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Doenças Associadas ao Citoesqueleto Distrofia Muscular de Duchenne - Herança recessiva ligada ao X. - 65% causada por deleção no gene. -Microfilamento de actina - Ausência da proteína Distrofina. - Distrofina: importante proteína que ativa as proteínas actina e a miosina (responsáveis pela contração muscular) - Necrose do tecido muscular. Sintomas: atraso para iniciar a andar, quedas, dificuldade para levantar, aumento no volume da panturrilha, abdômen protruso, ombros para trás. Afeta também musculatura respiratória e cardíaca. Diagnóstico: Dosagem de creatinofosfoquinase, biópsia muscular, exame de DNA. Tratamento: Paliativo, esteróides e fisioterapia. (não tem cura, a maioria dos meninos morrem antes de completar 20 anos) DMD: microfilamento de actina - proteína distrofina - distrofia muscular - necrose Esclerose Lateral Amiotrófica(ELA) - Muitos casos sem causa conhecida - Em 90% dos casos a ELA ocorre de forma esporádica e nos demais 10% ela é hereditária - autossômica dominante e/ou recessiva. - Os mecanismos que levam à destruição são diversos, entre eles: ○ Mecanismo de stress oxidativo, excitotoxicidade por glutamato, agregação proteica, alteração da função dos astrócitos, alterações neurovasculares, processos inflamatórios e disfunção dos neurofilamentos e microtúbulos. - Microtúbulos: Tubulina alfa e beta - Falhas na estrutura do citoesqueleto neuronal como potencial característica comum entre os diferentes genes de ELA. - Proteína PFN1 atua como uma “via férrea” de filamentos de actina fibrosos, que formam o axônio. - PFN1 ajuda a ligar estes filamentos entre eles. - Sem PFN1 estes filamentos não podem vir em conjunto (ou seja,não há transmissão sináptica) - ELA se acumulam nestes agregados e alteram a dinâmica da actina. ELA - PFN1 - Filamentos de actina - Neurônios/Axônio/Defeito Neurônio - Não há transmissão do impulso nervoso - Morte dos neurônios Esferocitose Hereditária - Anemia hemolítica herdada. - Herança recessiva e dominante. Em 75% dos casos apresenta herança autossômica dominante. - Leva ao fenótipo esferocítico celular. - Áreas não suportadas de lipídeos são perdidas à medida que a hemácia atravessa a circulação. - Células são menos capazes de se espremerem nos cordões esplênicos e acabam sofrendo hemólise no baço. - Anemia de graus variados, icterícia, esplenomegalia. Normal / Esferocitose Hereditária - Normal: Membrana da hemácia, sofre Lipoperoxidação (oxigênio destrói os lipídeos da membrana), após 120 dias. Membrana fragilizada, então ao atravessar o baço, sofre hemólise. - Esferocitose Hereditária - hemácia anormal (esférica) - Defeito em uma das proteínas que acopla o citoesqueleto de membrana da hemácia à bicamada lipídica. - Dificuldade da espectrina em ligar-se com bicamada lipídica Esferocitose Hereditária —> Proteína Espectrina não se liga com a bicamada lipídica —> hemácia perde seu formato se tornando esférica —> hemácia obstrui os capilares do baço —> não passa pelos cordões esplênicos —> sofre hemólise Epidermólise Bolhosa Simples - Herança autossômica dominante. -Degradação da camada basal. - Ausência de depósitos de anticorpos e infiltrados inflamatórios. - Lesões nas mãos e pés. - Bolhas e mucosas acompanhadas de hiperqueratose. -Sintomas: Fragilidade cutânea, bolhas com líquido amarelo e até sangue. -Tratamento: Prevenção de infecções e cicatrização precoce. - Diagnóstico: Biópsia que pode ser acompanhada de microscopia eletrônica. -Alteração nas citoqueratinas 5 e 14, perde função estrutural o citoesqueleto, afeta desmossomos, provoca descolamento da epiderme Epidermólise bolhosa - Alteração na citoqueratina 5 e 14 - Altera adesão entre células epidérmicas - Desmossomos - Ruptura entre as células - Entrada de substâncias e sucessivas infecções Progéria (Síndrome de Hutchinson-Gilford) - Mutação no gene LMNA que codifica a lâmina nuclear. - Acelera o processo de envelhecimento em cerca de sete vezes em relação à taxa normal. - Queda do cabelo, perda de gordura subcutânea, artrose estatura baixa e magra, clavícula anormal, envelhecimento prematuro, face estreita, pele fina e com rugas, puberdade tardia, sobrancelhas ausente, unhas dos pés finas, voz anormal, lábios finos, osteoporose entre outras. - A inteligência não é afetada. A morte precoce é causada por aterosclerose. Progéria: alteração do gene LMNA----- codifica a lâmina nuclear----- desestabilização do núcleo/ danos no DNa----- envelhecimento precoce Doença de Alzheimer - É a forma mais comum de demência. É classificada como transtorno neurodegenerativo. - Nos primeiros estágios, o sintoma mais comum é a perda de memória a curto prazo. -Diagnóstico: exames que avaliam o comportamento e a capacidade de raciocínio da pessoa, no entanto, só é possível determinar um diagnóstico definitivo através de um exame ao tecido cerebral (necrópsia). - À medida que a doença evolui, o quadro de sintomas pode incluir confusão, irritabilidade, alterações de humor, comportamento agressivo, dificuldades com a linguagem e perda de memória a longo prazo. - As causas e progressão da doença ainda não são completamente compreendidas, embora se saiba que estão associadas às placas senis (β- amilóide) e aos novelos neurofibrilares no cérebro. - Tratamentos: apenas aos sintomas de Alzheimer, não existindo tratamentos para parar ou regredir a progressão da doença. Novelos Neurofibrilares -Proteína Tau (gene localizado em 17q21) está associada à estabilização dos microtúbulos, estruturas presentes no citoesqueleto dos neurônios. -Tau anormalmente fosforilada é menos capaz de polimerizar a tubulina (proteínas globulares que compõem os microtúbulos), o que promove a sua desagregação. Por esse motivo, acontece a ruptura do citoesqueleto celular, com consequente morte neuronal. Proteínas Tau, agregam-se, formando os emaranhados neurofibrilares, que levam à progressiva degeneração dos neurônios. - Fosforilação da Tau em seus sítios específicos de ligação é o que garante seu funcionamento normal. https://www.youtube.com/watch?v=NjgBn x1jVIU Doença de alzheimer: proteína beta amiloide -->fragmentada--> proteína tau fosforilada--> desagrega microtúbulos--> formação de oligômeros --> desestrutura os neurônios --> morte dos neurônios Síndrome de Kartagener(SK) Doença genética rara - herança autossômica recessiva. - Discinesia Ciliar Primária. - Sintomas: bronquiectasia, sinusite crônica e situs inversus (problemas anatômicos que desafiam a homeostase). -Má formação do axonema de microtúbulo dos cílios. Dineína deficiente - Movimentos de cílios e flagelos deficientes. -Prejuízo dos aparelhos que dependem do funcionamento de cílios e flagelos (trompa uterina, espermatozóides, traquéia e cóclea). -Infecções mais frequentes e acentuadas (otites e pulmonares). -Tratamento: paliativo, visa reduzir sintomas e evitar infecções. https://www.youtube.com/watch?v=NjgBnx1jVIU https://www.youtube.com/watch?v=NjgBnx1jVIU Síndrome de Kartagener —> Microtúbulos —> Dineína deficiente —> má formação do axonema dos microtúbulos —> prejuízo em estruturas que têm cílios e flagelos Fármacos que atuam sobre o citoesqueleto - Moléculas que alteram a dinâmica de filamentos e microtúbulos Aplicação Clínica: Anti-neoplásicos e anti-mitóticos Inibidores de microtúbulos: Vincristina: Catarantina + vindolina + grupo formil (CH3) . Usada principalmente em oncologia pediátrica: LLA, LNH, MM, T. de Wilms, Neuroblastoma, Meduloblastoma, Osteossarcoma, Sarcoma de Ewing, CPPC, Oligoastrocitoma, Trombocitopenia autoimune refractária ,Anemia hemolítica autoimune , SHU. Vimblastina: Estrutura química muito similar à VCR: Catarantina + vindolina + grupo metil (CHO). Atividade anti-tumoral conhecida em: T.cel germinativas (PVB) L. Hodgkin (ABVD), S. Kaposi, T. bexiga , T. cerebrais , CPNPC, T. mama. Paclitaxel : Aprovação pela FDA em1992 para o tratamento de 2ª linha do c. ovário ,C. ovário, C. mama , S. Kaposi , CPNPC, CPPC , C. bexiga, esófago, gástrico, cabeça e pescoço, colo útero, endométrio Pobre biodisponibilidade da via oral: amplificação de transportadores ABC a nível dos enterócitos e efeito primeira passagem Lipofílico molécula veiculada por óleo de castor polioxietilado Distribuição corporal rápida Grandes volumes de distribuição; excepto SNC e testículos T1/2 terminal mto variável ; 6 – 20h Metabolismo e excreção hepática: oxidação Metabolitos activos: 6 α hidroxi-paclitaxel, p hidroxi-fenil –paclitaxel – fraca penetração celular Metabolismo e excreção renal mínimos
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