Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Características gerais dos aminoácidos - 20 aminoácidos ligados de maneira covalente formam as proteínas É presente um grupo amino NH2 e um grupo carboxila COOH, um grupamento H e uma cadeia latera, os grupos que compõem a cadeia lateral que definem qual é o aminoácido - Uma das propriedades mais importantes dos aminoácidos é a sua estrutura tridimensional (Estereoquímica). - Existem duas isomerias possíveis de um aminoácido L e D. - O carbono alfa assimétrico é um centro quiral presente em todos os aminoácidos. Exceção: A glicina, pois é aquiral Estereoisômeros - Os aminoácidos possuem dois possíveis estereoisômeros: são compostos que possuem a mesma forma molecular, mas diferentes fórmulas estruturais no espaço. - Grupamento localizado a direta é um D aminoácido - Grupamento localizado a esquerda é L aminoácido Os aminoácidos mais comuns na nossa estrutura é o grupo L-estereoisômeros Exemplo: As bactérias possuem a estrutura D e em alguns antibióticos também, pois são produzidos a partir das bactérias. (Essa condição ajuda o antibiótico a não afetar nossos aminoácidos) Tipos de aminoácidos Os aa podem ser classificados de acordo com a polaridade da cadeia lateral e a presença de um grupo ácido ou básico na cadeia lateral. 1- Cadeia alifática (aberta), apolares, hidrofóbicos: Valina, Alanina, Leucina, Isoleucina (tendem a agrupar-se no interior das proteínas, estabilizando-os, geralmente estão mais localizados no interior das proteínas e não na superfície, pois são hidrofóbicos) Glicina: cadeia lateral pequena, não contribui com interações hidrofóbicas. Tende a se localizar nas dobras das proteínas. Resumo de autoria: @med_estudodajay / @jaynne_ls Metionina: contém um grupo tiol Prolina: cadeia lateral alifática (aberta) com estrutura cíclica. O grupo amino reduz a flexibilidade das regiões polipeptídicas que contém esse aa. 1.2 - Aminoácidos de grupo aromático (hidrofóbicos): São relativamente não polares, e podem participar de interações hidrofóbicas. (são grandes tendem a ter um afrouxamento na dobra da proteína, pois são maiores). Exemplo: fenilanina, tirosina e triptofano 2- Grupos R polares: São solúveis em meio aquoso, hidrofílicos e formam pontes de hidrogênio: - Serina, treonina: (OH) - hidroxilas - Cisteína: (SH) sulfidrilas - Asparagina, glutamina: (NH2) - aminas Cada cadeia lateral tem uma particularidade que faz com que elas possam interagir com o ambiente aquoso ou com outras proteínas. (Encontram-se na superfície da proteína pois são hidrofílicos) - Aminoácido Cisteína: É extremamente importante e encontrado frequentemente nas nossas células. O grupo sulfidrila forma pontes de sulfeto entre dois resíduos de cisteínas, causadas pela perda de elétrons. Esses dois aa que se unem pela ponte de sulfeto, formam um aa chamado de cistina. Estabilizam a estrutura da molécula, são altamente hidrofóbicos. Ela faz com que algumas moléculas se tornem funcionais por causa dessa ponte de sulfeto. 3 - Grupos R mais hidrofílicos: Positivos ou negativamente carregados 3.1 - Grupo R positivamente carregado + (básicos): Abundante na superfície das proteínas e também encontrado em sítios de enzimas Possuem carga positiva em PH neutro = 7,0 As cargas + desses aa permite que eles formem ligações iônicas com grupos carregados – como cadeias laterais de aa ou grupos fosfato As ligações iônicas são responsáveis para a estrutura tridimensional da proteína e dão estabilidade na estrutura proteica. Exemplo: Lisina, Arginina, Histidina 3.2 - Grupos R hidrofílicos (forma ligações com grupos de cargas opostas ou em contato com ambiente aquoso) negativamente carregados - (ácidos): Aminoácidos ácidos, aspartato e glutamato. Possuem carga negativa em um ph neutro = 7 Aspartato e Glutamato – cada um possui um segundo grupo carboxila A função geral de aa carregados é permanecer na parte externa das proteínas e formar ligações com grupos com cargas opostas Aspartato e Glutamato podem se ligar com Ca+ Aspartato é comum como iniciador e formador de estruturas em hélices das proteínas Recapitulando as classificações ... Hidrofóbicos, hidrofílicos, positivos, negativos Hidrofóbicos - > os apolares e as cadeias laterais aromáticas Hidrofílicos - > polares Aa básicos ou ácidos –> tem carga na cadeia lateral, o que fazem com que interajam tanto com cadeias polares como, como outros aa. Aminoácidos incomuns Derivados de aa comuns, são produzidos por modificação na cadeia de um aminoácido já incorporado na cadeia polipeptídica. Sofrem modificação após estarem na proteína para que ele se torne funcional. (precisam ser modificados para terem funções) Derivado da prolina: encontrada no colágeno Derivado da lisina: também no colágeno Derivado da lisina – constituinte da miosina Derivado do glutamato – encontrado na proteína da coagulação sanguínea: a protrombina. Aminoácidos como ácidos e bases AA podem atuar como doador ou aceptor de prótons, são moléculas anfotéras (que podem atuar tanto com ácido ou como base) Apresentam-se como íons dipolares em condição celular normal (uma carga + e uma – ou seja neutro) = ZWITTERIONS – aa livres. Eles podem atuar no tamponamento em algumas situações, por serem anfóteros. Pode atuar como um ácido – ZWITTERIONS, ou seja, na carga neutra: pode doador prótons Pode atuar como base – ZWITTERIONS, ou seja, na carga neutra: pode ser um aceptor de prótons Isso acontece na condição celular, dentro das células ou no sangue, algumas proteínas podem atuar no tamponamento. Ligações peptídicas Os aa se unem através de ligações covalentes (tamanho do polímero é variável) esta ligação ocorre entre o grupo carboxila COOH e o grupo amina NH2 de outro. Sempre perdem uma molécula de H20 – são chamados de resíduos Oligopeptidios: Poucos aa unidos por ligações peptídicas Polipeptídios: Muitos aa unidos por ligações peptídicas As ligações peptídicas mantem a estrutura das proteínas. Sempre que se quebra uma ligação peptídica a proteína perde a sua função (ela é degradada para permitir uma formação de uma nova proteína) O tripeptidio glutationa reduzida : A Glutationa reduzida é composta por três resíduos de aa, glutamato, cisteína, glicina. A GSH tem um papel importante porque funciona como um antioxidante muito bom e também participa da metabolização de medicamentos. Pode ser encontrada sob duas formas na célula: Reduzida: Quando atua como antioxidante e ajuda na metabolização dos medicamentos. Oxidada: Quando ela tem resíduos de cisteína, aa que pode formar pontes de sulfeto com outro aa de mesma cadeia ou outra cadeia, duas GSH podem se ligar por pontes de sulfeto. A relação de GSH reduzida/ GSH oxidada: Quando tem mais glutationa oxidada do que reduzida indica um desequilíbrio redox nas nossas células A GSH participa no metabolismo do paracetamol Peptídeos e polipeptídios de tamanhos variáveis Alguns hormônios que se formam com resíduos Ocitocina: 9 resíduos Insulina: 2 cadeias, 1 com 21 resíduos de aa e uma com 30 resíduos Glucagon: 29 resíduos de aa Nem todos os aa necessariamente estão presentes em todas as proteínas. Moléculas biologicamente importantes. Metalotioneínas: Uma proteína responsável para regular a concentração de ferro ou cobre no nosso organismo. Os grupos ferro e cobre precisam ser regulados pelas metalotioneínas para não se excederem no organismo e exercer toxicidade, as metát.se ligam aos componentes para não deixarem eles livres. Alto conteúdo do aa cisteína (pontes de sulfeto), também considerada como antioxidantes. Possuem capacidade de estocagem de Zn e Cu, além de metais fisiológicos como Cd e Hg Endorfinas: São encefalinas, analgésicos de ocorrência natural, oferecem um efeito analgésico para as dores do nosso organismo. Devido a similaridade entre as estruturas das endorfinas com os opiáceos, estes seligam a receptores no cérebro como se fossem encefalinas e produzem atividades farmacológicas Aminoácidos também podem ser precursores de neurotransmissores Serotonina: é produzida a partir do triptofano, tem efeito sedativo induzindo sensação de bem estar. A serotonina é produzida a partir do aminoácido triptofano, que é adquirido na alimentação. Adenosilmetioneína: A (adomet) é formada a partir do aa metionina. É um doador universal de metil para as reações de metilação que na sua maioria contribuem para aumentar a solubilidade dos compostos, auxiliando na eliminação dos mesmos. Características das proteínas e peptídeos Diferentes proteínas possuem composições e características diferentes de aa, que são determinadas geneticamente. Isso quer dizer que alguns aa podem ocorrer apenas uma vez ou nenhuma vez em determinada proteína e em outras podem ocorrer em grandes quantidades. As proteínas tem características próprias tanto em padrão quanto em frequência de aa. Erros inatos de metabolismo São distúrbios genéticos que levam a deficiência de uma enzima ou mutações nas vias metabólicas. Envolvem defeitos no DNA. Caso Clínico de Fenilcetonúria: A ausência de uma enzima. (fenilanina hidroxilase) Felinanina: É um aminoácido essencial (obtida através da alimentação) A partir da felinanina é produzida a tirosina com o uso da enzima (fenilanina hidroxilase) Quem não possui a enzima, faz com que ocorra um acumulo de fenilanina, e leva a não ocorrência da transformação para tirosina. A fenilanina, o fenilpiruvato, o fenilactato e fenilacetato acumulam-se no sangue e na urina. O acúmulo cerebral de ácido fenilpiruvato e fenilacético (são marcadores da doença) podem alterar o equilíbrio osmótico das células, fazendo com que a água entre para dentro dos tecidos cerebrais causando edema e compressão das células do cérebro em desenvolvimento, a qual pode resultar em retardo mental. Questionamento médico: Sempre pensar que, quando há uma via de falta de enzima, há acúmulo do que vinha antes e ausência do que viria depois. Nesse caso: O que acumula causa o que? e a ausência afeta o que? Sintomas da fenilcetonúria - Oligofrenia: Debilidade de aprendizado -Atraso no desenvolvimento psicomotor -Convulsões - Hiperatividade A doença pode ser detectada no teste do pezinho. Tratamento da fenilcetonúria Identificar e fazer uma dieta com menos fenilanina, e a tirosina deve ser suplementada, já que a fenilanina não é mais a fonte alimentícia devido a deficiência na atividade da enzima que catalisa a conversão de fenilanina em tirosina. O tratamento requer + tirosina e – fenilanina.
Compartilhar