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1 COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE EMPRESARIAL 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 Comunicação no Ambiente Empresarial .................................................. 3 Breve histórico da comunicação empresarial ....................................... 4 Surgimento da Comunicação Empresarial no Brasil ......................... 5 Elementos da comunicação no âmbito empresarial ............................. 6 Ruídos na comunicação ................................................................... 9 Comunicação Interna ...................................................................... 11 Comunicação Externa .................................................................... 13 Desafios da Comunicação Empresarial ............................................. 14 Barreiras Semânticas ..................................................................... 15 Barreiras Psicológicas e Pessoais .................................................. 15 Barreiras Físicas e Geográficas ...................................................... 16 Fluxos da Comunicação Empresarial ................................................. 17 A importância da Comunicação Empresarial...................................... 19 Falta de comunicação entre líderes e funcionários ............................ 22 O papel da Psicologia Organizacional ................................................ 24 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 27 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Comunicação no Ambiente Empresarial A comunicação, segundo Melo (2005), é o processo de troca de informações entre duas ou mais pessoas. Desde os tempos mais remotos, a necessidade de comunicar do homem é uma questão de sobrevivência. No sistema organizacional também é assim. Boa parte das empresas necessita de funcionários influentes, integrados e informados do que acontece dentro e fora delas, fazendo-os sentir parte da corporação. O processo de comunicação utilizada de forma inadequada pode oferecer para os ambientes corporativos prejuízos significativos. De acordo com Matos (2009) a comunicação empresarial é a relação da empresa com seu público interno e externo, ela envolve um conjunto de procedimento e técnicas destinados ao processo de comunicação e de transmissão de informações sobre os seus desempenhos, resultados, missão, objetivos, metas, projetos, processos, normas, procedimentos, instruções de serviços etc. É uma solução estratégica de gestão, que, se for bem aproveitada, pode garantir um funcionamento com integração, coesão e produtividade na empresa. Percebe-se como é relevante a comunicação no sistema organizacional, haja vista que a sua boa utilização possa trazer uma maior eficácia, caso contrário, o mau uso dela pode ocasionar alguns transtornos para a corporação. 4 Mesmo com uma equipe de trabalho qualificada, as empresas precisam utilizar bem os fluxos e seus canais comunicações como também suas tecnologias. Breve histórico da comunicação empresarial A Comunicação Empresarial surgiu nos Estados Unidos, no início do século. Mais precisamente em 1906. Naquele ano, em Nova Iorque, Ivy Lee decidiu deixar o jornalismo de lado para montar o primeiro escritório de Relações Públicas do mundo. Lee mudou de atividade com o objetivo de recuperar a credibilidade perdida pelo poderoso empresário John D. Rockfeller. Rockfeller era, na época, o mais odiado de todos os empresários dos Estados Unidos. Motivo: assim como os mais destacados donos de empresas daquele país, ele vinha sendo acusado de combater impiedosamente as pequenas e médias organizações. Até então a opinião pública não tinha a menor importância para eles. O escritório criado por Lee passou a fornecer à imprensa "notícias empresariais para serem divulgadas jornalisticamente e não como anúncios ou como matéria paga". Na opinião de Wey, "eram informações corretas, de interesse e de importância para o público". O primeiro encarregado de Relações Públicas do mundo conseguiu sucesso imediato e prolongado, ganhou dinheiro e fez escola, porque, segundo Hebe Wey, escreveu e adotou uma carta de princípios que até hoje representa "uma excelente orientação para os especialistas modernos". O trabalho de Ivy Lee para seu cliente fez tanto sucesso junto à imprensa e à opinião pública, que Rockfeller passou de "patrão sanguinário" a "benfeitor da humanidade". Lee morreu "por volta de 1935, quando dirigia o Departamento de Relações Públicas da Chrysler". E deve ter morrido feliz, porque a atividade que ele inventara havia sido adotada em inúmeras empresas e 5 órgãos públicos. Passara a ser estudada, inclusive, em universidades do porte e do prestígio de Yale, Harvard e Colúmbia, que criaram cadeiras específicas e começaram a formar especialistas em Relações Públicas. Dos Estados Unidos, as Relações Públicas foram sucessivamente para o Canadá (1940), França (1946), Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, Suécia e Finlândia (1950) e Alemanha (1958). Surgimento da Comunicação Empresarial no Brasil As Relações Públicas e, por consequência, as atividades de Comunicação Empresarial, vieram para o Brasil nos anos 50, com as indústrias e as agências de propaganda dos Estados Unidos. Chegaram atraídas pelas vantagens oferecidas pelo governo do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. JK havia assumido a Presidência da República em meados dos anos 50 com a disposição de fazer "50 anos em 5". Consequentemente, ele criou condições para que viessem para o Brasil as primeiras montadoras de veículos automotores. Fábricas de produtos de higiene, também. Como a Colgate Palmolive, onde se iniciaram na Comunicação Empresarial profissionais como Vera Gian grande e Antônio De Salvo. Segundo De Salvo, o primeiro RP do Brasil foi Rolim Valença, que em 1960 começou a aprender a profissão na J. W. Thompson. Três anos depois ele 6 criou a primeira agência de Relações Públicas do país, a AAB. "As Relações Públicas tiveram no Brasil um vertiginoso desenvolvimento a partir de 1964", "Com elas, generalizou-se também, na iniciativa privada e no serviço público, a prática de Assessoria de Imprensa. E, tal como aconteceu nos Estados Unidos, as duas atividades atraíram muitos jornalistas." A Regulamentação da profissão de Relações Públicas foi decretada em 1968. Foi tão ampla que acabou gerando conflito com a de jornalista, assinada em 1969. Elementos da comunicação no âmbito empresarial Para que a comunicação ocorra, é necessário queos seis elementos da comunicação estejam presentes: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto (referente). Cada um deles exerce um papel essencial no processo de comunicação, e qualquer falha em um desses elementos pode prejudicar ou invalidar a percepção ideal da mensagem. No ambiente da escrita empresarial, alguns cuidados devem ser tomados com a comunicação a fim de minimizar erros e prejuízos. Veremos, a seguir, as peculiaridades relacionadas aos elementos da comunicação na esfera da empresa. 7 O emissor É o remetente da mensagem. Pode ser um funcionário ou gestor, por exemplo. É quem elabora a ideia e a transforma em código para ser enviada ao receptor. O processo de codificação da mensagem exige que o emissor conheça o código (linguagem) utilizado por quem vai receber a mensagem. Numa empresa, por exemplo, podem ocorrer prejuízos em razão da incompreensão de uma palavra da mensagem. Dica: certifique-se de que seu vocabulário é apropriado a quem deve receber a mensagem. Peça para o ouvinte recapitular o que você disse para ver se realmente entendeu. O receptor É o destinatário da mensagem, aquele que, ao recebê-la, realiza o processo de decodificação. É necessário que o receptor esteja atento, conheça o código e suas peculiaridades e questione se não compreender alguma palavra da mensagem, tenha o canal aberto para receber a mensagem (por exemplo: esteja ouvindo bem, tenha como abrir ou ver a mensagem enviada), esteja “por dentro” do assunto, ou seja, compartilhe do mesmo referencial em que se baseia a mensagem do emissor. 8 A mensagem É o conteúdo e o objetivo da comunicação. Como centro do processo de comunicação, só se concretiza de forma plena com a presença articulada de todos os outros elementos. A mensagem deve ser simples, clara, ordenada, didática, objetiva e deixar evidente o que deve ser feito. Já vimos bastante sobre esse item em aulas anteriores. O canal É o meio que possibilita o contato entre o emissor e o receptor, ou que leva a mensagem até este. É necessário que o canal esteja livre de ruídos que possam atrapalhar ou impedir a chegada da mensagem ao receptor. A internet, por exemplo, é o canal de mensagens enviadas por e- mail. Se houver queda, a mensagem não será recebida, por exemplo. Uma videoconferência também não será vista se houver problemas com a antena. Uma palestra não terá os efeitos desejados se o microfone estiver falhando. Mensagens urgentes não podem ser enviadas por internet, pois a conexão pode falhar. O código É a língua, o sistema de signos da mensagem construída. Para uma comunicação plena, é essencial que emissor e receptor possuam amplo domínio do código (compartilhem o mesmo código) sob pena de haver divergência entre a mensagem pretendida e a efetivamente entendida. Não basta falar a mesma língua (língua portuguesa), mas é preciso observar os dialetos regionais e o uso de termos técnicos. Um cozinheiro e um advogado terão dificuldades de se entender, se empregarem termos técnicos de suas profissões na conversa. O referente 9 É o ambiente em que se dá a comunicação. Na comunicação eficaz, emissor e receptor participam do mesmo referencial (contexto). Se, em relação à mensagem, emissor e receptor partem de referenciais diferentes, a ideia original não será bem decodificada e compreendida. Na prática, certifique-se de que o receptor conhece os detalhes do problema, entende todas as circunstâncias que envolvem a questão de que você está falando. Muitas vezes, vários funcionários escutam uma orientação (ou uma bronca) sem compreenderem os motivos ou a dimensão exata do problema. A informação deve circular de modo homogêneo e contínuo para que todos os colaboradores estejam sempre “por dentro” do que ocorre, não apenas em seu setor, mas na empresa e no mercado. Ruídos na comunicação Quando algum dos elementos não está completamente integrado ao processo da comunicação ou ocorre algum tipo de interferência, aparecem os ruídos na comunicação. Podem ser fatores externos à comunicação, físicos ou não, que impeçam que a ideia original codificada chegue de forma satisfatória ao receptor. 10 Um exemplo clássico de ruído na comunicação é a chamada “linha cruzada” ao telefone. É quando o processo de transmissão da mensagem recebe a interferência de outro processo, indesejado e descontextualizado. Nesse caso, houve interferência no canal da comunicação, entretanto, há diversas situações, envolvendo outros elementos da comunicação, em que pode ocorrer ruído. Ruídos com relação ao emissor O emissor não organiza suas ideias de forma clara, levando ao não entendimento da mensagem por parte do receptor. Nesta situação, a fala do emissor sofre interferência de pensamentos inconclusos, vagos e indefinidos, ou não se estrutura segundo as regras convencionadas para a língua. Ruídos com relação ao receptor O receptor não está suficientemente atento e concentrado para receber a mensagem, gerando mal entendido. Normalmente, neste caso, a comunicação sofre interferência de fatores subjetivos, como, por exemplo, um pensamento que o receptor esteja elaborando e que desvie sua atenção da mensagem do emissor. Ruídos com relação ao código O emissor ou o receptor não têm domínio completo do código utilizado. Esta situação ocorre quando o emissor faz uso de um vocabulário inadequado, supondo lhe um sentido que não corresponde ao usual, convencionado, nem constitui caso de linguagem figurada. 11 Ruídos com relação ao referente O emissor e o receptor têm percepções diferentes do contexto da comunicação, ou o receptor o desconhece; Nesse caso, alguém “pega o bonde andando”. O conhecimento do contexto é crucial. Se o receptor entende parte da mensagem de maneira descontextualizada do processo inteiro, a comunicação está ameaçada. Também ocorre quando o emissor elabora uma mensagem com base em um referencial (situação problema, circunstância) que o receptor não conhece ou, pela inconsistência do contexto, atribui à mensagem um referencial equivocado. Ruídos com relação ao canal O canal (meio físico de propagação da mensagem) sofre interferências, impossibilitando a perfeita transmissão da mensagem; É o caso de um microfone com defeito, de barulho concorrente no ambiente de uma palestra, ou quando, por exemplo, alguém se levanta e se coloca entre o espectador e a tela, obstruindo a visão das legendas. Quedas na internet são um exemplo bem claro e comum desse problema. Comunicação Interna São comunicações voltadas “para dentro” da empresa. Essas atividades visam conscientizar funcionários e prestadores de serviço sobre a identidade organizacional buscando coerência e eficácia nos processos. Fidelizar funcionários e fazer deles aliados é importante porque eles veiculam a imagem da empresa. Além disso, hoje em dia, existe uma disputa por profissionais qualificados. Caso esses sejam maltratados, podem ir parar no concorrente. 12 A comunicação interna é a ferramenta que vai permitir que a administração torne comuns as mensagens destinadas a motivar, estimular, considerar, diferenciar, promover, premiar e agrupar os integrantes de uma organização. A gestão e seu conjunto de valores, missão e visão de futuro proporcionam as condições para que a comunicação empresarial atue com eficácia (NASSAR, 2006) Para que a Comunicação Interna tenha resultados a empresa deve criar um canal para ouvir sugestões e reclamações dos funcionários e analisar essas informações para melhorar o ambiente de trabalho. Existem muitos veículos de comunicação interna como jornal, rádio, tv, e intranet que auxiliam as empresas a dialogar com seus funcionários. Essesinstrumentos devem estar alinhados com a política da empresa. Principais objetivos da comunicação interna • Difundir dentro da empresa os conhecimentos adquiridos pelos empregados, diretores e proprietários; • Divulgar as ações da empresa de forma direta e transparente; 13 • Envolver a equipe de trabalho da empresa nas metas da organização. Pontos que devem ser reforçados na comunicação interna • Sintonizar as informações com os objetivos da empresa; • Abrir informações essenciais para todos; • Considerar as diferenças individuais para estabelecer comunicação e assegurar um relacionamento adequado do empregado com a empresa; • Preocupar-se em desenvolver competências básicas em comunicação para propiciar uma comunicação rápida e eficaz; • Adequar os meios de divulgação às necessidades dos empregados. Comunicação Externa Dirige-se à opinião pública, consumidores, órgãos públicos e fornecedores. Todos os que se relacionam com a empresa devem receber atenção de acordo com suas necessidades. Muitas empresas cometem o erro de se comunicar com o público externo apenas nos momentos de crise, o correto é criar um laço de confiança para amenizar os impactos nos momentos de turbulência. 14 A comunicação externa de uma empresa inclui os atuais e potenciais investidores, clientes e instituições. Os instrumentos mais utilizados pela comunicação externa são: propaganda, marketing e relações públicas. Ela é responsável pela imagem da empresa e vai muito além da assessoria de imprensa ou de campanhas publicitárias. Engloba a supervisão da assessoria de imprensa, o planejamento, implementação e condução das ações de relacionamento com o público externo, no âmbito corporativo. As atividades de Comunicação Empresarial cuidam da identidade, da marca como valor essencial e, por isso, são estratégicas. Hoje em dia, além de manter um site institucional atualizado, monitorar as mídias sociais é crucial. Campanhas de publicidade e eventos promocionais também são ferramentas utilizadas pela comunicação externa. Anúncios, jingles em rádios, eventos promocionais fazem parte do rol de mídias da comunicação externa de uma empresa. Desafios da Comunicação Empresarial Estabelecer uma boa comunicação empresarial nem sempre é uma tarefa fácil. Existem uma série de barreiras, de ordem física e pessoal, que podem acabar prejudicando o bom funcionamento desse processo e dificultar o andamento de outros. Portanto, é importante conhecer os principais desafios que a comunicação empresarial pode enfrentar e estar preparado para lidar com eles. 15 Barreiras Semânticas As barreiras semânticas ocorrem quando alguém tenta transmitir uma mensagem a outra pessoa ou grupo em uma linguagem que não é comumente utilizada por eles. Em termos práticos, imagine, por exemplo, se colocássemos um advogado formado para conversar com um estudante de ensino médio e, durante a conversa, o profissional usasse termos extremamente formais, complicados ou jargões da profissão. Provavelmente existiria aí uma barreira semântica, uma vez que o estudante dificilmente entenderia o significado daquilo que está sendo dito, mesmo que no fundo fosse algo realmente simples. Portanto, para evitar esse tipo de barreira na comunicação empresarial, é importante que o receptor tenha sempre claro em sua mente o tipo de público com o qual ele está lidando, e adapte a mensagem para que ela seja compreendida de forma fácil e eficaz. Barreiras Psicológicas e Pessoais Esse tipo de barreira na comunicação empresarial ocorre por fatores intrínsecos às pessoas e aos seus sentimentos, preconceitos e personalidade. Nós temos uma barreira pessoal quando, por exemplo a pessoa vai trabalhar estando de mau humor e então não consegue aceitar bem as opiniões alheias, ordens ou chegar a um acordo com seus colegas. 16 As barreiras pessoais são as mais difíceis de se eliminar, uma vez que dependem apenas da própria pessoa para existir ou não. Porém, com conversas e os incentivos certos, você pode ajudar seus colaboradores a lidar melhor com problemas pessoais, com seus defeitos, e a manter um bom clima na empresa como um todo. Já as barreiras psicológicas na comunicação empresarial estão mais relacionadas com os preconceitos e os sentimentos de uma pessoa em relação a outra ou a um grupo. Por exemplo, imagine que o setor de tecnologia de uma empresa não compreende o papel das pessoas do marketing e acha seu trabalho irrelevante e desnecessário para a corporação como um todo, e que essas pessoas do marketing acham o setor de tecnologia chato, complicado e distante. Se em alguma ocasião você precisar colocar os dois times para trabalharem juntos, de forma direta, vai ter problemas na certa, gerados por essas barreiras psicológicas e pelo preconceito de cada pessoa em relação a outra área. Portanto, para evitar esse tipo de barreira e dificuldade na comunicação empresarial e entre os times, é necessário que cada área tenha pelo menos um conhecimento superficial sobre o trabalho do outro e que todos tenham acesso aos resultados de cada setor, para que vejam que todos são importantes de alguma forma e trazem coisas boas para a empresa. Barreiras Físicas e Geográficas Por fim, a comunicação empresarial também sofre com fatores físicos e geográficos como distância, interrupções, ruídos e dificuldade de deslocamento. Principalmente no caso de empresas com atividade em mais de uma cidade ou país, ou em que os funcionários precisam viajar constantemente, pode https://sambatech.com/blog/insights/the-working-dead-livre-sua-empresa-do-apocalipse-motivando-os-colaboradores/ 17 ficar bem difícil estabelecer uma comunicação eficaz se ela for feita apenas de forma presencial ou por e-mails e mensagens de texto. Portanto, é importante que sua empresa tire o máximo proveito de todas as ferramentas tecnológicas disponíveis hoje, como os vídeos online e as videoconferências, para tornar a comunicação empresarial mais próxima, completa e eficiente e não ter prejuízos em nenhum nível operacional. Fluxos da Comunicação Empresarial A comunicação e a troca de informações que ocorre internamente, entre os próprios colaboradores da empresa, segue alguns fluxos que podem definir seu tom, linguagem, e abordagem. 18 Fluxo descendente Em uma empresa com forte hierarquia, é quando a comunicação ocorre das posições mais altas, dos cargos mais importantes, às mais baixas. Nesse tipo de comunicação empresarial, o emissor deve tomar cuidado para não soar autoritário, ou agir de uma forma que possa desgastar sua relação com o receptor. Fluxo ascendente É exatamente o contrário do descendente. Nele, a comunicação empresarial ocorre das posições mais baixas às mais altas. Aqui também é importante tomar cuidado com a abordagem usada na comunicação, já que nesse caso o emissor está se dirigindo a alguém, teoricamente, com mais poderes do que ele. Fluxo horizontal Este, como o nome já diz, é o fluxo que ocorre em um mesmo nível dentro da empresa, ou seja, entre colaboradores na mesma posição ou com a mesma importância. 19 Este tipo de comunicação empresarial tende a ser mais leve e dinâmica, mas ainda assim, é importante levar em conta fatores como o assunto e a realidade da sua empresa na hora de se comunicar. Fluxo transversal O fluxo transversal se dá em todas as direções e permite que pessoas de todos os níveis participem da comunicação empresarial e possam intervir em outros níveis ou áreas. Este tipo de comunicação facilita a interação e aproxima pessoas de diferentes setores, porém deve ocorrer de forma minimamente organizada, para que não haja conflitos entre pessoascom especialidades diferentes. Fluxo circular Este tipo de comunicação é mais comum em empresas informais, uma vez que abarca todos os níveis e não segue as direções tradicionais. No fluxo circular, a comunicação empresarial é mais dinâmica, o que pode favorecer a eficiência no ambiente de trabalho. A importância da Comunicação Empresarial A comunicação empresarial, mais do que apenas desenvolver o lado humano da empresa, faz com que ela ganhe benefícios em diversos níveis. Confira: Uma boa comunicação empresarial evita rumores e fofocas Quando se tem as informações da empresa presas nos setores mais altos e não informa seus funcionários do que realmente está acontecendo, de forma transparente, acaba abrindo espaço para que se criem especulações, teorias, fofocas e rumores dentro da organização. 20 Com uma boa comunicação empresarial é possível ter uma interação efetiva com seus funcionários e os mantêm informados sobre a realidade da situação da empresa, evitando essas especulações e fazendo com que eles estejam mais conectados à ela. Aumenta o sentimento de pertencimento do funcionário Um funcionário que não tem identificação nenhuma com o local que trabalha, ou que não possui orgulho de fazer parte da realidade da empresa, dificilmente dará o seu melhor em qualquer tarefa, buscará melhorias ou defenderá a empresa em um momento de crise. Por isso, manter uma comunicação empresarial constante e verdadeira com seus funcionários, é essencial para evitar esse tipo de coisa e fazer com que eles se sintam mais importantes e reconhecidos como peças chave dentro da organização. Com a abordagem e os incentivos certos, logo eles perceberão que são fundamentais para a empresa e estarão mais dispostos a dar o seu melhor por ela. Abre espaço para dúvidas e sugestões Com uma boa comunicação empresarial, os colaboradores irão se sentir mais valorizados e importantes dentro da organização e, consequentemente, irão ter mais liberdade para tirar suas dúvidas e propor melhorias na empresa como um todo. Isso é extremamente importante, uma vez que pode ajudar a empresa a se desenvolver e ter inovação de forma constante. Melhora a imagem da sua empresa Se você se comunica de forma eficaz tanto com o público interno, quanto com o externo, com certeza também sai ganhando em quesitos como credibilidade e autoridade. 21 Uma empresa que aparece, se posiciona, é aberta e transparente quanto a suas políticas e atividades, ganha mais respeito e destaque frente aos colaboradores e também aos clientes e à comunidade. Por isso é sempre importante ouvir as pessoas, de qualquer setor, área ou comunidade e usar a comunicação empresarial para dar respostas mais humanas e satisfatórias a elas. Aumenta o alinhamento e a produtividade Em uma empresa na qual os colaboradores conversam, entendem as atividades uns dos outros e trabalham em conjunto para garantir o crescimento e a sustentabilidade da empresa, com certeza a produtividade será muito maior e, realizar tarefas e processos cotidianos, será muito mais fácil e seguro. Portanto, investir em uma boa comunicação empresarial internamente é uma ótima forma de manter sua equipe alinhada, motivada e muito mais produtiva. Melhora o clima organizacional Funcionários que se entendem, entendem a realidade da empresa, confiam nela e em suas atividades, se sentirão muito mais motivados para realizar suas tarefas e terão muito mais disposição para ajudar colegas e trabalhar em equipe. Portanto, a comunicação empresarial faz com que o clima organizacional fique muito melhor, mais leve, e que as pessoas se sintam mais à vontade com seu trabalho e mais felizes com a empresa. 22 Falta de comunicação entre líderes e funcionários Um dos principais obstáculos que as organizações precisam driblar são as falhas no processo de comunicação entre gestores e subordinados. Ainda que seja esperado de um líder o domínio das competências necessárias para negociar, gerir e orientar uma equipe, a capacidade de escutar com empatia ainda parece ser algo raro no mundo corporativo. Não existem regras de quem deve tomar partido para um diálogo mais livre a fim de criar um canal mais aberto. Dividir sucessos diários e dificuldades podem ajudar a melhorar o desempenho, e permite que o superior tenha mais liberdade de dar feedbacks, por exemplo. “O papel do líder é estimular seu funcionário e desenvolvê- lo. Para isso deve conhecê-lo, saber seus objetivos, sonhos e fatores de motivação. Para que isto ocorra, é imprescindível que o líder se comunique com seus liderados”, afirma Luciano Amato, Diretor Executivo da Training People, empresa especializada em treinamentos e palestras gerenciais, comportamentais, de segurança do trabalho e diagnóstico da área de atendimento ao cliente (CATHO, 2012). 23 Para Chiavenato (2010) há dois modos distintos para os administradores melhorarem a comunicação com os funcionários. Em primeiro lugar, devem melhorar suas mensagens – a informação que desejam transmitir. Em segundo, devem procurar compreender o que as outras pessoas estão tentando lhes comunicar. Em suma: devem tornar-se melhores codificadores e decodificadores. Precisam esforçar- se não somente para serem compreendidos, mas também para compreender os outros. Ele ainda aponta algumas técnicas para melhorar a eficácia desses dois aspectos (CHIAVENATO, 2010): Acompanhamento: investigar se o significado da mensagem transmitida foi realmente captado pelo destinatário; Retroação: é um importante elemento para a boa comunicação de mão dupla. Envolve a abertura de um canal para a resposta do destinatário que permite ao emissor determinar se a mensagem foi recebida e se produziu a resposta desejada. No caso da comunicação face a face é possível a retroação direta. Mas, na comunicação de cima para baixo sempre ocorre inexatidões devido à ausência de oportunidade para retroação suficiente; Empatia: exige que os comunicadores se coloquem figurativamente no lugar dos destinatários para perceberem como a mensagem será provavelmente decodificada. Muitas das barreiras à comunicação podem ser reduzidas pela empatia. Para tanto, é necessário compreender o processo de decodificação; Repetição: também conhecida como redundância na comunicação, assegura que se uma mensagem não for compreendida, haverá outras partes que transmitirão a mesma mensagem; Simplificação da linguagem: a comunicação eficaz exige a transmissão de entendimento e de informação. Se o destinatário não compreende, não há comunicação. Por isso, é importante que os administradores codifiquem as mensagens em palavras, apelos e símbolos que tenham significados para os funcionários; 24 Escutar bem: o líder deve procurar ser bem entendido e também entender bem. Uma das maneiras para encorajar as pessoas a manifestar seus sentimentos, desejos e emoções é ouvir. Mas, apenas ouvir não é suficiente. É preciso que se ouça compreendendo; Encorajar a confiança mútua: a comunicação funciona com mais eficácia quando é baseada na confiança mútua entre administradores e subordinados. Um ambiente amigável e um clima de confiança permite melhor acompanhamento e mais compreensão entre os funcionários; Criar oportunidades: como as pessoas são bombardeadas intensivamente por milhares de mensagens a cada dia, muitas delas são sequer decodificadas ou recebidas, devido à impossibilidade de serem levadas em conta. Enquanto os administradores estão tentando comunicar-se com seus receptores, outras mensagens estão chegando simultaneamente a eles. Quando ocorrem importantes mudanças, muitas empresas organizam retiros que funcionam como uma oportunidade para trocar ideias a respeito. Sem ouvir os empregados, sem comprometê-los comos objetivos das organizações, sem estimulá-los a tornarem-se efetivamente “sócios” do negócio, as empresas deste milênio não terão chance alguma. Os empregados precisam ser definitivamente contemplados como parceiros, e não como despesas. As empresas não podem mais considerá-los apenas mão de obra. Na sociedade multimídia, do conhecimento, a força dos empregados não está mais em seus braços, mas em suas mentes (Bueno, 2014). O papel da Psicologia Organizacional O foco de interesse em compreender e lidar com as questões que relacionam o comportamento humano e o trabalho (emprego e/ou tarefas) constitui o campo denominado Psicologia do Trabalho, que, entre vários outros objetivos de investigação e de intervenção, estuda a natureza dos processos de organização do 25 trabalho e seus impactos psicossociais, especialmente sobre a qualidade de vida e a saúde do trabalhador, tanto individual, quanto coletivamente (ZANELLI; ANDRADE; BASTOS, 2014). O estudo do comportamento organizacional é realizado por psicólogos, que analisam ações e atitudes das pessoas. Eles são essenciais nas empresas, já que a organização é uma unidade social. Segundo Robbins (2009), quando os administradores são questionados sobre seus problemas mais frequentes ou complexos, geralmente as respostas apontam para um tema comum. Quase sempre trata-se da questão do trato com as pessoas. A falta de habilidade de comunicação dos chefes, a pouca motivação dos empregados, os conflitos entre os membros das equipes e a resistência dos funcionários à reorganização da empresa são alguns dos assuntos lembrados. E, por mais surpreendente que pareça, só recentemente as habilidades no “trato com pessoas” passaram a ter destaque no currículo das escolas de administração. A comunicação age no controle do comportamento das pessoas de diversas maneiras. Ela tem quatro funções básicas dentro de um grupo ou de uma organização: controle, motivação, expressão emocional e informação. Com uma comunicação deficiente, aparecem os conflitos interpessoais no trabalho. É neste momento que surge o psicólogo para solucionar ou amenizar os problemas, já que se dedica ao estudo e a tentativa de compreensão do comportamento individual. Robbins (2009) ainda diz que, a princípio, os psicólogos organizacionais e industriais estudavam os problemas de fadiga, falta de entusiasmo e outros fatores relevantes para as condições de trabalho que podem impedir o desempenho eficiente. Mais recentemente, sua contribuição se expandiu para incluir o estudo de aprendizagem, percepção, personalidade, diversidade da força de trabalho, emoções, treinamento, eficácia de liderança, necessidades e forças motivacionais, satisfação com o trabalho, processos de tomada de decisões, avaliação de desempenho, mensuração de atitudes, técnicas de seleção de pessoal, planejamento do trabalho e estresse profissional. O psicólogo organizacional tem um papel que vai além de recrutar, realizar treinamentos ou avaliar o desempenho de um funcionário. Ele atua também como um administrador, que tem como objetivo, solucionar conflitos para tornar o ambiente de 26 trabalho saudável. Para isso, utiliza-se de técnicas como: observação, análise funcional e aplicação de questionários. A organização atual precisa de um psicólogo que assuma responsabilidades e seja competente ao fazer a “leitura” da realidade organizacional, da multideterminação dos comportamentos dos funcionários, dos fatores que mais estão afetando a motivação dos mesmos, dos conflitos, da competição pelo poder, das relações interpessoais, das relações trabalhistas, do comprometimento das pessoas e de seu grau de resistência às mudanças; e que esteja, além disso, sempre atento às perspectivas teóricas que embasam sua prática, consciente do seu papel político dentro da empresa, numa constante reavaliação da sua atuação. (GAGNO; VENTURI, 1997). Portanto, o psicólogo tem o papel de facilitador de mudanças das culturas organizacionais. Ele é o profissional que pode ser como uma ponte na comunicação entre líderes e funcionários, proporcionando a prática dos fluxos ascendente e descendente, além de contribuir para o crescimento da produtividade, já que um funcionário motivado trabalha feliz e rende muito mais. 27 REFERÊNCIAS BUENO, Wilson da Costa. Comunicação empresarial: da rádio peão às mídias digitais. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2014. BUENO, Wilson da Costa. Comunicação empresarial: teoria e pesquisa. São Paulo: Manole, 2003. CATHO. A nova relação entre líder e subordinado. 2012. Disponível em: < https://www.catho.com.br/carreira-sucesso/carreira/lideranca/a-nova-relacao- entrelider-e-subordinado/ >. CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento organizacional: A Dinâmica do Sucesso das Organizações. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. GAGNO, Adriana Pellanda; VENTURI, Eliana de Paula Congro. Atuação dos psicólogos que trabalham em empresas que desenvolvem programas de qualidade. Interação em Psicologia, Curitiba, v. 1, dez. 1997. GOLD, Miriam. Redação empresarial. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. KRANZ, Garry. Comunicação. Rio de Janeiro: Editora Senac Rio, 2009. MATOS, Gustavo Gomes de. Comunicação Empresarial sem complicação. 2ª edição. Barueri, SP: Manole, 2009. MELO Vanêssa Pontes Chaves de. A comunicação interna e sua importância nas organizações. Universidade Tiradentes, 2006. NUNO, Henrique. Interpretação de textos: teoria e questões. Rio de Janeiro: Ferreira, 2010. PIMENTA, Maria Alzira. Comunicação Empresarial: conceitos e técnicas para administradores. Campinas, SP: Alínea, 2009. ROBBINS, Stephen Paul. Fundamentos do Comportamento Organizacional. 28 8.ed. São Paulo: Pearson, 2009. ROBBINS, Stephen P. PLT Comportamento Organizacional. 9.ed. São Paulo: Pearson Education, Valinhos: Anhanguera Educacional, 2007. SEGAL, Marcelo; GOLD, Miriam. Português instrumental para o curso de direito: como elaborar textos jurídicos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. TEIXEIRA, Leonardo. Comunicação na empresa. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007. TERRA, José Cláudio Cyrineu. Gestão do conhecimento: o grande desafio empresarial. São Paulo: Negócio, 2000. TORQUATO, Gaudêncio. Comunicação empresarial-comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. 5. ed. São Paulo: Summus, 1986.] NASSAR, Paulo. Tudo é Comunicação. São Paulo: Lazuli, 2006. VAITSMAN, Hélio Santiago. Inteligência empresarial: atacando e defendendo. Rio de Janeiro: Interciência, 2001. ZANELLI, José Carlos; ANDRADE, Jairo Eduardo Borges; BASTOS, Antonio Virgílio Bittencourt. Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
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