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0 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE DIREITO COORDENAÇÃO DE MONOGRAFIA PROJETO DE PESQUISA TÍTULO NOME CUIABÁ – MT 2019 1 1. Dados pessoais: Discente: R.G.A.: Curso: Turno: Período: Rua: Bairro: CEP: Cidade: Telefone: E-mail: _____________________________ Profa. Dra. Silvia Regina Siqueira Loureiro Oliveira Orientadora 2 1. Tema Refere-se ao assunto que o acadêmico pretende resolver através da pesquisa. 2. Objeto: (O quê?) 2.1. Problema: “A formulação do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa.” (MARCONI e LAKATOS, 2017, Fundamentos de Metodologia Científica, p.240). 2.2. Hipóteses: “É uma proposição enunciada para responder tentativamente a um problema”. (PARDINAS, 1969, p. 132, apud MARCONI e LAKATOS, Metodologia Científica, p. 140) A forma mais comum de elaborar hipótese é: “se x, então y” Exemplos: Tema: “O perfil da mãe que deixa o filho recém-nascido para adoção”. Problema: “Quais condições exercem mais influências na decisão das mães em dar o filho recém-nascido para adoção?” (BARDAVID, 1980, p.62, apud MARCONI e LAKATOS, Metodologia Científica, p. 143). Hipótese: As condições que representam fatores formadores de atitudes exercem maior influência na decisão das mães em dar o filho recém-nascido para adoção do que as condições que representam fatores biológicos e socioeconômicos... Ou, se elevado grau de desorganização interna na família carente, então maior probabilidade de entrega a adoção do filho menor. (BARDAVID, 1980, p.62, apud MARCONI e LAKATOS, Metodologia Científica, p. 144). 3 3. Objetivos: (Para quê? Para quem?) 3.1 – Objetivo geral: “Está ligado à visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das ideias estudadas” (MARCONI e LAKATOS, 2017, p. 239) 3.2 – Objetivos específicos: “Apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares”. (MARCONI e LAKATOS, 2017, p. 239) OBSERVAÇÃO: O verbo sempre no infinitivo. EXEMPLO: - Pesquisar o que? - Analisar o que? - Conhecer o que? - Compreender o que? - Verificar o que? - Avaliar o que? 4. Justificativa: (Porquê?) Segundo Thums (2000, p. 139): As justificativas devem atender à pergunta: porquê? Quais são os motivos que justificam a elaboração da minha investigação? Esses motivos podem ser de ordem individual ou de ordem de interesse da ciência, como conjunto de conhecimentos, visando a elucidar a verdade desconhecida dos fatos e fenômenos. 4 Vê-se que a justificativa não precisa ser um “tratado”, contudo, deverá espelhar as razões da escolha do tema a ser investigado. 5. Metodologia e Método: (Como? Com quê? Onde? Quanto?) O acadêmico deverá especificar qual a metodologia (qualitativa e/ou quantitativa), que pretende utilizar para o desenvolvimento da sua pesquisa. Ademais, sabendo que o método se caracteriza por uma abordagem mais ampla, em nível de abstração mais elevada dos acadêmicos, explicitar se vai utilizar o método quanto a abordagem (indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo, dialético), e quanto ao procedimento (bibliográfico, documental, estudo de caso, levantamento de dados, estudo de campo) Exemplo de Metodologia/Método: Para desenvolver o presente tema, será adequado utilizar a metodologia quali- quantitativa e o método de pesquisa bibliográfica, pois é permitido uma pesquisa mais aprofundada, com base em diferentes visões de mundo e enfoques. Tal método será empregado nos objetivos mais abrangentes e conceituais para ser alcançada maior precisão e melhor clareza, até porque será baseada em autores renomados e, portanto, pesquisadores especializados e de longa data. Assim sendo, faz-se necessário trazer a definição da pesquisa bibliográfica, que segundo Marconi e Lakatos (2001, p. 43-44): Trata-se do levantamento de toda a bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas em imprensa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações. 5 Então, com o intuito de realizar a pesquisa bibliográfica, far-se-á o uso das habilidades do pesquisador, como define Eco (2008, p. 42): “O bom pesquisador é aquele que é capaz de entrar numa biblioteca sem ter a mínima idéia sobre um tema e sair dali sabendo um pouco mais sobre ele.” Portanto, para que seja possível traçar uma ampla idéia seguida de críticas a respeito desse princípio que é a paridade de armas, a pesquisa será feita em diversos artigos científicos, doutrinas, revistas jurídicas e legislações... 6. Revisão Bibliográfica (Como?) Comentários sucintos das obras pesquisadas e consultadas sobre o tema, de forma a demonstrar que já existem trabalhos doutrinários em relação à temática. (Mínimo 4 laudas) Exemplo de Revisão Bibliográfica: O princípio da paridade de armas é um tema muito abordado em doutrinas e estudos científicos, devido a sua relevância no processo defendida, cada vez mais, pelos estudiosos do Direito. Afinal, é imprescindível sua adoção para uma sentença que se possa chamar de justa. Como já foi salientado anteriormente, o processo não deve seguir, meramente, às normas, isto é, deve obedecer ao devido processo legal substancial, respeitando não apenas às formas, mas também à ética e ao que a sociedade considera como justo. Assim sendo, Greco (2006, p. 20) considera: Não há garantia de processo justo sem a ‘paridade de armas’, ou seja, a igualdade das partes, e que, para assegurá-la, o juiz deve suprir as deficiências da parte em desvantagem, o que se toma particularmente importante nas causas do cidadão comum contra a Administração Pública. Da mesma maneira, Cintra; Grinover; Dinamarco (2007, p. 60) ressaltam: No processo civil, legitimam-se normas e medidas destinadas a reequilibrar as partes e permitir que litiguem em paridade em armas, sempre que alguma 6 coisa ou circunstância exterior ao processo ponha uma delas em condições de superioridade ou de inferioridade em face da outra. Esses ensinamentos nos trazem o conceito de paridade de armas com um exemplo, na primeira citação, em que o cidadão se vê, claramente, em situação desfavorável frente à Administração Pública; e no âmbito do processo civil, constante na segunda referência. Para o juiz suprir essas deficiências mencionadas nos conceitos, ele deve ser mais ativo e, além disso, ético. Porém, essa ideia é moderna, como assevera Silva (2005, p. 10): Aliás, em contraposição à figura do juiz dos tempos do liberalismo, que conduzia o processo sem intervir de forma alguma – em consonância com a própria noção liberal da ausência de intervenção do Estado –, vem emergindo hodiernamente a figura dos poderes assistenciais do magistrado. Os poderes assistenciais do juiz defluem, em prestígio à noção de justiça material (emcontraposição à mera ideia de justiça formal), de um princípio por alguns admitidos – que não vem expresso na Constituição –, conhecido como princípio da paridade de armas. Apesar de sua relevância, tal princípio não está positivado na Constituição Brasileira, como foi afirmado anteriormente. No entanto, está intimamente ligado ao próprio conceito de democracia, e é seguindo esse raciocínio que Silva (2003, p. 1) afirma: “Democracia significa acima de tudo participação com garantia de igualdade de oportunidades, bem como, efetiva e adequada, como uma decorrência natural do princípio da igualdade substancial, é o pleno exercício da cidadania.” Além de estar vinculada à democracia, a paridade de armas também se mantém relacionada a outros princípios constitucionais, como o acesso à justiça, salientado por Garcia (2003, p. 3): Faz-se necessário ter em mente que o acesso à justiça não se perfaz como mera possibilidade de ingresso em juízo, mas com o crescente aumento da admissão de pessoas e causas no processo, sendo-lhes garantida a observância das regras estabelecidas para o devido processo legal, com participação intensa na formação do convencimento do juiz por meio do efetivo exercício do contraditório e da ampla defesa. E o devido processo legal também abrange o princípio em discussão pelo seu objetivo primordial – que é a justiça – ser comum, como Lucon (2005, p. 2-3) evidencia: 7 No Brasil, no campo específico do direito processual, a regra do inc. LIV, do art. 5º, da Constituição Federal tem o valor supremo de demonstrar a indispensabilidade de todas as garantias e exigências inerentes ao processo, de modo que ninguém poderá ser atingido por atos sem a realização de mecanismos previamente definidos na lei. Portanto, podemos perceber que a paridade de armas é considerada, por meio de sua relação com outros princípios e conceitos, uma importante garantia de justiça no processo judicial, principalmente em um país como o Brasil, onde a desigualdade é marcante em qualquer região. É o que assevera Cantoário (2007, p.16): Apesar da sociedade brasileira se estruturar sobre aparente cordialidade, o sistema social no Brasil é extremamente preocupado com a hierarquia e autoridade, sendo os conflitos resolvidos através de ritos autoritários, como fica expresso na ideia de que ‘cada um deve saber o seu lugar’, frequentemente encontrada nas relações cotidianas. Essas práticas permitem a sobrevivência de um ideal aristocrático, desigualitário, no seio de uma sociedade que se proclama e procura ser vista como igualitária. Como foi exposto até aqui, com base nesses autores citados e em suas teorias, poder-se- á analisar a definição mais detalhada de paridade de armas, seu histórico e sua relação com os demais princípios, a fim de constatar sua devida importância; além de verificar se esse tratamento igualitário está sendo exigido e cumprido nos tribunais brasileiros. Dessa forma, tais artigos e doutrinas irão auxiliar nas entrevistas e nas análises de casos concretos, bem como na elaboração de capítulos que abordem assuntos mais abrangentes do tema, como os que foram citados. Em suma, por meio desses autores é que se atingirão os objetivos do presente trabalho. 7. INSTRUMENTOS DE PESQUISA (QUANDO HOUVER PESQUISA DE CAMPO): O aluno deverá explicitar se pretende utilizar instrumentos de pesquisa no desenvolvimento da sua pesquisa. Os principais instrumentos de pesquisa são: questionários e formulários, testes, observação, etc. 8 8. Cronograma: (Quando?) A pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. Convém salientar que haverá um calendário elaborado pelo Coordenador de Pesquisa para a entrega das monografias e para a defesa pelo monografista. Mês/2019 Elaboração do Projeto de Pesquisa Leituras e Fichamentos Encontros com o orientador Redações e correções ortográficas Defesa Janeiro X X Fevereiro X X Março X X Abril X X Maio X X Junho X X X Julho Agosto X X X Setembro X X Outubro X X Novembro X X Dezembro X 9 9. Bibliografia: AZEVEDO, Israel Belo de. O Prazer da produção científica. 10. ed. rev. atual. São Paulo: Hapros, 2001. CANTOÁRIO, Diego Martinez Fervenza. A paridade de armas como projeção do princípio da igualdade no processo civil. Disponível em: http://www.fdc.br/Arquivos/Revista/33/01.pdf. Acesso em: 17 jun. 2010. CONES, Lúcia Helena de Andrade. Como preparar sua monografia jurídica. 3. ed. São Paulo: Copola, 2002. CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. 23. ed. São Paulo: Malheiros, 2007. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 21. ed. São Paulo: Perspectiva, 2008. ____________. Como se faz uma tese. 14. ed. Trad. Gilson César Cardoso de Souza. São Paulo: Perspectiva, 1996. GARCIA, Flúvio Cardinelle Oliveira. A defesa como garantia constitucional. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5034. Acesso em: 17 jun. 2010. GRECO, Leonardo. A busca da verdade e a paridade de armas na jurisdição administrativa. Revista CEJ, n. 35, p. 20-27. Brasília : [S. Ed. out./dez, 2006 ]. KERSCHER, Maracy A; KERSCHER, Sílvio Ari. Monografia como fazer. 2. ed. Rio de Janeiro: Tex, 1999. LAVILLE, Chistian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia de pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed, 1999. LUCON, Paulo Henrique dos Santos. Devido processo legal substancial. Disponível em: http://www.mundojuridico.adv.br/sis_artigos/artigos.asp?codigo=6. Acesso em: 17 jun. 2010. 10 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. ___________ . Fundamentos da Metodologia Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. NUNES, Rizzato. Manual da monografia jurídica. 4. ed. rev. Ampl. Atual. São Paulo: Saraiva, 2005. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 20. ed. São Paulo: Cortez, 1997. SILVA, Nelson Finotti. Paridade de armas no processo civil. Disponível em: http://www.manualdeprocessocivil.com.br/arquivos/artigo_nelson2.pdf. Acesso em: 17 jun. 2010. ___________. Um juiz mais ativo no processo civil. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=4356. Acesso em: 17 jun. 2010. THUMS, Jorge. Acesso à realidade: técnicas de pesquisa e construção do conhecimento. 2. ed. Porto Alegre: Sulina: Ulbra, 2000.
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