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Jakeline Medeiros POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada no ano de 1999,propõe respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação. Princípios da PNAN ➜Direito à saúde, à alimentação, princípios doutrinários e organizativos do SUS. ➜A alimentação como elemento de humanização das práticas de saúde - valorização do ser humano para além da condição biológica, alimentação mais ampla. ➜O respeito à diversidade e à cultura alimentar - Ações com base no respeito à diversidade e cultura da população Brasileira. ➜O fortalecimento da autonomia dos indivíduos - o poder dos indivíduos de fazer suas escolhas, e encará-las de forma crítica. ➜ A determinação social e a natureza interdisciplinar e intersetorial da alimentação e nutrição - busca pela integralidade na atenção nutricional, a articulação entre setores sociais diversos e se constitui em uma possibilidade de superação da fragmentação dos conhecimentos e estruturas. ➜A segurança alimentar e nutricional com soberania - direito à alimentação sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. o povo tem direito de decidir a sua alimentação. Princípios da PNAN-SUS Doutrinários ➜ Integralidade - O ser humano é para ser tratado como um todo. ➜ Universalidade - o sus é para todos. ➜ Equidade - tratar diferente os diferentes Organizativos ➜ Descentralização - tem que ser estadual, municipal e estadual. ➜ Regionalização - Territorialização ➜Hierarquização - Atenção primária, secundária e terciária. ➜ Participação Popular - Todos tem que participar com o sus, conferência de saúde. Jakeline Medeiros Diretrizes da PNAN ➜ OAN - Melhorar a organização dos serviços de saúde ( diagnóstico, tratamento,prevenção,promoção e vigilancia. Deve ser iniciado pelo diagnóstico da situação alimentar e nutricional da população pelo SISVAN. Diretriz transversal a todas as outras. prioridade: ações preventivas e de tratamento em obesidade, desnutrição e carências nutricionais. Família, indivíduo e comunidade. ➜ PAAS - conjunto de ações que proporcione a população práticas alimentares associada a aspectos biológicos e sociais bem como o uso sustentável do meio ambiente. melhorar a qualidade de vida por meio de ações intersetoriais. ➜ VAN - Descrição contínua e na predição de tendências das condições de alimentação e nutrição da população e seus fatores determinantes. Sistema informatizado, chamadas nutricionais, inquéritos populacionais, fomento e acesso à produção científica, indicadores de saúde e nutrição. ➜ GAAN - Cabe aos gestores do SUS,nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, promover a implementação da PNAN. Financiamento tripartite : insumos para carências nutricionais, equipamentos e estrutura física para ações de VAN,educação permanente em alimentação e nutrição para trabalhadores de saúde, processos adequados de trabalho para organização nutricional do SUS. ➜ PCS - ➜ QFT - ➜ CRA - ➜ PIC em AN - ➜ Cooperação e Articulação para a SAN Informações Gerais - propósito : Melhoria da alimentação, nutrição e saúde da população brasileira Foco - indivíduos, famílias e comunidade.. Responsabilidades institucionais Ministério da saúde - Prestar assessoria técnica e apoio institucional no processo de gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de alimentação e nutrição na rede de atenção à saúde. Jakeline Medeiros vigilância alimentar e nutricional/sisvan Van/sistema de vigilância alimentar e nutricional - (SISVAN) ➜ Objetivo : Análise permanente da situação de Saúde, devendo está no cotidiano das equipes de atenção básica. ➜ transição demográfica : ↓ fecundidade e mortalidade, associada ao ↑ da expectativa de vida. ➜ transição epidemiológica : ↓ na prevalência de doenças transmissíveis e de deficiências nutricionais e pelo ↑ das DCNTs. ➜ transição nutricional : está associada às transições demográfica, epidemiológica e alimentar. mudanças importantes nos hábitos alimentares da população brasileira nas últimas décadas, principalmente no que diz respeito à ↓ do consumo de alimentos tradicionais da dieta e ao consumo de alimentos ultraprocessados. Como fazer ? Para exercer atitude de vigilância é recomendado que seja utilizado o ciclo de gestão e produção do cuidado. ➜ coleta de dados e produção de informação ➜ Análise e decisão➜ Ação➜ Avaliação Coleta de dados ➜ coleta de dados e produção de informação : Levantamento de informações sobre estado nutricional e práticas alimentares : Avaliação antropométrica peso, altura, perímetros de cintura e panturrilha e consumo alimentar avalia a alimentação do dia anterior. ➜ Formulários : crianças menores de 6 meses, 6 meses a 23 meses e maiores de 2 anos. ➜ periodicidade para levantamento dessas informações : até 2 anos > 15 dias, 1 mês, 2, 4, 6, 9, 12, 18 e 24. > 2 anos : no minimo 1 vez por ano. Análise e Decisão ➜ Análise e decisão : propósito de promover a identificação de necessidades e prioridades em saúde. Elaboração de intervenções apropriadas para indivíduos, famílias e/ou comunidades. Classificação do estado nutricional criança ➜ Peso para idade - utilizado para avaliar desnutrição porém não fala se é recente ou antigo. por desconsiderar altura é necessário que seja utilizado outro indicador. ➜ Estatura para idade - indica efeitos cumulativos em longo prazo, condição crônica. ➜ peso para estatura - Mostra a harmonia entre o peso e altura, mostra tanto o excesso quanto o déficit de peso, muito útil quando não se sabe o peso da criança. ➜ IMC - mostra excesso de peso. ➜ Crianças com peso elevado para idade : pode ter problemas com crescimento, porém o parâmetro mais utilizado para peso é peso para estatura ou IMC. . ➜ Estatura para idade acima de 99,9 escore z +3 é muito alta. A partir de 5 anos IMC PARA IDADE. Jakeline Medeiros Caderneta de saúde da criança Curvas de crescimento ➜ Paralela ao eixo, a criança está em risco ➜ Descendente, a criança está em franco processo de desnutrição. ➜ O diagnóstico é baseado na inclinação da curva. Aleitamento materno ➜ Exclusivo : apenas elite ➜ Predominante: além de leite, outros alimentos líquidos. ➜ Complementar : recebe leite, alimentos sólidos e líquidos. ➜ Não recebe leite : alimentos sólidos e líquidos. Classificação do estado nutricional Adolescente ➜ IMC para idade e estatura para idade ver percentis. Classificação do estado nutricional adulto IMC ➜ < 18,5 = magreza - Nada ➜ > 18,5 < 25 = eutrofia - plano de ação para voltar ao IMC normal dieta. ➜ 25 a 29 = sobrepeso - plano de ação para voltar ao IMC normal dieta. ➜ > 30 = obesidade - prescrição dietética e farmacologia. Circunferência da cintura ➜ 80 mulheres ➜ 94 homens Classificação do estado nutricional Idoso IMC ➜ < 22 = magreza ➜ > ou = 22 < 27 = eutrofia ➜ > ou = 27 = obesidade Classificação do estado nutricional gestante ➜ usa-se : o gráfico e acompanhamento nutricional da gestante a partir do IMC e idade gestacional. classificados como : ➜ baixo peso, peso adequado, sobrepeso, obesidade. Marcadores de consumo alimentar ➜ Crianças até 6 meses: verificar aleitamento materno e qual alimentação está recebendo. avaliar a prática alimentar de ontem. ➜ Crianças entre 6 e 23 meses - alimentação a partir dos 6 meses e avaliar os risco sobre consumo alimentar, deficiência de micronutrientes e excesso de peso. respondido pela mãe ou cuidador ➜ Indivíduos maiores de 2 anos : Avaliar práticas alimentares não saudáveis e saudáveis. SAUDÁVEIS - FRUTAS, VERDURAS, FEIJÕES. Ação ➜ Ação do cuidado individual - pode acontecer em ubs ou na visita domiciliar , pode ser em forma de orientações junto com planos de meta, consulta compartilhada com outro profissional, participar de grupo terapêutico. ➜ Ação do cuidado coletivo - envolvimento de vários atores. Avaliação ➜ Acompanhar os resultados ou metas; ➜Realizar continuamente e integrado ao planejamento geral de ações das equipes de AB e das diferentes esferas de gestão ➜ A avaliação verifica a implementaçãoadequada das atividades inicialmente planejadas na etapa de análise e decisão do Ciclo de Gestão e Produção do Cuidado ➜identificar as dificuldades, as necessidades de adequações e novos direcionamentos importantes às rotinas e aos procedimentos definidos previamente ➜Todos os gestores, profissionais de saúde e atores envolvidos nas ações de VAN devem ser incluídos nessa etapa. Jakeline Medeiros Programa Nacional de prevenção e controle dos distúrbios por deficiência de iodo. ➜ Consequências : cretinismo em criança, surdo-mudez, anomalias congênitas, bócio. ➜ gestantes, nutrizes e crianças menores de 2 anos. Linhas de ação I monitoramento de teor de iodo para o consumo humano ➜Inspeção Sanitária em Estabelecimentos Beneficiadores de Sal destinado ao consumo Humano : inspeção anualmente pela Anvisa, 95% do sal deve ser iodado. ➜ Monitoramento do sal destinado ao consumo humano exposto no comércio : Anvisa e laboratórios oficiais de saúde, amostras colhidas anualmente, II Monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população ➜ A cada 3 anos na população, crianças de 6 a 14 anos onde se avalia : ➜ excreção urinária - 90% sai na urina ➜ volume da tireoide - a cada 6 anos III Atualização dos parâmetros legais dos teores de iodo do sal destinado ao consumo humano ➜ valores de iodúria normais = > 100 e < 200 ➜ a meta do período é que 50% da população apresente ioduria abaixo de 100 e 20% abaixo de 50. IV Implementação contínua de estratégias de informação, educação, comunicação e mobilização social. ➜ Deve ser desenvolvido por todas as instituições partícipes, para Prevenção e Controle,trabalhar os temas definidos pela CIPCDDI em diferentes setores tais como saúde, vigilância sanitária, indústria, educação, órgãos de defesa do consumidor, dentre outros RDC n 23 e 24 de abril de 2013 ➜ proporcionalidade 3:1 entre o limite máximo e mínimo do teor de iodo ➜ Teor igual ou superior a 15 mg até o limite máximo de 45 mg de iodo por kg de produto apto para consumo humano. ➜ Os produtos alimentícios industrializados podem utilizar sal sem adição de iodo como ingrediente desde que seja comprovado que o iodo cause interferência nas características organolépticas do produto. ➜ As empresas responsáveis pela fabricação dos produtos alimentícios devem manter à disposição do órgão de vigilância sanitária os estudos que comprovem essa interferência. Jakeline Medeiros Programa Nacional de suplementação de ferro. ➜ Grupo de risco : crianças e gestantes. ➜ Acarreta: baixo rendimento escolar e baixa produtividade Ações de prevenção e controle ➜ suplementação universal em doses profiláticas; ➜ fortificação dos alimentos preparados para as crianças com micronutrientes em pó; ➜fortificação obrigatória das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico (Resolução RDC nº 150, de 13 de abril de 2017); ➜promoção da alimentação adequada e saudável para aumento do consumo de alimentos fontes de ferro. Consequências ➜ Comprometimento do sistema imune, com aumento da predisposição a infecções. ➜ Aumento do risco de doenças e mortalidade perinatal para mães e recém-nascidos ➜Aumento da mortalidade materna e infantil. ➜Redução da função cognitiva, do crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com repercussões em outros ciclos vitais. ➜Diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças escolares e menor produtividade em adultos. Suplementação ➜ Crianças de 6 a 24 meses - 1 mg/kg - diariamente até 24 meses. ➜ Gestante - 40 mg de ferro e 400 mg de ácido fólico - até o final da gestação. ➜ Mulheres pos parto/aborto - 400 mg - ate 3 meses após. tratamento da anemia ➜ Adulto - 120 mg por 3 meses ➜ Criança - 3 mg/dia não superior a 60 mg Enriquecimento das farinhas ➜ 140 mcg de ácido fólico por 100 g de farinha observado o limite máximo de 220 mcg de ácido fólico por 100 g de farinha, Jakeline Medeiros Programa Nacional de suplementação de Vitamina A ➜Público - criança de 6 a 59 meses, ➜Deficiência de vitamina A - redução da reserva de vitamina A ➜ DVA clínica (xeroftalmia): problemas no sistema visual, onde diminui a sensibilidade à luz até cegueira parcial ou total. ➜ DVA subclínica : concentrações baixas, contribuem para ocorrências de agravos à saúde como diarreias e morbidades respiratórias. Medidas importantes na prevenção de DVA ➜ promoção do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e até os 2 anos com introdução de alimentos em tempo oportuno e com qualidade. ➜ promoção de alimentação adequada saudável, assegurando as informações para consumo de alimentos fontes de vitamina A pela população. ➜ suplementação da dose profilática para crianças de 6 a 12 meses. ➜ Atividades de informação,educação e comunicação. Doses ➜ 6 - 11 meses - 100.000 UI - uma dose ➜ 12 a 59 meses - 200.000 UI - a cada 6 meses. NutriSUS - Estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes (vitaminas e minerais) em pó ➜ Adição de uma mistura de vitaminas e minerais em pó em uma das refeições oferecidas para as crianças diariamente. ➜sachês (1g) e deverão ser acrescentados e misturados às preparações alimentares, obrigatoriamente no momento em que a criança for comer. ➜Melhor aceitação pelos reduzidos efeitos colaterais quando comparado à administração de suplemento de ferro isolado. ➜ Criança que recebe vitamina A, pode receber o sachê mas não deve receber o suplemento de ferro. ➜ 15 micronutrientes : A,B,C,D,E,Niacina,ácido Fólico,ferro,zinco,cobre,selênio e iodo. ➜ Creches participantes do programa saúde na escola. ➜ adquiridos pelo MS, e vai para secretarias com 30 envelopes. Quem toma ? ➜ Crianças de 6 a 48 meses matriculadas nas creches conveniadas. ➜ Pode ser contemplada a crianças de até 5 anos. Administração ➜ Crianças de 6 a 48 meses recebem 60 sachês durante 60 dias e tem uma pausa de 3 a 4 meses sem administração do sache. ➜ Coloque na comida da criança, ofereça primeiro a parte que tem o sachê, acrescente em comida pastosa, não esquente, não adicione líquido e alimentos duros. Monitoramento ➜ Durante o monitoramento o principal indicador a ser analisado é o número de crianças suplementadas com o mínimo de 36 sachês (ciclo mínimo efetivo). ➜É importante que o profissional de saúde registre a suplementação com sachês na caderneta de saúde da criança no momento em que a ação for apresentada aos pais e responsáveis pelas crianças. Jakeline Medeiros
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