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Introdução à farmacologia

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@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
1 
A Farmacologia, como várias outras 
áreas do conhecimento, tem suas 
origens nos primórdios da humanidade. 
De fato, desde que o homem 
primitivo começou a usar substâncias 
obtidas na natureza, tanto dos reinos 
mineral, vegetal e animal, com 
finalidades medicinais ou visando obter 
efeitos nocivos (para a caça, como 
armas de guerra etc.), pode-se dizer 
que teve início a Farmacologia. 
Foi em meados do século 19 que a 
Farmacologia experimentou grande 
avanço, seguramente, consequência 
da evolução de outras áreas afins de 
conhecimento, como Fisiologia, 
Bioquímica, Patologia, Psicologia etc. 
Farmacologia pode ser definida como 
a ciência que estuda a ação de 
substâncias químicas em um 
organismo vivo. 
Assim, faz parte do escopo da 
Farmacologia o conhecimento a 
respeito de origem, propriedades 
físico-químicas, absorção, distribuição, 
mecanismo de ação, 
biotransformação e eliminação, bem 
como os usos e efeitos destas
substâncias químicas no organismo 
animal. 
A farmacodinâmica estuda os 
mecanismos de ação dos 
medicamentos. 
A farmacocinética estuda o caminho 
percorrido pelo medicamento no 
organismo animal; atualmente é dada 
ênfase na relação entre dose e as 
mudanças de concentração dos 
medicamentos nos vários tecidos do 
organismo, em função do tempo 
decorrido após sua administração. 
A farmacotécnica estuda o preparo, a 
purificação e a conservação dos 
medicamentos, visando ao melhor 
aproveitamento dos seus efeitos no 
organismo. 
A farmacognosia trata de obtenção, 
identificação e isolamento de 
princípios ativos, isto é, matérias 
primas naturais encontradas nos 
reinos mineral, vegetal ou animal, 
passíveis de uso terapêutico. 
A farmacologia clínica compatibiliza as 
informações obtidas no laboratório 
avaliados em animais saudáveis, com 
aquelas obtidas no animal alvo 
enfermo. 
A farmacoterapêutica se refere ao 
uso de medicamento para o 
tratamento das enfermidades, 
enquanto o termo terapêutica é mais 
abrangente, envolvendo não só o uso 
de medicamentos, como também
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
2 
outros meios (como cirurgia, radiação 
etc.) para prevenção, tratamento e 
diagnóstico das enfermidades.
A toxicologia é uma área do 
conhecimento muito próxima da 
Farmacologia; há, inclusive, aqueles 
que consideram a toxicologia como 
parte desta última. 
Nos dias de hoje isto não pode ser 
assumido, mesmo considerando que 
há sobreposição de interesses e 
técnicas entre ambas. 
A toxicologia é a ciência que estuda 
os agentes tóxicos (ou toxicantes), e 
estes são quaisquer substâncias 
químicas ou agentes físicos 
(radiações) capazes de produzir efeito 
nocivo em um ser vivo. 
Portanto, o interesse da toxicologia 
está centrado, exclusivamente, nos 
efeitos nocivos dos diferentes 
agentes. 
Droga 
Significa seco, substância dessecada, 
como, por exemplo, as plantas; isto 
porque, até então, as substâncias 
usadas com fins curativos eram, em 
sua grande maioria, obtidas da 
natureza, em particular, do reino 
vegetal. 
Atualmente, o termo refere-se a 
qualquer substância química que, em 
quantidade suficiente (que não atue 
como alimento), possa agir em um 
organismo vivo, produzindo alterações. 
Estas alterações podem ser tanto 
maléficas como benéficas. 
Ressalte-se que uma droga não cria 
funções, apenas modifica aquelas já 
existentes. 
Para o leigo o termo droga é 
empregado com conotação de 
substância ilícita de uso abusivo,
como, por exemplo, cocaína, 
maconha etc. 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
3 
Medicamento 
Medicamento é qualquer substância 
química empregada em um 
organismo vivo, visando obter efeitos 
benéficos. 
São substâncias químicas destinadas a 
curar, diminuir, prevenir e/ou 
diagnosticar as enfermidades. 
Ressalte-se que todo medicamento é 
uma droga, porém nem toda droga é 
um medicamento. 
A Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa) define medicamento 
como “produto farmacêutico, 
tecnicamente obtido ou elaborado 
com finalidade profilática, curativa, 
paliativa ou para fins de diagnóstico”; é 
uma forma farmacêutica terminada 
que contém o fármaco, geralmente 
em associação a adjuvantes 
farmacotécnicos. 
Fármaco 
Fármaco é termo que tem sido 
usado tanto como sinônimo de droga 
quanto de medicamento. 
Na terminologia farmacêutica, fármaco 
designa uma substância química 
conhecida e de estrutura química 
definida dotada de propriedade 
farmacológica. 
Remédio 
Tudo aquilo que cura, alivia ou evita 
uma enfermidade. 
Este termo abrange não só os 
agentes químicos (os medicamentos), 
como também os agentes físicos 
(duchas, massagens etc.). 
Produto de uso 
veterinário 
Foi definido pelo Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(MAPA) como “toda substância 
química, biológica, biotecnológica ou 
preparação manufaturada cuja 
administração seja aplicada de forma 
individual ou coletiva, direta ou 
misturada com os alimentos, destinada 
à prevenção, ao diagnóstico, à cura 
ou ao tratamento das doenças dos 
animais, incluindo os aditivos, 
suprimentos promotores, 
melhoradores da produção animal, 
medicamentos, vacinas, antissépticos, 
desinfetantes de uso ambiental ou 
equipamentos, pesticidas e todos os 
produtos que, utilizados nos animais 
ou no seu hábitat protejam, 
restaurem ou modifiquem suas 
funções orgânicas e fisiológicas, bem 
como os produtos destinados ao 
embelezamento dos animais”. 
Placebo 
É qualquer substância sem 
propriedades farmacológicas, 
administrada ao indivíduo como se 
tivesse propriedades terapêuticas, 
com o intuito mais de agradar do que 
beneficiar. 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
4 
Atualmente, esse conceito foi 
ampliado, sendo empregado para o 
controle e a comparação da atividade 
de medicamentos. 
Nutracêutico 
Combinação dos termos “nutrição” e 
“farmacêutico”, referindo-se a produto 
nutricional que se alega ter valor 
terapêutico, além de seu valor 
nutricional cientificamente 
comprovado. 
O alimento nutracêutico é definido 
como a substância que pode ser 
considerada um alimento ou parte de 
um alimento e proporciona benefícios 
tanto para a manutenção da saúde 
como também terapêuticos, incluindo 
prevenção e tratamento de doenças. 
É evidente que uso racional dos 
medicamentos, que é o objetivo da 
Farmacologia aplicada, só pode ser 
conseguido com o diagnóstico preciso 
da enfermidade que acomete o 
animal. 
Neste contexto, os conhecimentos de 
Farmacologia fundamentam o 
tratamento medicamentoso a ser 
instituído, otimizando os efeitos do 
medicamento. 
O conhecimento, tanto qualitativo 
como quantitativo da ação (sítio de 
ação – receptor) do medicamento, 
como do efeito (consequência da 
atuação no sítio de ação) no 
organismo animal fundamenta a 
indicação da posologia. 
Posologia 
É o estudo das dosagens do 
medicamento com fins terapêuticos. 
Dose 
Se refere à quantidade do 
medicamento necessária para 
promover a resposta terapêutica. 
Dosagem 
Inclui, além da dose, a frequência de 
administração e a duração do 
tratamento. 
 
O médico veterinário deve estar 
sempre atento à posologia dos 
medicamentos, uma vez que esta 
pode variar drasticamente entre as 
várias espécies animais e até mesmo 
havendo contraindicação de alguns 
medicamentos para uma dada 
espécie, em função de suas 
características anatômicas e 
fisiológicas, além da própria 
suscetibilidade individual. 
 
A legislação brasileira relacionada com 
a prescrição de medicamentos não 
permite o uso de abreviaturas latinas 
para se referir à dosagem de 
medicamentos; as únicas permitidas 
são aquelas empregadasnas fórmulas 
farmacêuticas referindo-se 
ao veículo ou excipiente: q.s. = 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
5 
quantum satis (quantidade suficiente) e 
q.s.p. = quantum satis para (quantidade 
suficiente para). 
A prescrição ou receita é uma ordem 
escrita de próprio punho, com letra 
legível, em vernáculo (idioma nacional), 
feita pelo profissional devidamente 
habilitado (médico, médico veterinário 
ou dentista) para a transmissão de 
instruções ao paciente e/ou 
farmacêutico; portanto, é um 
documento e como tal deve ser 
escrito a tinta (azul ou preta), tendo 
validade de 30 dias, exceto no caso 
de prescrição de antimicrobianos, em 
que a validade é de 10 dias. 
Atualmente, em função do uso cada 
vez mais difundido da informática, se 
aceita, além do texto da receita 
manuscrito, também o digitado no 
computador. 
Como a prescrição é uma ordem 
escrita, emprega-se o verbo no 
“imperativo”. 
Sendo a prescrição um documento 
reconhecidamente legal, o seu autor é 
responsável pela sua exatidão, 
devendo conter as instruções de 
forma clara, concisa e objetiva. 
Neste sentido, a prescrição constitui 
um documento que envolve 
responsabilidades sob vários aspectos: 
Aspecto clínico: 
o diagnóstico da enfermidade que 
acomete o paciente reflete a decisão 
terapêutica do profissional, que deve, 
então, indicar o(s) medicamento(s) 
mais adequado(s) para a situação. 
Aspecto profissional: 
o medicamento deve ser prescrito na 
posologia adequada; caso o 
farmacêutico detecte algum erro, 
este deve alertar o médico 
veterinário, evitando intoxicações 
medicamentosas ou ineficiência do 
tratamento. 
Aspecto legal: 
há medicamentos que para serem 
comercializados devem obedecer à 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
6 
legislação específica, portanto, o 
profissional deve conhece-la. 
As prescrições podem ser higiênicas 
ou medicamentosas. 
As prescrições higiênicas contêm 
instruções a respeito de meios que 
podem auxiliar o tratamento de 
enfermidades ou podem ser 
necessárias para garantir o 
restabelecimento da saúde do 
paciente (alimentos, bebidas, 
temperatura ambiente, condições de 
repouso, exercícios, clima, habitação 
etc.). 
Estas instruções são chamadas, nesta 
situação, de regime ou dieta. 
As prescrições medicamentosas são 
aquelas que contêm medicamentos. 
Os medicamentos receitados podem 
ser de três categorias: 
Medicamentos farmacopeicos 
(anteriormente denominados oficiais): 
são aqueles inscritos na Farmacopeia 
Brasileira. 
A escolha dos medicamentos que 
devem ser incluídos na Farmacopeia 
é feita considerando-se aqueles que 
constam da Relação Nacional dos 
Medicamentos Essenciais (RENAME) 
ou da lista da Organização Mundial da 
Saúde. 
Ainda, são incluídos os medicamentos 
de escolha dos programas especiais 
de saúde e os produtos novos de 
grande interesse terapêutico. 
Medicamentos magistrais: 
são aqueles preparados na farmácia a 
partir da prescrição feita por 
profissional habilitado que estabelece a 
composição, a forma farmacêutica e a 
posologia. 
Portanto, estes medicamentos são de 
autoria do profissional, que os compõe 
obedecendo às exigências clínicas de 
um dado paciente. 
Especialidades ou especialidades 
farmacêuticas: 
são medicamentos fornecidos pela 
indústria farmacêutica, cujas fórmulas 
são aprovadas e registradas em 
órgãos governamentais (Anvisa, para 
aqueles de uso na espécie humana ou 
MAPA, para aqueles de uso 
veterinário), desde que satisfaçam às 
exigências quanto ao valor 
terapêutico, ao método de 
preparação, à originalidade, às 
vantagens técnicas, à segurança, à 
estabilidade química etc. 
Estes medicamentos podem receber 
um nome comercial dado pelo 
fabricante e, logo abaixo deste, deve 
ser colocado o nome do princípio 
ativo, considerando a Denominação 
Comum Brasileira (DCB) ou, na 
ausência desta, a Denominação 
Comum Internacional (DCI). 
 
A Lei nº 9.787 de 10 de fevereiro de 
1999, que dispôs sobre a utilização de 
nomes genéricos em produtos 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
7 
farmacêuticos de uso humano, 
introduziu os seguintes conceitos: 
Medicamento de referência 
“produto inovador registrado no órgão 
federal responsável pela vigilância 
sanitária e comercializado no país, cuja 
eficácia, segurança e qualidade foram 
comprovadas cientificamente junto ao 
órgão federal competente, por 
ocasião do registro”. 
Medicamento similar 
“aquele que contém o mesmo ou os 
mesmos princípios ativos, apresenta a 
mesma concentração, forma 
farmacêutica, via de administração, 
posologia e indicação terapêutica, 
preventiva ou diagnóstica, do 
medicamento de referência registrado 
no órgão federal responsável pela 
vigilância sanitária, podendo diferir 
somente em características relativas 
ao tamanho e forma do produto, 
prazo de validade, embalagem, 
rotulagem, excipientes e veículos, 
devendo sempre ser identificado por 
nome comercial ou marca”. 
Medicamento genérico 
“medicamento similar a um produto 
de referência ou inovador, que se 
pretende ser com este 
intercambiável, geralmente produzido 
após a expiração ou renúncia da 
proteção patentária ou de outros 
direitos de exclusividade, comprovada 
sua eficácia, segurança e qualidade, e 
designado pela DCB ou, na sua 
ausência, pela DCI”. 
Biodisponibilidade 
“indica a velocidade e a extensão de 
absorção de um princípio ativo em 
uma forma de dosagem, a partir de 
sua curva concentração/tempo na 
circulação sistêmica ou sua excreção 
na urina”. 
Em farmacocinética, a 
biodisponibilidade descreve a 
velocidade e o grau com que uma 
substância química ou a sua forma 
molecular terapeuticamente ativa é 
absorvida a partir de um 
medicamento e se torna disponível no 
local de ação. 
Bioequivalência 
“consiste na demonstração de 
equivalência farmacêutica entre 
produtos apresentados sob a mesma 
forma farmacêutica, contendo idêntica 
composição qualitativa e quantitativa 
de princípio(s) ativo(s), e que tenham 
comparável biodisponibilidade, quando 
estudados sob um mesmo desenho 
experimental”. 
 
Dentre os códigos oficiais de cada país 
relacionados com o emprego de 
substâncias químicas com fins 
terapêuticos, destaca-se a 
Farmacopeia. 
De modo geral, a função de uma 
Farmacopeia é estabelecer os 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
8 
requisitos de qualidade a que os 
medicamentos devem 
obrigatoriamente obedecer; esses 
requisitos incluem todos os 
componentes empregados na 
fabricação dos medicamentos. 
O Formulário Nacional também é uma 
publicação oficial do país direcionada 
às farmácias de manipulação. 
É denominado Formulário Nacional da 
Farmacopeia Brasileira; esse 
documento apresenta fórmulas de 
uso consagrado em seres humanos 
ou de necessidade premente à saúde 
pública e, portanto, largamente 
prescritas. 
Há ainda algumas publicações em 
papel ou eletrônicas, não oficiais, que 
visam facilitar a prescrição de 
medicamentos e, em particular, das 
especialidades farmacêuticas e dos 
produtos de uso veterinário. 
São exemplos de algumas delas: 
Compêndio veterinário 
publicação que relaciona as 
especialidades farmacêuticas 
comercializadas no país, dispostas em 
ordem alfabética. 
Contém novos lançamentos, moléstias 
e indicações terapêuticas, relação de 
laboratórios e indústrias farmacêuticas 
com os respectivos endereços e 
produtos comercializados. 
 
Dicionário de especialidades 
farmacêuticas (DEF) 
publicação que contém 
exclusivamente especialidades 
farmacêuticas de uso na espécie 
humana. 
Permite localizar medicamentos de 
várias maneiras, como, por exemplo, 
pelo grupo farmacológico, pelo nome 
químico, pela indicaçãoterapêutica e 
pelo nome comercial (bulário); 
contém também endereço e 
produtos comercializados por 
laboratório ou indústria farmacêutica. 
Índice terapêutico veterinário 
(ITV) 
publicação destinada ao médico 
veterinário, contendo exclusivamente 
medicamentos de uso veterinário, os 
quais podem ser localizados por grupo 
farmacológico, nomes químicos, 
indicações terapêuticas e nome 
comercial (bulário). 
Compêndio de produtos 
veterinários 
publicação em papel e também com 
acesso via internet. 
Permite o acesso às informações de 
produtos veterinários registrados 
nesse Ministério. 
Bulário eletrônico da Anvisa 
permite obter a bula do paciente e a 
do profissional dos medicamentos 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
9 
registrados nessa agência, fazendo a 
consulta tanto pelo nome da marca 
como pelo princípio ativo. 
A prescrição é feita, em geral, em 
papel de cor branca, com formato 
retangular, medindo 14 x 20 cm. 
Uma prescrição completa é composta 
das seguintes partes: 
Cabeçalho 
nesta parte são encontrados 
impressos na porção superior do 
papel nome completo e categoria 
profissional (médico, médico 
veterinário ou dentista), sua 
especialidade (se for o caso), número 
de inscrição na respectiva categoria 
profissional (CRM, CRMV, CRO) e 
endereço profissional completo; pode 
ser acrescido, ainda, do número de 
inscrição no cadastro junto à Receita 
Federal (CPF ou CGC) e inscrição 
municipal. 
Superscrição 
espaço reservado para identificação 
do paciente (espécie animal, raça, 
nome do animal, idade), identificação 
do proprietário e respectivo 
endereço. 
Inscrição 
inicia-se com a colocação do modo 
de administração devidamente grifado 
e, imediatamente abaixo, o nome do 
medicamento ou fórmula 
medicamentosa (no caso de 
medicamento magistral). 
 
Em geral, para definir o modo de 
administração empregam-se os 
termos: uso interno, uso externo, uso 
local pelas vias intramuscular, 
subcutânea ou intravenosa etc. 
Tradicionalmente a expressão uso 
interno é usada para indicar a 
administração de medicamento pela 
boca; atualmente dá-se preferência 
pela via oral. 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
10 
Uso externo é frequentemente 
empregado como sinônimo de uso 
local ou uso tópico ou, ainda, 
substituindo o uso parenteral 
(intramuscular, subcutâneo, 
intravenoso), devendo neste caso ser 
definida a via de administração na 
Indicação. 
Subscrição 
está presente quando da prescrição 
de um medicamento magistral. 
É nesta parte da prescrição que se 
dão informações ao farmacêutico, 
especificando, por exemplo, a forma 
farmacêutica, a quantidade a ser 
aviada, o tipo de acondicionamento ou 
de embalagem a ser utilizada (frasco, 
ampola, cápsula etc.). 
 
Indicação / instrução 
consiste na parte da prescrição em 
que são dadas informações ao 
paciente sobre a administração do 
medicamento, como frequência e 
duração do tratamento, e a via de 
administração, caso esta não tenha 
sido definida na inscrição. 
 
Estas informações são dadas 
empregando-se o tempo verbal 
imperativo e devem ser claras e 
objetivas. 
Assinatura / firma 
profissional 
é a parte da prescrição em que se 
apõem local, data e assinatura do 
profissional. 
Quando a prescrição for feita em 
papel cujo cabeçalho não identifica o 
seu autor (talonário com vários 
profissionais ou de hospitais), deve-se 
juntar à assinatura o carimbo com 
identificação do profissional. 
 
Emprega-se o sistema métrico 
decimal para a prescrição dos 
medicamentos: múltiplos e 
submúltiplos do grama (g) para sólidos 
e mililitros (ml) para líquidos. 
Recomenda-se que, na prescrição, 
sejam usados números arábicos. 
Não devem ser usadas abreviaturas, 
nem mesmo para os elementos 
químicos contidos na tabela periódica; 
a única exceção refere-se às 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
11 
abreviações do sistema métrico 
decimal. 
As fórmulas farmacêuticas, também 
chamadas de formulações, são 
elaboradas visando facilitar a 
administração dos medicamentos. 
Nas indústrias farmacêuticas, as 
formulações das especialidades 
farmacêuticas são feitas por 
profissionais capacitados que estudam 
o preparo, a purificação e a 
conservação dos medicamentos, 
visando obter o melhor 
aproveitamento de seus efeitos no 
organismo animal. 
Na prescrição de um medicamento 
magistral o médico veterinário elabora 
uma fórmula e, para isto, necessita de 
ter conhecimentos de farmacotécnica 
a fim de alcançar seus objetivos 
terapêuticos. 
Assim, o profissional deve ter 
conhecimentos sobre a apresentação, 
a estabilidade, a interação 
medicamentosa, dentre os vários 
outros fatores a serem 
cuidadosamente observados para se 
obter eficiência com o emprego de 
uma dada formulação. 
Em geral, uma fórmula é constituída 
por: 
Princípio ativo, base 
medicamentosa ou base 
substância principal da fórmula. 
As formulações podem ter mais de 
um princípio ativo. 
Adjuvantes 
são substâncias empregadas para 
auxiliar a preparação da fórmula 
farmacêutica, tais como conservantes, 
estabilizantes, diluentes, 
desagregantes, aglutinantes, 
deslizantes, antiaderentes etc. 
Estas substâncias devem ser inócuas 
nas quantidades adicionadas e não 
devem prejudicar a eficácia 
terapêutica do medicamento. 
Corretivos 
são substâncias que tornam mais 
agradáveis, ou pelo menos mais 
aceitáveis, os constituintes de 
formulações orais. 
São exemplos, os edulcorantes, que 
corrigem o sabor, e os flavorizantes, 
que corrigem o sabor e odor. 
Veículo ou excipiente 
meio no qual o princípio ativo é 
colocado, sendo em geral o termo 
veículo empregado para líquidos e 
excipiente para sólidos. 
Empregam-se as abreviaturas latinas 
q.s. (quantum satis = quantidade 
suficiente) ou q.s.p. (quantum sufficit 
para = quantidade suficiente para) 
referindo-se à quantidade que deve 
ser acrescentada para completar o 
volume ou a massa desejada. 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
12 
A forma farmacêutica ou preparação 
medicamentosa é como o 
medicamento se apresenta para ser 
usado, como resultado da mistura de 
substâncias adequadas para serem 
administradas com finalidade 
terapêutica. 
Gargarismo 
forma farmacêutica líquida destinada a 
tratar a cavidade bucal dos animais 
(corresponde ao gargarejo na espécie 
humana). 
Deve-se impedir a deglutição do 
medicamento pela tração da língua do 
animal para fora da cavidade bucal, 
mantendo-se sua cabeça abaixada 
enquanto o medicamento é aspergido. 
Colutório 
também é destinado à cavidade bucal, 
porém tem consistência xaroposa 
(usa como veículo glicerina, mel etc.). 
Como não deve ser deglutido, pode 
ser colocado com o auxílio de uma 
espátula na ponta da língua do animal, 
que, ao movimentá-la, distribui o 
medicamento na cavidade oral. 
Provenda (mash) 
o medicamento é oferecido 
escondido no alimento que é 
deglutido pelo animal. 
 
Sopa e barbotage 
destinam-se a grandes animais; são 
obtidas pelo cozimento de vegetais 
(sopa) ou de farináceos (barbotage) 
nos quais, quando frios, adiciona-se o 
medicamento. 
Esta mistura é ingerida 
espontaneamente pelo animal. 
Bebida e beberagem 
são formas medicamentosas líquidas 
oferecidas em grandes volumes – 
750 a 1.000 mℓ para grandes animais; 
200 a 500 mℓ para animais de médio 
porte e 50 a 100 mℓ para pequenos 
animais. 
A bebida é deglutida 
espontaneamente pelo animal; a 
beberagem é fornecida à força, por 
exemplo, através de sondas. 
Poção 
também é uma forma 
medicamentosa líquida que deve ser 
deglutida, porém é fornecida em 
pequena quantidade (em colher ou 
seringa plástica sem agulha [dosador 
oral], na qualo medicamento é 
colocado vagarosamente entre a 
bochecha e a arcada dentária do 
animal). 
Eletuário 
forma farmacêutica pastosa, 
administrada à força ao animal, com a 
finalidade de ser deglutida. 
@STDSELVAGEM FARMACOLOGIA E TERAPÊUTICA 
 
13 
Atualmente foram desenvolvidos 
aplicadores para tal finalidade. 
Bolo e pílula 
forma farmacêutica semidura, esférica, 
que deve ser deglutida; atualmente 
está em desuso. 
O bolo pesa entre 0,5 e 4,0 g 
(destinado a grandes animais), e a 
pílula entre 0,15 a 0,30 g (usada para 
animais de pequeno porte). 
Tem sido empregado para 
administração, por exemplo, de anti-
helmínticos por via oral, a bovinos 
pelo “lança-bolo” ; o princípio ativo fica 
protegido dentro de um invólucro 
rígido que libera gradativamente o 
medicamento no rume do animal, 
mantendo os níveis terapêuticos do 
medicamento por período prolongado. 
O termo bolo também tem sido 
usado para se referir à administração 
rápida e de curta duração de uma 
certa quantidade do medicamento por 
via intravenosa. 
Grânulo ou glóbulo 
tem forma esférica e consistência 
rígida, devendo pesar entre 0,05 e 
0,15 g. 
Cápsula 
forma farmacêutica na qual o 
medicamento (geralmente na forma 
sólida) é colocado dentro de um 
envoltório (de amido ou gelatina) 
constituído de duas metades 
justapostas. 
Existem cápsulas rígidas, que 
dissolvem no estômago; cápsulas 
moles, que dissolvem no esôfago; 
cápsulas gastro-resistentes; e cápsulas 
de liberação lenta. 
Pérola ou cápsula mole 
é constituída de uma única parte, 
estando o conteúdo hermeticamente 
selado em seu interior. 
Destina-se preferencialmente a 
acondicionar líquidos. 
Drágea 
o medicamento é colocado no interior 
de um envoltório rígido, de formato 
variável, geralmente brilhante. 
Pode proteger o princípio ativo do pH 
estomacal, odor ou sabor 
desagradável. 
Comprimido 
geralmente adiciona-se ao princípio 
ativo amido, sendo este material 
prensado, dando-se a forma cilíndrica 
com alguns milímetros de altura. 
É fracionável. 
Pastilha 
forma farmacêutica sólida moldada ou 
comprimida, geralmente flavorizada, 
que para animais, diferentemente do 
que ocorre na espécie humana, é 
mastigável. 
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14 
Papel 
forma farmacêutica em que o 
medicamento em pó é embalado, 
cuja dobradura é cuidadosamente 
feita pelo farmacêutico; destinado a 
administração em dose individual e 
única, permitindo o acondicionamento 
de volume relativamente grande. 
Pomada 
preparação tópica constituída de base 
monofásica na qual podem estar 
dispersas substâncias sólidas ou 
líquidas. 
Pasta 
forma farmacêutica semissólida, sendo 
mais firmes e espessas que as 
pomadas, mas, geralmente, menos 
gordurosas que elas. 
Creme 
preparação semissólida obtida com 
bases emulsivas do tipo água/óleo ou 
óleo/água, contendo um ou mais 
princípios ativos ou aditivos dissolvidos 
ou dispersos na base adequada. 
Clisma ou enema 
consiste na introdução de líquido por 
via retal; pode ser de retenção 
(visando à absorção do medicamento) 
ou evacuante. 
Supositório 
preparação farmacêutica sólida, de 
dose única, que pode conter um ou 
mais princípios ativos; deve fundir-se 
à temperatura do organismo ou 
dispersar em meio aquoso. 
O formato e a consistência do 
supositório devem ser adequados 
para a administração retal. 
Vela 
semelhante à anterior, porém tem 
forma cilíndrica, medindo de 5 a 7 
cm, geralmente de uso intrauterino. 
Óvulo 
preparação farmacêutica sólida, com 
formato adequado, para aplicação 
vaginal, devendo dispensar ou fundir à 
temperatura corpórea. 
Colírio 
forma farmacêutica geralmente 
líquida, destinada aos olhos e às 
pálpebras. 
Xarope 
preparação aquosa caracterizada pela 
alta viscosidade, que apresenta não 
menos que 45% (p/p) de sacarose 
ou outros açúcares na sua 
composição; geralmente contém 
agentes flavorizantes. 
Elixir 
preparação líquida, límpida, 
hidroalcoólica, apresentando teor 
alcoólico na faixa de 20 a 50%. 
 
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15 
Loção 
preparação líquida aquosa ou 
hidroalcoólica destinada ao uso 
externo mediante aplicação sobre a 
pele. 
Extrato 
preparação líquida, sólida ou 
semissólida obtida pela extração do 
princípio ativo de vegetais ou animais, 
fresca ou seca, por meio de líquido 
extrator adequado, seguida de 
evaporação total ou parcial e ajuste 
da concentração a padrão 
previamente estabelecido. 
Emulsão 
preparação farmacêutica obtida pela 
dispersão de duas fases líquidas 
imiscíveis ou praticamente imiscíveis. 
Suspensão 
preparação farmacêutica obtida pela 
dispersão de uma fase sólida insolúvel 
ou praticamente insolúvel em uma 
fase líquida. 
Tintura e alcoolatura 
são formas farmacêuticas que se 
utilizam da ação dissolvente do álcool. 
As tinturas são preparadas com 
plantas secas e as alcoolaturas com 
plantas frescas. 
Pour-on e spot-on 
formas líquidas nas quais o 
medicamento é depositado, 
respectivamente, na linha do dorso do 
animal ou sobre a cernelha. 
Premix (pré-mistura) 
o medicamento é misturado à ração 
do animal; geralmente utilizado para 
administração de vitaminas ao 
rebanho. 
Injetáveis 
preparações estéreis destinadas à 
administração parenteral, apresentadas 
como soluções, suspensões ou 
emulsões; podem ser acondicionadas 
em ampolas, cartuchos ou frascos, 
para administração em dose única 
(injeção), dose múltipla e para 
perfusão. 
Alguns medicamentos que podem 
trazer maiores riscos para a saúde do 
animal ou indiretamente ao ser 
humano (devido ao consumo de 
produtos de origem animal), quando 
usados sem o devido 
acompanhamento do profissional, 
estão sujeitos a regulamentação 
específica. 
Neste sentido, tanto a Anvisa como o 
MAPA estabeleceram normas. 
A antiga Secretaria de Vigilância 
Sanitária, atualmente Anvisa, do 
Ministério da Saúde publicou a Portaria 
n° 344, de 12 de maio de 1998, 
estabelecendo o regulamento técnico 
sobre substâncias e medicamentos 
sujeitos a controle especial. 
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16 
A Anvisa, por sua vez, atualiza as listas 
de substâncias entorpecentes, 
psicotrópicas, precursoras e outras 
sob controle especial contidas nesta 
Portaria, por meio de Resoluções da 
Diretoria Colegiada (RDC), as quais 
ficam disponíveis aos interessados no 
seu site. 
Esta Portaria relaciona no Anexo I as 
substâncias e os medicamentos 
sujeitos ao controle especial nas 
seguintes listas: A (A1, A2 e A3), B (B1 
e B2), C (C1, C2, C3, C4 e C5), D (D1 
e D2), E e F. 
As listas A1 (relaciona as “substâncias 
entorpecentes”, como morfina e 
análogos), A2 (relaciona as 
“substâncias entorpecentes de uso 
permitido somente em concentrações 
especiais”, como codeína e tramadol) 
e A3 (relaciona as “substâncias 
psicotrópicas”, como anfetamina e 
análogos) contêm os medicamentos 
sujeitos a Notificação de Receita A. 
Estes medicamentos recebem tarja 
preta, na qual encontra-se impresso: 
“Venda sob prescrição médica. 
Atenção: pode causar dependência 
física ou psíquica.” 
A Notificação de Receita A tem 
coloração amarela e é fornecida pela 
Autoridade Sanitária Estadual ou 
Municipal, por delegação de 
competência, mediante solicitação do 
profissional ou da instituição. 
Esta notificação pode conter no 
máximo 5 ampolas e, para as demais 
formas farmacêuticas de 
apresentação, poderá conter a 
quantidade correspondente a, no 
máximo, 30 dias de tratamento. 
A lista B1 (relaciona as “substâncias 
psicotrópicas”, como 
benzodiazepínicos e barbitúricos) 
contém os medicamentos sujeitos a 
Notificação de Receita B. 
A lista B2 (relaciona as “substânciaspsicotrópicas anorexígenas”, como 
mazindol e sibutramina) contém os 
medicamentos sujeitos a Notificação 
de Receita B2, cuja prescrição deve 
ser acompanhada do “Termo de 
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17 
Responsabilidade do Prescritor” (RDC 
no 50, de 25 de setembro de 2014). 
Estes medicamentos recebem tarja 
preta, na qual encontra-se impresso: 
“Venda sob prescrição médica. O 
abuso deste medicamento pode 
causar dependência.” 
Ambas as notificações têm cor azul e 
devem ser impressas por profissional 
ou instituição (de acordo com o 
modelo definido pela legislação), 
contendo sequência numérica 
fornecida mediante solicitação junto a 
Autoridade Sanitária Estadual ou 
Municipal. 
 A notificação de receita B1 pode 
conter no máximo 5 ampolas e, para 
as demais formas farmacêuticas de 
apresentação, quantidade 
correspondente no máximo a 60 dias 
de tratamento. 
A notificação de receita B2 deve ser 
utilizada para tratamento igual ou 
inferior a 30 dias e as fórmulas 
medicamentosas não podem conter 
anorexígenos associados entre si e 
nem com outros medicamentos 
como ansiolíticos, antidepressivos, 
diuréticos, hormônios, laxantes, 
substâncias simpatolíticas ou 
parassimpatolíticas. 
As Notificações de Receita A e B são 
documentos que, acompanhados da 
respectiva receita, autorizam a 
aquisição de medicamentos à base de 
substâncias constantes das listas A e 
B e ficam retidas pela farmácia ou 
drogaria, enquanto a receita é 
devolvida ao proprietário do animal 
devidamente carimbada, como 
comprovante do atendimento. 
A lista C1 relaciona “outras substâncias 
sujeitas a controle especial”, como os 
neurolépticos (acepromazina, 
droperidol etc.); anticonvulsivantes 
(ácido valproico, fenitoína etc.); 
antidepressivos; anti-inflamatórios 
inibidores seletivos da ciclo-oxigenase 
2 (celecoxibe, parecoxibe etc.); 
buspirona, cetamina, etomidato, 
halotano, hidrato de cloral, misoprostol, 
propofol, tetracaína etc. 
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18 
Estes medicamentos estão sujeitos à 
Receita de Controle Especial (de 
acordo com o modelo definido na 
legislação, de cor branca) em duas 
vias, apresentando em destaque em 
cada uma das vias os dizeres: “1ª via – 
retenção da farmácia ou drogaria” e 
“2ª via – orientação ao paciente”. 
Esta última via é devolvida ao paciente 
devidamente carimbada, comprovando 
o atendimento. 
As listas C2 (relaciona as “substâncias 
retinoicas para uso sistêmico”, como 
adapaleno e tretinoína), C3 
(“substâncias imunossupressoras” – 
talidomida) e C4 (“substâncias 
antirretrovirais”, como abacavir e 
estavudina) contêm substâncias 
sujeitas à Notificação de Receita 
Especial e só podem ser receitadas 
por profissionais inscritos no Conselho 
Regional de Medicina. 
A lista C5 (“substâncias anabolizantes”, 
como testosterona e trembolona) 
relaciona substâncias sujeitas à Receita 
de Controle Especial. 
A lista D1 (“substâncias precursoras de 
entorpecentes e/ou psicotrópicos”) 
relaciona substâncias sujeitas à Receita 
Médica sem Retenção, enquanto a 
lista D2 (insumos químicos utilizados 
como precursores para fabricação e 
síntese de entopercentes e/ou 
psicotrópicos) contém substâncias 
sujeitas a controle do Ministério da 
Justiça. 
A lista E relaciona as “plantas que 
podem originar substâncias 
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19 
entorpecentes e/ou psicotrópicas” e a 
lista F contém as “substâncias de uso 
proscrito no Brasil”, com cocaína e 
canabidiol. 
Outra classe de medicamentos 
sujeitos à regulamentação específica 
são os antimicrobianos. 
Neste sentido, a Anvisa publicou a 
RDC nº 20 (de 5 de maio de 2011) que 
dispõe sobre o controle de 
medicamentos à base de substâncias 
classificadas como antimicrobianos, de 
uso sob prescrição médica, isoladas 
ou em associação. 
Assim, a prescrição de medicamentos 
à base de antimicrobianos deve ser 
feita no receituário comum, em duas 
vias, sendo que a 1a via fica de posse 
do proprietário do animal e a 2a via 
fica retida na farmácia. 
Essa receita tem validade de 10 dias a 
partir da data de emissão e pode 
conter a prescrição de outras 
categorias de medicamentos desde 
que não sejam sujeitos a controle 
especial. 
Em situações de tratamento 
prolongado, a receita pode ser 
utilizada para aquisições posteriores 
por um período de até 90 dias a 
contar da data de sua emissão, e 
deve conter a indicação de uso 
contínuo, com a quantidade a ser 
utilizada para cada 30 dias. 
 
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20 
O MAPA identifica, à semelhança do 
que faz a Anvisa, as substâncias e os 
medicamentos sujeitos ao controle 
especial em listas identificadas por 
letras maiúsculas: A (A1 e A2), B, C 
(C1, C2, C4 e C5) e D1. 
Os medicamentos da lista A e da lista 
B devem apresentar uma tarja preta 
com os dizeres: “Venda sob 
prescrição do médico veterinário, 
com retenção obrigatória da 
notificação de receita”; na bula deve 
constar: “Atenção: o uso pelo homem 
pode causar graves riscos à saúde.” 
Os medicamentos contidos nas listas 
A e B são adquiridos no comércio 
mediante a apresentação da 
Notificação de Receita Veterinária A e 
B, respectivamente. 
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21 
As Notificações de Receita Veterinária 
A e B são impressas a expensas do 
MAPA, na forma de talão com 
numeração sequencial das folhas, 
sendo três vias para cada número, 
apresentando obrigatoriamente em 
destaque em cada uma das vias os 
dizeres: “1a via – estabelecimento 
fornecedor”; “2a via – responsável 
pelo animal”; e “3a via – médico 
veterinário prescritor”. 
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22 
A Notificação de Receita Veterinária 
deve conter somente um produto de 
uso veterinário e, no máximo, a 
quantidade de produto suficiente para 
30 dias de tratamento. 
Notificação de Receita Veterinária C2 
é destinada para a prescrição das 
substâncias retinoicas de uso não 
tópico (lista C2). 
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23 
Nesses produtos o cartucho, 
cartucho-bula, rótulo, rótulo-bula ou 
invólucro devem apresentar uma faixa 
horizontal de cor vermelha, contendo 
os dizeres: “Venda sob prescrição do 
médico veterinário, com retenção 
obrigatória da notificação de receita.” 
A bula desses produtos de uso 
veterinário deve repetir os dizeres 
anteriormente citados e acrescentar 
os seguintes dizeres: “Venda sob 
prescrição do médico veterinário com 
retenção obrigatória da notificação de 
receita. Atenção: uso proibido em 
animais prenhes. A mulher grávida 
não pode entrar em contato, pois a 
substância pode causar graves 
defeitos no feto.” 
Quanto ao talonário de Notificação de 
Receita Veterinária C2, este deve ser 
feito a expensas do médico 
veterinário, também em três vias (“1a 
via – estabelecimento fornecedor”; 
“2a via – responsável pelo animal”; e 
“3a via – médico veterinário 
prescritor”), em papel de cor branca 
no tamanho 20 × 15 cm, cabendo ao 
MAPA a distribuição da numeração e 
a fiscalização do emprego dessa 
Notificação de Receita. 
Na prescrição de produtos de uso 
veterinário que contenham 
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24 
substâncias da lista C1, como os 
neurolépticos e os antidepressivos, da 
lista C4, como a zidovudina (AZT), e 
da lista C5, como as substâncias 
anabolizantes e agonistas de beta-
adrenorreceptores, deve ser 
empregada a Notificação de Receita 
Veterinária na qual deve ser 
assinalado, no campo específico, a 
qual lista pertence o produto.O talonário contendo essa Notificação 
de Receita é feito a expensas do 
médico veterinário, em três vias (“1a 
via – estabelecimento fornecedor”; 
“2a via – responsável pelo animal”; e 
“3a via – médico veterinário 
prescritor”), em papel de cor branca 
no tamanho 20 × 15 cm, cabendo ao 
MAPA a distribuição da numeração e 
a fiscalização do emprego dessa 
notificação de receita. 
Os produtos das listas C1, C4 e C5 
sujeitos a Notificação de Receita 
Veterinária devem apresentar no 
cartucho, cartucho-bula, rótulo, rótulo-
bula ou invólucro uma faixa horizontal 
de cor vermelha, contendo os dizeres: 
“Venda sob prescrição do médico 
veterinário, com retenção obrigatória 
da notificação de receita.” 
A bula desses produtos de uso 
veterinário deve destacar os dizeres: 
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25 
“Atenção: o uso pelo homem pode 
causar graves riscos à saúde.” 
Os produtos que contenham 
substâncias da lista D1 ficam sujeitos à 
venda sob prescrição de médico 
veterinário sem retenção de receita. 
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26 
SPINOSA, H. S., et al. (2017). Farmacologia aplicada à Medicina Veterinária. 6ª edição. 
Rio de Janeiro: Guanabara. Koogan Capítulo 1 – Introdução à Farmacologia. 
SPINOSA, H. S., et al. (2017). Farmacologia aplicada à Medicina Veterinária. 6ª edição. 
Rio de Janeiro: Guanabara. Koogan Capítulo 2 – Prescrição e legislação brasileira 
dos medicamentos.

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