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PROVA DE TEMAS CONTEMPORÂNEOS EM PSICOLOGIA

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· PROVA DE TEMAS CONTEMPORÂNEOS EM PSICOLOGIA
· 
· Pergunta 1
0 em 1 pontos
	
	
	
	“’Se drogas são ruins, a proibição é muito pior. A falida e nociva política proibicionista, além de não funcionar em sua inviável pretensão de salvar as pessoas de si mesmas e construir um inatingível mundo sem drogas, produz violência, mortes, encarceramento massivo, doenças, danos ambientais, corrupção, racismo e outras discriminações, opressão e inúmeras violações a direitos humanos fundamentais’, opina Maria Lucia. Entretanto, o fato de não proibir o uso de drogas não significa que a sociedade e o Estado não devam combater o uso. Campanhas de conscientização e oferta de tratamentos voluntários – uma vez que, para Karam, qualquer tratamento só será eficaz se partir da vontade do usuário – podem ser úteis na redução do número de usuários”. 
Fonte: http://crppr.org.br/wp-content/uploads/2018/05/99.pdf, acesso em 21/10/2018.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. Uma alternativa para a questão posta pelo excerto, de acordo com o material de estudo é a adoção de políticas de redução de danos. A medida busca a socialização política de usuários de drogas de maneira crítica, no sentido de se tornarem protagonistas, de promoverem o autocuidado com a saúde e a busca por direitos.
PORQUE
II.  Lancetti (2006; 2015) discute que o conceito de ampliação de vida caberia melhor ao que chamamos de Redução de Danos, por se tratar de uma perspectiva usuário-centrada de autonomia, agenciamentos de afetos, vínculos e conexões em um campo clínico-político complexo e que não depende, necessariamente, da ação de redutores de danos para se fazer valer. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
	Resposta Correta:
	a. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
	Comentário da resposta:
	Apesar de ambas asserções estarem certas, uma não é justificativa da outra. Afinal a segunda não explica a primeira, pelo contrário, critica o conceito exposto na primeira asserção. As práticas de redução de danos buscam a socialização política de usuários de drogas de maneira crítica, no sentido de se tornarem protagonistas, de promoverem o autocuidado com a saúde e a busca por direitos, pela discussão de políticas governamentais e políticas de estado, em uma perspectiva que passa pelo individual e também pelo coletivo. Sobre o termo “Redução de Danos”, é passível de discussão e traz consigo uma gama de práticas heterogêneas, polissêmicas e controversas no cotidiano dos serviços de saúde e da assistência. Lancetti (2006; 2015) discute que o conceito de ampliação de vida caberia melhor ao que chamamos de Redução de Danos, por se tratar de uma perspectiva usuário-centrada de autonomia, agenciamentos de afetos, vínculos e conexões em um campo clínico-político complexo e que não depende, necessariamente, da ação de redutores de danos para se fazer valer. 
	
	
	
· Pergunta 2
0 em 1 pontos
	
	
	
	“Mais de 2 milhões de pessoas deixaram a Venezuela desde 2015. Cerca de 450 mil pessoas partiram rumo ao Peru, país com o segundo maior número de recém-chegados venezuelanos, ficando atrás apenas da Colômbia, que já abriga mais de 1 milhão em seu território. O Peru também se tornou o principal país de destino dos venezuelanos que buscam proteção, com mais de 150 mil pedidos de refúgio.“Eu elogio o Peru por manter suas portas abertas e criar vias legais alternativas para possibilitar aos venezuelanos a permanência no país. Abordar as necessidades humanitárias dos venezuelanos e facilitar os trâmites legais para trabalhar e acessar os serviços sociais nos países de acolhida deve ser uma prioridade regional, e isso exigirá maior apoio da comunidade internacional”, disse o alto-comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, durante visita recente a Lima e também a Tumbes, na fronteira Peru-Equador.O dirigente fez uma missão de uma semana na América do Sul para ver em primeira mão os desafios de migrantes e refugiados que deixaram a Venezuela. O representante das Nações Unidas também discutiu como melhorar a resposta e o acolhimento dos venezuelanos em países de destino”.
Fonte: ONUBR. Venezuelanos querem oportunidades e acesso a serviços no Peru. Publicado em 17 de outubro de 2018. Disponível em: https://nacoesunidas.org/venezuelanos-querem-oportunidades-e-acesso-a-servicos-no-peru/, acesso em 22/10/2018.
De acordo com o material de estudo, como os psicólogos poderiam ajudar na melhoria do acolhimento aos venezuelanos?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Potencializar a verbalização do inconsciente de modo que o psicólogo seja capaz de elaborar um processo amplo e abrangente no qual o indivíduo será capaz de resolver todos os seus problemas, ainda que não fale a mesma língua que o psicólogo. O essencial é desabafar.
	Resposta Correta:
	b. 
Potencializar a elaboração do luto diante do processo de exclusão e a importância pungente de construção de políticas que assegurem direitos, acesso aos serviços públicos e, sobretudo dignidade. 
	Comentário da resposta:
	Assim, podemos compreender que o processo de globalização ao qual estamos submetidos também opera com aspectos de exclusão, cujo efeito é a delimitação entre os globalizados, ou seja, aqueles que gozam de todos os direitos e os socialmente excluídos que, providos ou desprovidos de direitos, têm uma cidadania – ou não (como é o caso dos refugiados) –, todavia esta não lhes proporciona, na prática, direitos, e nem sequer uma possibilidade de alcançá-los (ALVES, 2005). Nesse sentido, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, conforme estudamos na Unidade 2, é uma ferramenta fundamental para a “elaboração” de uma concepção universal de indivíduo digno de ter os seus direitos assegurados exercendo-os por meio da cidadania. No caso da população imigrante – sobretudo as que deixaram seus país pelo contexto de guerra – há questões importantes no que tange a esse processo de exclusão e a importância pungente de construção de políticas que assegurem direitos, acesso aos serviços públicos e, sobretudo dignidade. De acordo com Silva e Cremasco (s/a), mudar de país significa, entre outras coisas, construir uma nova vida, fazer novas representações e dar significados diferentes ao que era familiar se deparando com inúmeras perdas como a de pertencer a um grupo que lhe dá identidade e reconhecimento. A perda do sentimento de pertencimento pode gerar grande ansiedade devido à necessidade que todo indivíduo apresenta de sentimento de segurança, proteção e orientação.
	
	
	
· Pergunta 3
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Tulio endossa a fala do rapper. “O filme é excelente. É uma história bem elaborada, com camadas de complexidade que dão um tom realmente interessante e rico para a produção. Personagens ricos, complexos, e cuidadosamente com detalhes subjetivos bem elaborados, de modo que você consegue perceber questões que vão além de uma jornada do herói clássica, ou mesmo maniqueísmos baratos do bem contra o mal. A história é rica por si só, mas dentro do universo Marvel ela ganha um sentido ainda mais interessante. “A representação sempre foi um ponto doloroso para o nerd favelado preto, pois quando ele se caracteriza como seu personagem favorito que pode ter a pele clara, ele é ridicularizado”, continua Emicida. “Nisso, o filme acerta lindamente, entregar os ganchos mais incríveis às mulheres, um rei que consulta e ouve as mulheres de seu entorno, a viagem ancestral tecnológica sugerida pelo roteiro me lembra a mitologia yorubá pra caralho. E foge, até onde consegue, do maniqueísmo hollywoodiano, até o vilão tem sua razão e isso é muito africano. A ausência de diabo na mitologia obriga as histórias a serem muito mais complexas, pois boas pessoas podem fazer coisas ruins e pessoas ruins também podem fazer coisas boas.”
Fonte: MATIAS, A. A MARCA DO PANTERA NEGRA. Publicado por RevistaTrip em 26 de fevereiro de 2018. Disponível em: https://revistatrip.uol.com.br/trip/pantera-negra-vai-alem-das-cifras-e-injeta-autoestima-e-representatividade-ao-publico-negro, acesso em 10/10/2018.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. O excerto dialoga com os estudos da psicologia sobre os impactos do racismo para a saúde mental da população negra, em relação à identidade e a autoestima. Emicida apresenta justamente a ausência de referenciais identitários negros que são valorizados em nossa sociedade (como heróis negros, ou atores negros considerados bonitos e valorizados em seus papéis em filmes ou novelas) e como esse aspecto afeta a construção da identidade da pessoa negra.
PORQUE
II. Diante dessa falta de representatividade, o negro se torna agressivo e violento passando a construir uma reatividade aos padrões e símbolos brancos. Ao se identificarem como um grupo subalterno por sua “inferioridade natural”, os negros se levantam na tentativa de destruir o que eles denominam como ego branco.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
	Resposta Correta:
	b. 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
	Comentário da resposta:
	Valter da Mata, em entrevista para o Conselho Federal de Psicologia em 2015, aponta que, em se tratando de saúde mental, há duas dimensões que são atacadas diretamente pelo racismo em relação à população negra: a identidade e a autoestima. Ele discute a ausência de referenciais identitários negros que são valorizados em nossa sociedade (como heróis negros, ou atores negros considerados bonitos e valorizados em seus papéis em filmes ou novelas) e como esse aspecto afeta a construção da identidade da pessoa negra: resta ao grupo subalterno se identificar com a sua “inferioridade natural” ou reivindicar para si um ideal de ego branco. De acordo com Da Mata, instala-se nesse processo de falta de referências e representatividade a baixa autoestima, em que as pessoas passam a se valorizar pouco, acreditando que são inferiores. Como consequências somáticas temos a depressão, o alcoolismo, a ansiedade, a autodepreciarão, a síndrome do pânico, etc. O quadro é complexo e requer certa experiência para se diagnosticar que essas manifestações podem advir da discriminação racial.
	
	
	
· Pergunta 4
0 em 1 pontos
	
	
	
	“O enredo se passa no interior do Maranhão, onde a personagem Maria (Fernanda Carvalho) com doze anos é vendida pela família para trabalhar como empregada doméstica e ter portanto uma vida melhor. Contudo Maria cai nas mãos de um aliciador de menores, que a vende para uma cafetina interessada em comercializar meninas virgens para homens. Após ser vendida para um coronel a menina é estuprada por ele e pelo seu filho como forma de "iniciá-lo" sexualmente. Depois desse fato ela é enviada para um prostíbulo num garimpo onde passa a ser estuprada diariamente por diversos homens. Uma das suas colegas Inês (Bianca Comparato) é assassinada brutalmente por tentar fugir, já Celeste (Mary Sheila) está grávida e não sabe quem é o pai e por fim uma das garotas que fazem parte desse sua nova realidade tem AIDS já que no local não se usa preservativos”.
Fonte: RIBEIRO, S. 6 filmes para entender por que a exploração infantil é um problema no Brasil. Publicado por Huffpost Brasil em 04 de novembro de 2016. Disponível em: https://www.huffpostbrasil.com/stephanie-ribeiro/6-filmes-para-entender-por-que-a-exploracao-infantil-e-um-proble_a_21699960/, acesso 22/10/2018.
A situação descrita caracteriza-se como:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
abuso sexual.
	Resposta Correta:
	a. 
exploração sexual.
	Comentário da resposta:
	Abuso sexual: Não envolve dinheiro ou gratificação; Acontece quando uma criança ou adolescente é usado para estimulação ou satisfação sexual de um adulto; É normalmente imposto pela força física, pela ameaça ou pela sedução; Pode acontecer dentro ou fora da família. Exploração sexual: Pressupõe uma relação de mercantilização na qual o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes; Crianças ou adolescentes são tratados como objetos sexuais ou mercadorias; Pode estar relacionado a redes criminosas.
	
	
	
· Pergunta 5
1 em 1 pontos
	
	
	
	“O jornalista jamais deve expressar opinião em seus textos. Essa noção de neutralidade está presente em manuais de jornalismo e disseminada no senso comum. Assim, a opinião presente nos veículos de comunicação ficaria restrita a espaços bem delimitados em jornais ou revistas, como os editoriais e os artigos assinados. No entanto, essa pretensa neutralidade já é questionada há algum tempo nos meios acadêmicos. Uma das ideias defendidas é que é impossível, para qualquer discurso, não expressar, em alguma medida, a opinião. Reunindo 15 artigos de brasileiros, franceses e suíços especialistas em linguagem, o livro “A Construção da Opinião na Mídia” problematiza e busca colaborar com a compreensão das estratégias de construção da opinião e do discurso midiático. […] Os artigos, segundo Emediato, partem do princípio de que toda prática discursiva (inclusive a expressa em jornais, revistas ou televisão) é marcada pela subjetividade. Esse aspecto emerge, no caso do jornalismo, na hierarquização e na seleção das informações extraídas das entrevistas e que farão parte do texto final, por exemplo. A discussão é feita a partir desse pressuposto”.
Fonte: OLIVEIRA, T. O mito da mídia imparcial. Publicado por Carta Educação - Carta Capital, em 16 de maio de 2014. Disponível em: http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/o-que-diz-a-midia/, acesso em 15/10/2018.
Como vimos no e-book da unidade 4, para Moreira (2010) as histórias da imprensa e da subjetividade são correlatas, pois a imprensa possibilitou a valorização do espaço privado, espaço no qual os sujeitos voltavam-se para si, contribuindo para a criação de subjetividades. Contrário a ideia da parcialidade desta indústria, o material de estudo, inclusive, propõe que a mídia constitui-se como:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
um dos principais instrumentos de produção de esquemas dominantes de significação e interpretação do mundo. Continua a condicionar o formas de pensar e da agir das pessoas.
	Resposta Correta:
	d. 
um dos principais instrumentos de produção de esquemas dominantes de significação e interpretação do mundo. Continua a condicionar o formas de pensar e da agir das pessoas.
	Comentário da resposta:
	A mídia continua sendo um dos principais instrumentos de produção de esquemas dominantes de significação e interpretação do mundo. Continua a condicionar o formas de pensar e da agir das pessoas. (MOREIRA, 2010). “Temos as influências contínuas nos modos de vestir, de se comportar e de se relacionar. Os dramas dos personagens das novelas oferecem padrões de relacionamento e de comportamento” (MOREIRA, 2010, p. 4) Antoun (2009, p.90), denomina como fábrica social esse processo que busca convencer as pessoas de que “devem produzir seus grupos, suas atitudes, seus comportamentos e seus modos de ser da maneira como eles eram antes de elas existirem, da maneira como a produção social do capital espera que eles sejam”. 
	
	
	
· Pergunta 6
1 em 1 pontos
	
	
	
	“No arquipélago de Marajó, na cidade de Melgaço, o bispo dom José Luis Azcona denunciou, em 2015, […] que crianças e adolescentes conhecidas na região como “As Balseiras” usam canoas para se aproximar das balsas que aportam por lá. Supostamente, entram para vender artesanato, mas trocam o corpo por gasolina e alimentos para a família. Uma prática que se instalou de tal maneira a ser considerada costume cultural. Existe uma normatização da prática tão grande que dificulta a criminalização uma vez que a situação passa a ser vista como “natural”. 
Fonte: DELBONI, C. Um assunto que incomoda. Publicado por Emais, Estadão, em 25 de junho de 2018 (Adaptado). Disponível em: https://emais.estadao.com.br/blogs/kids/um-assunto-que-incomoda/,acesso em 15/10/2018.
A situação descrita caracteriza-se como:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
exploração sexual
	Resposta Correta:
	b. 
exploração sexual
	Comentário da resposta:
	Abuso sexual: Não envolve dinheiro ou gratificação; Acontece quando uma criança ou adolescente é usado para estimulação ou satisfação sexual de um adulto; É normalmente imposto pela força física, pela ameaça ou pela sedução; Pode acontecer dentro ou fora da família. Exploração sexual: Pressupõe uma relação de mercantilização na qual o sexo é fruto de uma troca, seja ela financeira, de favores ou presentes; Crianças ou adolescentes são tratados como objetos sexuais ou mercadorias; Pode estar relacionado a redes criminosas.
	
	
	
· Pergunta 7
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Nós somos, de diversas formas, produtos do imperialismo e da colonização europeia. Demograficamente, a Austrália é um país feito por colonizadores. Foi colonizado pelos ingleses há cerca de 200 anos. Mas foi ocupado por uma civilização indígena por 40 ou 50 mil anos, talvez a cultura mais antiga do mundo. A tensão entre os grupos indígenas e os colonizadores tem se manifestado ao longo da história moderna da Austrália e isso é um importante problema cultural e político para a geração atual. De um ponto de vista econômico, a Austrália é uma nação colonial dependente. [...]. Nossa vida intelectual também está numa relação de dependência com a Europa e a América do Norte. Temos uma luta cultural, com muita tensão em torno da dependência cultural, o que tem sido um grande problema na vida intelectual australiana há muito tempo. Há 60 anos, um crítico literário australiano cunhou o termo "estremecimento cultural" para descrever a relação da Austrália com a Europa. Ele ainda é relevante. Assim, minha opinião é que a Austrália é uma parte rica da periferia global. Temos um padrão de vida de primeiro mundo para a população branca, mas não para a população aborígene”.
Fonte: HAMLIN, C.; VANDENBERGHE, F. Vozes do Sul: entrevista com Raewyn Connell. Cad. Pagu  no.40 Campinas Jan./June 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332013000100011, acesso em 15/10/2018.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. Tal como a Austrália, o Brasil também viveu um processo de exclusão da história e dos conhecimentos indígenas em função desta dependência cultural que estabelecemos com a Europa e a América do Norte. Da mesma maneira que a autora defende que a necessidade de reconhecimento da população aborígene, o Brasil precisa considerar as singularidades, as culturas e o modo de produzir conhecimentos dos povos indígenas. 
PORQUE
II.  Injúria racial ocorre quando são ditas ou expressadas ofensas a determinados tipos de pessoas, tendo como exemplo chamar um negro de macaco. Nesses casos, os acusados seriam julgados por causa da injúria racial, onde há a lesão da honra subjetiva da vítima. A acusação de injúria racial permite fiança e tem pena de no máximo oito anos, embora geralmente não passe dos três anos.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
	Resposta Correta:
	c. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
	Comentário da resposta:
	Faz parte do processo de exclusão da história e dos conhecimentos indígenas acharmos que os índios que aqui viviam antes da chegada dos portugueses não tinham nenhum conhecimento científico e matemático. O próprio processo da construção e validação do que é conhecimento científico é bastante enraizado no modelo europeu de ciência: uma ciência que precisa ser pragmática (ou seja, aplicável em todos os contextos), neutra (que não sofre interferências externas e nem do próprio pesquisador em seu processo de validação) e se utiliza de métodos delineados, matemáticos e observáveis cujo fim é a produção de um conhecimento científico universal e verdadeiro. A essa perspectiva científica chamamos de cartesiana, referencial criado por René Descartes no século XV, na Europa, e que é adotado até os dias de hoje pelas ciências naturais ou exatas na produção do conhecimento. As ciências humanas, sobretudo no campo da antropologia, têm pensado metodologias e modos de produzir conhecimento científico diferentes, levando em consideração outros saberes, sem a necessidade de pensarmos conhecimentos amplamente verificáveis, mas que levem em conta as singularidades, as culturas e o modo de produzir conhecimentos dos povos indígenas.
	
	
	
· Pergunta 8
1 em 1 pontos
	
	
	
	“’Um menino e uma menina são o mesmo?": um vídeo francês que se popularizou na redes sociais nas últimas semanas abre com essa indagação. O objetivo do vídeo é explicar como funcionaria a chamada “ideologia de gênero’. ‘Para algumas pessoas, meninos e meninas são diferentes não porque seus corpos são diferentes, mas porque todo mundo – os pais, a família, a escola – os obriga a serem diferentes’, diz o pequeno filme. A peça tem circulado como meio para desqualificar as discussões sobre gênero em escolas. Não é a única iniciativa. Nos últimos anos, diferentes indivíduos e organizações tentaram barrar o debate sobre o tema, inicialmente na briga pela sua exclusão do Plano Nacional de Educação (PNE), assim como dos planos estaduais e municipais. […] Em uma das muitas concepções da palavra, ideologia é tida como um conjunto de ideias ou convicções que, em determinados contextos, pautam a maneira como as pessoas se comportam no dia a dia, quase como uma espécie de força invisível. "No sentido utilizado ao falar em uma suposta 'ideologia de gênero', tenta-se dar a entender que se trata de um dogma, mas na verdade há estudos e pesquisas feitos há décadas que colocam esses estudos no patamar de ciência", afirma Maria Cristina Cavaleiro, professora da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).Os estudos de gênero partem de uma constatação fundamental: a de que todas as pessoas possuem os mesmos direitos. 
Fonte: SOARES, W. Existe ideologia de gênero na Educação? Publicado por Nova Escola em 07 de Outubro de 2018. Disponível: https://novaescola.org.br/conteudo/12698/existe-ideologia-de-genero-na-educacao, acesso em 21/10/2018.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. Em uma perspectiva científica, de acordo com as feministas de terceira geração, que têm como sua maior representante Judith Butler, gênero é entendido como é uma espécie de imitação persistente, que passa como real, definida como repetição imitativa. 
PORQUE
II. Nessa perspectiva, é a repetição de atos, gestos, discursos, de modo estilizado, que produz esse efeito e a crença na existência essencial dos gêneros. É dessa maneira que os corpos adquirem aparências de gêneros.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
	Resposta Correta:
	b. 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
	Comentário da resposta:
	Nessa perspectiva, é a repetição de atos, gestos, discursos, de modo estilizado, que produz esse efeito e a crença na existência essencial dos gêneros. É dessa maneira que os corpos adquirem aparências de gêneros. “A repetição imitativa pode ocorrer como paródia, como citação ou como iteração, organizando atos performativos que criam a ilusão de substância, unidade, coerência e identidade” (DUNKER, 2017, p. 3). Como afirma Butler (2003, p. 28), “gênero é uma espécie de imitação persistente, que passa como real”. 
	
	
	
· Pergunta 9
1 em 1 pontos
	
	
	
	Tom e Mariana são estudantes de Psicologia e estavam discutindo sobre o posicionamento do Conselho Federal de Psicologia – CFP em diversas situações políticas e sociais. Para Tom, o Conselho não deveria se posicionar sobre tais questões porque precisa se manterisento, adotar uma postura de neutralidade. Mariana, contudo, argumenta que é papel da área da saúde prezar pela dignidade humana e direitos humanos, pois faz parte de seu compromisso com o bem-estar coletivo. Se você fosse o docente responsável pela disciplina de Ética, que tivesse que mediar a situação com base nas prerrogativas do código de ética da profissão, considere os argumentos abaixo:
I. O psicólogo em sua atuação acaba criando verdades baseadas na sua leitura de mundo, sendo assim, para agir eticamente, é necessário apenas deixar claro qual é a forma como você vê o mundo, baseando seu trabalho em suas convicções e crenças, de maneira autêntica e transparente.
II. O psicólogo deve atuar em rede, em consonância com outros profissionais, entendendo sempre que o sujeito detém direitos e é protagonista de sua própria história, atuando na contramão da mera adaptação, avaliação e patologização.
III. A despatologização é fundamental para que o psicólogo entenda quão problemático é manter categorias, provenientes do jargão médico-jurídico-policial e pensadas duplamente como crime uma vez que contribuem para a produção ou reprodução de rótulos, tão ou mais cruéis quanto estigmatizadores e totalizantes: o drogado, o viciado, o deficiente, o perigoso, o delinquente, o espancador, o abusador.
IV. O papel do psicólogo relaciona-se com a proteção e viabilização de direitos, devendo ter conhecimento da legislação, buscando o fortalecimento de práticas e espaços de debate, na direção da autonomia e do protagonismo dos usuários, tendo ações preventivas como premissa para o crescimento individual e de uma comunidade.
V. Ações preventivas não devem ser o objetivo da psicologia, afinal como uma ciência da saúde, a preocupação deve centrar-se no adoecimento e traumas decorrentes das situações pessoais e sociais. Agir na prevenção de problemas psicológicos não é possível, uma vez que não podemos prever o que pode gerar desconforto emocional aos sujeitos.
É certo o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
II, III e IV.
	Resposta Correta:
	b. 
II, III e IV.
	Comentário da resposta:
	O psicólogo em sua atuação acaba criando verdades com base na realidade, sendo assim, deve ter uma leitura crítica e ética da mesma, baseando seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O psicólogo deve atuar em rede, em consonância com outros profissionais, entendendo sempre que o sujeito detém direitos e é protagonista de sua própria história, atuando na contramão da mera adaptação, avaliação e patologização. A despatoligização é fundamental para que o psicólogo entenda quão problemático é manter categorias, provenientes do jargão médico-jurídico-policial e pensadas duplamente como crime uma vez que contribuem para a produção ou reprodução de rótulos, tão ou mais cruéis quanto estigmatizadores e totalizantes: o drogado, o viciado, o deficiente, o perigoso, o delinquente, o espancador, o abusador. O papel do psicólogo relaciona-se com a proteção e viabilização de direitos, devendo ter conhecimento da legislação, buscando o fortalecimento de práticas e espaços de debate, na direção da autonomia e do protagonismo dos usuários, tendo ações preventivas como premissa para o crescimento individual e de uma comunidade. Ações preventivas demandam um investimento de médio ou longo prazo na cidadania, na igualdade e na garantia de direitos humanos. Dessa forma, a prevenção no investimento ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Ou seja, buscando evitar que as pessoas se envolvam em situações de risco e vulnerabilidade, e que não causem danos pessoais e sociais àqueles com quem convivem ou se relacionam.
	
	
	
· Pergunta 10
1 em 1 pontos
	
	
	
	“Exatamente. São as estratégias e do controle. Não há como desvincular a compreensão do catolicismo e do Papa daquilo que é a instituição católica. Ora, é uma instituição absolutamente androcêntrica, machista, que exclui as mulheres de qualquer parcela de poder e dá exclusivamente a homens celibatários o poder de governar essa Igreja, instituir a doutrina e definir os rumos da política pastoral. E há uma coisa que considero importante no catolicismo: a repetição cotidiana de que nós, mulheres, poluímos o sagrado. Porque aquele que pode fazer a ligação da comunidade com Deus – o que se dá na celebração cotidiana da Eucaristia na missa – é um homem que não pode tocar em mulher. Se ele toca em uma mulher, se torna inadequado, portanto, impuro. E não pode mais fazer essa ligação, tem de deixar de ser sacerdote. Então a Igreja está cotidianamente repetindo pela sua simbologia e pelo seu ritual que nós, mulheres, somos poluidoras do sagrado. Nessa lógica, nossos direitos seriam profanos? Na verdade, a Igreja não lida com a noção de direitos. Ela é uma instituição que fortificou o seu poder durante a Idade Média e até hoje não consegue incorporar de maneira adequada e definitiva os ganhos da modernidade em relação aos direitos individuais e à democracia”.
Fonte: PESSOA, G. S. CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR. Publicado por Revista Trip em 31 de julho de 2013. Disponível em: https://revistatrip.uol.com.br/tpm/catolicas-pelo-direito-de-decidir, acesso em 09/10/2018.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. A entrevista com uma das fundadoras da ONG “Católicas pelo direito de decidir” ilustra o contexto de surgimento da Igreja Católica, na qual, a instituição era responsável pela organização social. Ou seja, por meio do divino a Igreja ordenava a sociedade. Nos dias atuais, de acordo com a entrevistada, a Igreja absorveu as características modernas em relação aos direitos individuais e à democracia.
PORQUE
II. O Estado Moderno, sobretudo a partir da mudança do sistema econômico feudal para o capitalismo, nasceu com a busca por uma sociedade planejada, rumo ao progresso social e econômico. A meta principal, nesse momento, passa a ser ordenação e classificação de seu território. Entendia-se que era necessário conhecer a sociedade em seus mínimos detalhes para poder controlá-la.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	Resposta Correta:
	d. 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	Comentário da resposta:
	Na idade média, o mundo era ordenado pelo divino (que pode ser caracterizado por um momento histórico marcado pela supremacia da Igreja Católica, pelo sistema de produção feudal e por meio da sociedade hierarquizada - em que a igreja e Deus eram o centro de todas as relações sociais e humanas). Não havia espaço para a construção do conhecimento científico nesse momento. A vida em sociedade era pré-determinada. Nessa sociedade, os estamentos ou camadas sociais eram estanques e não permitiam passar de uma camada social para outra. Os nobres eram a camada dos que lutavam; o clero, dos que rezavam e os servos eram a camada dos que trabalhavam. Os servos trabalhavam nos feudos. O sistema político econômico, portanto, era organizado a partir do poder do rei: o sistema feudal era monárquico e se organizava pela relação servil de produção. (...) neste mundo feudal, não se conhecia nem mesmo o acaso, tudo simplesmente era. (BAUMAN, 1999, p. 12). O Estado Moderno, sobretudo a partir da mudança do sistema econômico feudal para o capitalismo, nasceu com a busca por uma sociedade planejada, rumo ao progresso social e econômico. A meta principal, nesse momento, passa a ser ordenação e classificação de seu território. Entendia-se que era necessário conhecer a sociedade em seus mínimos detalhes para poder controlá-la.
	
	
	
Quarta-feira, 14 de Julho de 2021 13h14min11s BRT