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Mariana Zamprogno - Med 102 ESTÔMAGO É uma dilatação do tubo gastrointestinal, continuação do esôfago. Localização: Região epigástrica, eventualmente na região mesogástrica e hipogástrica. Função: preparo químico (produz Hcl) e mecânico (movimentos peristalticos). O antro faz peristalse em marcha ré, movimentando o quimo, até que ele esteja preparado para passar para o duodeno. Divisão: • Curvatura maior • Curvatura menor • Cárdia: junção do esôfago com o estômago • Incisura cárdica ou angulo de Hiss: ângulo formado entre o esófago e o estômago • Incisura angular: terço distal da curvatura menor, é uma prega/ reentrância. • Corpo: entre a incisura angular e a incisura cárdica • Fundo: acima da linha perpendicular traçada no angulo de hiss/incisura cárdica. • Antro: abaixo da incisura angular O antro se subdivide-se em canal pilórico e esfíncter pilórico. O fundo e corpo apresentam grande quantidade de pregas, pois é onde produzem o Hcl. O antro é liso, não tem pregas gástricas. Relações do estômago: O estômago é uma continuação do esôfago, esta logo abaixo do diafragma. A curvatura do fundo gástrico se da pois o estômago esta exatamente abaixo do diafragma. A grande curvatura, fundo e corpo, tem relação com o baço O lado esquerdo do fígado fica na frente/sob o estômago O colo transverso também fica na frente/sob o estômago Os grandes vasos (veia porta, veia cava e artéria aórtica) são posteriores ao estômago O pâncreas esta posterior ao estômago Anterosuperior - baço e fígado Anteroanferior - colo transverso Posterior - pancreas e grandes vasos Superiormente - diafragma O omento maior ou epíploon maior é um tecido linfoide, um órgão de defesa, serve para restringir processos inflamatórios no abdome. É como se fosse uma cortina, rico em vasos e tecido linfático, que sobre todo o abdome e fica inserido na curvatura maior do estômago, conectando-o ao diafragma, baço e colo transverso. Na apendicite, o pus tende a ficar disperso no abdome. Então o omento maior migra para onde esta o apêndice e o “abraça, para restringir o processo inflamatório. O omento menor esta localizado na pequena curvatura do estômago e possui a mesma função que o omento maior. Vascularização gástrica: Embriologicamente o abdome é dividido em intestino anterior, médio e inferior. Eles tem em comum a mesma vascularização arterial, venosa e inervação. O intestino anterior começa no final do esôfago e vai até o final do duodeno. Então tem-se essa região como o andar superior do abdome, que compreende o fígado, baço, pâncreas, estômago e duodeno. O intestino médio compreende todo o intestino delgado + metade do intestino grosso (ceco + colo ascendente + metade do colo transverso), ou seja, metade do intestino grosso do lado direito. O intestino inferior corresponde a metade do lado esquerdo do intestino grosso, indo até o canal anal. O andar superior, onde o estômago esta localizado, é onde temos mais órgãos, por isso é mais vascularizado. • Artérias: Temos 4 artérias principais; ✴ Artéria gástrica esquerda: vasculariza a pequena curvatura do estômago. ✴ Artéria gástrica direita: vasculariza a pequena curvatura do estômago. ✴ Artéria gastromental esquerda: vasculariza a grande curvatura do estômago. ✴ Ar té r ia gas t romenta l d i re i ta : vasculariza a grande curvatura do estômago. Temos ainda: ✴ Artéria gástrica curta ✴ Artéria gástrica posterior Vascularizam o fundo gástrico e a parte superior do corpo do estômago. Ramos da art. esplênica. O rico suprimento arterial do estômago tem origem no tronco celíaco (proveniente da artéria aorta), que da 3 ramos: • Artéria esplênica • Artéria hepática comum • Artéria gástrica esquerda A artéria hepática comum da um ramo, a artéria gastroduodenal, que vasculariza o duodeno e um pedaço do estomago. Depois a artéria hepática comum segue vascularizando o fígado com o nome de artéria hepática própria. A arteria hepatica própria da um ramo, a artéria gástrica direita. A artéria gástrica direita e artéria gástrica esquerda se anastomosam para vascularizar toda a pequena curvatura do estômago. A artéria gastroduodenal se bifurca em duas: artéria pancreaticoduodenal superior e artéria gastromental direita. A artéria esplênica da 3 ramos: arteria gastromental esquerda, artérias gástricas curtas (vão em direção ao fundo gástrico) e artéria gástrica posterior. • Veias: Seguem as artérias em ralação a posição e trajetória. Temos 4 veias principais ✴ Veia gástrica esquerda ✴ Veia gástrica direita ✴ Veia gastromental esquerda ✴ Veia gastromental direita Temos ainda: ✴ Veia gástrica curta ✴ Veia pré-pilórica. Basicamente as veias são análogas as artérias. O TGI serve para transformar macronutrientes em micronutrientes e absorvê-los. Quando absorve, ele tem que sintetizar substratos para serem utilizados, seja aminoácido, seja ácido graxo, entre outros. É exatamente isso que é a drenagem venosa, é como se ela fosse a estrada do nosso corpo. A fabrica para sintetizar é o fígado, ou seja, tudo que é absorvido termina no fígado. Assim, temos que ter uma veia potente que drena todo o TGI, é a veia porta. A veia esplênica é formada pela junção das veias gástricas curtas esquerda e direita e pela veia gastromental esquerda. A veia mesentério superior se anastomosam com a veia esplênica, para formar a veia porta. A veia mesentérica inferior drena direto para a veia esplênica. A veia gastromoental direita drena para a veia mesentério superior, que drena para a veia porta. A veia gastrica direita drena direto para a veia porta A veia gastrica esquerda drena direto para a veia porta. As veias gástricas curtas drenam para a veia esplênica, assim como as veias curtas. A veia pré-pilórica normalmente drena para a veia gastrica direita. Importante para achar o canal pilórico na cirurgia. Varizes de esôfago (hipertensão porta): as veias submucosas da parte inferior do esôfago constituem uma anastomose portossistêmica. Na hipertensão porta o sangue não consegue atravessar o fígado através da veia porta, causando uma inversão do fluxo na tributaria esofágica. O grande volume de sangue causa um aumento acentuado das veias submucosas, com formação de varizes esofágicas. Essas canais colaterais distendidos podem se romper e causar hemorragia grave. Hérnia de hiato: A hérnia de hiato por deslizamento é mais comum, nela a parte abdominal do esôfago, a cárdia e partes do fundo gástrico deslizam superiormente através do hiato esofágico para o tórax, sobretudo quando a pessoa se deita ou se curva para a frente. Pode haver regurgitação do conteúdo gástrico para o esôfago. Na hérnia de hiato paraesofágica, a cárdia permanece em seu lugar, porem uma bolsa de peritônio, frequentemente contendo parte do fundo gástrico, estende-se através do hiato esofágico anteriormente ao esôfago. Geralmente não ha regurgitação. Estenose hipertrofia do piloro congênita: É um espessamento acentuado do músculo liso no piloro. Normalmente a peristalse gástrica empurra o quimo através do canal e do estio pilórico até o intestino delgado em intervalos irregulares. Nos bebes com essa patologia, o piloro super desenvolvido e alongado é duro e o canal pilórico é estreito, causando resistência ao esvaziamento gástrico.
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