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1 @medicando4life Financiamento do SUS Contexto Histórico • O SUS proporcionou a expansão do acesso às ações e serviços de saúde em todo o território nacional • A partir de meados de 1990, o Ministério da Saúde priorizou a atenção básica • O Programa Saúde da Família (PSF) foi criado em 1994, depois se tornou o ESF (Estratégia Saúde da Família). Esse programa objetiva a proteção e a promoção da saúde do indivíduo e de sua família, por meio de uma atenção integral • O cuidado ao indivíduo não deve ser apenas algo esporádico, mas sim algo contínuo • Logo após a criação do SUS, o financiamento da saúde era tripartite (Federal, Estadual e Municipal). Na década de 1990, o Governo Federal diminuiu o seu investimento na saúde, tendo em vista que financiava de acordo com a quantidade de serviços prestados, o que privilegiava uns municípios em detrimento de outros; principalmente as regiões Sul e Sudeste eram/são privilegiadas Município: 15% do seu PIB Estados: 12% Pontos importantes: • A municipalização promoveu avanços na atenção básica. • O PSF existiu simultaneamente ao SUS tradicional, além de ser a principal estratégia para reestruturação da atenção básica no SUS. • Até o PSF se consagrar como a principal estratégia do SUS, destacou-se alguns desafios, dentre eles a heterogeneidade dos municípios brasileiros (desigualdades socioeconômicas etc, a maioria dos municípios é de pequeno porte e depende de investimentos intergovernamentais) • O processo de descentralização do SUS foi mediado por atos executivos: como Normas Operacionais (NO), Pacto pela Saúde. O ato mais importante foi a NOB 96, pois criou o Piso de Atenção Básica (PAB). • A PAB buscava “igualar” as ofertas de serviços básicos em todo o país, por meio da transferência dos recursos de forma automática e regular. Ele fornece R$10 habitante/ano + investimentos de programas específicos Pacto pela Saúde Antes: I - Atenção Básica: • Componente Piso da Atenção Básica - PAB Fixo (investimentos mensais, de forma regular e automática- “Fundo a Fundo”) (é insuficiente para cobrir as reais despesas) • Componente Piso da Atenção Básica - PAB Variável. (os investimentos variavam de acordo com o programa a que se destinavam) 2 @medicando4life • Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF: equipes compostas por 5 profissionais de diferentes especialidades • Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ - AB) II - Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar; III - Vigilância em Saúde; IV - Assistência Farmacêutica; V - Gestão do SUS. Agora esses blocos se organizam da seguinte forma: Bloco de Custeio: Atenção Básica, Assistência Farmacêutica, Média e Alta complexidade, Vigilância em Saúde e Gestão do SUS Bloco de Investimento: Atenção Básica, Atenção Especializada, Vigilância em Saúde, Desenvolvimento de Tecnologias e Gestão do SUS na prática, os municípios arcam com 70% dos gastos com atenção básica em nível local. EC 95/16: ameaça o financiamento do SUS, pois prevê a diminuição progressiva dos investimentos na saúde pública SUS, APS e os Princípios da Gestão SAPS: Fortalecer a Estratégia Saúde da Família para alcançar: 1. SUS centrado nas Pessoas 2. APS Forte, Atributos Fortes 3. APS Forte, Financiamento Forte da APS 4. Transparência, Monitoramento e Avaliação 5. Autonomia e Flexibilidade Gestor Municipal 6. Ciência e Tecnologia 7. Equidade APS e os Desafios do SUS Desafio da Sustentabilidade: não gastar mais do que o PIB Desafio da eficiência A Cobertura (e cadastro) é maior nos municípios pequenos, porém a maior parte da população coberta está nos municípios grandes 3 @medicando4life Tendências do Financiamento da APS (OCDE) Capitação ponderada •Pagamento com base no número de pessoas capitadas pelo serviço. •Ponderado por critérios de risco e vulnerabilidade. •Valor fixo por pessoa Pagamento por serviço • Pagamento com base no registro dos serviços executados pela rede, funcionando como modelo de reembolso. • Valor fixo do serviço Pagamento por desempenho • Pagamento com base no monitoramento e avaliação de indicadores dos serviços de saúde por região/município/equipe. • Valor variável de acordo com o desempenho Resultados do P4P na Experiência Internacional Pagamento baseado em resultados • Controle de doenças crônicas (pressão arterial controlada, hemoglobina glicada controlada) • Redução nas falhas de tratamento • Melhora na prescrição de medicamentos • Melhora nas ações de rastreamento (HIV, exame de colo de útero, depressão) • Redução nas internações de emergência para condições incentivadas • Melhora no registro de usuários O Novo Financiamento Federal a APS Objetivos: 1. Valorizar a responsabilização das equipes de ESF/APS pelas Pessoas 2. Estimular o aumento da cobertura real (cadastro) da APS, principalmente entre as populações vulneráveis] 3. Fortalecer atributos da APS 4. Buscar melhores resultados em saúde da população (desempenho da APS) 5. Incentivar avanços na capacidade instalada: Informatização 6. Incentivar avanços na qualidade da atenção: Residência em MFC, Enfermagem e Odontologia 7. Incentivar avanços na Promoção e Prevenção 8. Incentivar avanços no cuidado das populações de contextos específicos: Região Amazônica, população em situação de rua etc 4 @medicando4life Modelo misto de financiamento formado por: 1) Capitação ponderada 2) Pagamento por Desempenho 3) Incentivos a estratégias e programas Capitação – Critérios de ponderação ✓ População cadastrada – Em equipe de saúde da família e atenção primária credenciadas ✓ Vulnerabilidade socioeconômica – Considerando a proporção de pessoas cadastradas nas ESF e que recebam benefício financeiro do Programa Bolsa Família (PBF), Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou benefício previdenciário no valor máximo de dois salários-mínimos ✓ Perfil demográfico – Considera faixas etárias com maiores necessidades e gastos de saúde - população cadastrada nas ESF com até 5 anos e a partir de 65 anos de idade ✓ Classificação geográfica – Classificação dos municípios de acordo com a tipologia rural-urbana definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Quanto às NOB’s NOB 91- Duração de 7 meses Estabelece os convênios como forma de transferência de recursos e condiciona os repasses à produção de serviços, equiparando prestadores públicos e privados Adota a lógica de financiamento e a estrutura operacional do INAMPS como base para a implantação do SUS NOB 92- Duração de 1 ano e 4 meses Manutenção do INAMPS e de toda a sua lógica de Financiamento NOB 93-3 anos e 6 meses Estabeleceu as condições de gestão para Estados e Municípios Mantidos os Estados e Municípios como prestadores de serviços Estabeleceu a transferência de recursos de forma regular e automática (fundo a fundo) do teto global da assistência para municípios em Gestão Semiplena, habilitando os municípios como gestores NOB 96 Transformou o poder municipal como principal gestor da atenção à saúde Redefiniu as responsabilidades dos Estados, do Distrito Federal e da União e dividiu as responsabilidades sanitárias Fortaleceu o SUS 5 @medicando4life Estratégia principal, a ampliação de cobertura do Programa de Saúde da Família e do Programa de Agentes Comunitários de Saúde. Quanto às NOAS NOAS 01 Definiu duas condições de participação do município na gestão do SUS: (a) Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada (GPAB-A), pela qual o município se habilita a receber um montante definido em base per capita para o financiamento das ações de atenção básica (b) Gestão Plena do Sistema Municipal, pela qual o município recebe o total de recursos federais programados para o custeio da assistênciaem seu território. Fortalecimento da gestão dos estados sobre as referências intermunicipais Mantém a Regionalização cooperativa Fazia a transferência PER CAPITA + PRODUÇÃO DE SERVIÇOS (com transferências fragmentadas) PACTO PELA SAÚDE DO BRASIL 2006 Em Defesa do SUS: Pacto político, mobilização social. Repolitização do SUS. Busca consolidar e estabelecer responsabilidades sanitárias e garantir o financiamento adequado e estável para o SUS. Pacto pela Vida: Sintetiza os compromissos sanitários dos três gestores para com a saúde da população. Unificação dos pactos de indicadores da saúde. Pacto de Gestão: além de estabelecer um choque de descentralização de processos, atribui responsabilidades solidárias para os Gestores com respeito às diversidades regionais, propõe a estruturação da Rede Horizontal de Serviços Regionalizados e Financiamento Tripartite, considerando as iniqüidades locorregionais.
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