Buscar

Apostila microbiologia

Prévia do material em texto

Resumos microbiologia
3° período
Lara C. Micheletto - TXX 01
Microbiologia–aula 1 
↳ são células procarióticas com material genético 
“disperso” no citoplasma 
↳ presença de parede celular como forma de proteção
↳ são diferenciadas por muitos fatores
↳ o grupo das bactérias é um dos que mais se sabe 
sobre dentre os 3 grupos de microrganismos devido à 
simplicidade da célula
↳ as espécies bacterianas são diferenciadas por muitos 
fatores:
• morfologia (forma);
• composição química (reações de coloração);
• necessidades nutricionais;
• atividades bioquímicas.
↳ a parede celular bacteriana é que dá a forma da 
célula
↳ As bactérias podem se apresentar dessas formas:
• bastonetes – ex: bacilos
• esféricas – ex: cocos
• espirais – ex: vibrião, espirilo e espiroqueta
• 1 plano de divisão  diplococos (duas células unidas 
entre si) e estreptococos (um plano de divisão mas 
com mais divisões, formando uma corrente de células)
• 2 planos de divisão  tétrade (agrupamento de 4 
células)
• 3 planos de divisão  sarcinas (possui 8 células)
• Sem plano de divisão definido  estafilococos (cocos
se divide em planos e direções irregulares)
↳ apresentam um plano de divisão
↳ se dividem no eixo com menor diâmetro, pois assim 
o gasto energético será menor
↳ se dividem no eixo vertical
↳ podem se dividir em:
• diplobacilos ou estreptobacilos – união de bacilos em 
forma de corrente, mas diplo são só dois
• cocobacilo – é um bacilo que é arredondado e não é 
reto como os outros, não formam agrupamento
Classificação geral das bactérias
1 Morfologia
Esféricas -cocos
Bastonetes - bacilos
Lara C. Micheletto - TXX 01
1. Vibrião
 é um bastão levemente curvado↳
2. Espirilo
 é mais rígido do que uma espiroqueta então ↳
apresenta menos curvas
 ↳ apresenta forma helicoidal
3. Espiroqueta
 a espiroqueta tem mais curvaturas que o espirilo, ↳
uma vez que sua parede celular é mais flexível que a 
do espirilo
 apresenta forma helicoidal↳
 Glicocálice•
 Flagelos•
 Fimbrias•
 Pili•
 estrutura de revestimento externo ↳
 função: formar cápsula e biofilme↳
 estrutura formada por polissacarídeos e ↳
polipeptídeos
 identificação de microrganismos↳
 proteção da célula bacteriana↳
1. CÁPSULA
 estrutura individual•
 cada bactéria produz a sua•
 fortemente aderida à parede celular bacteriana•
 relacionada diretamente com a virulência bacteriana •
(quanto mais virulento, mais forte é a bactéria)
 dificulta a fagocitose (sistema imune tem dificuldade •
de reconhecer uma célula encapsulada)
 ex de bactérias que formam cápsulas: • Bacillus 
anthracis e Streptococcus pneumoniae
2. BIOFILME
 estrutura coletiva•
 abriga outras estruturas embaixo dela•
 não está fortemente aderida à parede celular•
 estrutura gelatinosa e viscosa•
 favorece a proliferação das bactérias, uma vez que •
mantém água, nutrientes e pH dentro da célula
 o biofilme é extremamente resistente à ação dos •
antibacterianos
 células móveis que iniciam a formação do biofilme •
são chamadas de planctônicas
• como é formado o biofilme?
1. adesão – células vão se aderir à matris, pode ser de 
um tecido do corpo ou algum material
2. crescimento – é o aumento das células
3. colonização/maturação – células bacterianas se 
proliferando embaixo da camada gelatinosa
4. destacamento – é o processo no qual as bactérias se
desprendem, same
• exemplos de biofilme
1. sonda/ cateter – o plástico do cateter fornece uma 
matriz para a bactéria, e quando alguém passa a 
contaminação para esse catéter, pode ser uma 
Espirais
Estruturas externas à parede celular
das bactérias
Glicocálice
Lara C. Micheletto - TXX 01
enfermédia ou um médico que vai realizar a troca dele 
as bactérias grudam lá, se proliferam e crescem. À 
medida em que crescem vão ficam mais maduras e se 
soltam, e quando o liquído passar por essa sonda vai 
carregar as bactérias para o paciente, podendo levar 
ele ao choque séptico seguido de morte
2. cárie – causada pela bactéria Streptococcus mutans, 
que forma biofilme para se proteger da água que 
tomamos
3. cólera – Vibrio cholerae se instala no intestino 
delgado e produz biofilme lá, que a protege dos 
movimentos peristálticos, alteração de pH, etc
 é responsável pelo movimento bacteriano↳
 flagelo bacteriano possui movimento rotacional↳
 principal componente do flagelo é a flagelina↳
 existem tipos de bactérias com ou sem flagelos, são↳
denominadas:
 atríqueas não possuem flagelos• –
 peritríqueas vários flagelos saindo de pontos • –
diferentes da parede celular
 monotríqueas e polares apenas um flagelo saindo • –
de um ponto
 lofotríqueas e polares alguns flagelos saindo de um • –
polo
 anfitríqueas e polares flagelos que saem de polos • –
opostos
 ↳ estrutura do flagelo:
 filamento estrutura mais externa delgada• –
 gancho é responsável pela conexão e parede • –
celular bacteriana, possui maior diâmetro
 corpo/disco basal é a estrutura mais interna, • –
responsável pelo movimento rotacional
 nessa imagem percebe-se também a diferença ↳
entre as Gram+ e e Gram - 
 na Gram negativa existe um par de corpo basal↳
ancorado na membrana plasmática e um par ancorado 
na membrana externa que faz parte da parede
celular de uma Gram negativa.
 na segunda imagem, o corpo basal está ancorado ↳
apenas na membrana plasmática, e toda a
estrutura de conexão fica na parede celular e conecta 
o gancho com o corpo basal
 ↳ movimento flagelar
 baseado nesses movimentos a bactéria vai em •
direção ao estímulo
 células bacterianas tem receptores atraentes e •
fazem com que o copro basal faça o movimento 
rotacional que leva a célula em direção ao estímulo
 • movimento de corrida – sentido anti horário. 
 • movimento de parada – sentido horário. A função 
dessa parada é a reorientação através dos estímulos 
quimiotáticos presentes ou não na solução e retornar 
ao movimento de corrida a favor ou contra o estímulo
Flagelos
Lara C. Micheletto - TXX 01
 ↳ movimento espiral ou em saca rolhas
 além de terem flagelos algum podem contar com •
esse movimento, que é proveniente do filamento axial, 
o que está representado em azul
 os filamentos axiais são abrigados embaixo da bainha •
externa, formando uma estrutura única, isso é 
projetado a partir de toda a célula bacteriana
 como se fosse um movimento de contração que vai•
se propagando e a célula faz o movimento em espiral
 é uma outra alternativa que SÓ ESPIROQUETAS •
podem fazer
 externa à parede celular↳
 importante para ↳ adesão célula célula ou célula e 
nosso corpo
 + curta e + numerosa que os flagelos↳
 se assemelham em localização com flagelos do tipo ↳
peritríqueo
 precisa de fímbrias (adesão que é o primeiro passo) ↳
para formar o biofilme
 se projeta em 1 ou 2 pontos da parede celular↳
 são mais longos que as fímbrias, mas não tão longa ↳
 transferência de DNA e mobilidade celular↳
 do lado esquerdo temos uma célula cinzada chamada↳
de F+ e do lado direito F-
 na célula F+ temos o fator F ou plasmídio F, que ↳
significa fertilidade, a célula F- não tem esse fator F
 esse fator F confere formação do pili sexual para as↳
células que os tem
 a célula F+ consegue formar o pili, chamada de ↳
ponte citoplasmática, conectando o citoplasma da F+ 
diretamente com a F-
 toda vez que temos essa comunicação as células ↳
são unidades opostas de acasamento, alguém que tem 
algo para doar (F+) e alguém que recebe (F-)
 nessa comunicação entre as duas F+ doa o fator F ↳
para F-
 a célula doadora replica o se fator F e transfere para↳
a célula receptora
 ao final do processo de conjugação vamos ter duas ↳
células F+
 esse mecanismo de troca de material genético é ↳
horizontal, pois não precisa ter divisão celular e pode 
ocorrer entre células de mesma linhagem, mesma 
geração
 quando uma célula transmite um plasmídeos para ↳
outra, vai poder transferir também seu plasmídeo de 
resistência e assim irá existir mais de uma célula 
propagando resistência e isso vai se propagando em 
escalaexponencial, ou seja, a população dobra de 
tamanho
 nem todas as células conseguem formar o pili, uma ↳
vez que se não apresentam o plasmídeo F, não 
formam esse pili
 as células que apresentam o plasmídeo conseguem ↳
fazer uma locomoção a partir dessa estrutura, por meio
Fímbrias
Pili sexual
Pili sexual – motilidade pulsante
Lara C. Micheletto - TXX 01
da pilina, que é a principal proteína responsável pelo 
movimento
 o movimento é denominado “gancho atracado” é ↳ –
curto e agudo, ocorre a polimerização e a 
despolimerização da pilina para que ocorra a 
movimentação
 a imagem mostra os monômeros de pilina se ↳
aglomerando para crescimento, processo denominado 
polimerização
 na polimerização ocorre o aumento do pili sexual e ↳
forma uma estrutura alongada
 o pili então se fixa ao substrato, uma vez que possui↳
partículas de adesão em sua extremidade anterior
 para o movimento de translocação ocorrer é ↳
preciso que a despolimerização aconteça após a 
fixação no substrato, pois assim a célula é puxada para 
o ponto de adesão para que a polimerização ocorra 
novamente e o ciclo se reinicie
 tem como função principal a proteção ↳
(antibacterianos, pH, temperatura, desidratação, pressão
osmótica)
 composição química:↳
- gram positivas
- gram negativas
 solução hipertônica água sai da célula e vai para o • –
meio externo e ocorre plasmólise, que é a redução da 
membrana plasmática para crescimento bacteriano
 solução hipotônica água entra na célula e ela fica • –
túrgida, mas se a parede ficar intacta ela continua 
protegendo a célula e mantendo ela íntegra até o 
ambiente voltar a ser isotônico
QUAL É O COMPONENTE COMUM TANTO AO 
GRUPO GRAM + QUANTO AO GRUPO GRAM -?
R: peptideoglicano, peptídeos são vários aminoácidos 
que fazem parte da estrutura e glicano faz referência 
aos dois açúcares presentes na estrutura: N-
acetilglicosamina e N-acetilacidomurano
*** Gram + apresentam mais peptideogliacano que 
Gram - 
 N-acetilglicosamina e N-acetilacidomurano se ↳
intercalam entre si para formar o esqueleto de carbono
o esqueleto de carbono forma os bastões↳
os bastões estão unidos por meio de aminoácidos ↳
(junção de N-acetilglicosamina e N-acetilacidomurano
 após a formação da primeira camada serão ↳
depositadas outras logo acima por meio do crescimento
vertical
DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS DE PAREDE
CELULAR
Gram + Gram -
 • + peptideoglicano
 • tem acido teicoico e 
acido lipoteicoico
 • - peptideoglicano
• tem membrana externa
• tem LPS
Gram + 
- ácido teicoico: amarra as camadas de peptideoglicano, 
mas não se ancora na membrana plasmática
- ácido lipoteicoico: ancora na membrana plasmática, 
promove estabilidade
- camada mais espessa de peptideoglicanos: não 
apresenta membrana externa, então precisa de mais 
reforço
Gram -
- formada por poucas camadas de peptideoglicano (fina)
- membrana externa que confere maior resistência que
a gram +
- não é composta por nenhum dos ácidos (teicoico e 
lipoteicoico)
- membrana externa -> não confundir com membrana 
plasmática. e é um componente da parede
- apresenta LPS: componente que fica ancorado na 
porção externa da membrana externa, voltado para o 
meio extracelular.
Parede celular
Lara C. Micheletto - TXX 01
LPS importância!!!!!–
 ↳ apresenta uma região de ácidos graxos, outra 
região de polissacarídeos e a região mais externa que 
está em contato com o meio extracelular é 
denominada antígeno O - importante para garantir mais
especificidade a uma bactéria, tornando possível a 
identificação de uma espécie
 ↳ está presente em toda a célula e vai funcionar como
uma endotoxina
↳ com morte de uma célula bacteriana Gram - ocorre 
a liberação de muito LPS e a superestimulação (por ser
uma endotoxina) o sistema imunológico, uma vez que lá
está presente um receptor de reconhecimento padrão
que reconhece LPS.
 ↳ LPS pode ser chamado de PAMP!!!
superativação do sistema imunológico → excesso de 
liberação de TNF-a e IL-1, ocasionando choque séptico 
no paciente!!! Choque é hipotensão e TNF-a é um 
vasodilatador. Infecção libera muito LPS p→ → roduz 
muito TNF-a e IL-1 (vasodilatadores) → com 
vasodilatador pode ter como consequência o choque 
séptico.
Por que o LPS solto/solúvel é um grande problema e 
ancorado não? Porque é o lipídio A o maior causador 
do problema, são as moléculas de ácido graxo que 
ativam os receptores de reconhecimento padrão.
Lara C. Micheletto - TXX 01
Microbiologia–aula 2
Crescimento e metabolismo bacteriano
 crescimento aumento de número, população, não↳ –
de tamanho
 ↳ Fatores necessário: físicos e químicos;
 ↳ Fatores físicos: temperatura, pH e
pressão osmótica;
↳Fatores químicos: fontes de carbono (principal
nutriente) nitrogênio (ácidos nucleicos, proteínas), enxofre,
fósforo, oxigênio…
Fatores Físicos: Temperatura
 Bactérias crescem bem nas temperaturas ideais para↳
os seres humanos;
- Psicrófilos: baixas temperaturas; (10 a 12°c)
- Mesófilos: temperaturas moderadas; (35 a 37°c)
- Termófilos: altas temperaturas.
 esterilização comercial: foco nos mesófilos↳
 ingestão de alimento contaminado com termófilas, teria↳
perigo? Não, pois a bactéria nunca cresceria, uma vez
que o corpo jamais atingiria 60°
 conseguiria frear o crescimento de psicrófilos se↳
colocasse na geladeira (4° mais ou menos)? Sim, não é a
temperatura ideal mas cresceria
 mesófilas não tem crescimento bacteriano a 10°c↳
 termófilos a 40° não cresce, então quando estamos↳
com febre a bactéria não cresce e mais de 40° entramos
em desnaturação e morte
 o que é semelhante aos 3 grupos? A curva,↳
crescimento lento, curva e desce drasticamente, assim
que passa o ápice (temperatura ótima de crescimento),
uma vez que desnatura a proteína da bactéria
 o nosso colesterol na membrana é que mantém a↳
fluidez dela, ou seja, independente da temperatura eu
consigo manter a fluidez, bactéria não tem nenhum tipo
de esterol, então não consegue ter controle de fluidez de
membrana (gelificação da membrana), em baixas
temperaturas é uma gelatina e isso dificulta a entrada de
nutrientes para ela conseguir se alimentar e se reproduzir,
 Lara Canato Micheletto TXX 01–
à medida com a temp aumenta ela fica mais fluida e ai eu
consigo ter troca
Temperaturas cardeais
 é a curva padrão que segue o crescimento bacteriano,↳
uma das mais importantes
Fatores Físicos: pH
- Crescimento: pH 6,5 e 7,5; (maior importância clínica,
são chamadas de neutrófilas)
- Acidófilas: pH abaixo de 4;
- Alcalófilas: pH acima de 9.
 pH tem ligação direta com a membrana plasmática,↳
influencia diretamente no transporte realizado por essa
membrana
 fungo é mais crítico no sentido de infecção, porque é↳
difícil ter infecção fúngica e sistêmica, é mais difícil um
indivíduo imunocompetente desenvolver infecção fúngica,
geralmente são pacientes que tem supressão do sistema
imune, existem alguns que crescem em pH 1 e pH 9, e
além disso tem parede celular e esterol de membrana,
sendo bem versátil e resistente 
Fatores Físicos: Pressão Osmótica
está relacionada com a questão do meio em que a↳
bactéria se encontra, hipertônico, isotônico e hipotônico
Lara C. Micheletto - TXX 01
 a bactéria em plasmólise não cresce, por isso um↳
alimento é conservado em altas concentrações de
determinado soluto
 ↳ não halófilos: exemplo E coli, precisa de solução
hipertônica para estabelecer seu equilíbrio na membrana
plasmática? Não, prefere crescer em meio isotônico, se
aumento a concentração de soluto no meio externo a
taxa de crescimento reduz drasticamente
 ↳ halotolerante: em 0 o crescimento é quase que 100%,
na concentração de 1% sua taxa de crescimento já
aumenta, e um exemplo é o Sthaphylococcus aureus que
está na pele, isso é interessante porque ela se adapta e
não morre se a gente suar, ela faz uma barreira e ocupa
um espaço para não deixar coisas ruins ocuparem a
nossa pele
 ↳ halófilo: tem que ter concentraçãode soluto externa
para estabelecer o equilíbrio na membrana, não cresce
em meio isotônico
 ↳ halófilo extremo: 10% de concentração o crescimento
é zero e começa a ser bom em torno de 20%
Fatores Químicos
 Carbono: esqueleto estrutural importante na↳ –
formação de ácidos nucleicos, carboidratos, etc
 se tiver carbono cresce, se não tiver não cresce ↳
 classificamos os microrganismos de acordo com a↳
fonte de carbono
 os microrganismos tem duas fontes de energia:↳
química e luminosa
 quimio heterotróficas são as bactérias de maior↳
importância clínica
!!!! lembrar da classificação quimioorganotrófico é a–
mesma coisa que quimio heterotrófico
!!!! quimiolitotrófico é a mesma coisa que quimio
autotrófico
continuação de fatores químicos
- carbono: esqueleto estrutural
- nitrogênio: síntese de proteínas e ácidos nucléicos, em
torno de 15 a 16% do peso seco, mas não é
determinante, falamos que é limitante, uma vez que sua
falta limita a taxa de crescimento, podendo fazer com que
cresça de forma mais devagar ou mais rápida
- fósforo: síntese de ácidos nucléicos e ATP, tem menor
representatividade
- enxofre: síntese de proteínas.
- oxigênio:
• AERÓBICOS:
Aeróbicos obrigatórios: obrigatoriamente precisa ter
oxigênio para crescer
Anaeróbicos facultativos: se não tiver oxigênio
conseguem se manter viáveis
• ANAERÓBICOS
A naeróbicos obrigatórios: se tiver oxigênio essa célula
bacteriana morre
Anaeróbicos aerotolerantes: prefere viver sem oxigênio,
mas no caso de ter oxigênio ele não morre, tolera a
presença de oxigênio
• MICROAERÓFILAS
Não é aeróbia nem anaeróbia, gosta de O2, mas se ver
uma concentração muito alta ela morre
 quando a bactéria usa o O2 para respiração celular,↳
esse oxigênio forma especies reativas de O2, uma desses
ROS é o tal do anion superoxido, as bactérias que são
aeróbicas obrigatórias tem um sistema que neutraliza os
ROS, em especial esse anion superoxido, primeira enzima
é o SOD (superoxido desmutase), que tem função de
converter o anion superoxido em peroxido de hidrogênio,
Lara C. Micheletto - TXX 01
que ainda é nocivo e ai vem a segunda enzima para fazer
a neutralização, que é a catalase (catalase + faz a
neutralização do peróxido e tem a formação de água e
oxigênio) e com isso evita o dano celular
 anaeróbico aerotolerante prefere crescer sem O2,↳
mas tolera porque tem um sistema de neutralização que
não é SOD e catalase mas é menos eficaz que esses 2,
por isso prefere crescer em ambiente sem ROS, esse
sistema alternativo neutraliza em menor velocidade, por
isso se a bactéria ficar em muito tempo na presença do
O2 ela morre
 microaerófilas precisam de concentrações menores↳
pois o sistema de neutralização não e tao eficaz assim
como SOD e catalase
Metabolismo - 1a etapa
j
 a primeira via que é a glicólise é comum a todas elas e↳
depois é a etapa de recuperação, que eu tenho saldo
maior de ATP, e isso é comum a todas as bactérias que
usa ou não O2, o que é importante disso que ao final da
glicólise tem formação de piruvato e se o organismo faz
respiração aeróbica ou anaeróbica ele segue para o ciclo
de Krebs
 fermentação bacteriana: produto final da fermentação↳
não tem importância para a bactéria, o importante é
formar ATP, o produto final é o metabólito secundário,
para a bactéria não tem função metabólica
 piruvato formado e vai para o ciclo de Krebs:↳
2a etapa: Ciclo de Krebs
 Procariotos: citoplasma;↳
 Anaeróbicos.↳
 primeira diferença: célula do corpo humano tem↳
mitocôndria e bacteriana não tem, a primeira diferença é
que na bactéria ocorre no citoplasma, na bactéria não
tem perda de elétrons pois não muda o meio, já esta lá
no citoplasma e tem maior saldo de ATP uma vez que
gera menos perda de elétrons
 outra diferença importante: formou o piruvato, se a↳
célula é anaeróbica na ausência de O2 nem todas as
enzimas do ciclo de Krebs funcionam e isso faz com que
a velocidade das reações sejam mais lentas e a formação
de ATP é comprometida, menos ATP e em velocidade
reduzida
3a etapa: Cadeia Respiratória
Lara C. Micheletto - TXX 01
 em uma célula eucariótica tem a crista mitocondrial, já↳
que a bactéria não tem mitocôndria mas tem membrana
plasmática é la que ocorre essa cadeia respiratória
 se as bactérias tiverem como aceptor final de elétrons↳
o O2, ele tem um potencial REDOX maior
 se a bactéria for de respiração celular anaeróbica o↳
aceptor final de elétrons é outro que não o O2,
geralmente sulfato, sulfito, nitrato, nitrito e isso leva a um
saldo menor de ATP, pois nenhum deles tem potencial
de oxidação e redução como o O2
 dependendo do aceptor final de elétrons para os↳
anaeróbicos existe a diferença no saldo final de ATP
 nenhum vai ser tão bom quanto o O2↳
Fermentação
 glicólise comum aos dois forma-se o piruvato e desvia↳
para a formação dos produtos finais da fermentação 
 porque a bactérica produz esses produtos finais se↳
não tem função para ela? REESTABELECER NAD O que
está em amarelo é a etapa de preparação da glicolise
que tenho gasto de 2 ATP, em rosa é a segunda etapa
que é a recuperação, onde eu produzo 4 ATP, mas
gasto 2 então tem saldo de 2), em verde é a etapa para
a formação dos produtos da fermentação que é a etapa
de redução, mas tem uma importância para ela se
manter energeticamente viável)
 na segunda etapa eu preciso reciclar muito NADH e↳
NAD+, é por isso que a minha célula pega piruvato para
formar mais NAD+ e esse NAD + volta para a etapa de
recuperação, fazendo tudo de novo, o que mantém os
níveis de NADH e NAD+ equilibrados, equilíbrio interno da
fermentação, a bactéria recicla esses NAD porque os
níveis são baixos na célula e volta para a etapa de
recuperação pois é onde tem efetivamente produção de
ATP
 as bactérias tem enzimas diferentes então os produtos↳
finais são variáveis dependendo do tipo de bactéria
 aeróbico é o que mais cresce, anaeróbico mediano e↳
fermentador é o que menos cresce
Divisão Bacteriana: Fissão Binária
 fissão pois divido e binário porque gera 2↳
 no final gera 2↳
 morfologicamente e geneticamente idênticas↳
 primeiro movimento que a bactérica faz quando vai↳
iniciar a divisão é se alongar
 fez a replicação e começa um processo de↳
invaginação, tanto da membrana plasmático quanto da
parede celular, quando essas porções se tocam e se
fecham as células nãtem mais comunicação entre si, se
Lara C. Micheletto - TXX 01
tornam independentes e existem algumas enzimas que
digerem o que ficou no meio delas
 taxa de divisão binaria é variável de acordo com a↳
bactéria e outro fator que predomina é a quantidade de
ATP que a célula bacteriana tem
Fases do Crescimento
 depende do meio em que a bactéria se encontra↳
 curva de crescimento bacteriano em função do↳
tempo, é dividida em 4 fases
 fase Lag, Log, estacionária e a fase de morte celular.↳
 o que está no eixo X é o tempo e medida que ele↳
passa a bacteria vai evoluindo
 no eixo Y tem o número de bactérias, que pode↳
aumentar ou diminuir
- fase Lag: fase de adaptação, bactéria chegou no meio e
reconhece o ambiente primeiro, taxa de crescimento
nula, mas não significa que ela está morta, e sim
metabolicamente ativa, sintetiza muito DNA, RNA,
proteína, está se adaptando para entrar efetivamente na
fase de divisão
- fase Log: sempre dobra o numero de bactérias a
medida que ocorre a divisão celular, é a fase ativa onde
ocorre de fato a multiplicação das bactérias, começa a
faltar nutrientes pelo excesso de população pois de 10
pulhou para 1 milhão e começo a liberar muito metabólito
secundário que altera o pH do meio, um dos fatores
físicos que determina a velocidade de crescimento
- fase estacionária: existe equilíbrio entre multiplicação e
morte: forma-se 5 bactérias e morrem 5, número é
estável por conta da falta de nutrientes que não foram
repostos e pelo acúmulo de metabólitos secundáriosque
são tóxicos e alteram o pH do meio
- fase de morte ou fase de declínio: número de morte se
sobrepõem ao número de multiplicação, pois faltam
nutrientes e pH está alterado, podendo chegar a 0 se eu
não mudar o meio, já se eu mudar podem entrar
novamente na fase log e se reestabelecer
 todas elas são importantes para possibilitar a↳
manutenção das bactérias em determinado meio, seja ele
externo ou dentro do nosso corpo
Lara C. Micheletto - TXX 01
Microbiologia–aula 3
Genética microbiana
 ↳ Regulação da Expressão Gênica Bacteriana;
 ↳ Transferência Gênica.
Modelo operon de expressão gênica
 operon lac é o clássico↳
 40% do genoma bacteriano está sob com trole de ↳
expressão genica e os outros 60 são constitutivos ou seja, 
produzindo continuamente independente o meio no qual a 
bactéria de encontra
 regulação de expressão genica é importante em relação↳
de contes gasto de energia, uma vez que é uma célula 
simples
•operon indutível (catabolismo) reações de quebra para –
formar moléculas mias simples e a bactéria conseguir fazer 
seu uso
•operon repressivo (anabolismo). - reações de síntese e 
montagem, está ligado a todo momento, é o feedback 
negativo, o excesso do produto que desliga esse operon
 o que induz o operon a funcionar? O meio no qual essa ↳
bactéria está
 dentro da porção dos constitutivos, os genes envolvidos ↳
nas enzimas que participam da via glicolítica são 
constitutivos porque glicose é fonte de carbono primária 
assim como para nós, então as enzimas não precisam ser 
produzidas só sob estímulo, e sim o tempo todo
 o que está no colchete faz parte do operon, o que ↳
está fora é constitutivo
 I= gene regulador é responsável por formar o que ↳
regula o operon, regular para desligar ou ligar, é 
constitutivo, produz uma proteína e ela pode ser produzida 
no estado ativo ou inativo, pode em um operon produzir a 
proteina repressora ativa (se liga no operador) ou proteína 
repressora inativa
P = promotor, a ligação da RNA polimerase para transcrição
dos genes
O= operador, funciona como um semáforo, quando tiver 
inativa libera a passagem da RNA polimerase, uma vez que 
ela não consegue se ligar no operador e ele fica livre
 genes estuturais↳
Operon indutível
 está em um meio não favorável para ele funcionar, ↳
está desligado, o gene regulador constitutivo teve 
transcrição, tradução e gerou proteína repressora ativa,
vai no operador se liga bloqueando a passagem de RNA
polimerase e os genes estruturais não vão ser 
produzidos, pois não preciso ainda
 na primeira situação a bacteria estava no meio sem ↳
estimulo, ex a lactose e no segundo momento está no 
meio de lactose, e ai eu preciso de enzima para 
hidrolisar essa lactose, preciso de uma enzima que não 
é constitutiva
 para induzir o operon a transcrever a lactose ↳
funciona como indutora que é a alolactose, o gene 
regulador produz continuamente a ptn repressora no 
seu estado ativo, a lactose vem se liga na ptn 
repressora e inativa que o gene regulador produz ativo 
a lactose esta inativando, o operador está livre e RNA 
polimerase tem passagem livre e transcreve os genes 
que estão sobre controle do operon
 entra mais lactose e ela produz enzima que quebra ↳
lactose em galactose e glicose, que é a beta 
galactosidase, e a permease aumenta a captação de 
lactose na membrana
 o que faz o operon desligar? Ausência do meio, ↳
nesse caso a lactose
 operon indutível está relacionado com a proteína ↳
repressora ativa, preciso induzir ele a ser funcional, 
fazendo com que a proteína repressora ativa se torne 
inativa
Crescimento diáuxico
Lara C. Micheletto - TXX 01
Glicose e lactose
 ↳ efeito glicose: se eu tenho uma bactéria crescendo num
meio com glicose porque q eu gasto energia ativando 
operon para produzir mais glicose? Não preciso ativar 
operon lac se eu já tenho isso pronto, sempre que glicose 
está no meio eu reprimo o catabolismo de qualquer outro 
açúcar, quando glicose zera eu uso o carboidrato disponível
no meio, tenho lactose, na ausência de glicose a célula entra
em stress metabolismo e ativa enzima que ativa AMP 
cíclico que funciona como alarmonio, e tem o papem de se
ligar na ptn CAP, que é a proteína ativadora catabólica, se 
torna ativa ao se ligar no AMP cíclico, vai no operon e 
aumenta a finidade da RNA polimerase com o promotor, 
fazendo com que ela se ligue mais rápida e transcrição 
mais rápida dos genes e aí o processo todo ocorre. A 
diferença é a velocidade com que a RNA polimerase se liga 
no promotor, já que a célula está em situação de stress
 crescimento diauxico↳
 célula usa primeiro a glicose, na curva vermelha acaba ↳
glicose, aumenta AMP cíclico ativa CAP que aumenta 
afinidade da RNA polimerase e ocorre ativação da operon 
porque inativa proteína repressora, bela galactosidase age 
e as células voltam a crescer
 duas fontes de carbono, uma utilizada primariamente e ↳
outra em segundo momento, todas as enzimas da via 
glicolítica são constitutivas e em segundo momento precisa 
ativar o operon
Operon repressivo
k
 está sempre ligado, preciso reprimir, é sempre ativo, ↳
proteína repressora está inativa. No seu estado inativo é 
incapaz de ligar ao operador e RNA polimerase está 
sempre livre para transcrever os genes estruturais, o que 
funciona como estímulo indutor para induzir a ptn 
repressora a ser ativa se ligar no operador e parar de 
ter transcrição dos genes estruturais? EXCESSO DO 
PRODUTO DO OPERON, O PRODUTO DOS GENES
 operon do triptofano, triptofano acumulado se liga na↳
proteína repressora inativa, faz ela se tornar ativa e se 
liga no operador, inibindo a síntese do produto, oq eu 
faz esse operon voltar a ser funcional? Acabar o 
estoque de triptofano
Transferência genética 
 Transformação;•
 Conjugação;•
Transdução.•
k
 transferência genica vertical: fissão binária, uma célula↳
mãe se divide em duas para formar as células filhas, 
morfologia idêntica
transferência genica focamos sempre na horizontal ↳
porque eu troco material genético entre duas célula 
sem precisar de divisão, é uma troca entre células de 
uma mesma geração, ainda existe a recombinação 
onde eu levo o produto de uma célula pra outra e 
recombinar no cromossomo da célula e ai essa célula 
recombinante vai passa por processos de fissão binária 
e além da transferência horizontal tenho a vertical 
também
TRÊS TIPOS DE TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL:
- transformação
- conjugação
- transdução
Tranformação
k
Lara C. Micheletto - TXX 01
 a célula doadora é sempre morta e a receptora é uma ↳
célula viva
 a célula bacteriana morreu e ao morrer fragmenta seu ↳
cromossomo, o material genético fica disponível no meio 
externo e uma célula receptora consegue passar pela 
membrana o material e incorporá-lo ao seu DNA, nem 
todas as células são aptas a captar material
 in vitro quase todas conseguem captar material genético,↳
mas in vivo não, uma vez que no processo de 
transformação existem 2 passos cruciais:
- competência: nem toda a bactéria é competente para 
fazer isso, mas in vitro eu induzo a competência, que está 
relacionada com duas etapas importantes: bactéria precisa 
ter ptn de ligação ao DNA, pois elas grudam o DNA 
exógeno na superfície da célula, segunda fase importante: 
material genético é fita dupla, e ela é difícil de atravessar a 
membrana plasmática, então uma célula competente 
precisa ter nucleases que vão digerir uma das fitas do DNA,
gerando um DNA de fita simples que é passivo de 
atravessar a membrana plasmática, que são conduzidas até 
o nucleoide.
- integração: é o segundo passo da transformação, essas
ptn integram o DNA fita simples ao material da célula 
receptora , essa própria célula pega a DNA polimerase e 
faz a fita final para se integrar, mas depois se refaz a parte 
da fita e agora ela é recombinada 
Conjugação
uma doadora e uma receptora no início, no final eu tenho↳
duas doadoras
 a célula F+ tem o plasmídio F, importante para gerar↳
o pili sexual na bactéria e fazer a união das duas células
 a célula F não possuio plasmídio F↳ –
 ao final da conjugação terei 2 células F+↳
 o plasmídio F é chamado de epissomo, e por ser ↳
um epissomo possui regiões que se complementam 
com o nucleoide da célula bacteriana
 no processo final a célula F que é o epissomo ↳
integra e forma um só material genético ( DNA 
bacteriano + plasmídio F), então a célula deixa de ser 
chamada F+ e passa a ser chamada HFR (célula com 
alta frequência de recombinação)
 HFR tem seu plasmídio integrado ao cromossomo ↳
bacteriano
 HFR ao se conjugar com F- faz com que F- ↳
continue sendo F-, pois é uma célula receptora e não 
produz plasmídio F, então não consegue se conjugar a 
outra célula
 vantagem de HFR se conjugar com F- se F- ↳
continua sendo F-: recebe informação do cromossomo 
bacteriano, não recebe plasmídio F, mas sim pedaços 
do DNA cromossômico. Depois disso, a célula vai 
começar a replicar e criar uma cópia de um pedaço do
DNA cromossomal 
Transdução
 depende de um vírus chamado bacteriófago ou fago↳
 célula doadora e tem o fago que injeta o seu ↳
material na célula porque quer se replicar e esse 
material conduz toda a maquinaria na célula hospedeira 
para ele se replicar
 ao se replicar o virus degrada o material genético ↳
bacteriano para que toda a maquinaria da célula 
procariótica fique à disposição do vírus
 o material genético bacteriano será excluído e só ↳
terá ativo o material genético viral
 o vírus que pega material genético da célula doadora↳
é chamado de partícula transdutora, uma vez que pega 
o material genético e injeta em outra célula bacteriana
 a↳ o injetar o material bacteriano em outra célula 
bacteriana, os materiais vão se integrar na célula 
receptora 
Lara C. Micheletto - TXX 01
 diferente da célula que recebeu o vírus com material ↳
genético viral, que vai sofrer lise e vai morrer, a célula 
bacteriana que receber material genético de outra célula 
bacteriana, passa a integrar esse material genético no seu 
DNA cromossomal e a partir disso, pode receber uma nova
informação
Lara C. Micheletto - TXX 01
Microbiologia – aula 4
Fungos
 relembrar:↳
- fungo é uma célula eucariótica
Parede celular
 fungo também tem parede celular, que é ↳
diferente nas bactérias
 quitina polímero de acetilglicosamina está ↳ –
presente na parede
 quitina é comum no exoesqueleto de artrópodes, ↳
confere rigidez à parede celular 
 o fato da parede celular fúngica ter quitina faz ela ↳
ser uma estrutura rígida, o que dificulta a eliminação 
do fungo
 glicanas estão representadas em cinza ou preto, ↳
e a parede celular fúngica pode ter tanto alfa glicana
quanto beta glicana e isso é importante quando se 
pensa no fungo dentro do nosso corpo, fazem a 
sustentação das manoproteínas
 existem também as manoproteinas que estão ↳
associadas ao açúcar e fazem o revestimento mais 
externo e deixam o fungo mais familiar às nossas 
células, se mascarando contra o nosso sistema 
imunológico
 fungos demáceos fungos que tem melanina na ↳ –
parede celular
 a melanina tem a função de aumentar a virulência↳
da célula fúngica (principal mecanismo de defesa é 
fagocitose, a melanina presente no fungo impede a 
atuação de ROS no fagolisossomo, como se 
neutralizasse esse ROS, dificultando o seu efeito puro
e associado ao NO. Além de ter a capacidade de 
neutralizar ainda dizem que alguns desses fungos 
demáceos conseguem converter energia química 
para poder se alimentar, por isso que muitos fungos 
classificados como demáceos podem sobreviver 
dentro do fagolisossomo, que funciona como uma 
cápsula de proteção para ele
 como fungo é uma célula eucariótica que tem ↳
parede celular, ela é ótimo alvo para os antifúngicos
Membrana plasmática
 também é diferente dos seres humanos, tem ↳
esterol e isso não deixa ela fragilizada, confere 
rigidez, o ergosterol que forma, já nos humanos é o 
colesterol, que é a segunda diferença apresentada 
nas células entre fungos e seres humanos 
 existem drogas antifúngicas que se ligam ↳
diretamente ao ergosterol
 anfotericina B é uma droga comum antifúngica, ↳
ela induz um poro na membrana plasmática (induz 
lise osmótica na célula fúngica) ou inibe a síntese 
(falta ergosterol, membrana fragilizada e fungo 
morre), fazendo com que o fungo morra
Lara C. Micheletto - TXX 01
Morfologia
 leveduras células unicelulares e individuais com ↳ –
característica esférica e ovalada, tem aspecto 
macroscópico semelhante às bactérias, para 
diferenciar levedura e bactéria é só ver pelo 
tamanho, as bactérias são muito menores
 filamentosos como se fossem raízes, filamentos,↳ –
o que a gente vê que formam os ramos são as hifas,
elas que dão a característica de algodão. As bolinhas 
menores são os esporos fúngicos, são pequenos e 
facilmente transportados pelo ar
Aspecto macroscópicos
Leveduras
 unicelulares↳
 geralmente esféricas ou ovaladas↳
 se reproduzem por brotamento: células desiguais,↳
com mesma característica genética e morfológica 
diferente, geralmente célula mãe é maior que a 
célula filha
Brotamento – forma clássica de
reprodução
 célula mãe que começa o processo de ↳
brotamento com a formação de uma protuberância, 
são necessárias quitinases para a formação da quitina
para que ocorra a formação do broto e a 
evaginação, a célula passa pare das suas organelas 
para o broto que vai crescendo e aumentando, a 
partir do momento que ele está uma célula 
autossuficiente começa a replicação do material 
genético da levedura, segregação do material 
genético onde uma parte fica na célula mãe e a 
outra vai para a célula filha, etão ocorre a citocinese 
que é a separação física entre as células, vai formar 
um gargalo, onde as quitinases vão atuar, mesmo 
material genético mas mesma morfologia
 cada levedura geralmente consegue formar 24 ↳
células filhas (por que na levedura existe essa 
limitação? Por conta das cicatrizes de broto, que 
impossibilitam a formação de um novo broto)
Pseudo-hifas – leveduras
 brotos não conseguem se dividir, se separar ↳
fisicamente.
 exemplo: cândida albicans, mas também pode ter ↳
característica de leveduras individuais
 quando quer penetrar os tecidos a cândida ↳
albicans se apresenta na forma de pseudo hifas, mas 
não associar isso como virulência, só como uma 
forma de se tornar mais forte
Lara C. Micheletto - TXX 01
Fungos filamentosos
 os septos separam o material genético↳
 existe um poro entre os septos, que permitem a ↳
troca de citoplasma
 septada (com septo) e cenocítico (sem septo) é ↳
estrutura
Hifas vegetativas e reprodutivas
 hifas vegetativas e reprodutivas é função↳
- vegetativa: nutrientes
- reprodutiva: esporos, reprodução
-
 na primeira imagem são hifas vegetativas↳
 hifas reprodutivas ficam em contato com o ar que↳
vai disseminar os esporos pelo ambiente
 micélio é um conjunto de hifas que se torna ↳
macroscopicamente visível
Ciclo de vida – fungos
filamentosos
Esporos assexuais 
 formados pelas hifas de um organismo↳
 organismos geneticamente idênticos ao parental↳
 hifa produz esporo que pode chegar até um local↳
que tenha nutrientes e seja favorável ao seu ciclo de
reprodução, ele consegue germinar e se enraíza 
para formar uma estrutura fúngica completa
 a hifa pode quebrar e germinar o pedaço que foi ↳
quebrado
Esporos sexuais
 fusão de núcleos de duas linhagens opostas de ↳
cruzamento de uma mesma espécie fúngica
- plasmogamia
 hifa vermelha doadora e hifa azul- receptora↳ –
 tanto a hifa doadora quanto a receptora tem ↳
núcleos haploides
] a hifa doadora e receptora vão se fusionar pelo ↳
citoplasma fase chamada plasmogamia quando os– –
dois citoplasmas se unem e chegam no ponto de 
comunicação e vou ter os núcleos haploides das 
duas células, nessa fase eu tenho a característica de 
dois núcleos haploides, continuam individualizados
 cariogamia núcleo diploide devido às os núcleos ↳ –
haploides da doadora e da receptora
 se o fungo entra haploide ele tem que sair ↳
haploide
 entra a ultima fase chamada meiose geração de↳ –
esporos que carregam os núcleos recém formados 
Lara C.Micheletto - TXX 01
com a característica haploide e eles vão ser 
dispersados no ambiente e o ciclo vai recomeçar
 toda reprodução sexuada é importante no ↳
sentido de variabilidade
 o fungo quer ter variáveis para que uma linhagem↳
seja mais favorável em determinado ambiente
 a reprodução assexuada é importante para ↳
disseminar a nova variabilidade
Fungos dimórficos
 apresentam duas características filamentos, tanto ↳
filamentoso, quanto levedura
 os fungos dimórficos em 25 graus se apresentam↳
como bolor, são filamentosos e isso é chamado de 
forma infectante, a hifa produz esporos que são 
levados facilmente por vários locais, e esses esporos 
podem entrar em contato com o nosso corpo por 
meio do trato respiratório. No pulmão a temperatura 
de 37 graus faz com que o fungo entre em sua 
forma de levedura que é patológica
 podem ser chamados de termo dimórficos já que↳
a temperatura desencadeia essa fase patogênica
 todos os fungos dimórficos são patogênicos↳
 transitam em filamentoso e levedura, fase ↳
infectante e fase patogênica respectivamente
 filamentoso produz beta glicano porque está fora ↳
do corpo, quando entra diminui beta e aumenta alfa
 a temperatura desencadeia a transição ↳
morfológica faz com que eles se encaixem como 
termo dimórficos já que a temperatura estimula essa
transformação
 se voltar a temperatura para 25° não causa ↳
doença, mas na temperatura de 37° vai para 
levedura e causa doença
 na fase de filamento ele produz mais beta glicana ↳
quando está fora do corpo
 os fungos na fase de levedura diminui a produção↳
de beta glicana e aumenta a de alfa glicana e não 
são reconhecidos pelo sistema imunológico e assim 
consegue se disseminar mais fácil pelo nosso corpo 
pelo sistema linfático ou corrente sanguínea
 é mais comum em indivíduos que são ↳
imunossuprimidos 
Nutrição e metabolismo
 quimio-heterotrófico ou quimio organotrófico- ↳
fungo se alimenta a partir de componentes 
orgânicos
 digestão extracelular libera enzimas pro meio ↳ –
extracelular, as enzimas catabolizam, degradam e aí 
absorve via permease, proteínas transportadoras de 
membrana as moléculas mais simples, quem é 
responsável por essa digestão extracelular são as 
hifas vegetativas
*** fungo é muito utilizado em processos industriais e
a digestão extracelular é importante
 saprofíticos (matéria orgânica) faz digestão, ↳ –
decomposição de matéria orgânica morta (forma 
pela qual os fungos se alimentam fora do nosso 
corpo)
 parasitas (plantas e animais) fungo presente em↳ –
algo que tem vida
Adaptações nutricionais
 pH próximo a 5 (ácido) podem crescer nesse ↳ –
pH
- pH 1,5 a 11 filamentosos
*** fungos tem grande plasticidade (podem viver em 
diferentes pH) mediada pela presença de ergosterol 
na membrana, pois isso não altera a passagem de 
substâncias pela membrana uma vez que existe 
fluidez
 Mais resistente à pressão osmótica que as ↳
bactérias para induzir um fungo a morrer por –
pressão osmótica é necessária muita quantidade de 
soluto no meio presença de ergosterol é uma –
vantagem nessa questão
 baixo grau de umidade - o fungo sobrevive bem ↳
(local que limitaria o crescimento da bactéria), isso 
também é possibilitado pelo ergosterol da membrana
e pela rigidez da parede
Lara C. Micheletto - TXX 01
Microbiologia – aula 5 
Vírus – características gerais
 vírus fora da célula é afuncional↳
 contém um único tipo de ácido nucleico, DNA ou↳
RNA, nunca tem os dois tipos juntos
*** existem vírus de DNA fita simples, dupla, linear,
circular e mesma situação com RNA
 contém um invólucro proteico que envolve o↳
ácido nucleico como forma de proteção, uma vez
que temos RNAases e nucleases que fariam a
digestão, essa capa proteica é denominada capsídeo
 capa proteica + material genético =↳
nucleocapsídeo, porque núcleo é onde tem o
material genético e capsídeo é a capa proteica (todo
vírus tem esse nucleocapsídeo
 o vírus é considerado um parasita intracelular↳
obrigatório, multiplicam-se no interior de células vivas
utilizando a maquinaria de síntese celular
 se a célula hospedeira for uma bactéria vai ser↳
um bacteriófago ou fago, vírus que usa bactéria para
se multiplicar
 pode ser vírus animal também, aqueles que↳
entram nas células dos seres humanos
Espectro de hospedeiros e
exigência viral
 conceitos importantes ↳
 espectro de hospedeiro é quem tem os↳
receptores
 a exigência viral define o espectro de hospedeiros↳
o vírus tem ligantes e a célula hospedeira tem↳
receptor
 essa molécula receptora não é necessariamente↳
um receptor, mas funciona para comunicação
 vírus exige que tenha a molécula receptora “X”,↳
então todos os hospedeiros que tem a molécula
receptora “X”serão alvos da infecção viral
 isso justifica porque alguns indivíduos são mais↳
suscetíveis a infecções virais do que outros, um
individuo pode ter 5 receptores e outro pode ter
um milhão
 cruzamento de barreira vírus tem como↳ –
hospedeiro, diferentes espécies (aves, porcos e
humanos) - apresentam os mesmos receptores
necessários para que o ligante viral entre na célula
 temos um vírus e a superfície de uma célula↳
receptora, quando pensamos na superfície dessa
célula temos a molécula é algum carboidrato, alguma
glicoproteína, algo que faz parte naturalmente da
nossa célula e o vírus usa para entrar na célula
 o vírus tem as moléculas em vermelho que vão↳
estabelecer ligações com o receptor da célula
hospedeira
 a ligação entre o vírus e a célula hospedeiro é↳
uma ligação de ponte de hidrogênio, é muito fraca,
ocorre por uma colisão ao acaso, para que o vírus
consiga ter uma adsorção estável na superfície da
célula, ele desloca para o primeiro ponto de contato
varias moléculas ligantes, mesmo que sejam fracas
são varias e causa mais estabilidade, fica adsorvido na
superfície até consegui fazer o segundo passo que é
a penetração
 o ponto de contato é comum para qualquer vírus↳
Classificação baseada no hospedeiro
- vírus animais vírus que entram em células–
eucarióticas animais
- bacteriófagos (fagos) vírus quem entram em–
célula bacteriana
Estrutura viral
 vírus animais são classificados de acordo com o↳
núcleo capsídeo (acido nucleico + capsideo) , pode
ter duas representações estruturais
Lara C. Micheletto - TXX 01
 Virus animal pode ter essas duas representações↳
estruturais
 o que é representado por capsídeo, à esquerda,↳
(monômero denominado capsômero) é denominado
poliédrico ou icosaédrico por conta da característica
geométrica que ele apresenta, mas existem vírus
helicoidais como o do tabaco, a única diferença é a
organização estrutural
 alguns vírus animais além do núcleo capsídeo tem↳
o envelope viral 
 ex: vírus helicoidal do tabaco, representação↳ –
estrutural diferente do capsídeo
Envelope viral
 importante quando pensamos em vírus e sistema↳
imunológico 
 temos um vírus com capsídeo helicoidal e acima↳
o envelope viral, que tem a constituição de lipídios,
proteínas e carboidratos (mesma característica da
membrana plasmática), quando saem da nossa célula
carregam um pedaço da nossa membrana, que é o
que vai formar o envelope viral, representado na cor
amarela
 representado em verde são as espiculas virais,↳
glicoproteínas produzidas exclusivamente pelo vírus,
ele reveste a superfície da célula humana com as
suas espículas e hora que sai carrega a membrana
do ser humano
Escape do sistema imune 
 na imagem temos três vírus diferentes e o↳
anticorpo liga na espícula
 quando o vírus tem anticorpo ligado nele ele tá↳
fora da célula ele é neutralizado, esconde a espícula
viral, e se está com a espícula escondida não
consegue ligar na célula hospedeira porque a esícula
do virus envelopado é a molécula ligante que faz
contato com o receptor na célula hospedeira
 o vírus para escapar do sistema imune faz uma↳
mutação pontual, mas que já é capaz de alterar a
característica de suas espículas e o anticorponão
reconhece mais a espícula mutável e perde a sua
especificidade
 o vírus da gripe tem siglas H1N1, H3N5, H2N3, o H↳
significa hemaglutinina que é a espícula do vírus
influenza e por esse motivo tem números diferentes
Corona Vírus
 Sars-Cov 2 ↳
 o vírus tem esse nome “corona” porque ele tem↳
uma coroa 
 a coroa é a espícula que é presentada com uma↳
proteína spike
Lara C. Micheletto - TXX 01
 esse vírus tem o material genético na parte de↳
dentro feito de RNA, uma capa proteica, formando o
nucleocapsídio, tem um envelope viral e também as
espículas que é o spike (proteína S)
 o vírus depende da espicula (proteína S) para↳
estabelecer contato com o CAE2, enzima
conversora de angiotensina 2, essa molécula funciona
como molécula receptora para que o vírus faça a
ligação e alcance o meio intracelular da célula, entra
num processo de multiplicação e hora que sai da
célula carrega u pedaço da membrana plasmática
que ele revestiu com espiculas, do jeito que entrou
sai da célula
Como funciona a vacina
 vacina baseada na vacina de RNA ou existem↳
plataformas baseadas no DNA
 o importante é entender que eu pego material↳
genético que codifica para a proteína S e hora que
eu injeto isso o RNA sofre o processo de tradução e
eu sintetizo a proteína spike, ela é liberada e a nossa
célula dendrítica reconhece a proteína spike,
processa e expressa via MHC na sua superfície para
que eu tenha a proteína quebrada em vários
pedaços, vários pedaços sendo apresentados e com
isso eu consigo ativar tanto linfócitos TCD4, TCD8,
quanto B para produzir anticorpos para que ai essas
respostas sejam voltadas para a espícula, isso faz
com que os anticorpos se liguem a essa proteína na
superfície do vírus causando a sua neutralização,
vírus neutralizado não interage com receptor e não
entra na célula
Ciclo de multiplicação
1. ADSORÇÃO
 primeiro ponto do ciclo de multiplicação: é a↳
ligação do virus com o seu ligante ao receptor na
célula hospedeira
 a espicula para o virus envelopado é a molécula↳
ligante
 os vírus não envelopados não tem espicula mas↳
se multiplicam
 a molécula que funciona como ligante no vírus↳
não envelopado são as glicoproteínas, feixes ou
fibras proteicas, são dispostas a partir do
nucleocapsídio para fazer a adsorção do vírus na
superfície da célula hospedeira
 interação da espicula ou deixe proteico com↳
receptor, ponte de hidrogênio fraca e virus mobiliza s
estruturas para o ponto inicial, para ter uma adesão
mais estável
2. PENETRAÇÃO
 uma vez que o vírus esta preso na superficie da↳
célula ele tem que entrar, que ‘eu segundo passo
denominado penetração
 pode ter duas formas de penetração, mas isso↳
não muda na eficácia
Lara C. Micheletto - TXX 01
- endocitose: vírus ligado na superfície da célula e as
nossas células naturalmente fazem endocitose e o
vírus é englobado passivamente pela nossa célula,
começa o processo de invaginação, forma vesícula
endocitica que puxa ele para dentro, processo
passivo
- fusão: o vírus envelopado tem as suas espiculas
conectada a uma célula receptora na superfície da
célula hospedeira, o seu envelope é um pedaço da
membrana das nossas células e o que ocorre:
espicula fez contato com o receptor, o pedaço do
envelope viral se fusiona com a membrana
plasmática e o núcleo capsídeo penetra na célula
hospedeira, as espiculas virais ficam para o lado de
fora. Não depende do vírus, qualquer vírus animal
pode entrar, independente de envelope viral
 existem alguns vírus (HIV) que fazem infecção↳
horizontal espiculas podem se ligar em células–
adjacentes, fusionar e gerar uma célula enorme
(sincício - massa citoplasmática de duas células juntas)
e o vírus tem a maquinaria de duas células a seu
favor, saiu de uma célula por outra pelas espículas
que ficam pelo lado de fora, não precisa passar pelo
sistema imune para infectar a outra célula. Só vírus
envelopados fazem
3. DESNUDAMENTO
 deve ocorrer independente da forma de entrada↳
 quem entrou foi o nucleocapsídio, está ainda↳
protegido pela capa proteica
 preciso fazer uma separação de material genético↳
e capsídeo desnudamento ou descapsidação–
 preciso digerir o capsideo viral para que o material↳
genetico (DNA ou RNA) fique exposto no citoplasma
da célula, então no processo de decapsidação ocorre
a fusão do endossomo com o lisossomo para ter
digestão proteolítica, rompendo a integridade do
capsídeo, então o material genético é jogado para o
fora, agora sim esse material genético está pronto
para entrar na 4 etapa do ciclo de multiplicação que
é a biossíntese, é nessa fase que efetivamente eu
terei a produção de novos vírus
4. BIOSSÍNTESE
 é a fase que efetivamente tem a formação de↳
novos vírus
 adsorção, penetração e desnudamento é igual↳
independente do material genético
 biossíntese é diferente dependendo do tipo de↳
material genético
 no núcleo onde fica mais DNA- é onde eu↳ –
tenho as enzimas para que se tenha a formação de
novos vírus com DNA
 no citoplasmas onde fica mais RNA é onde eu↳ – –
tenho enzimas para a formação de novos vírus com
RNA
Biossíntese de vírus de DNA
 ocorre majoritariamente no núcleo↳
 primeiro ponto: adsorção, penetração,↳
desnudamento e o material genético está ali
 se o vírus é de DNA quando existe o↳
desnudamento existe a exposição do acido nucleico
e eu tenho sinal de localização nuclear que faz esse
Lara C. Micheletto - TXX 01
vírus partir para o núcleo da célula hospedeira, assim
que o DNA viral chega no núcleo da nossa célula,
esse material precisa sofrer transcrição, que vai dar o
começo no processo de replicação do vírus
 na transcrição inicial não é todo genoma viral que↳
será transcrito, é só um pedaço que vai ser
transcrito e mandado para o citoplasma como RNA
mensageiro, que vai pra lá assim como os nossos
RNA mensageiros e todas as proteínas formadas na
tradução inicial voltam para o núcleo para começar
de fato o processo de replicação do material
genético viral
 essa transcrição inicial de uma parte do genoma↳
do vírus é chamada de transcrição precoce, é só
uma parte para ter aporte de proteínas virais e ai
sim essas proteínas voltam para o núcleo para
comandar de fato a replicação do material genético,
então esse vírus começa a fazer muitas cópias do
material viral
 toda a fase onde ocorre o processo de replicação↳
do meu material genético viral é chamado de
tradução tardia, porque aí sim é a replicação do
genoma inteiro para ter novas cópias do DNA viral e
as várias copias funcionam de molde para ter
transcrição, mando um monte de RNA mensageiro
para o citoplasma e lá no ribossomo via retículo tem
a tradução, começa a formar as proteínas a partir do
RNA mensageiro e isso é importante para começar
o processo de biossíntese viral
5. MONTAGEM
 o processo de junção é a quinta etapa do ciclo↳
que é denominada maturação ou montagem, para
formar o virion, juntando todos os pedaços do vírus
 juntar material genético replicado no núcleo e↳
proteína traduzida no citoplasma, juntar proteína que
forma capsídeo e esconde material genético
6. SAÍDA
 os vírus de DNA trazem a proteína para o núcleo,↳
porque nós não temos DNA no citoplasma e se
tivesse, isso seria reconhecido como algo estranho,
alvo de atuação do sistema imunológico, então o
vírus traz as proteínas para o núcleo, forma o
capsídeo, já vai ter o nucleocapsídio que tema
função de proteger o material genético e protegido
ele sai do núcleo pela célula hospedeira (passo de
saída é o ultimo, 6° passo, denominado liberação)
IMPORTANTE!!!
 Replicação do genoma viral ocorre no núcleo da↳
célula hospedeira: enzimas virais;
 As proteínas do capsídeo e as proteínas↳
estruturais (toda e qualquer proteína relacionada com
a estrutura do vírus e enzimas); síntese no
citoplasma: enzimas do hospedeiro.
 Proteínas migrampara o núcleo e são reunidas↳
com o DNA recém-sintetizado para formar os novos
virions.
Lara C. Micheletto - TXX 01
Microbiologia – aula 6
Biossíntese de vírus de RNA
 biossíntese ocorre no citoplasma pois lá tem↳
grande quantidade de RNA e maquinaria onde ele
pode sofrer replicação
 variações do vírus de RNA em relação a como o↳
material genético se comporta: 
 fita simples positiva;•
 fita simples negativa;•
 fita dupla;•
 retrovírus.•
Fita simples positiva
 a fita simples positiva é a fita pronta para ser↳
traduzida, tem toda a sequencia para conseguir se
encaixar no ribossomos, RNAt e tradução, não
precisa sofrer processamento nesse meio pois já
está pronto para ser traduzido é como se o vírus
fosse o RNA mensageiro
 com o material genético desnudado no citoplasma↳
da célula hospedeira o material genético fica simples
positivo, tem cauda poli-A e como é a sequencia
pronta para sofrer tradução, logo que esse vírus
sofre desnudamento na nossa célula uma parte do
seu genoma sofre o processo de tradução para
formar uma enzima importante na replicação desses
vírus chamada RNA replicase ou RNA polimerase
dependente de RNA, ocorre uma “tradução precoce”
porque uma parte desse vírus já é traduzido para
formar replicase
 essa RNA replicase é responsável por se ligar a↳
fita positiva e quando for fazer o processo de
replicação da fita positiva ela faz o sentido
complementar (fita negativa)
 a fita negativa não tem informação para ser↳
traduzida, mas tem uma função importante para o
vírus de servir como molde para formar várias
outras fitas positivas!!!
 com um monte de fita simples positiva ocorre a↳
montagem maturação/junção de proteínas→
estruturais, + proteínas do capsídeo + material
genético viral fita simples positiva
Fita simples negativa
 não tem tradução para formar RNA replicase, traz↳
a replicase junto com ele
 vem pronto para sofrer replicação↳
 RNA parental é original, que da origem as outras↳
fitas + RNA polimerase dependente de RNA que atua
na fita negativa, fazendo fitas positivas, que vão servir
de molde para a síntese de novas fitas negativas
 a fita positiva serve de molde e também sofre o↳
processo de tradução para eu ter as proteínas virais
formadas no citoplasma da célula hospedeira
 várias cópias negativas, proteínas virais, faço a↳
montagem e tudo isso ocorre no citoplasma da
célula hospedeira
 da mesma forma que o vírus entrou ele sai junto↳
com a replicase
*** mutação em vírus de fita simples negativa que ao
deixar uma célula não consegue carregar copia da
Lara C. Micheletto - TXX 01
RNA replicase o que acontece com os descendentes
? Não consegue formar fita positiva e isso é um
problema porque ela é molde, então o vírus não
consegue se replicar, uma vez que depende da
replicase para fazer as cópias, não tem positivo para
servir de molde e servir de tradução!!!!
Fita dupla de RNA
 em uma fita dupla não existe desnudamento total↳
porque não tem RNA fita dupla e para dificultar o seu
reconhecimento pelo sistema imune
 uma parte do capsídeo é removido e ele fica↳
mais fino, deixando ter trocas mas não deixa o
citoplasma reconhecer material genético é
denominado cerne viral (cerne era antes um
capsídeo, mas para sair é como capsídeo) - onde
ficam as duas fitas + e , também a RNA replicase–
que também é carregada assim como nos vírus com
fita simples negativa
 RNAt não é considerado fita dupla!!!!↳
 a função da RNA replicase é ir na fita negativa↳
(amarela), fazer várias cópias da fita positiva (laranja)
e direcionam elas para o citoplasma da célula
hospedeiro 
 as funções da fita positiva são: tradução↳
(formação de proteínas importantes para formação
do vírus tanto estruturais como do capsídeo), o–
capsídeo com as proteínas traduzidas pega uma
cópia da fita simples positiva e da replicase, se torna
recém formado e serve de molde para ter a síntese
da fita negativa
 o vírus sofreu o processo de montagem no↳
citoplasma da célula hospedeira, está pronto para sair
deixar a célula infectar novas células do nosso corpo
Retrovírus
 exemplo mais comum: HIV↳
 número 1 adsorção↳ –
 número 2 penetração por fusão porque↳ –
retrovírus é o HIV, vírus envelopado
 número 3 desnudamento e exposição do↳ –
material genético
 após a descapsidação tem 3 bolinhas junto com o↳
material genético, que são 3 enzimas diferentes:
- transcriptase reversa
- integrase
- protease
 o HIV é um retrovirus porque faz transcrição↳
reversa, mas o seu material genético são 2 fitas
simples de RNA positivo, então é informação pronta
para ser traduzida
 teve a exposição, material genético está solto e↳
as enzimas estão ali
 a primeira enzima a atuar é a transcriptase↳
reversa porque é ela que converte o RNA (amarelo)
em DNA (vermelho), essa transcrição “reversa” é
porque a transcrição convencional é DNA transcrito
em RNA
 ↳ a transcriptase reversa tem 3 funções embutidas:
1. Transcriptase reversa primeira função dela é fazer
transcrição reversa a partir daquele molde ela atua
como transcriptase reversa para fazer uma fita
complementar de DNA,
2. ribonuclease: hibrido na célula (RNA fita simples
positiva e DNA complementar), então a transcriptase
reversa faz o papel de ribonuclease e digere o RNA
desse hibrido e fica uma fita simples de DNA
3. DNA polimerase: faz a fita complementar de DNA
 RESULTADO: RNA fita simples positiva DNA↳ →
fita dupla!!!!
 o DNA fita dupla é direcionado para o nucleo da↳
célula hospedeira, onde entra a ação da segunda
Lara C. Micheletto - TXX 01
enzima do vírus, que é a integrase, importante por
integrar o DNA fita dupla do vírus ao nosso DNA
cromossômico
 integração é pra sempre retrovírus nessa fase↳ –
é reconhecido como pró virus, enquanto a célula
estiver viva fica integrado ao núcleo da célula
 a partir da integração tudo o que for transcrito no↳
genoma também transcreverá material genético viral
 as proteínas precisam ser quebradas para serem↳
biologicamente ativas, as proteases que são as
terceiras enzimas tem essa função, de clivar as
proteínas
 o próximo passo é a montagem que ocorre no↳
citoplasma e quando o vírus está pronto ele é
liberado da célula hospedeira e infecta novas células
no corpo humano
 HIV fusiona duas células ao mesmo tempo por↳
meio das espículas infecção horizontal formando→
o sincício sem ser reconhecido pelo sistema
imunológico
 transcrição reversa envolve muitos erros de↳
replicação uma vez que não apresenta checagem
Saída do vírus
1° mecanismo - extrusão
 a saída não depende do tipo de genoma, mas↳
depende se o vírus tem ou não envelope viral
 extrusão tipo brotamento↳ →
 capsídeo viral helicoidal (imagem) com material↳
genético vem na região da membrana onde dispôs
as suas espículas e empurra com o núcleo capsídeo
formando uma região de pescoço arredondada, se
fusionam e liberam a vesícula para o lado de fora
 todos os vírus com envelope viram usufruem↳
desse mecanismo de liberação
 nem sempre a célula morre, só morre quando a↳
carga viral é muito grande
2° mecanismo - ruptura
 vírus sem envelope sai pelo mecanismo de↳
ruptura induzem a morte da célula→
 quando a célula morre ocorre a fragilização da↳
membrana plasmática, acontece uma lise osmótica e
os vírus ganham o meio extracelular
3° mecanismo de saída 
 não tem nome específico, mas alguns autores↳
chamam de exocitose
 são os vírus de DNA ou que tem processo de↳
maturação no núcleo da célula hospedeira
 exemplo da imagem é o herpes vírus que está↳
no núcleo da célula hospedeira e a membrana
nuclear é dupla, esse vírus ao sintetizar suas
proteínas e fazer o processo de tradução reveste a
membrana nuclear com as suas espículas, empurra a
membrana nuclear e forma uma vesícula 
 o vírus fica vesiculado dentro da célula e uma↳
delas se fusiona amembrana plasmática e a outra é
Lara C. Micheletto - TXX 01
liberada junto com o nucleocapsídio que e o que
forma o envelope viral
 existem virus que sofrem o processo de↳
maturação e biossíntese no retículo e tem um
caminho que vai para o golgi, entram com a vesícula
na face cis e trans do golgi e são liberado da célula
com a sua vesícula onde dispõem das suas espículas
 só saem por esse processo ↳ vírus envelopados
Representação gráfica do ciclo de
multiplicação viral
 vírus não envelopados sempre saem da célula↳
com a lisa dela, uma vez que não carrega
membranas (nem plasmática, nem do golgi, nem do
núcleo) NÃO SAEM POR ESSE PROCESSO!!!–
 representação de um único ciclo de replicação↳
viral
 no dia 0 tem X vírus, o período que cai e não↳
são detectados vírus é denominado “período de
eclipse” que é o período que os vírus entram em
uma célula e não podem ser detectados. Passados
alguns dias são liberados muitos vírus, determinando
a infecção aguda, que é onde os sinais aparecem
 outra representação do ciclo de multiplicação viral↳
 ↳ infecção latente um exemplo muito comum é a–
herpes, herpes zoster, o vírus não aparece durante
meses, anos e aparece após muito tempo, um fator
preditor para a manifestação do vírus é a
imunossupressão, onde qualquer desequilíbrio do
sistema imunológico acarreta a aparição dessa
infecção 
 ↳ infecção persistente um exemplo é HIV, HPV,–
ela tem uma liberação gradativa do vírus, que faz
com que ela seja reconhecida como infecção
crônica, é uma liberação controlada e não gritante
como na infecção aguda, apresenta um convívio
mais harmonioso com o vírus. Contudo, com o
desequilíbrio do sistema imunológico pode ocorrer a
agudização
 consequências da infecção viral vírus entrou↳ →
em uma célula qualquer do organismo e a primeira
consequência é a infecção latente, que aparece
quando o equilíbrio é quebrado infecção→
persistente tem liberação lenta do virus mas não
causa a morte até que eu tenho um desequilíbrio e
ocorre a morte das células, ex: HIV que é a
agudização da infecção persistente (lise das células
hospedeiras
 transformação alguns virus ao entrarem na↳ –
célula ou ativam protooncogenes ou comprometem
os controladores do ciclo celular. EX: HPV vírus–
que se integra ao nosso DNA, ou ativa
protooncogenes que são genes favoráveis a
replicação viral ou bloqueia P53 que é uma proteína
importante para fazer o controle do ciclo celular e
pode levar ao câncer
Lara C. Micheletto - TXX 01
Microbiologia – aula 7
Bacteriófagos
Estrutura viral
 importante lembrar das espículas, que vírus só↳
tem RNA ou DNA
 bacteriófago tem algumas diferenças morfológicas↳
da célula hospedeira
 a célula hospedeira é uma bactéria nos↳
bacteriófagos, ela serve como maquinaria para a
síntese de novos vírus no ambiente
 bacteriófago é sempre um vírus sem envelope,↳
quando esses vírus deixam a célula hospedeira ela
morre
 Complexos.↳
 existem bacteriófagos com diferentes tipos de↳
ácidos nucleicos
 o mais comum é DNA fita dupla que fica na↳
cabeça, na região de bainha também preciso ter
proteção
 disco basal dentes chamados de pino↳ –
 as pernas são as fibras da cauda↳
 importância da estrutura localizada na bainha ↳ –
adsorção
 bacteriofago tem fibras da cauda↳
Multiplicação de Bacteriófagos
1 - Ciclo lítico: termina com a lise e a morte da célula
hospedeira.
2 - Ciclo lisogênico: a célula hospedeira permanece
viva, mas é geneticamente alterada.
 existem vírus que são exclusivamente do ciclo↳
lítico e vírus que podem transitar entre ciclo lítico e
lisogênico
Ciclo lítico
bacteriófagos de transdução generalizada ↳
1. ADSORÇÃO
 Precisa ter interação química fraca, pontes de↳
hidrogênio mas se estabiliza por acontecer várias
ligações ao mesmo tempo
 dependendo do vírus ele tem afinidade com um↳
tipo de molécula receptora
 bacteriófago estabelece vários pontos de contato↳
via fibras da cauda (são 6), além dessas fibras tem na
região de disco basal os pinos (responsáveis por
juntar e aproximar a bainha na célula hospedeira
2. PENETRAÇÃO
 em vírus animal poderia ser por fusão ou↳
endocitose, pinocitose e o que entra na célula
hospedeira era capspideo e material genético
 no bacteriófago só entra o material genético↳
(DNA fita dupla), mas para ele entrar precisa romper
a integridade de parede celular
 preciso de enzimas para fazer a desestabilização↳
da parede, como a lisozima (permite que o pino faça
o processo de adesão, pino fura e consigo atingir o
citoplasma)
 esse processo funciona como uma injeção↳
Lara C. Micheletto - TXX 01
3. BIOSSÍNTESE
não precisa de desnudamento↳
 primeira etapa: transcrição ou tradução precoce↳
 onde ocorre a formação de duas enzimas – –
nucleases e DNA polimerase
 formação de nucleases no início transcrição↳ →
precoce: digerem material genético da célula
hospedeira, picota o cromossomo bacteriano
 segunda enzima importante produzida na fase de↳
transcrição precoce: DNA polimerase: faz cópias do
DNA fita dupla injetado na célula hospedeira
 agora vou começar a usar os moldes que foram↳
feitos
 fase intermediária proteínas de nível estrutural↳ –
 processo de tradução tardio: fase onde são↳
formadas as proteínas que constituem a parte do
vírus (formam pino, capsídeo helicoidal), lisozima é
essencial nessa fase, se ele entrou com lisozima ele
tem que sair com ela também para conseguir se
multiplicar em outras células hospedeiras
4. MATURAÇÃO
 formação de vírion partícula infectante↳ –
 juntar todas as estruturas↳
 tem lisozima↳
 vírus produz ainda mais lisozima, começa a fazer↳
várias cópias dessa lisozima ainda dentro da célula
hospedeira
5. LIBERAÇÃO
 ocorre lise osmótica, liberação de todos os↳
bacteriófagos para o meio extracelular depedente de
lisozimas é a última etapa, com função de–
desestabilização geral da parede celular
Ciclo lisogênico
 Ciclo Lisogênico: Bacteriófago lambda ( )↳ λ
 Vírus temperados vírus de ciclo lisogênico◦ –
Capazes de incorporar seu DNA ao DNA da célula◦
hospedeira para iniciar um ciclo lisogênico;
Lara C. Micheletto - TXX 01
 Na lisogenia, a maioria dos genes virais não são↳
expressos;
 Células lisogênicas.↳
 não desintegra o material da célula hospedeira, se↳
junta ao cromossomo da bactéria, aumentando o
numero de cópia do vírus em lisogenia
 bactéria replica material viral por meio da fissão↳
binária da bactéria
 quando bacteriófago se insere e o seu DNA↳
integra com DNA da célula hospedeira passa a ser
chamado de pró fago
 a fase de pro fago a maior parte dos genes↳ –
virais estão silenciados, os poucos genes que não
são silenciados trazem informação nova para a
bactéria
 quem faz lisogenia também pode fazer ciclo lítico,↳
vírus sai do estado de pró fago e entra no ciclo lítico,
alguns estímulos sinalizam para o vírus para que ele
não morra junto com aquela célula bacteriana
 vírus incorpora um pedaço do cromossomo↳
bacteriano, pega as regiões que flanqueiam o
genoma viral transdução especializada–
 vírus injeta esse pedaço da bactéria em uma↳
nova célula bacteriana
 na transdução generalizada no ciclo lítico o vírus↳
pega qualquer pedaço da bactéria
 um ciclo lisogênico pode terminar em lítico, mas↳
um lítico vai ser sempre lítico
 ciclo lisogênico nunca termina se não for para o↳
lítico, só vai quando a bactéria entra em estado
nutricional ruim e aí esse vírus parte para outra
bactéria
Lise ou lisogenia?
 Repressor Lambda (proteína cI) e Cro;↳
 O acúmulo de CI controlará o resultado da↳
infecção.
 níveis de C1 elevados lisogênico↳ →
 cro alto lítico↳ →
 existem outros fatores que intermedeiam se os↳
níveis de Cro ou C1 são altos ou baixos
 níveis de C1 altos e níveis de cro baixos ↳ →
também tenho níveis altos de C2 C2 induza→
produção de C1
 C3 funciona como se fosse protetora de C2 uma↳
vez que na célula bacteriana existem proteases que
degradam proteínas e C2 é alvo dessas proteases,
mas com níveis elevados de C3 o C2 é escondido e
C1 terá níveis elevados CICLO LISOGÊNICO→
 do outro lado proteases bacterianas atuaram em↳
C2, uma vez que tenho baixos níveis de C3, e aí
vou ter também baixos níveis de C1, repressores
baixos e Cro se eleva, aumenta a expressão de
nucleases e vai para o ciclo lítico CICLO LÍTICO→
 C1 alto produção de integrases para fazer ciclo↳ →
lisogênico
 C1 baixo cro alto produção de nucleases↳ → –
para entrar no ciclo lítico
 C1, C2, C3 são proteínas↳
 genes em verde lise↳ –
 genes em vermelho lisogenia↳ –
A lisogenia apresenta
consequências importantes
 Transdução especializada;↳
 As células hospedeiras podem exibir novas↳
propriedades = CONVERSÃO (toxina botulínica) –
vírus em conversão se torna uma célula ruim pois
produz toxinas
 gene para toxina botulínica está no pró fago↳
Lara C. Micheletto - TXX 01
Microbiologia – aula 8
Resistência a antibacterianos
 • simples bactérias que são resistentes e essa–
resistência é frente a um mecanismo (existem 4)
 • múltipla bactérias resistentes a diferentes–
mecanismos (bactérias PAN resistentes –
completamente resistente a tudo)
 • cruzada é uma resistência simples, bactéria tem–
um mecanismo de resistência, mas ele faz com que
ela não seja alvo de diferentes drogas, mas que
compartilham do mesmo mecanismo de ação. 
Ex existem antibacterianos que tem como função
atuar no ribossomo da célula bacteriana e impedir o
processo de tradução (várias drogas que tem esse
mecanismo), a bactéria que tem a forma de driblar a
atuação do antibacteriano no ribossomo é uma
forma só, mas de diferentes drogas
 • natural ou intrínseca bactéria foi originada–
naturalmente resistente àquela droga, é a nível de
cromossomo
 • adquirida não está no cromossomo, e sim no–
material extra cromossômico (plasmídeo). Uma
bactéria resistente tem pili sexual com plasmídeo F e
monta a ponte de conjugação citoplasmática com a
bactéria susceptível, pega o plasmídeo F, copia e
transfere a cópia para a bactéria susceptível e ela se
torna resistente (mecanismo mais comum)
 resistência surge de acordo com a seleção vinda↳
de um novo antibiótico
 na imagem da esquerda: foram analisadas↳
amostras de fezes e quanto mais se usa o
antibacteriano mais resistente iam se tornando as
bactérias, pois a seleção aumenta
 imagem da direita: focaram na linhagem de N.↳
gonorrhoeae. 1985: 9000 bactérias resistentes, 5 anos
depois em 1990 existiam 59 mil bactérias resistentes
à penicilina, que foi a droga utilizada para o
tratamento de gonorreia, ou seja, ela não deve mais
ser usada no tratamento dessa doença
*** bactéria KPC: não existe antibiótico para essa
bactéria, indivíduo imunocomprometido morre se for
atingido por essa bactéria
*** cinetobacter balmani envolvida com infecções–
hospitalares e difícil de ser tratada com os antibióticos
 existe seleção feita pelo antibacteriano, mas existe↳
também a resistência natural, gerando uma bactéria
muito forte
Transferência horizontal
bactéria resistente faz o pili sexual via plasmídeo F,↳
passa para a célula doadora esse plasmídeo de
resistência
 resistência múltipla um plasmídeo tem↳ –
resistência a dois antibióticos diferentes codifica–
enzima que inativa ampicilina e tetraciclina (podem
ter mais que 2) e pode ter mais de um plasmídeo
dentro da mesma bactéria
Antimicrobianos 
1. antibacterianos precisam alcançar os alvos
moleculares, que são primariamente intracelulares –
concentração efetiva que chegue no interior da
célula bacteriana para ter efeito de matar a bactéria
2. droga antibacteriana deve interagir com uma
molécula-alvo de modo a desencadear a morte da
bactéria;
Lara C. Micheletto - TXX 01
*** drogas antibacterianas tem toxicidade seletiva –
algo que paralisa a função da bactéria sem ter
comprometimento das nossas funções
3. droga antibacteriana tem que evitar a ação das
bombas de efluxo que as bactérias apresentam
(droga entra e bactéria joga para fora e
concentração que a concentração que droga precisa
ter para atingir seu efeito não é alcançada)
4. antibacterianos devem de alguma forma evitar a
inativação por enzimas no ambiente extracelular ou
no interior da célula bacteriana. (não é familiar para a
bactéria, então seria mais fácil da droga atuar sem a
bactéria criar resistência, contudo hoje já se sabe
que existem inúmeras enzimas nas bactérias para
drogas que são sintetizadas e produzem enzimas
que fazem elas se tornarem resistentes)
Mecanismos de resistência
 função da microbiota: além de produção de↳
hormônios, regulação, elas estão lá ocupando espaço.
Uso contínuo mata as bactérias boas e as ruins e isso
pode gerar quadro de superinfecção
 alteração de permeabilidade ou bloqueio de•
entrada
 mecanismo enzimático destruição ou inativação• –
enzimática da droga antibacteriana
 bomba de efluxo •
 alteração no sítio de ação•
PERGUNTA: olhando para as estruturas da gram e–
gram +, existe um deles que é naturalmente mais
resistente às drogas antibacterianas, qual deles?
GRAM NEGATIVA, e uma das características que
proporciona isso está na membrana externa e isso
diferencia ela da gram +, confere mais mecanismos
de resistência, além de serem mais fortes
 relembrar parede celular e membrana celular dos↳
grupos gram + e gram - 
 gram - proteínas existentes na membrana↳ →
externa chamadas de porinas, um poro na parede
celular
 gram + extensa camada de peptídeo glicano,↳ →
acido teicoico e lipoteicoico
1 - Alteração de permeabilidade
 também pode ser denominado bloqueio de↳
entrada
 exclusivo de gram -, ou seja, é dependente da↳
membrana externa
 como gram negativa altera permeabilidade a fim↳
de bloquear a entrada da droga? Alterando o canal
da porina, fecha o poro das porinas e isso mantém a
droga do lado de fora, sem alcançar a concentração
efetiva da droga, o que precisaria para induzir a
morte da célula bacteriana
 existem drogas que atravessam, mas isso é mais↳
difícil de ocorrer
 exclusiva de gram negativa depende da↳ –
membrana externa
Lara C. Micheletto - TXX 01
2 – Destruição ou inativação
enzimática da droga
 ↳ Relembrar a forma de construção da parede 
celular!!!
 ↳ como parede celular da bactéria é formada?
Membrana plasmática e acima dela a montagem da
parede celular e a montagem ocorre independente
se for positiva ou negativa
- verde: n-acetilglicosamina: primeiro carboidrato que
forma o esqueleto de carbono
- azul: n-acetilacidomurano: segundo carboidrato que
forma o esqueleto de carbono
- rosa: ligações peptídicas, sequencia de aminoácidos
que faz a membrana colar blocos tem que ser↳
montado na horizontal para formar o esqueleto de
carbono, existe uma enzima para isso, a
transglicosilase (horizontal), que tem a função de unir
os blocos de açúcar que saem do citoplasma para o
meio externo, quando essa camada de blocos na
horizontal for formada é preciso colocar mais
camadas, então é necessária a ligação lateral tetra
peptídica para unir a camada de baixo com a camada
de cima. A partir dai vai entrar em ação uma outra
enzima denominada transpeptidase (vertical),
responsável por fazer a ligação peptídica que une a
cadeia lateral da camada de baixo com a de cima
 roxo blocos de açúcar, esqueleto de carbono↳ –
 vermelho resíduos de aminoácidos para montar↳ –
camadas
 verde transpeptidase ou PBP (proteína ligante↳ –
de penicilina penicilin binding protein)–
 penicilina é a molécula representada em rosa,↳ –
tem uma região quadrada chamada de anel beta
lactâmico
 como a penicilina mata uma bactéria? Por meio↳
do anel beta lactâmico, ele se encaixa na
transpeptidase e impede que essa enzima

Continue navegando