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QUESTIONÁRIOS – GRUPO F OS MERCADOS DOS FATORES DE PRODUÇÃO 1) Explique como a função de produção de uma empresa está relacionada com o produto marginal do trabalho, como o produto marginal do trabalho de uma empresa está relacionado com o valor de seu produto marginal e como o valor do produto marginal de uma empresa está relacionado com sua demanda por mão de obra. Em primeira análise, faz-se necessário distinguir os termos para compreender-se as relações que levam as empresas determinarem a quantidade de mão de obra a ser contratada para a maximização dos lucros. A função de produção de uma empresa, também representada por Q=f(insumos), é a relação entre a quantidade de insumos e a quantidade produzida de um bem em que o insumo relevante é a mão de obra (MDO) e revela a capacidade de produção dela. Essa função convexa também indica que a produção se eleva em taxas decrescentes, pois ao se adicionar MDO, o total produzido aumenta cada vez menos até em um patamar que chega-se à horizontalidade. Para ela decidir o quanto de MDO será empregado, considera-se o produto marginal (Pmg) do trabalho, o qual pode ser definido como sendo a elevação da quantidade produzida do bem final resultante do uso de uma unidade adicional da mão de obra. Esse conceito auxilia na explicação de porquê essa função de produção tende a linearidade, pois com o aumento dos trabalhadores o produto marginal diminui (produto marginal decrescente), contribuindo cada vez menos com a produção. Ao decidir quantos funcionários irão trabalhar, ela leva em conta o valor do produto marginal (VPMg), que diz respeito a quanto o trabalhador adicional contribui para a produção total, podendo ser definido como o produto marginal de um insumo em multiplicação com o preço do produto ou também pode ser chamado de receita marginal. Assim, a curva demanda por trabalho é derivada desse valor do produto marginal, o qual é equivalente ao salário em um mercado competitivo. Essa curva é decrescente, sendo igual a curva de VPmgT, pelo fato do produto marginal também ser. 2) Dê dois exemplos de eventos que podem deslocar a demanda por mão de obra. Explique. A demanda por mão de obra pode se deslocar com a mudança do preço do produto final, pois quando o preço do produto sobe, por exemplo, eleva-se a demanda por MDO, o que possibilita a contratação de mais empregados. Ela é deslocada também quando há uma queda no preço do produto, fazendo o efeito contrário, diminuindo o preço do produto marginal e reduzindo a contratação dos empregados. A mudança tecnológica também pode ser considerada, pois com o avanço da tecnologia, cada vez mais um trabalhador pode produzir, trazendo um aumento da produtividade marginal do trabalho. 3) Dê dois exemplos de eventos que podem deslocar a oferta de mão de obra. Explique. Destacam-se como exemplos de eventos que podem deslocar a oferta de mão de obra: a mudança das preferências e o aumento da natalidade. No primeiro caso, as pessoas podem mudar a valoração, ou como consideram o tradeoff entre lazer e trabalho, reduzindo a oferta de mão de obra caso valorem o tempo que gastam com lazer acima do tempo que gastam com trabalho. De modo contrário, elas também podem valorar o tempo que gastam com trabalho acima do tempo que gastam com lazer, tais preferências podem mudar repentinamente e de acordo com diversas características da realidade. No segundo caso, o aumento da natalidade pode modificar a oferta de mão de obra pois gera maior quantidade de possíveis trabalhadores, desse modo, elevando a quantidade de mão de obra ofertada. 4) Explique como o salário pode se ajustar para equilibrar a oferta e a demanda por mão de obra ao mesmo tempo que se iguala ao valor do produto marginal do trabalho. A relação entre oferta e a demanda determinam o salário, bem como, este recebe o nome de custo marginal, uma vez que varia de acordo com a produção. Os custos totais são crescentes e o custo da margem é fixo, esse último é a diferença entre a receita total e o custo total, ou seja, é quanto o lucro varia para cada unidade adicional produzida. O QUESTIONÁRIOS – GRUPO F valor do produto marginal do trabalho é equivalente à receita na margem e o salário equivale ao custo da margem. Logo, o lucro marginal do trabalho é os salários de cada trabalhador. Desse modo, uma empresa irá contratar trabalhadores enquanto ela estiver om o lucro marginal positivo ou até o ponto 0 (que é o valor do salário que um trabalhador recebe), isso significa que a empresa contrata trabalhadores enquanto estes adicionam mais valor a produção do que o seu próprio custo, bem como, a curva de demanda por trabalhadores segue a regra do valor do produto marginal e o que cada trabalhador agrega a produção, sendo decrescente, visto que trabalhadores adicionais acrescentam menos ao produto final. Portanto, qualquer evento que altere a oferta ou a demanda por mão de obra também altera o salário de equilíbrio e o valor do produto marginal no mesmo sentido porque eles devem sempre se igualar para que uma empresa não tenha prejuízos. 5) Se a população dos Estados Unidos aumentasse subitamente por causa de uma grande imigração, o que aconteceria com os salários? E com os ganhos dos proprietários de terra e de capital? Caso a população dos Estados Unidos aumentasse, por causa da imigração, a oferta da mão de obra se desloca, ou seja, ela aumenta. Nesse viés, se a mão de obra aumenta, os salários também aumentam para manter o equilíbrio da oferta, por exemplo. Além disso, os proprietários de terra, terão que desembolsar mais capital, para comprar equipamentos para o serviço e a demanda de terra e capital é a mesma da mão de obra. Desse modo, quando a empresa está decidindo quanto terá de capital, estão decidindo também a quantidade de empregos que serão gerados. 6) Demonstre o efeito de cada um dos seguintes eventos sobre o mercado de trabalho no setor de produção de computadores. a) O Congresso norte‐americano compra computadores pessoais para todos os estudantes universitários dos Estados Unidos. O ato da compra de computadores pelo congresso norte-americano, levando em conta o capital como fator de produção, faz com que o valor do bem aumente, visto que gera aumento da demanda de computadores pessoais. Desse modo, com o preço elevado dos computadores, o valor marginal do produto, de mesmo modo aumenta, fato que proporciona aumento da quantidade de trabalhadores contratados, também aumentando, por vezes, o salário. b) Mais estudantes universitários formam‐se em engenharia e ciência da computação. Com mais estudantes universitários formados em engenharia e ciência da computação o mercado de trabalho no setor de produção de computadores pode tornar-se saturado, uma vez que a quantidade de diplomas não equivale com a quantidade de ofertas e demandas de trabalhos expostas pelas empresas. Outro evento que pode acontecer é a presença de uma maior seleção e sinalização, os empregadores podem exigir por uma mão de obra melhor e mais qualificada, usando a realização acadêmica como uma maneira de diferenciar os trabalhadores, ou seja, o capital humano será um grande influenciador, visto que as empresas estão dispostas a pagar mais aos trabalhadores com um nível de instrução mais alto. Logo, apenas quem tiver uma melhor qualificação, talento e até sorte conseguirá entrar no mercado de trabalho. c) As empresas produtoras de computadores constroem novas fábricas. As empresas produtoras de computadores constroem novas fabricas quando se tem um aumento na demanda de pedidos. Então, deve-se elevar sua produção de novos computadores para atender o mercado. Ou seja, a empresa está ampliando seu capital físico, incluindo suas estruturas e os equipamentos, com as novas construções com o intuito de produzir mais bens e serviços. 7) Seu tio empreendedor abre uma lanchonete que emprega sete pessoas. Os empregados recebem $12 por hora, e cada sanduíche é vendido a $ 6. Se seu tio quiser maximizar o lucro, qual será o valor do produto marginal do último trabalhador empregado? Qual é o produto marginal desse funcionário? O valor do produto marginal do trabalho é equivalente a receita na margem e o salário é equivalente ao custo da margem. Desse modo, uma empresa contrata trabalhadores até o ponto em que o lucro na margem é 0 ou quando o que o trabalhador contribui com o valor do produto marginal é exatamente o valor do seu salário. Assim, pode ser dito que o QUESTIONÁRIOS – GRUPO F valor do produto marginal do último trabalhador empregado é exatamente o quanto ele recebe como salário, algo abaixo disso geraria perdas líquidas ao empreendedor, bem como, o produto marginal desse funcionário é a quantidade de produção adicional dada por cada trabalhador acrescentado. GANHOS E DISCRIMINAÇÃO 1) Por que os mineradores de carvão ganham mais do que outros trabalhadores com o mesmo nível de instrução? Os mineradores de carvão recebem um salário maior do que outros trabalhadores levando em conta o mesmo nível de instrução, porque essa profissão é uma das que são estabelecidas pelos diferenciais compensatórios. De modo geral, esses diferenciais são um dos determinantes dos salários de equilíbrio, sendo uma remuneração adicional além do salário normal de mercado para induzir que indivíduos aceitem empregos com características indesejáveis que retratam altos riscos de perigo, insalubridade, com longa jornada de trabalho ou que podem ter efeitos negativos de saúde. Assim, a diferença salarial surge para compensar essas características ruins não monetárias dos empregos para fazer com que as pessoas suportem-as, ganhando uma remuneração maior. No exemplo da mineração, o trabalhador é submetido a condições desumanas com o serviço perigoso, podendo levar a acidentes, uma grande jornada de trabalho e por ser um trabalho físico exaustivo que pode afetar a saúde dele. 2) Em que sentido a instrução é um tipo de capital? A instrução é um tipo de capital humano (Kh) em que ela é utilizada por empresas para uma seleção de contratados e para definir até mesmo os ganhos deste. Também é um tipo de capital por parte do trabalhador empregado pelo fato de que, teoricamente, quanto maior o seu nível de instrução (educação, conhecimento da área, horas de trabalho e experiência), maior será sua chance de demonstrar merecer aquele emprego e ganhar um salário mais elevado, diferenciado dos outros. 3) Como a instrução pode aumentar o salário de um trabalhador sem aumentar sua produtividade? Muitas empresas preferem contratar profissionais mais instruídos. Ou seja, com grau de qualificação maior que os demais para vagas de emprego, por exemplo, um profissional formado, mesmo que isso não aumente sua produtividade. 4) Quais são as condições que levam à existência de superastros na área de economia? Seria de se esperar que houvesse superastros na área de odontologia? E na música? Explique. Primeiramente, o fenômeno dos superastros pode ser visto em mercados com características especificas e especiais, refletindo a combinação do talento do ofertante com o grande apelo do público para com aquele produto. Além disso, as condições que levam à existência de superastros na economia são as seguintes: todos os clientes do mercado querem desfrutar do bem ofertado pelo melhor produtor, ou seja, esse produtor é insubstituível, mesmo que seja por outro similar; outra característica de prevalência é de que o bem é produzido com uma tecnologia que possibilita ao melhor produtor ofertá-lo a todos os clientes a um baixo custo, desse modo, aumentando a quantidade de pessoas que tem acesso a determinado serviço. Um superastro na economia atende os requisitos supracitados e pode fazer isso através da garantia de uma maior visibilidade do seu trabalho, a qual pode-se dar pelas mídias sociais, criação de livros, revistas e outros. VPMgT = W P x PMgT = W 6 x PMgT = 12 PMgT = 2 VPMgT = P x PMgT VPMgT = 6 x 2 VPMgT = 12 QUESTIONÁRIOS – GRUPO F Ainda, esse o fenômeno dos superastros pode ser visto no ramo da música, pois há a possibilidade de manter o preenchimento dessas condições, principalmente nos dias atuais em que a internet tem um papel muito importante de garantir maior visibilidade e o aumento do alcance de pessoas que queiram consumir determinado produto por um valor acessível. Em contrapartida, na área da odontologia os superastros não é algo muito recorrente, visto que é difícil um dentista realizar as características essenciais mencionadas. 5) Dê três motivos pelos quais o salário de um trabalhador pode ficar acima do nível que equilibra oferta e demanda. Pode-se citar três dentre alguns motivos para ocorrência de um salário acima do nível de equilíbrio entre oferta e demanda: a legislação do salário-mínimo, que estipula previamente um piso salarial; a pressão sindical, por meio de greves/ manifestações e, por fim, a opção pelo salário de eficácia, o qual serve para motivar a produtividade. 6) Que dificuldades surgem em decidir se um grupo de trabalhadores tem salário mais baixo por causa da discriminação? As diferenças entre salários médios de um determinado grupo conjecturam as diferenças no capital humano e nas características de um emprego. Esses fatores por si só dizem que há discriminação, mas não dizem nada a respeito de quanta discriminação há em um mercado de trabalho específico. Por isso, determinar se um grupo de trabalhadores tem o salário mais baixo por conta da discriminação é complexo, pois é preciso corrigir as diferenças de capital humano e os atributos do emprego. Logo, é necessário fazer uma comparação com sujeitos parecidos ou similares (com mesmo nível de instrução em termos quantidade e qualidade, experiência, etc), distinguindo somente na característica a ser estudada, ou seja, o salário. 7) As forças da competição econômica tendem a exacerbar ou atenuar a discriminação racial? As forças de mercado tendem a atenuar a discriminação racial, pois as empresas que estão preocupadas e motivadas em maximizar seus lucros não discriminam seus empregadores. Dessa forma, elas contratam mão de obra com salários menores e adquirem maiores lucros. 8) Dê um exemplo de como a discriminação pode persistir em um mercado competitivo. A discriminação pode persistir se tiver origem do lado da demanda: na clientela, ou na sociedade como um todo, e nos próprios governos. Por exemplo, se uma empresa de loja de roupas decide apenas contratar pessoas magras/brancas pelo fato dos clientes só aceitarem a serem atendidos por esse tipo de padrão de pessoa, isso significa que esses compradores intolerantes estão dispostos a pagar mais para manter essa discriminação. DESIGUALDADE DE RENDA E POBREZA 1) O que mede a taxa de pobreza? Descreva três problemas em potencial na interpretação da mensuração da taxa de pobreza. A taxa de pobreza é a quantidade da população que tem uma renda familiar que se encontra abaixo de um nível absoluto chamado linha de pobreza, a qual é estabelecida pelo governo federal em aproximadamente três vezes o custo de uma dieta adequada. Ou seja, o que mede a taxa de pobreza, no Brasil por exemplo, é a renda familiar mensal per capita de até meio salário-mínimo, bem como o IPH- índice de Pobreza Humana, o qual foi criado pelos economistas Amartya Sen e Sudhir Anand. Esse índice só pode ser usado nos países em desenvolvimento e mede três aspectos: a curta duração de vida, a falta de educação elementar e a ausência de acesso a recursos de públicos e privados. Além disso, como o IDH contempla um maior número de fatores é possível determinar o grau de carência por grupos. O primeiro problema é a transferência em espécie, a qual não consta na medição da taxa de pobreza, e é aquela na qual o indivíduo recebe subsídios governamentais, podendoeles serem moradia, alimentação, transporte dentre vários QUESTIONÁRIOS – GRUPO F outros. São transferências dadas em bens e serviços, não em espécie. Já o segundo se relaciona com o ciclo de vida econômica, que é aquele em que se tem uma certa noção de como a vida econômica do indivíduo se dará, começando jovem com menos dinheiro e experiência, endividando-se para pagar estudos e moradia. Depois disso, vai ganhando experiência e consequentemente sua renda aumenta, e, ao passar da meia idade, tende a diminuir sua renda pois se aposenta, porém não perde qualidade de vida, pois poupou dinheiro para quando chegasse nessa fase. Por fim, o terceiro problema é a renda transitória versus a renda permanente. Como o nome já diz, a renda permanente é aquela que a pessoa possui normalmente e pode contar sua renda média. Já a renda transitória é aquela que tanto pode existir quanto não, podendo em um período ser alta e em outro baixa. Como exemplo as plantações a as colheitas, que variam conforme o clima por exemplo. É ligado ao poder de consumo a renda permanente, portanto dependendo da quantidade de consumo de certos produtos, pode-se elencar com a quantidade de renda, e, consequentemente a pobreza. 2) Como a visão de Amartya Sen se contrapõe a visão econômica tradição quanto à definição de pobreza? O economista Amartya Sen questionou noções básicas da economia, uma delas era de que os indivíduos não eram pobres somente por carecerem de bens materiais e sim por eles serem limitados de uma série de capacidades, como: ter uma boa saúde, participar de suas comunidades, estar alimentado e sentir segurança. A junção das medidas relativas e absolutas de pobreza traziam essa ideia de capacidades e deveria haver a expansão delas para o desenvolvimento da sociedade. Sen reitera a importância da educação e seu caráter libertador para a transformação das pessoas e a democracia como expoente influenciador também dessa liberdade, revelando que o desenvolvimento humano é o responsável por eles vivenciarem o crescimento de suas próprias liberdades advindas dessas capacidades mencionadas. Portanto, o desenvolvimento real vai além do desenvolvimento econômico considerado na produção de bens e o economista concluiu que uma renda nacional maior não garante um alto desenvolvimento humano, influenciando na construção do IDH e nas Metas de Desenvolvimento do Milênio. 3) Como um utilitarista, um liberalista e um libertarista determinariam o grau permissível de desigualdade de renda? Um utilitarista postula que a desigualdade deve ser minimizada ao máximo e o Estado deve fazer todo possível para que isso ocorra. Um liberalista, por outro lado, enuncia que o Estado deve se preocupar com a redução das desigualdades, entretanto, ela deve existir para que a produtividade seja motivada. Por fim, um libertarista diz que a redução das desigualdades não deve ser discutida e efetivada, visto que para isso deveria ocorrer movimentação de patrimônio individual. 4) Quais os prós e os contras das transferências em espécie (em vez de dinheiro) para os pobres? Primeiramente, as transferências em gênero são aquelas dadas aos mais pobres em forma de bens e serviços, invés de dinheiro. Podemos citar como ponto positivo da transferência em espécie o direcionamento preciso do benefício, a exemplo de um auxílio transporte, o qual será efetivamente usado para esse fim. Desse modo, a pessoa com menor condição financeira não terá que administrar esse recurso, apenas utilizá-lo, evitando a falta de recurso para certa finalidade determinada, bem como, ao ser proporcionado bens e serviços específicos não há a sustentação do uso indevido do dinheiro, casos, os quais poderiam ocorrer em uma transferência em dinheiro. Entretanto, apesar dessa política ajudar algumas famílias, também causa “efeitos colaterais” não intencionais, pode-se destacar como ponto negativo a falta da flexibilidade, visto que caso recebesse o valor em dinheiro poderia destiná-lo às áreas que visse maior necessidade do mesmo, visto que o Estado não sabe quais são os bens e serviços que os mais pobres precisam realmente. 5) Pesquise: Qual a renda per capita do Brasil? Qual percentual da população brasileira vive em extrema pobreza? Qual nosso índice de desenvolvimento humano (IDH)? Qual nosso índice de desigualdade (Gini)? A renda per capita do Brasil é de 6.796,84 UDS em 2021, segundo o Banco Mundial. O percentual da população brasileira que vive em extrema pobreza foi de 6,5%, sobrevivendo apenas com R$ 151 por mês em 2020, de acordo com QUESTIONÁRIOS – GRUPO F o IBGE. Já o IDH do Brasil, em 2020, foi de 0,765, segundo o UNDP. Por fim, segundo o IBGE, o índice de Gini do Brasil foi de 0,500 em 2020. 6) Pesquise: Qual a diferença de renda entre os 20% mais ricos do Brasil e os 20% mais pobres? Segundo aponta dados do IBGE de 2018, as pessoas mais ricas do país ganhem cerca de 17,3 vezes mais que as mais pobres. Ou seja, um grupo de 10% mais ricos do país concentra 43% de todo rendimento do Brasil, já os mais pobres, são a maioria 40%, somam 12% do rendimento. A desigualdade varia a cada estado, contudo, o nordeste brasileiro é o que mais é desigual. 7) Pesquise: a partir de que renda mensal uma família se enquadra nos 20% mais ricos do Brasil? E nos 10%? E nos 5%? De acordo com o IBGE, os 20% mais ricos quando a renda está enquadrada acima R$1.356,00; nos 10%, acima de R$3.390,00 e, nos 5%, acima de R$6.780,00. 8) Pesquise: Em que posição o Brasil se encontra mundialmente quanto aos índices de pobreza (taxa de pobreza), desigualdade de renda (índice de Gini) e desenvolvimento humano (IDH)? De acordo com o IBGE, o Brasil é o nono país no ranking da desigualdade comparada com o resto do mundo, ficando atrás de países africanos. Quanto ao IDH, o Brasil caiu de posição foi de 74º para 84º, ou seja, perdeu cinco posições no ranking mundial. 9) Pesquise: como a pobreza e a desigualdade tem evoluído no Brasil desde a criação do Plano Real (1994)? Você pode usar gráficos para responder esta questão. No final dos anos 80 e início dos anos 90, o Brasil vivia uma alta de hiperinflação que era foi o aumento exacerbado dos preços. A inflação ocorre quando há uma alta generalizada nos preços, em outras palavras, o dinheiro perde o valor que realmente teria, uma vez que as coisas ficam cada vez mais caras. No Brasil, durante o período dos anos 80 e 90 houve um aumento na inflação, a qual chegou aproximadamente 6801% ao ano. Consoante ao Banco Central do Brasil, no início da década de 90, a inflação mensal atingiu valores acima de 80%. “Na prática, isso significava que o poder de compra dos salários se reduzia quase à metade após 30 dias. Isso mesmo: o dinheiro necessário para a compra de 2kg de carne, após 30 dias, só permitia a compra de pouco mais de 1kg. O resultado dessa desvalorização acelerada da moeda era visto nos supermercados no começo de cada mês: famílias com carrinhos lotados e longas filas.” Desse modo, não havia estabilidade nos preços o que ocasionou a mudança de valores quase todos os dias nos supermercados, lojas etc. Esse fenômeno causou uma mudança comportamental e psicológica nos consumidores, os quais iam direito para o mercado quando recebiam seus salários, pois não detinham de conhecimento a respeito de quando as coisas iriam ficar mais caras. No mesmo período a desigualdade aumentou e elevou o nível da pobreza, já que as altas prejudicavam principalmente as pessoas que tinham menor poder aquisitivo. Por conta do cenário caótico que o país se encontrava houve a criação de 13 planos econômicos diferentes para tentar reverter o quadro do Brasil, essas estratégias tiveram insucessos, visto que não atacavam a real causa da inflação: os altos gastos do governo, bem como esse efeito psicológico que a inflação tinha causado na população. Como tudo ficava mais caro a cada dia que passava, aspessoas começaram a desacreditar no valor das coisas, isso aconteceu porque o salário poderia valer a metade do que seu valor indicado já que as coisas estavam o dobro do valor. Esse fato, levou as pessoas a comprarem o que podiam hoje QUESTIONÁRIOS – GRUPO F com receio de não ter poder aquisitivo no dia seguinte, tal comportamento fez as coisas subirem ainda mais e alimentava a inflação. Após tentativas frustradas de tentar reverter o cenário, teve-se a criação e implementação gradual do Plano Real que não focou somente na mudança do padrão monetário, mas também no efeito psicológico causado pelas altas dos preços e no corte de gastos do governo. A primeira fase do Plano Real buscou equilibrar as contas do governo e o efeito psíquico na população. Já a segunda foi marcada pela implementação da Unidade Real de Valor (URV) junto com o Cruzeiro Real, assim, a compra de bens e serviços era realizada com os cruzeiros reais, mas com referência da URV. Por fim, a terceira fase começou quando a Unidade Real de Valor foi transformada em moeda oficial do país. Ademais, no momento do lançamento do real foi realizada a indexação ao dólar, forma de estabilizar a nova moeda, esse regime cambial durou até 1999, o dólar era usado de referência para o real, mas a partir do câmbio sofria mudanças graduais para cima e para baixo. Como consequência do Plano Real, a desigualdade e pobreza diminuíram e aumentaram algumas conquistas sociais como o combate à fome e outros, além disso, o poder de compra só foi possível por causa desse trabalho e da força da moeda. Cita-se um trecho interessante retirado da PUC: “O efeito da estabilização dos preços favoreceu, de modo geral, a parcela de mais baixa renda da população brasileira, visto que a alta inflação dos anos anteriores provocava corrosão dos rendimentos reais, principalmente dos decis mais baixos da distribuição, excluídos que eram das aplicações financeiras e de outros artifícios utilizados durante os anos de indexação e inflação alta. No período imediatamente após o Plano Real os efeitos da estabilização, aliados ao forte crescimento econômico do período, proporcionaram uma melhora sensível nos indicadores sociais, destacando-se a diminuição do número de pessoas abaixo da linha de pobreza e indigência”. FRONTEIRAS DA MICROECONOMIA 1) O que é risco moral? Dê exemplos de situações que esse problema pode aparecer. Liste três coisas que um empregador poderia fazer para atenuar esse problema. O Risco Moral é um problema de informação oculta pós-contratual, ou seja, o qual ocorre depois que uma transação econômica é firmada. Ele pode ser definido como sendo a tendência que um agente, ao ser inadequadamente monitorado por um principal, tem de apresentar uma conduta indesejável, infiel ou desonesta. Em outras palavras, o agente seria aquele que detém a informação e que pode praticar um ato em nome de algum indivíduo, já o principal seria a parte desinformada que observa apenas os efeitos da ação do agente e que não consegue monitorá-lo perfeitamente. Abaixo citar-se-á algumas situações em que esse problema ocorre com suas possíveis soluções: a) a fidelidade no casamento pode ser um exemplo pelo fato de um dos parceiros poder serem infiéis e o outro não poder observar plenamente o comportamento do traidor. Os contratos pré-nupciais preveem punições caso isso ocorra, fazendo com que as pessoas sejam induzidas a não serem infiéis com o risco de não ter direitos aos bens do cônjuge ou ficar sem receber nenhum tipo de pensão. b) a rotatividade da mão de obra também é um empecilho aplicado ao mercado de trabalho, como na construção civil, pelo fato dos trabalhadores faltarem muito ao serviço, por exemplo. Isso pode ser resolvido com as teorias do salário QUESTIONÁRIOS – GRUPO F de eficiência visando uma remuneração acima da média do mercado, com o objetivo de induzir o indivíduo a trabalhar mais e diminuir a rotatividade. c) os modelos de risco moral para seguros também apresentam problemas frequentes, uma vez que o segurado pode ser induzido a adotar condutas mais imorais devido aos monitoramentos ineficazes. Os contratos com cláusulas de risco compartilhado e franquia induzem-o a ter comportamentos mais cautelosos, por exemplo. 2) O que é seleção adversa? Dê um exemplo de um mercado em que a seleção adversa poderia representar um problema, explicando em detalhes. A seleção adversa é um problema de informação oculta pré-contratual que se trata da junção de fatores que não podem ser vistos claramente por uma das partes de determinada relação de compra e venda, no caso, um dos lados dessa relação esconde um fator que deveria ser explícito na negociação. Podemos exemplificar com o caso hipotético de um açougue que vende carne de abigeato tendo consciência da origem da carne. O vendedor não expõe ao consumidor as condições reais da carne, sua origem e afins, fato que prejudica a parte compradora, visto que essa reterá ônus oculto. 3) Defina sinalização e seleção (screening) e dê um exemplo prático para cada. Inicialmente, sinalização é uma ação praticada por uma parte informada a fim de revelar de sinalizar informações a outra parte desinformada. Um exemplo seria o de uma babá a qual sinaliza aos pais contratantes a respeito das suas experiências anteriores e habilidades que a diferenciam de outras. Nessa situação a parte desinformada é os pais que irão contratá-la e o lado informado é a baba, a qual revela informações que podem fazer com que ela seja contratada para exercer o seu serviço. Outro exemplo é dado quando uma empresa investe em publicidade para dar informações aos seus clientes sobre a qualidade dos seus serviços ou produtos, assim, do lado desinformado está o cliente e em contrapartida a empresa como a informada. Por outro lado, a seleção ou screening é uma ação cometida pela parte desinformada para induzir a parte informada a revelar informações. Um exemplo seria a seleção de currículos para obter informações específicas em que, nesse caso, a parte informada é o trabalhador e a desinformada é a empresa ou contratante. Como segundo exemplo seria quando uma pessoa decide comprar um carro usado e antes de decidir se vai de fato comprar ela faz perguntas ao vendedor para ter a informação se o carro foi verificado por um mecânico antes da venda ou se já houve acidentes com o automóvel. Nesse caso, é possível notar que Júlia é a parte desinformada, contudo ela usa métodos (perguntas) para obter dados sobre o veículo. 4) Descreva três maneiras pelas quais a tomada de decisões humana difere da do indivíduo racional da teoria econômica convencional. Nem sempre as decisões humanas são racionais, o que difere da do indivíduo racional da teoria convencional econômica, por exemplo, uma pessoa que se baseia pela experiência ou opinião de um só indivíduo, ignorando outros que podem ter visão diferentes. Além disso, pessoas que tenham muita confiança em si mesmas, podendo estar erradas, como também, o indivíduo que reluta em mudar de ideia, por exemplo, como alguém que não acredita na eficácia das vacinas, mesmo com inúmeras comprovações que elas são eficientes. GUSTAVO RAFFI RICKES NICOLE OLIVEIRA GABRIEL OTÁVIO RANGEL MORESCO AÇUCENA MOREIRA DITTGEN SARA EVELY DE OLIVEIRA MORAIS
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