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Pigmentação e calcificação: Conceito: Processo de formação e/ou acúmulo de pigmentos no organismo. Classificação quanto a implicação para o organismo - Fisiológica: Não causa nenhuma alteração no organismo Ex: Lipofuscina durante o envelhecimento - Patológica: Podem trazer algum prejuízo ao funcionamento de um determinado órgão Ex: Cálculos biliares e icterícia Classificação quanto a origem do pigmento - Endógenos: substâncias do próprio organismo Ex: Lipofuscina, melanina, derivados da hemoglobina etc. • São produzidos pelas células do corpo (células musculares cardíacas e esqueléticas, neurônios (inclusões de Lipofuscina)) --> Pigmentos endógenos em concentrações normais levam a uma condição fisiológica - Exógenos: Substâncias do meio externo que penetram e depositam em vários órgãos. Ex: Antracose, argiria e tatuagem • Principal via de entrada é o pulmão (ex: Grânulos de carvão) → Pigmentos exógenos levam a condições patológicas Classificação quanto ao tipo de pigmento 1. Derivados da hemoglobina - Bilirrubina - Hemossiderina - Ferritina - Hematina 2. Derivados da melanina 3. Derivados do ácido homogentísico 4. Lipofuscina Bilirrubina: Produto final do catabolismo da fração heme da hemoglobina/hemoproteínas - Concentrações normais: ação antioxidante. - Concentrações elevadas: Lesão cerebral em recém nascidos: Kernicterus (acúmulo de bilirrubina no cérebro) pode levar a sequelas e até a morte 80% da bilirrubina no nosso organismo é derivada da hemocatarese (destruição de hemácias envelhecidas/disfuncionais dentro dos macrófagos) Formação - Grupamento heme fica exposto e sofre ação da heme-oxigenase que oxida o grupamento ferroso, que está dentro da hemoglobina, transformando em biliverdina. A biliverdina sofre ação da biliverdina-redutase formando a bilirrubina-redutase (bilirrubina conjugada) - Dentro do macrófago temos a formação da bilirrubina não conjugada, que é a forma insolúvel. • Não é eliminada diretamente • No plasma, a maior parte está ligada a albumina • conjugada com ácido glicurônico nos hepatócitos do fígado (se solubiliza para facilitar a excreção). • Bilirrubina + ácido glicurônico é direcionado ao REL onde a enzima UDP adiciona a primeira e a segunda molécula de ac glicurônico, formando um composto chamado glicuronato de bilirrubina. - A bilirrubina ligada a esses dois ácidos glicurônico vai ser externalizada para os canalículos e para a vesícula biliar, onde ela vai ser concentrada. - Na vesícula biliar essa bilirrubina associada aos ácidos glicurônicos vai ser direcionada ao intestino delgado e lá no intestino delgado ela vai dar coloração ás fezes. Hiperbilirrubinemia: Aumento da concentração de bilirrubina no corpo Sinais clínicos característicos: Icterícia: Acúmulo de bilirrubina no sangue, pele, fígado, rins, olhos, etc. Pode ser vista como grânulos castanhos-esverdeados presentes no citoplasma de hepatócitos e células de kupfer. Causas: Anemias hemolíticas, diminuição da captação, transporte e conjugação da bilirrubina e hepatites e cirroses hepáticas. Kernicterus: Bilirrubina atravessa a barreira hematoencefálica e acumula no tecido nervoso. Cálculos biliares: Formam-se a partir de modificações na composição da bile, geralmente uma mistura de colesterol, sais orgânicos de cálcio e sais inorgânicos. Mistura de processos passivos e ativos estimulam a liberação de hormônios. Hematoidina: Misturas de lipídeos e pigmentos semelhante à bilirrubina (não associada ao ferroo). Focos hemorrágicos pela degradação de hemácias por macrófagos, não causa danos ao organismo. Aparece após a terceira semana de um sangramento. Hemossiderina: • É uma forma de armazenamento de ferro intracelular em hepatócitos, macrófagos e de medula óssea. (fisiológica) • Ferritina: Apoferritina + ferro, que se forma a partir da clivagem do grupo heme (4500). • 70% hemoglobina, 10% citocromos, 20% armazenados na forma de hemossiderina ou ferritina. • O organismo precisa armazenar ferro (ferritina e hemossiderina) Ferritina: - Cadeia pesada: Fe2+ --> Fe3+ - Cadeia leve: Estabilização molecular • Excesso de ferro: Ferritina --> Hemossiderina 1. Captação da ferritina pelo REL (auto fagossomo) 2. Fusão auto fagossomo com lisossomos 3. Degradação da Apoferritina 4. Deposição dos agregados de ferro metálico Pigmento malárico: - Ocorre quando o plasmódio falciparum entra em contato com o corpo do indivíduo, cai na corrente sanguínea e a hemácia capta o trofozoíto do protozoário. - Ingestão da hemoglobina por proteólise em vacúolos digestivos (o protozoário começa a degradas a hemoglobina das hemácias) - Formam-se cristais insolúveis (processo chamado de biocristalização) - Parasitos rompem as hemácias, são liberados juntamente com o pigmento - Acúmulo: Fígado, baço, medula óssea (macrófagos) - Cloroquina impede a biocristalização e leva a morte do parasito Melanina - Pigmento varia de castanho a negro - Da cor a pele, cabelos e olhos - Proteção contra radiação solar ultravioleta (dispersa os fótons transformando isso em calor.) - Absorção de calor - Produzida por melanócitos - Melanócitos distribuem a melanina para as demais células da pele Produção da melanina - A melanina produzida é transferida por 3 mecanismos: 1. Liberação da melanina nos melanossomos no espaço intracelular por exocitose seguida de fagocitose pelos ceratinócitos. 2. Fagocitose dos terminais dendríticos carregados de melanossomos. 3. Fusão de membranas celulares formando um poro ou túnel que conecta o citoplasma do melanócito com ceratinócito. Altos níveis de tirosinase determinam a maior produção de eumelanina. Altos níveis de glutationa e cisteina produzem feomelanina • Em pessoas de cor branca os melanossomos são encontrados quase exclusivamente na camada basal da epiderme. Em indivíduos de cor negra, quantidades moderadas de melanossomos são observadas em toda a espessura da epiderme. • Em indivíduos negros há maior produção de melanossomos por melanócitos. Individualmente os melanossomos apresentam maior grau de melanização. ➔ Os melanossomos são maiores. Existe uma dispersão maior de melanossomos nos ceratinócitos. O índice de degradação destas organelas é menor. Hipopigmentação: - Albinismo: doença congênita - Vitiligo: Adquirida → afeta a pigmentação da pele, cabelos e olhos → Deficiências na produção e melanina (menos melanoblastos, menor transferência de melanina para ceratinócitos e menor alteração de melanossomos) Envelhecimento (fisiológico/patológico) - Apoptose dos melanócitos - Redução da produção de melanina por deficiência no metabolismo celular - Hipopigmentação melânica nos núcleos da base do tronco encefálico (Parkinson) - Hiperpigmentação: 1. Melanoma - Câncer de pele, manchas na pele de idosos 2. Incremento da melanogênese 3. Produção de melanossomos gigantes 4. Defeito de eliminação de melanina na epiderme. Lipofuscina: Marcador biológico do envelhecimento celular - Cardiomiócitos - Neurônios Formação - A ação de radicais livres começa a lesar a estrutura das células. - Ocorre a autofagocitose de macromoléculas e organelas - Degradação insuficiente pelas enzimas lisossômicas - Acúmulo de polímeros não degradáveis de várias macromoléculas Pigmentos exógenos: Provenientes de fora do organismo - Penetram no corpo por inalação, ingestão ou inoculação 1. Inalação de carvão: Trabalhadores de minas, fogão a lenha e fumantes Antracose: Depósitos de partículas de carvão nos pulmões; - Fagocitose por macrófagos - Morte dos macrófagos com liberação de grânulos - Lesão alveolare fibrose pulmonar (comprometimento da função respiratória). 2. Depósitos de sais de prata: Inalação ou ingestão Argiria: Deposição de sulfeto de prata nos tecidos - Acúmulo nos olhos, pele, glândulas sebáceas e sudoríparas - Pele de cor cinza-azulada 2. Pigmentos insolúveis injetadas na pele tatuagem - Podem desenvolver reações alergias ao pigmento. - Agulhas contaminadas podem transmitir hepatite, sífilis e HIV. - Utilizadas em processos estéticos (desenhos ou camuflagem de cicatrizes). Circulação e distribuição dos líquidos: - Processo mediado pelo coração e vasos sanguíneos e linfáticos • Forças exercidas pelo sangue: - Compressão: Força radial que leva a distensão da parede vascular - Extensão longitudinal que leva ao alongamento do vaso - Cisalhamento: Atrito que "raspa as células endoteliais” e é diretamente proporcional à velocidade do fluxo e inversamente proporcional ao diâmetro do vaso. • Ação excessiva dessas forças leva ao remodelamento do vaso, e, em condições patológicas causam lesões vasculares. Hiperemia: Aumento na quantidade de sangue no interior de vasos de um órgão ou tecido. Hiperemia ativa: Dilatação vascular que pode ser de origem neurogênica, metabólica ou inflamatória - Ativação de capilares inativos (digestão, sono, etc.) Fisiológica (causada por exercícios (metabólica/emoções (neurogênica)) patológica (inflamação aguda): Origem inflamatória Hiperemia passiva (também conhecida como congestão vascular): - Redução da drenagem venosa, causando a distensão de veias, vênulas e capilares. - Coloração vermelha-escura (sangue desoxigenado) - Pode ser localizada (obstrução de uma veia) ou pode abranger o corpo todo (sistêmica, presente na insuficiência cardíaca) Ex: Congestão pulmonar e hepática Congestão pulmonar e congestão hepática Região central: Hepatócitos tendem a hipotrofia devido a compressão feita pela dilatação sinusoidal. Região periférica: Hepatócitos tumefeitos comprimem os sinusoides e reduzem a quantidade de sangue. HEMORRAGIA: • Saída de sangue do espaço vascular para o meio externo, para o interstício ou para cavidades pré-formadas. - Hemorragia interna - Hemorragia externa • Recebe nomes diferentes dependendo da região onde é encontrada. - Hemopericárdio (quando a hemorragia acontece no pericárdio), hemotórax (quando a hemorragia ocorre no tórax) e hemoperitônio (quando a hemorragia ocorre no peritônio). Hemopericárdio: O espaço pericárdio ficou totalmente ocupado por sangue (coagulo pós morte) Etiopatogênese: 1. Alteração na integridade da parede vascular 2. Alterações dos mecanismos de coagulação sanguínea, incluindo fatores plasmáticos e teciduais. 3. Alterações qualitativas ou quantitativas das plaquetas. • Hemorragia por rexe: Saída de sangue em jato, ocorre por ruptura de alguma região do coração ou vaso. Pode ser ocasionada por: Traumatismos, hipertensão, invasão da parede vascular por neoplasia, entre outras situações. • Hemorragia por diapedese: Sem solução de continuidade. (As células sanguíneas vão saindo entre o endotélio). Ex: Anóxia (por conta do aumento da pressão venosa), infecção. As consequências dependem da quantidade de sangue perdido, na velocidade da perda e do local afetado. - Choque hipovolêmico: Perda de 20% ou mais do volume de sangue. Falência circulatória com hipoperfusão generalizada. - Anemia: Sangramento crônico repetido (úlcera gástricas e neoplasias do tubo digestivo, hematêmese (vômito) ou melena (fezes) - Asfixia: Hemorragia pulmonar com encharcamento dos alvéolos por sangue (sufocamento, picadas de animais, intoxicação por gases). - Hemorragia intracraniana: Aumento da pressão intracraniana, que compromete as funções vitais e podem provocar isquemia. TROMBOSE: • Solidificação do sangue dentro dos vasos sanguíneos ou coração do indivíduo vivo. • Trombo: Massa sólida formada pela coagulação do sangue. - Trombos podem se formar em qualquer segmento vascular (artérias, devido a plaquetas com pouca fibrina, capilares ou veias (hemácias com muita fibrina) Etiopatogênese: Tríade de Virchow 1. Lesão endotelial: Agressões variadas ao endotélio (físicas, químicas ou biológicas) podem torná-lo pró-coagulante por aumento na síntese de fatores de coagulação (Fator VII) e de fatores ativadores de plaquetas. Além disso, podem ocorrer redução na sua capacidade e anticoagulante ou/e perda do revestimento contínuo dos vasos, que se da por alterações estruturais (ateromas, agressões químicas) ou funcionais (hipóxia) do endotélio. 2. Alteração do fluxo sanguíneo • Retardamento do fluxo aumenta a permanência de fatores de coagulação ativados. Ex: pacientes acamados, uma vez que a contração muscular favorece o controle venoso). • Turbulência do fluxo sanguíneo leva a uma lesão do endotélio. Ex: Aneurisma e locais de bifurcação. 3. Hipercoagulabilidade do sangue • Aumento do número de plaquetas • Maior disponibilidade de fatores pró-coagulantes • Redução dos inibidores de coagulação. • Ocorre após traumatismos, queimaduras, cirurgias (liberação tromboplastina, que ativa a via extrínseca da coagulação). • Ocorre em indivíduos com certos tipos de câncer, possuem maior tendência à formação de trombos em vários locais. • Ocorre pelo uso de anticoncepcionais orais, gravidez e período pós-parto. • Ocorre em doenças autoimunes • Ocorre na síndrome trombocitopenia induzida por heparina, que surge em pequena porcentagem de pacientes em tratamento com heparina (anticoagulante). * em algumas situações pode acontecer os três em conjunto. Trombose: Evolução 1. Pode evoluir para o crescimento: Isquemia 2. Pode sofrer degradação (lise): Reestabelecimento da circulação 3. O trombo pode ser reorganizado: formando tecido de granulação a) Incorporação a parede do vaso b) Recanalização: Células do endotélio sofrem uma proliferação para dentro do trombo, ocasionando a formação de capilares 4. Pode evoluir para uma calcificação, que pode ser observada em radiografias 5. Embolização: Fragmentação do trombo e liberação na corrente sanguínea. EMBOLIA: Obstrução vascular causada por um corpo sólido, líquido ou gasoso (êmbolo) • 90% dos casos os êmbolos se originam de trombos • O corpo que circula no interior dos vasos é denominado êmbolo. • Embolia é causa frequente e importante de morbidade e mortalidade, especialmente a embolia pulmonar. Destinos: Êmbolos venosos= pulmões êmbolos arteriais = Encéfalo, intestino, rim, baço. Êmbolos sólidos: Fragmentação de trombo e origem de êmbolos Tromboembolia pulmonar: - Obstrução de vasos pulmonares, por êmbolos derivados de veias dos membros inferiores, que podem ocorrer espontaneamente após cirurgias. Consequências: Dependem do tamanho dos êmbolos e do grau de obstrução - Trombos grandes causarão obstrução de grandes vasos e ampla área de infarto (60%). Já os trombos pequenos causarão a obstrução de pequenos vasos e menor área de infarto. Manifestações clínicas: Dor torácica, tosse, dispneia, sobrecarga do ventrículo direito (cor pulmonar) e óbito. Embolia gasosa: Presença de bolhas de gases na circulação que obstruem o fluxo sanguíneo. - Lesa células endoteliais e estimula a coagulação sanguínea. • Etiopatogênese 1. Traumatismos 2. Procedimentos cirúrgicos 3. Pneumotórax (lesão pulmonar) • Mistura de sangue e ar forma uma espuma, que é uma barreira de ar • Manifestações clínicas semelhantes ao tromboembolismo pulmonar. Embolia gordurosa • Presença de gotículas lipídicas na circulação que obstruem o fluxo sanguíneo • Penetração de gordura em vasos sanguíneos • Manifestações clínicas (dispneia, petéquia,coma e morte) Etiopatogênese: 1. Traumatismos (fraturas de ossos longos) 2. Procedimentos cirúrgicos (lipoaspiração) 3. Queimaduras sobre tecido adiposo • Obstrução vascular e lesão endotelial mediada por gordura. ISQUEMIA • Redução ou falta de suprimento sanguíneo em determinado órgão • Pode ocorrer de forma rápida (trombo) ou lenta (aterosclerose) • Obstrução da luz vascular: a) Compressão do vaso por tumores b) Espessamento da parede arterial: Aterosclerose c) Bloqueio provocado por trombos ou êmbolos d) Espasmos vasculares (isquemia temporária) e) Episódios de bacteremia lesas células endoteliais --> Aumento da viscosidade sanguínea Consequências: Variam de acordo com a localização do trombo e qual parte é obstruida INFARTO: • Área de necrose tecidual causada por isquemia prolongada (interrupção do fluxo sanguíneo). • Sinal clínico mais característico é dor na região • Necrose abrange o parênquima e o estroma do tecido. Etiopatogênese: 1. Trombose + embolias 2. Compressão vascular (hérnias encarceradas) 3. Oclusão vascular (placas de ateroma) • Tipos: 1. Isquêmico: Obstrução ou necrose sem o rompimento do vaso (conhecido como infarto branco) 2. Hemorrágico: Rompimento vascular/necrose (conhecido como infarto vermelho) CHOQUE - Falência circulatória grave com redução generalizada do fluxo sanguíneo nos tecidos e órgãos devido a incapacidade do sistema circulatório de manter a pressão arterial em nível suficiente para garantir a perfusão sanguínea ao organismo. Etiopatogênese: 1. Falha na bomba cardíaca (choque cardiogênico) - Infarto do miocárdio (+ de 40% da área) - Arritmias cardíacas - Bombeamento ineficaz do sangue 2. Redução do volume sanguíneo - Perda acentuada e súbita de líquidos no organismo - Lesões vasculares com hemorragias descontroladas - Queimaduras externas (grande perda de líquido) - Desidratação severa (calor excessivo e diarreia grave). 3. Vasodilatação arteriolar periférica (choque distributivo) - Queda da resistência periférica. - Inundação de capilares e redução drástica do retorno venoso (Ex. Choque anafilático - liberação rápida de histamina que provoca vasodilatação arteriolar, queda rápida da pressão arterial, inundação do leito capilar e diminuição do retorno venoso. - Resposta sistêmica que o organismo monta contra invasores biológicos. (infecções) (choque séptico). EDEMA: - Acúmulo de líquido no interstício ou em cavidades do organismo. - Pode ser transudato (diminui a concentração de proteínas) e exsudato (aumento da concentração de proteínas). Etiopatogênese 1. Aumento da pressão hidrostática 2. Diminuição da pressão oncótica do plasma 3. Aumento da permeabilidade vascular 4. Aumento da pressão oncótica intersticial 5. Obstrução da drenagem linfática
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