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Mercados dos Fatores de Produção

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QUESTIONÁRIOS – GRUPO F 
OS MERCADOS DOS FATORES DE PRODUÇÃO 
1) Explique como a função de produção de uma empresa está relacionada com o produto marginal do 
trabalho, como o produto marginal do trabalho de uma empresa está relacionado com o valor de seu 
produto marginal e como o valor do produto marginal de uma empresa está relacionado com sua demanda 
por mão de obra. 
 Em primeira análise, faz-se necessário distinguir os termos para compreender-se as relações que levam as 
empresas determinarem a quantidade de mão de obra a ser contratada para a maximização dos lucros. A função de 
produção de uma empresa, também representada por Q=f(insumos), é a relação entre a quantidade de insumos e a 
quantidade produzida de um bem em que o insumo relevante é a mão de obra (MDO) e revela a capacidade de produção 
dela. Essa função convexa também indica que a produção se eleva em taxas decrescentes, pois ao se adicionar MDO, o 
total produzido aumenta cada vez menos até em um patamar que chega-se à horizontalidade. 
 Para ela decidir o quanto de MDO será empregado, considera-se o produto marginal (Pmg) do trabalho, o qual 
pode ser definido como sendo a elevação da quantidade produzida do bem final resultante do uso de uma unidade 
adicional da mão de obra. Esse conceito auxilia na explicação de porquê essa função de produção tende a linearidade, 
pois com o aumento dos trabalhadores o produto marginal diminui (produto marginal decrescente), contribuindo cada 
vez menos com a produção. 
 Ao decidir quantos funcionários irão trabalhar, ela leva em conta o valor do produto marginal (VPMg), que diz 
respeito a quanto o trabalhador adicional contribui para a produção total, podendo ser definido como o produto marginal 
de um insumo em multiplicação com o preço do produto ou também pode ser chamado de receita marginal. Assim, a 
curva demanda por trabalho é derivada desse valor do produto marginal, o qual é equivalente ao salário em um mercado 
competitivo. Essa curva é decrescente, sendo igual a curva de VPmgT, pelo fato do produto marginal também ser. 
2) Dê dois exemplos de eventos que podem deslocar a demanda por mão de obra. Explique. 
 A demanda por mão de obra pode se deslocar com a mudança do preço do produto final, pois quando o preço do 
produto sobe, por exemplo, eleva-se a demanda por MDO, o que possibilita a contratação de mais empregados. Ela é 
deslocada também quando há uma queda no preço do produto, fazendo o efeito contrário, diminuindo o preço do produto 
marginal e reduzindo a contratação dos empregados. A mudança tecnológica também pode ser considerada, pois com o 
avanço da tecnologia, cada vez mais um trabalhador pode produzir, trazendo um aumento da produtividade marginal do 
trabalho. 
3) Dê dois exemplos de eventos que podem deslocar a oferta de mão de obra. Explique. 
 Destacam-se como exemplos de eventos que podem deslocar a oferta de mão de obra: a mudança das preferências 
e o aumento da natalidade. No primeiro caso, as pessoas podem mudar a valoração, ou como consideram o tradeoff entre 
lazer e trabalho, reduzindo a oferta de mão de obra caso valorem o tempo que gastam com lazer acima do tempo que 
gastam com trabalho. De modo contrário, elas também podem valorar o tempo que gastam com trabalho acima do tempo 
que gastam com lazer, tais preferências podem mudar repentinamente e de acordo com diversas características da 
realidade. No segundo caso, o aumento da natalidade pode modificar a oferta de mão de obra pois gera maior quantidade 
de possíveis trabalhadores, desse modo, elevando a quantidade de mão de obra ofertada. 
4) Explique como o salário pode se ajustar para equilibrar a oferta e a demanda por mão de obra ao mesmo 
tempo que se iguala ao valor do produto marginal do trabalho. 
 A relação entre oferta e a demanda determinam o salário, bem como, este recebe o nome de custo marginal, uma 
vez que varia de acordo com a produção. Os custos totais são crescentes e o custo da margem é fixo, esse último é a 
diferença entre a receita total e o custo total, ou seja, é quanto o lucro varia para cada unidade adicional produzida. O 
QUESTIONÁRIOS – GRUPO F 
valor do produto marginal do trabalho é equivalente à receita na margem e o salário equivale ao custo da margem. Logo, 
o lucro marginal do trabalho é os salários de cada trabalhador. Desse modo, uma empresa irá contratar trabalhadores 
enquanto ela estiver om o lucro marginal positivo ou até o ponto 0 (que é o valor do salário que um trabalhador recebe), 
isso significa que a empresa contrata trabalhadores enquanto estes adicionam mais valor a produção do que o seu próprio 
custo, bem como, a curva de demanda por trabalhadores segue a regra do valor do produto marginal e o que cada 
trabalhador agrega a produção, sendo decrescente, visto que trabalhadores adicionais acrescentam menos ao produto 
final. Portanto, qualquer evento que altere a oferta ou a demanda por mão de obra também altera o salário de equilíbrio e 
o valor do produto marginal no mesmo sentido porque eles devem sempre se igualar para que uma empresa não tenha 
prejuízos. 
5) Se a população dos Estados Unidos aumentasse subitamente por causa de uma grande imigração, o que 
aconteceria com os salários? E com os ganhos dos proprietários de terra e de capital? 
 Caso a população dos Estados Unidos aumentasse, por causa da imigração, a oferta da mão de obra se desloca, ou 
seja, ela aumenta. Nesse viés, se a mão de obra aumenta, os salários também aumentam para manter o equilíbrio da oferta, 
por exemplo. Além disso, os proprietários de terra, terão que desembolsar mais capital, para comprar equipamentos para 
o serviço e a demanda de terra e capital é a mesma da mão de obra. Desse modo, quando a empresa está decidindo quanto 
terá de capital, estão decidindo também a quantidade de empregos que serão gerados. 
6) Demonstre o efeito de cada um dos seguintes eventos sobre o mercado de trabalho no setor de produção de 
computadores. 
a) O Congresso norte‐americano compra computadores pessoais para todos os estudantes universitários 
dos Estados Unidos. 
 O ato da compra de computadores pelo congresso norte-americano, levando em conta o capital como fator de 
produção, faz com que o valor do bem aumente, visto que gera aumento da demanda de computadores pessoais. Desse 
modo, com o preço elevado dos computadores, o valor marginal do produto, de mesmo modo aumenta, fato que 
proporciona aumento da quantidade de trabalhadores contratados, também aumentando, por vezes, o salário. 
b) Mais estudantes universitários formam‐se em engenharia e ciência da computação. 
 Com mais estudantes universitários formados em engenharia e ciência da computação o mercado de trabalho no 
setor de produção de computadores pode tornar-se saturado, uma vez que a quantidade de diplomas não equivale com a 
quantidade de ofertas e demandas de trabalhos expostas pelas empresas. Outro evento que pode acontecer é a presença 
de uma maior seleção e sinalização, os empregadores podem exigir por uma mão de obra melhor e mais qualificada, 
usando a realização acadêmica como uma maneira de diferenciar os trabalhadores, ou seja, o capital humano será um 
grande influenciador, visto que as empresas estão dispostas a pagar mais aos trabalhadores com um nível de instrução 
mais alto. Logo, apenas quem tiver uma melhor qualificação, talento e até sorte conseguirá entrar no mercado de trabalho. 
c) As empresas produtoras de computadores constroem novas fábricas. 
 As empresas produtoras de computadores constroem novas fabricas quando se tem um aumento na demanda de 
pedidos. Então, deve-se elevar sua produção de novos computadores para atender o mercado. Ou seja, a empresa está 
ampliando seu capital físico, incluindo suas estruturas e os equipamentos, com as novas construções com o intuito de 
produzir mais bens e serviços. 
7) Seu tio empreendedor abre uma lanchonete que emprega sete pessoas. Os empregados recebem $12 por 
hora, e cada sanduíche é vendido a $ 6. Se seu tio quiser maximizar o lucro, qual será o valor do produto 
marginal do último trabalhador empregado? Qual é o produto marginal desse funcionário? 
 O valor do produto marginal do trabalho é equivalente a receita na margem e o salário é equivalente ao custo da 
margem. Desse modo, uma empresa contrata trabalhadores até o ponto em que o lucro na margem é 0 ou quando o que 
o trabalhador contribui com o valor do produto marginal é exatamente o valor do seu salário. Assim, pode ser dito que o 
QUESTIONÁRIOS – GRUPO F 
valor do produto marginal do último trabalhador empregado é exatamente o quanto ele recebe como salário, algo abaixo 
disso geraria perdas líquidas ao empreendedor, bem como, o produto marginal desse funcionário é a quantidade de 
produção adicional dada por cada trabalhador acrescentado. 
 
 
 
 
 
 
GANHOS E DISCRIMINAÇÃO 
1) Por que os mineradores de carvão ganham mais do que outros trabalhadores com o mesmo nível de 
instrução? 
 Os mineradores de carvão recebem um salário maior do que outros trabalhadores levando em conta o mesmo nível 
de instrução, porque essa profissão é uma das que são estabelecidas pelos diferenciais compensatórios. De modo geral, 
esses diferenciais são um dos determinantes dos salários de equilíbrio, sendo uma remuneração adicional além do salário 
normal de mercado para induzir que indivíduos aceitem empregos com características indesejáveis que retratam altos 
riscos de perigo, insalubridade, com longa jornada de trabalho ou que podem ter efeitos negativos de saúde. Assim, a 
diferença salarial surge para compensar essas características ruins não monetárias dos empregos para fazer com que as 
pessoas suportem-as, ganhando uma remuneração maior. No exemplo da mineração, o trabalhador é submetido a 
condições desumanas com o serviço perigoso, podendo levar a acidentes, uma grande jornada de trabalho e por ser um 
trabalho físico exaustivo que pode afetar a saúde dele. 
2) Em que sentido a instrução é um tipo de capital? 
 A instrução é um tipo de capital humano (Kh) em que ela é utilizada por empresas para uma seleção de contratados 
e para definir até mesmo os ganhos deste. Também é um tipo de capital por parte do trabalhador empregado pelo fato de 
que, teoricamente, quanto maior o seu nível de instrução (educação, conhecimento da área, horas de trabalho e 
experiência), maior será sua chance de demonstrar merecer aquele emprego e ganhar um salário mais elevado, 
diferenciado dos outros. 
3) Como a instrução pode aumentar o salário de um trabalhador sem aumentar sua produtividade? 
 Muitas empresas preferem contratar profissionais mais instruídos. Ou seja, com grau de qualificação maior que 
os demais para vagas de emprego, por exemplo, um profissional formado, mesmo que isso não aumente sua 
produtividade. 
4) Quais são as condições que levam à existência de superastros na área de economia? Seria de se esperar que 
houvesse superastros na área de odontologia? E na música? Explique. 
 Primeiramente, o fenômeno dos superastros pode ser visto em mercados com características especificas e 
especiais, refletindo a combinação do talento do ofertante com o grande apelo do público para com aquele produto. Além 
disso, as condições que levam à existência de superastros na economia são as seguintes: todos os clientes do mercado 
querem desfrutar do bem ofertado pelo melhor produtor, ou seja, esse produtor é insubstituível, mesmo que seja por outro 
similar; outra característica de prevalência é de que o bem é produzido com uma tecnologia que possibilita ao melhor 
produtor ofertá-lo a todos os clientes a um baixo custo, desse modo, aumentando a quantidade de pessoas que tem acesso 
a determinado serviço. Um superastro na economia atende os requisitos supracitados e pode fazer isso através da garantia 
de uma maior visibilidade do seu trabalho, a qual pode-se dar pelas mídias sociais, criação de livros, revistas e outros. 
VPMgT = W 
P x PMgT = W 
6 x PMgT = 12 
PMgT = 2 
VPMgT = P x PMgT 
VPMgT = 6 x 2 
VPMgT = 12 
QUESTIONÁRIOS – GRUPO F 
 Ainda, esse o fenômeno dos superastros pode ser visto no ramo da música, pois há a possibilidade de manter o 
preenchimento dessas condições, principalmente nos dias atuais em que a internet tem um papel muito importante de 
garantir maior visibilidade e o aumento do alcance de pessoas que queiram consumir determinado produto por um valor 
acessível. Em contrapartida, na área da odontologia os superastros não é algo muito recorrente, visto que é difícil um 
dentista realizar as características essenciais mencionadas. 
5) Dê três motivos pelos quais o salário de um trabalhador pode ficar acima do nível que equilibra oferta e 
demanda. 
 Pode-se citar três dentre alguns motivos para ocorrência de um salário acima do nível de equilíbrio entre oferta e 
demanda: a legislação do salário-mínimo, que estipula previamente um piso salarial; a pressão sindical, por meio de 
greves/ manifestações e, por fim, a opção pelo salário de eficácia, o qual serve para motivar a produtividade. 
6) Que dificuldades surgem em decidir se um grupo de trabalhadores tem salário mais baixo por causa da 
discriminação? 
 As diferenças entre salários médios de um determinado grupo conjecturam as diferenças no capital humano e nas 
características de um emprego. Esses fatores por si só dizem que há discriminação, mas não dizem nada a respeito de 
quanta discriminação há em um mercado de trabalho específico. Por isso, determinar se um grupo de trabalhadores tem 
o salário mais baixo por conta da discriminação é complexo, pois é preciso corrigir as diferenças de capital humano e os 
atributos do emprego. Logo, é necessário fazer uma comparação com sujeitos parecidos ou similares (com mesmo nível 
de instrução em termos quantidade e qualidade, experiência, etc), distinguindo somente na característica a ser estudada, 
ou seja, o salário. 
7) As forças da competição econômica tendem a exacerbar ou atenuar a discriminação racial? 
 As forças de mercado tendem a atenuar a discriminação racial, pois as empresas que estão preocupadas e 
motivadas em maximizar seus lucros não discriminam seus empregadores. Dessa forma, elas contratam mão de obra com 
salários menores e adquirem maiores lucros. 
8) Dê um exemplo de como a discriminação pode persistir em um mercado competitivo. 
 A discriminação pode persistir se tiver origem do lado da demanda: na clientela, ou na sociedade como um 
todo, e nos próprios governos. Por exemplo, se uma empresa de loja de roupas decide apenas contratar pessoas 
magras/brancas pelo fato dos clientes só aceitarem a serem atendidos por esse tipo de padrão de pessoa, isso significa 
que esses compradores intolerantes estão dispostos a pagar mais para manter essa discriminação. 
 
DESIGUALDADE DE RENDA E POBREZA 
1) O que mede a taxa de pobreza? Descreva três problemas em potencial na interpretação da mensuração da 
taxa de pobreza. 
 A taxa de pobreza é a quantidade da população que tem uma renda familiar que se encontra abaixo de um nível 
absoluto chamado linha de pobreza, a qual é estabelecida pelo governo federal em aproximadamente três vezes o custo 
de uma dieta adequada. Ou seja, o que mede a taxa de pobreza, no Brasil por exemplo, é a renda familiar mensal per 
capita de até meio salário-mínimo, bem como o IPH- índice de Pobreza Humana, o qual foi criado pelos economistas 
Amartya Sen e Sudhir Anand. Esse índice só pode ser usado nos países em desenvolvimento e mede três aspectos: a curta 
duração de vida, a falta de educação elementar e a ausência de acesso a recursos de públicos e privados. Além disso, 
como o IDH contempla um maior número de fatores é possível determinar o grau de carência por grupos. 
 O primeiro problema é a transferência em espécie, a qual não consta na medição da taxa de pobreza, e é aquela na 
qual o indivíduo recebe subsídios governamentais, podendoeles serem moradia, alimentação, transporte dentre vários 
QUESTIONÁRIOS – GRUPO F 
outros. São transferências dadas em bens e serviços, não em espécie. Já o segundo se relaciona com o ciclo de vida 
econômica, que é aquele em que se tem uma certa noção de como a vida econômica do indivíduo se dará, começando 
jovem com menos dinheiro e experiência, endividando-se para pagar estudos e moradia. Depois disso, vai ganhando 
experiência e consequentemente sua renda aumenta, e, ao passar da meia idade, tende a diminuir sua renda pois se 
aposenta, porém não perde qualidade de vida, pois poupou dinheiro para quando chegasse nessa fase. 
 Por fim, o terceiro problema é a renda transitória versus a renda permanente. Como o nome já diz, a renda 
permanente é aquela que a pessoa possui normalmente e pode contar sua renda média. Já a renda transitória é aquela que 
tanto pode existir quanto não, podendo em um período ser alta e em outro baixa. Como exemplo as plantações a as 
colheitas, que variam conforme o clima por exemplo. É ligado ao poder de consumo a renda permanente, portanto 
dependendo da quantidade de consumo de certos produtos, pode-se elencar com a quantidade de renda, e, 
consequentemente a pobreza. 
2) Como a visão de Amartya Sen se contrapõe a visão econômica tradição quanto à definição de pobreza? 
 O economista Amartya Sen questionou noções básicas da economia, uma delas era de que os indivíduos não eram 
pobres somente por carecerem de bens materiais e sim por eles serem limitados de uma série de capacidades, como: ter 
uma boa saúde, participar de suas comunidades, estar alimentado e sentir segurança. A junção das medidas relativas e 
absolutas de pobreza traziam essa ideia de capacidades e deveria haver a expansão delas para o desenvolvimento da 
sociedade. Sen reitera a importância da educação e seu caráter libertador para a transformação das pessoas e a democracia 
como expoente influenciador também dessa liberdade, revelando que o desenvolvimento humano é o responsável por 
eles vivenciarem o crescimento de suas próprias liberdades advindas dessas capacidades mencionadas. Portanto, o 
desenvolvimento real vai além do desenvolvimento econômico considerado na produção de bens e o economista concluiu 
que uma renda nacional maior não garante um alto desenvolvimento humano, influenciando na construção do IDH e nas 
Metas de Desenvolvimento do Milênio. 
3) Como um utilitarista, um liberalista e um libertarista determinariam o grau permissível de desigualdade 
de renda? 
 Um utilitarista postula que a desigualdade deve ser minimizada ao máximo e o Estado deve fazer todo possível 
para que isso ocorra. Um liberalista, por outro lado, enuncia que o Estado deve se preocupar com a redução das 
desigualdades, entretanto, ela deve existir para que a produtividade seja motivada. Por fim, um libertarista diz que a 
redução das desigualdades não deve ser discutida e efetivada, visto que para isso deveria ocorrer movimentação de 
patrimônio individual. 
4) Quais os prós e os contras das transferências em espécie (em vez de dinheiro) para os pobres? 
 Primeiramente, as transferências em gênero são aquelas dadas aos mais pobres em forma de bens e serviços, invés 
de dinheiro. Podemos citar como ponto positivo da transferência em espécie o direcionamento preciso do benefício, a 
exemplo de um auxílio transporte, o qual será efetivamente usado para esse fim. Desse modo, a pessoa com menor 
condição financeira não terá que administrar esse recurso, apenas utilizá-lo, evitando a falta de recurso para certa 
finalidade determinada, bem como, ao ser proporcionado bens e serviços específicos não há a sustentação do uso indevido 
do dinheiro, casos, os quais poderiam ocorrer em uma transferência em dinheiro. Entretanto, apesar dessa política ajudar 
algumas famílias, também causa “efeitos colaterais” não intencionais, pode-se destacar como ponto negativo a falta da 
flexibilidade, visto que caso recebesse o valor em dinheiro poderia destiná-lo às áreas que visse maior necessidade do 
mesmo, visto que o Estado não sabe quais são os bens e serviços que os mais pobres precisam realmente. 
5) Pesquise: Qual a renda per capita do Brasil? Qual percentual da população brasileira vive em extrema 
pobreza? Qual nosso índice de desenvolvimento humano (IDH)? Qual nosso índice de desigualdade (Gini)? 
 A renda per capita do Brasil é de 6.796,84 UDS em 2021, segundo o Banco Mundial. O percentual da população 
brasileira que vive em extrema pobreza foi de 6,5%, sobrevivendo apenas com R$ 151 por mês em 2020, de acordo com 
QUESTIONÁRIOS – GRUPO F 
o IBGE. Já o IDH do Brasil, em 2020, foi de 0,765, segundo o UNDP. Por fim, segundo o IBGE, o índice de Gini do 
Brasil foi de 0,500 em 2020. 
6) Pesquise: Qual a diferença de renda entre os 20% mais ricos do Brasil e os 20% mais pobres? 
 Segundo aponta dados do IBGE de 2018, as pessoas mais ricas do país ganhem cerca de 17,3 vezes mais que as 
mais pobres. Ou seja, um grupo de 10% mais ricos do país concentra 43% de todo rendimento do Brasil, já os mais 
pobres, são a maioria 40%, somam 12% do rendimento. A desigualdade varia a cada estado, contudo, o nordeste brasileiro 
é o que mais é desigual. 
7) Pesquise: a partir de que renda mensal uma família se enquadra nos 20% mais ricos do Brasil? E nos 10%? 
E nos 5%? 
 De acordo com o IBGE, os 20% mais ricos quando a renda está enquadrada acima R$1.356,00; nos 10%, acima 
de R$3.390,00 e, nos 5%, acima de R$6.780,00. 
8) Pesquise: Em que posição o Brasil se encontra mundialmente quanto aos índices de pobreza (taxa de 
pobreza), desigualdade de renda (índice de Gini) e desenvolvimento humano (IDH)? 
 De acordo com o IBGE, o Brasil é o nono país no ranking da desigualdade comparada com o resto do mundo, 
ficando atrás de países africanos. Quanto ao IDH, o Brasil caiu de posição foi de 74º para 84º, ou seja, perdeu cinco 
posições no ranking mundial. 
9) Pesquise: como a pobreza e a desigualdade tem evoluído no Brasil desde a criação do Plano Real (1994)? 
Você pode usar gráficos para responder esta questão. 
 No final dos anos 80 e início dos anos 90, o Brasil vivia uma alta de hiperinflação que era foi o aumento exacerbado 
dos preços. A inflação ocorre quando há uma alta generalizada nos preços, em outras palavras, o dinheiro perde o valor 
que realmente teria, uma vez que as coisas ficam cada vez mais caras. No Brasil, durante o período dos anos 80 e 90 
houve um aumento na inflação, a qual chegou aproximadamente 6801% ao ano. Consoante ao Banco Central do Brasil, 
no início da década de 90, a inflação mensal atingiu valores acima de 80%. “Na prática, isso significava que o poder de 
compra dos salários se reduzia quase à metade após 30 dias. Isso mesmo: o dinheiro necessário para a compra de 2kg de 
carne, após 30 dias, só permitia a compra de pouco mais de 1kg. O resultado dessa desvalorização acelerada da moeda 
era visto nos supermercados no começo de cada mês: famílias com carrinhos lotados e longas filas.” Desse modo, não 
havia estabilidade nos preços o que ocasionou a mudança de valores quase todos os dias nos supermercados, lojas etc. 
Esse fenômeno causou uma mudança comportamental e psicológica nos consumidores, os quais iam direito para o 
mercado quando recebiam seus salários, pois não detinham de conhecimento a respeito de quando as coisas iriam ficar 
mais caras. No mesmo período a desigualdade aumentou e elevou o nível da pobreza, já que as altas prejudicavam 
principalmente as pessoas que tinham menor poder 
aquisitivo. 
 Por conta do cenário caótico que o país se 
encontrava houve a criação de 13 planos econômicos 
diferentes para tentar reverter o quadro do Brasil, essas 
estratégias tiveram insucessos, visto que não atacavam 
a real causa da inflação: os altos gastos do governo, bem 
como esse efeito psicológico que a inflação tinha 
causado na população. Como tudo ficava mais caro a 
cada dia que passava, aspessoas começaram a 
desacreditar no valor das coisas, isso aconteceu porque 
o salário poderia valer a metade do que seu valor 
indicado já que as coisas estavam o dobro do valor. Esse 
fato, levou as pessoas a comprarem o que podiam hoje 
QUESTIONÁRIOS – GRUPO F 
com receio de não ter poder aquisitivo no dia seguinte, tal comportamento fez as coisas subirem ainda mais e alimentava 
a inflação. 
Após tentativas frustradas de tentar reverter 
o cenário, teve-se a criação e implementação gradual 
do Plano Real que não focou somente na mudança 
do padrão monetário, mas também no efeito 
psicológico causado pelas altas dos preços e no corte 
de gastos do governo. A primeira fase do Plano Real 
buscou equilibrar as contas do governo e o efeito 
psíquico na população. Já a segunda foi marcada 
pela implementação da Unidade Real de Valor 
(URV) junto com o Cruzeiro Real, assim, a compra 
de bens e serviços era realizada com os cruzeiros 
reais, mas com referência da URV. Por fim, a 
terceira fase começou quando a Unidade Real de 
Valor foi transformada em moeda oficial do país. 
Ademais, no momento do lançamento do real foi 
realizada a indexação ao dólar, forma de estabilizar a nova moeda, esse regime cambial durou até 1999, o dólar era usado 
de referência para o real, mas a partir do câmbio sofria mudanças graduais para cima e para baixo. Como consequência 
do Plano Real, a desigualdade e pobreza diminuíram e aumentaram algumas conquistas sociais como o combate à fome 
e outros, além disso, o poder de compra só foi possível por causa desse trabalho e da força da moeda. 
Cita-se um trecho interessante retirado da PUC: “O efeito da estabilização dos preços favoreceu, de modo geral, 
a parcela de mais baixa renda da população brasileira, visto que a alta inflação dos anos anteriores provocava corrosão 
dos rendimentos reais, principalmente dos decis mais baixos da distribuição, excluídos que eram das aplicações 
financeiras e de outros artifícios utilizados durante os anos de indexação e inflação alta. No período imediatamente após 
o Plano Real os efeitos da estabilização, aliados ao forte crescimento econômico do período, proporcionaram uma 
melhora sensível nos indicadores sociais, destacando-se a diminuição do número de pessoas abaixo da linha de pobreza 
e indigência”. 
FRONTEIRAS DA MICROECONOMIA 
1) O que é risco moral? Dê exemplos de situações que esse problema pode aparecer. Liste três coisas que um 
empregador poderia fazer para atenuar esse problema. 
 O Risco Moral é um problema de informação oculta pós-contratual, ou seja, o qual ocorre depois que uma 
transação econômica é firmada. Ele pode ser definido como sendo a tendência que um agente, ao ser inadequadamente 
monitorado por um principal, tem de apresentar uma conduta indesejável, infiel ou desonesta. Em outras palavras, o 
agente seria aquele que detém a informação e que pode praticar um ato em nome de algum indivíduo, já o principal seria 
a parte desinformada que observa apenas os efeitos da ação do agente e que não consegue monitorá-lo perfeitamente. 
Abaixo citar-se-á algumas situações em que esse problema ocorre com suas possíveis soluções: 
 a) a fidelidade no casamento pode ser um exemplo pelo fato de um dos parceiros poder serem infiéis e o outro não 
poder observar plenamente o comportamento do traidor. Os contratos pré-nupciais preveem punições caso isso ocorra, 
fazendo com que as pessoas sejam induzidas a não serem infiéis com o risco de não ter direitos aos bens do cônjuge ou 
ficar sem receber nenhum tipo de pensão. 
 b) a rotatividade da mão de obra também é um empecilho aplicado ao mercado de trabalho, como na construção 
civil, pelo fato dos trabalhadores faltarem muito ao serviço, por exemplo. Isso pode ser resolvido com as teorias do salário 
QUESTIONÁRIOS – GRUPO F 
de eficiência visando uma remuneração acima da média do mercado, com o objetivo de induzir o indivíduo a trabalhar 
mais e diminuir a rotatividade. 
 c) os modelos de risco moral para seguros também apresentam problemas frequentes, uma vez que o segurado 
pode ser induzido a adotar condutas mais imorais devido aos monitoramentos ineficazes. Os contratos com cláusulas de 
risco compartilhado e franquia induzem-o a ter comportamentos mais cautelosos, por exemplo. 
2) O que é seleção adversa? Dê um exemplo de um mercado em que a seleção adversa poderia representar um 
problema, explicando em detalhes. 
 A seleção adversa é um problema de informação oculta pré-contratual que se trata da junção de fatores que não 
podem ser vistos claramente por uma das partes de determinada relação de compra e venda, no caso, um dos lados dessa 
relação esconde um fator que deveria ser explícito na negociação. Podemos exemplificar com o caso hipotético de um 
açougue que vende carne de abigeato tendo consciência da origem da carne. O vendedor não expõe ao consumidor as 
condições reais da carne, sua origem e afins, fato que prejudica a parte compradora, visto que essa reterá ônus oculto. 
3) Defina sinalização e seleção (screening) e dê um exemplo prático para cada. 
 Inicialmente, sinalização é uma ação praticada por uma parte informada a fim de revelar de sinalizar informações 
a outra parte desinformada. Um exemplo seria o de uma babá a qual sinaliza aos pais contratantes a respeito das suas 
experiências anteriores e habilidades que a diferenciam de outras. Nessa situação a parte desinformada é os pais que irão 
contratá-la e o lado informado é a baba, a qual revela informações que podem fazer com que ela seja contratada para 
exercer o seu serviço. Outro exemplo é dado quando uma empresa investe em publicidade para dar informações aos seus 
clientes sobre a qualidade dos seus serviços ou produtos, assim, do lado desinformado está o cliente e em contrapartida 
a empresa como a informada. 
 Por outro lado, a seleção ou screening é uma ação cometida pela parte desinformada para induzir a parte informada 
a revelar informações. Um exemplo seria a seleção de currículos para obter informações específicas em que, nesse caso, 
a parte informada é o trabalhador e a desinformada é a empresa ou contratante. Como segundo exemplo seria quando 
uma pessoa decide comprar um carro usado e antes de decidir se vai de fato comprar ela faz perguntas ao vendedor para 
ter a informação se o carro foi verificado por um mecânico antes da venda ou se já houve acidentes com o automóvel. 
Nesse caso, é possível notar que Júlia é a parte desinformada, contudo ela usa métodos (perguntas) para obter dados sobre 
o veículo. 
4) Descreva três maneiras pelas quais a tomada de decisões humana difere da do indivíduo racional da teoria 
econômica convencional. 
 Nem sempre as decisões humanas são racionais, o que difere da do indivíduo racional da teoria convencional 
econômica, por exemplo, uma pessoa que se baseia pela experiência ou opinião de um só indivíduo, ignorando outros 
que podem ter visão diferentes. Além disso, pessoas que tenham muita confiança em si mesmas, podendo estar erradas, 
como também, o indivíduo que reluta em mudar de ideia, por exemplo, como alguém que não acredita na eficácia das 
vacinas, mesmo com inúmeras comprovações que elas são eficientes. 
 
 
GUSTAVO RAFFI RICKES 
 NICOLE OLIVEIRA GABRIEL 
OTÁVIO RANGEL MORESCO 
AÇUCENA MOREIRA DITTGEN 
SARA EVELY DE OLIVEIRA MORAIS

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