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Luíza Soares 19.2 Sistema neuroendócrino 1-O QUE SÃO HORMÔNIOS: Mensageiros químicos secretados (de dentro da célula p/ o meio extracelular) para o sangue por células epiteliais e que têm a habilidade de atuar em concentrações muito baixas. 2- A) SINALIZAÇÃO AUTÓCRINA: Em que uma célula secreta substâncias que afetam a função da mesma célula através de sua ligação a receptores na superfície celular. b) SINALIZAÇÃO PARÁCRINA: São secretados na mesma célula e difundem-se para células adjacentes. Ambos NÃO são lançados para a corrente sanguínea, e sim lançados no tecido intersticial. c)SINALIZAÇÃO ENDÓCRINA: A molécula sinalizadora (HORMÔNIO) age na célula alvo distante do sítio de síntese. d) SINALIZAÇÃO NEUROENDÓCRINA: Esse tipo de sinalização ocorre em neurônios especializados, que liberam os neurormônios, os quais serão lançados na corrente sanguínea, desencadeando resposta em células-alvo distantes. COMPARAÇÃO ENTRE HORMÔNIOS: - O hormônio esteroide é derivado do colesterol. Por isso ele é lipofílico. Se os esteroides são lipofílicos, eles são insolúveis no sangue (plasma=água). Para ele ser carreado no plasma, ele tem que estar ligado a proteínas plasmáticas, para conferir solubilidade. Se ela não estiver ligada, ela não vai se dissolver na corrente sanguínea. Os esteroides não podem ser armazenados facilmente na membrana, pois ele é muito permeável a membrana, se difunde com muita facilidade. Por isso ele só é sintetizado de acordo com as necessidades do corpo, para depois ser lançado na corrente sanguínea. Ao ser transportado por via de proteínas, ele ganha uma estabilidade maior, e dura ‘’mais tempo’’ na corrente. Por isso a meia-vida dos esteroides é maior do que a dos peptídicos. Os esteroides têm receptores intracelulares pois ele é lipofílico. Ele vai entrar no núcleo da célula e alterar os efeitos da atividade genômica da célula. -O hormônio peptídico é derivado de proteínas, logo é hidrofílico. O receptor de peptídeos é um receptor de membrana, pois ele é hidrofílico e não passa pela membrana. A resposta das Luíza Soares 19.2 células a peptídicos geralmente é rápida, uma vez que os sistemas de segundos mensageiros modificam proteínas existentes dentro das células-alvo. As mudanças desencadeadas por hormônios peptídicos incluem a abertura ou o fechamento de canais da membrana e a modulação de enzimas metabólicas ou de proteínas transportadoras. Se a resposta de um hormônio peptídico deve ser mantida por um período de tempo maior, o hormônio deve ser secretado de forma contínua. O pré-pró-hormônio é um peptídeo inicial originado de um ribossomo, uma proteína grande e inativa. Ele contém uma sequência-sinal que direciona a proteína ao lúmen do retículo endoplasmático rugoso e outras sequências de peptídeos que podem ou não possuir atividade biológica. À medida que o pré-pró-hormônio inativo se move através do retículo endoplasmático, a sequência-sinal é removida, criando uma molécula menor, ainda inativa, chamada pró-hormônio. Depois esse pró-hormônio é processado e se torna um hormônio ativo e outros fragmentos peptídicos. SEGUNDO MENSAGEIRO A molécula sinalizadora extracelular (primeiro mensageiro) liga-se e ativa um receptor de membrana. O receptor de membrana ativado aciona suas proteínas associadas e inicia uma cascata intracelular de segundos mensageiros. O último segundo mensageiro da cascata atua em alvos intracelulares para gerar uma resposta. EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE Representa a interface entre o sist. endócrino e o neuro. *CORPO MAMILAR=memória,afeto. ADENO: GH, ACTH, FS+LH, TSH, PROLACTINA. São produzidos e secretados pela adrenohipófise. NEURO: ADH+OCITOCINA. São liberados por neurohormônios situados no hipotálamo. *SISTEMA PORTA- os vasos se capilarizam, trocam substâncias com os tecidos, depois se juntam e deixam os tecidos. Sistema porta é a rede de capilares, que antes de deixar o sistema, se capilarizam de novo. Então são duas redes capilares. Nós temos 3: porta hepático, porta renal e porta hipotalâmico-hipofisário. Para a maioria dos hormônios da hipófise anterior, os hormônios liberadores são importantes, exceto no caso da prolactina, em que um hormônio inibidor hipotalâmico exerce o maior controle. Ao contrário dos demais hormônios, ela está o tempo todo sendo inibida pela Luíza Soares 19.2 dopamina. Quando a mãe está amamentando, a dopamina é reduzida e o nível de prolactina aumenta. Quase toda secreção hipofisária é controlada por sinais hormonais e nervosos, vindo do hipotálamo. CONTROLE DO CRESCIMENTO E METABOLISMO GH: O GH atua como um hormônio trófico para a estimular a secreção de fatores de crescimento semelhantes à insulina ( IGFs). Os IGFs têm efeito de retroalimentação negativa na secreção do hormônio do crescimento, atuando na adeno-hipófise e no hipotálamo. -Proporciona um crescimento global (músc liso, estriado esquelético, cartilagens); -Tem uma ação anabólica para as proteínas (aumenta a massa proteica): -Catabólico para os lipídeos (quebra o glicogênio, disponibiliza glicose na corrente sanguínea para servir de combustível energético) -Hiperglicemiante; *resistência à insulina: tem efeito diabetogênico. Resistência a insulina e diminuição da utilização da glicose pelas células. *O jejum prolongado gera produção de GH. * ADMINISTRAÇÃO DE GH EXTERNA: o nível do GH endógeno vai estar baixo. A produção de hormônio liberador vai estar baixa, a hipófise vai estar inibida a produzir GH, os IGFs vão estar altos. O mecanismo de retroalimentação está atuando nesse sentido. O uso de anabolizantes a longo prazo é perigoso pois não há estimulação da hipófise, os hormônios vão estar inibidos. *IGFs: Ou somatomedinas , têm o efeito potente de acentuar todos os aspectos do crescimento ósseo. Os pigmeus da África têm incapacidade congênita de sintetizar quantidades significativas de somatomedina C. Por consequente, embora sua concentração plasmática de hormônio do crescimento esteja normal, ou elevada, eles têm quantidade diminuída de Somatomedina C no plasma, o que explica, aparentemente, sua baixa estatura. Foi postulado que a maioria, senão quase a totalidade, dos efeitos do hormônio do crescimento sobre o crescimento resulta da somatomedina C e de outras somatomedinas, e não dos feitos diretos do hormônio sobre os ossos e outros tecidos periféricos. O hormônio do crescimento liga-se fracamente às proteínas plasmáticas no sangue, com meia-vida no sangue de menos de 20min. Em contraste, a somatomedina C liga-se fortemente a uma proteína transportadora no sangue, e acaba sendo liberada lentamente do sangue para os tecidos, com meia-vida de cerca de 20 horas. Isso prolonga acentuadamente os efeitos promotores do crescimento. Luíza Soares 19.2 EXCESSO: Gigantismo em crianças e acromegalia em adultos. FALTA: Nanismo CORTISOL: -As glândulas suprarrenais localizam-se acima dos rins como pequenos chapéus. -Hiperglicemiante (quebra lipídeos e proteínas- proteose+lipólise). Estimula a gliconeogênese, é a produção de glicose a partir de outras substâncias. -Estresse crônico; -Imunossupressor; *Uma pessoa estressada tem a maior possibilidade de ficar doente. O cortisol é o eixo da somatização. -A secreção de cortisol é contínua e possui um forte ritmo diurno. O pico da secreção geralmente ocorre pela manhã e diminui durante a noite (circulação circadiana); -O cortisol causa equilíbrio negativo do cálcio; - Influencia a função cerebral. Estados de excesso de cortisol ou de deficiência causam alterações no humor, assim como alterações de memória e aprendizagem. EXCESSO:é chamado de Hipercortisolismo. Pode gerar hiperglicemia, perda de tecido, gordura extra no tronco e na face, aumento do apetite, estrias escuras na pele. O excesso também pode causar a Síndrome de Cushing. FALTA: Hipocortisolismo-apatia, dificuldade de concentração, irritabilidade, alterações no sono. TRH: -O hormônio liberador de tirotrofina é um hormônio hipotalâmico, que cai na porta, e faz com que a adeno hipófise libere a TSH, que cai na corrente sanguínea e age na tireóide, que estimula a liberação de T3 e T4; Luíza Soares 19.2 -É no coloide que temos os precursores dos hormônios tireoidianos; -O T3 é cerca de quatro vezes mais potente do que o T4, porém é encontrado, no sangue circulante, em quantidades muito menores e persiste por tempo mais curto do que o T4; -Nos tecidos-alvo, os receptores nucleares dos hormônios tireóideos têm maior afinidade pelo T3 que pelo T4. A taxa de secreção, a concentração plasmática, a meia-vida e o início da ação são maiores para T4 que para T3; -Frio extremo estimula a produção de T3 e T4; -Atualmente, no Brasil, o teste do pezinho detecta precocemente o hipotireoidismo e outras doenças. -O bócio pode ser sintoma do T3 e T4. O iodo e a tirosina são muito importantes para a formação dos hormônios. *Uma situação de baixo T3 e T4 (pouco iodo), o hipotálamo vai estar estimulado, vai ter muito TSH, a hipófise vai estar muito estimulada, mas a glândula não vai produzir hormônio porque não tem iodo. Por isso que o hipotireoidismo pode ter bócio também. *Na doença de Graves, a pessoa tem uma imunoglobulina que parece o TSH. Ela vai se ligar ao receptor de TSH na glândula e vai impedir que o TSH de fato se ligue. A imunoglobulina se liga e estimula o T3 e T4. O T3 e T4 vai estar alto, o hipotálamo vai produzir pouco TRH (feedback negativo). É uma situação de hipertireoidismo. O aumento dos níveis plasmáticos das imunoglobulinas causa exoftalmia e um aumento da frequência cardíaca é uma resposta comum aos altos níveis circulantes dos hormônios da tireoide. EXCESSO: Hipertireoidismo- pele quente e suada, fraqueza muscular, perda de peso, irritabilidade, insônia, batimentos cardíacos rápidos, exoftalmia*(normalmente acompanhada na Doença de Graves). FALTA: Hipotireoidismo- paciente intolerante ao frio, unhas e cabelos quebradiços, mixedema (pele inchada sobre os olhos), lentidão na fala, baixa frequência cardíaca. A concentração plasmática de colesterol elevada é comumente observada nessa situação. *CRETINISMO:hipotireoidismo na infância, causando uma capacidade mental diminuída. Luíza Soares 19.2 QUESTÕES GUYTON: Um paciente apresenta uma concentração plasmática elevada de tiroxina (T4), uma concentração plasmática baixa de hormônio estimulante da tireoide ( TSH) e uma tireoide que é menor que o normal: Se um indivíduo está tomando extrato de tireoide exógeno, aumentando seus níveis de T4 para acima do normal, a retroalimentação causaria a diminuição da secreção de TSH. Baixos níveis plasmáticos de TSH resultariam na atrofia da glândula tireóidea. Na doença de Graves, as mesmas alterações nos níveis plasmáticos de T4 e de TSH estariam presentes, porém a tireoide não estaria atrofiada. Um paciente tem bócio associado a altos níveis plasmáticos de hormônio liberador da tirotrofina (TRH) e de hormônio estimulante da tireoide (TSH). Sua frequência cardíaca está elevada. Um tumor hipotalâmico secretando grandes quantidades de TRH estimularia a hipófise a secretar quantidades aumentadas de TSH. Como resultado, a secreção de hormônios tireoidianos aumentaria e isto resultaria em uma frequência cardíaca elevada. Em comparação, um paciente com um tumor hipofisário secretando grandes quantidades de TSH ou com doença de Graves apresentaria baixos níveis plasmáticos de TRH por causa da retroalimentação. Um paciente com a função tireoidiana normal recebeu a medicação errada. Qual alteração seria notada se o paciente tomasse propoltiouracil por semanas? O propiltiouracil bloqueia vários passos iniciais na síntese dos hormônios tireóideos, porém ele não impede a formação de tireoglobulina nas células foliculares. Assim, se o propiltiouracil fosse administrado a um paciente normal, os níveis plasmáticos de T4 cairiam e a diminuição da inibição por retroalimentação levaria a um aumento na secreção de TSH. Os altos níveis Luíza Soares 19.2 plasmáticos de TSH causariam hipertrofia da glândula tireoide, ainda que a produção de hormônios tireóideos estivesse deprimida. Qual das seguintes alterações se esperaria da inibição da bomba de iodo? A inibição da bomba de iodo diminui a síntese de hormônios tireóideos, porém não compromete a produção de tireoglobulina pelas células foliculares. A diminuição dos níveis plasmáticos dos hormônios tireóideos resulta em uma baixa taxa metabólica, levando a um aumento na secreção de hormônio estimulante da tireoide (TSH). O aumento dos níveis plasmáticos de TSH estimula as células foliculares a sintetizar mais tireoglobulina. O nervosismo é um sintoma do hipertireoidismo e não é causado pela deficiência de hormônio tireóideo.
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