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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO MEDICINA SBC – SABRINA JUTKOSKI 1 Doenças e fármacos • Microfilamentos de Actina: Distrofia muscular de Duchenne Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Esferocitose hereditária • Filamentos intermediários: Progéria Epidermólise bolhosa ELA • Microtúbulos: Doença de Alzheimer Síndrome de Kartagener DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE • Doença recessiva ligada ao X • 65% é causada por deleção no gene • Ocorre em meninos, que chegam a viver por volta de 20 anos • Ausência da proteína distrofina • Necrose do tecido muscular: perda da função do tecido e morte • Começa com musculatura esquelética, mas passa para a respiratória e cardíaca • Sintomas: atraso para iniciar a andar, quedas, dificuldade para levantar-se, aumento no volume da panturrilha, abdômen protruso (para dentro), ombros para trás • Diagnóstico: dosagem de creatinofosfoquinase, biópsia muscular, exame de DNA • Tratamento: paliativo, esteroides e fisioterapia • Gene: Xp21 • Para que haja ativação de actina e miosina (proteínas contráteis que fazem parte da miofibrila nas células musculares), é preciso da proteína distrofina. • Distrofina é uma proteína intracelular que faz ativação da miofibrila, fazendo com que haja contração • Distrofia: perda severa • DMD: microfilamento de actina => ausência de distrofina => distrofia muscular => necrose ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFCA (ELA) • 90% dos casos não ocorrem de forma hereditária, ou seja, de forma esporádica => mutação • Apenas 10% das mutações são hereditária, sendo autossômica dominante e/ou recessiva Causa desconhecida • Mecanismos que levam à destruição são diversos: Stress oxidativo Disfunção dos neurofilamentos e microtúbulos (má formação dos microtúbulos nos neurofilamentos de células do sistema nervoso => astrócitos) Alteração da função dos astrócitos Alterações neurovasculares Processos inflamatórios Excitotoxicidade por glutamato DOENÇAS UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO MEDICINA SBC – SABRINA JUTKOSKI 2 • Falhas na estrutura do citoesqueleto neuronal como potencial característica comum entre os diferentes genes de ELA • Proteína PFN1 atua como via férrea de filamentos de actina fibrosos, que formam o axônio Ajuda a ligar estes filamentos entre eles Sem PFN1, estes filamentos não podem vir em conjunto Se o neurônio não se alonga, não há propagação do impulso nervoso => afeta áreas variadas do sistema nervoso • Doença progressiva • Neurônio fica afuncional • Sinapses aumentam na fase da infância, então os sintomas são mais claros na fase adulta • ELA: se acumulam nestes agregados e alteram a dinâmica da actina • ELA: proteína PFN1 => filamentos de actina => neurônios/ axônio/ defeito neurônio => não há transmissão do impulso nervoso => morte dos neurônios ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA • Anemia hemolítica herdada => hemólise • Herança recessiva e dominante (75%) • Leva ao fenótipo esferocítico celular => obstrui circulação devido ao formato irregular • Área não suportadas de lipídeos são perdidas à medida que a hemácia atravessa a circulação • Células são menos capazes de se espremerem nos cordões esplênicos (capilares) e acabam sofrendo hemólise no baço • Tempo normal de vida de uma hemácia: 120 dias Membrana da hemácia sofre lipoperoxidação, em que o oxigênio destrói os lipídeos da membrana em 120 dias Quando está no formato esferoide, a membrana fica fragilizada, então sofre hemólise ao atravessar o braço • Anemia de graus variados, icterícia (bilirrubina é formada na quebra do grupo heme – hemólise-, então fica em excesso), esplenomegalia • A proteína fica no citoesqueleto da membrana, que acopla o citoesqueleto à bicamada lipídica. • Na ausência dessa proteína (espectrina), a proteína não se liga à bicamada, fazendo com que a hemácia perca o formato, ficando esférica • Defeito em uma das proteínas (espectrina) que acopla o citoesqueleto de membrana da hemácia à bicamada lipídica • Dificuldade da espectrina em ligar-se com bicamada lipídica (localiza-se próximo a membrana fazendo parte do citoesqueleto) • Deformação da hemácia, perdendo a estrutura do citoesqueleto • Esferocitose hereditária: proteína espectrina não se liga com a bicamada lipídica => hemácia perde o formato, se tornando esférica => hemácia obstrui os capilares do baço => não passa pelos cordões esplênicos => sofre hemólise EPIDERMÓLISE BOLHOSA SIMPLES • Herança autossômica dominante • Degradação da camada basal UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO MEDICINA SBC – SABRINA JUTKOSKI 3 • Ausência de depósitos de anticorpos infiltrados inflamatórios • Lesões nas mãos e pés • Bolhas e mucosas acompanhadas de hiperqueratose • Sintomas fragilidade cutânea, bolhas com líquido amarelo e até sangue • Tratamento: prevenção de infecções e cicatrização precoce • Diagnóstico: biópsia que pode ser acompanhada de microscopia • Alteração nas citoqueratinas 5 e 14 => perde função estrutural do citoesqueleto, afeta desmossomos, provoca deslocamento da epiderme • queratinas ficam nas células epidérmicas • rede defeituosa de filamentos de actina • Epidermólise bolhosa - Alteração na citoqueratina 5 e 14 - Altera adesão entre células epidérmicas - Desmossomos - Ruptura entre as células - Entrada de substâncias e sucessivas infecções PROGÉRIA • Mutação no gene LMNA, que codifica a lâmina nuclear • Acelera o processo de envelhecimento em cerca de sete vezes em relação à taxa normal • Queda do cabelo, perda de gordura subcutânea, artrose, estatura baixa e magra, clavícula anormal, envelhecimento prematura, face estreita, pele fina e com ruas, puberdade tardia, sobrancelhas ausentes, unhas dos pés finas, voz anormal, lábios finos, osteoporose entre outras • A inteligência não é afetada. A morte precoce é causada por aterosclerose • Relacionado à lâmina nuclear • Progéria: alteração do gene da proteína progerina, que estrutura a lâmina nuclear => DNA sofre danos => envelhecimento precoce • (filamentos intermediários desestruturam a lâmina) DOENÇA DE ALZHEIMER • Forma mais comum de demência, classificada como transtorno neurodegenerativo • Perda de memória a curto prazo • Sintomas são progressivos, evoluindo para um estado de confusão, irritabilidade, alterações de humor, comportamento agressivo, dificuldades com a linguagem e perda de memória a longo prazo • As causas e progressão ainda não são compreendidas, embora se saiba que estão associadas às placas senis (beta – amiloide) e aos novelos neurofibrilares no cérebro • Tratamentos apenas aos sintomas e evitar a progressão • Novelo neurofibrilares: • Proteína tau: produzidas no interior dos neurônios => associada à estabilização dos microtúbulos (presentes no citoesqueleto dos neurônios) • Gene localizado em 17q21 • Tau anormalmente fosforilada: menos capaz de polimerizar a tubulina (proteínas globulares que compõem os microtúbulos), o que promove a sua desagregação. Por esse motivo, acontece a ruptura do citoesqueleto celular, com consequente morte neural. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO MEDICINA SBC – SABRINA JUTKOSKI 4 • Proteínas Tau formam emaranhados neurofibrilares, que levam à progressiva degeneração dos neurônios • Fosforilação da Tau em seus sítios específicos de ligação é o que garante seu funcionamento normal Microtúbulos • DA: proteína beta amiloide -> fragmentada - > proteína tau fosforilada -> desagrega microtúbulos -> formação de oligômeros -> desestrutura os neurônios -> morte dos neurônios SÍNDROME DE KARTAGENER • Doença genética rara => autossômica recessiva • Também chamada de Discinesia ciliar primária • Proteína Dineínas deficiente, responsávelpelos movimentos de cílios e flagelos, que ficam deficientes • Microtúbulo faz parte da estrutura que dá movimento • Prejuízo dos aparelhos eu dependem do funcionamento de cílios e flagelos (trompa uterina, espermatozoides, traqueia e cóclea) • Causa infecções mais frequentes e acentuadas como otites e pulmonares • O muco de proteção tem função de aderir aerossóis. Assim, os cílios fazem o movimento para o muco ser expelido com esses microrganismos. • Se não tem os cílios, os microrganismos se acumulam • Sintomas: Bronquiectasia: brônquios se dilatam e são destruídos => respiração prejudicada, passagem de entrada e saída de ar para os pulmões ❖ Sintoma mais grave: risco direto à vida Sinusite crônica Situs inversus: problemas anatômicos que desafiam a homeostase => órgãos em posição reversa ❖ Proteína Sonic é responsável pela organogênese, sinalizando o posicionamento dos órgãos que estão sendo desenvolvidos. Os cílios são importantes para a secreção da proteína sonic ainda dentro do útero. Então, com a deficiência da proteína dineína e má formação dos microtúbulos, prejudica a secreção dessa proteína ❖ Se não tem o gradiente do sonic devido a deficiência nos cílios, inverte os órgãos Infertilidade em meninos: flagelo do espermatozoide deficiente • Tratamento: paliativo, visando reduzir sintomas e evitar infecções • Síndrome de Kartagener —> Microtúbulos —> Dineínas deficientes —> má formação do axonema dos microtúbulos —> prejuízo em estruturas que tem cílios e flagelos Fármacos são moléculas que alteram a dinâmica da estrutura do citoesqueleto MICROTÚBULOS: se associa • Taxol: liga-se aos microtúbulos e os estabiliza Também são usados como terapia citotóxica anticâncer, sendo antimitóticos derivados de plantas FÁRMACOS UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO MEDICINA SBC – SABRINA JUTKOSKI 5 Estabiliza os microtúbulos no estado polimerizado, impedindo a despolimerização, perdendo a dinâmica Bloqueia a mitose, causando morte celular por apoptose (morte celular programada), removendo célula tumoral do organismo • Colchicina, colcemida: liga-se às subunidades e evita a polimerização Também usada como anti-inflamatório Indicações: artrite gotosa e, também, no tratamento e prevenção da pericardite, pleurite e doença arterial coronariana, provavelmente em virtude de seu efeito anti-inflamatório Seu efeito anti-inflamatório deve-se a ligação da Colchicina À tubulina, impedindo a polimerização em microtúbulos e consequente inibição da migração e fagocitose de leucócitos • Vimblastina, vincristina: liga-se às subunidades e evita polimerização de microtúbulos Usados como antineoplásicos (usado para evitar proliferação de células do câncer), pois ao se associarem às tubulinas, alterando a dinâmica dos microtúbulos, impede a formação das fibras do fuso, impedindo a mitose. => divisão celular para na metáfase Inibem atividades celulares que requerem o funcionamento microtubular (células além da cancerígena, podendo ter efeitos colaterais), como a fagocitose de leucócitos e a quimiotaxia, transporte axonal em neurônios São antineoplásicos, pois são antimitóticos derivados de plantas (vinca de Madagascar), usados como terapia citotóxica anticâncer ACTINA: • Faloidina: liga-se aos filamentos de actina e os estabiliza Toxinas isoladas do cogumelo Amanita Se ligam firme e lateralmente aos filamentos de actina Evita a despolimerização dos filamentos de actina Utilizada como ferramenta de imagem, afim de investigar a distribuição de F-actina em células por marcação com Faloidina fluorescente análogos e utilizando-os para corar os filamentos de actina para a microscopia de luz • Citocalasina: leva ao capeamento das extremidades positivas Análogos a Colchicina Produtos de fungos que impedem a polimerização da actina pela ligação na extremidade positiva dos filamentos de actina São antitumorais e antibiótica Células tratadas com Citocalasina, são impedidas de formas filamentos de actina, perdendo a capacidade de citocinese, fagocitose e movimento ameboide • Latrunculina: liga-se às subunidades e evita a polimerização UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO MEDICINA SBC – SABRINA JUTKOSKI 6 Produzida por esponjas Interfere na migração, fagocitose e divisão celular
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