trabalho, constituindo uma melhoria da renda líquida da sociedade.

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