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ANTIBIÓTICOS - COMPLETO - ANTIBIOTICOTERAPIA FARMACOLOGIA

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Farmacoterapia II 
Prof. Dr. Wilson Malfará Aula + capítulos 31 e 32 Golan 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM Capítulo 50 Rang & Dale 
 
1 
 
Paul Ehrlich (1854-1915) – corantes orgânicos fixam-se em certos constituintes celulares, causando efeito tóxico no agente 
causador do processo infeccioso → quimioterápicos. 
Selman A. Waksman (1888-1973) - substâncias produzidas por microorganismos que têm a capacidade de inibir o crescimento 
ou destruir microorganismos patogênicos → antibióticos. 
Classificação: 
 Agentes que inibem a parede celular bacteriana (penicilinas, cefalosporinas, vancomicina, bacitracina); agentes que 
se ligam a subunidade 30S, causando morte celular (aminoglicosídeos); agentes que afetam o metabolismo dos 
ácidos nucleicos (rifampicinas, quinolonas); antimetabólitos (sulfonamidas e trimetoprima). 
RELEMBRANDO: 
BACTÉRIAS GRAM +: 
Streptococcus, Staphylococcus, Bacillus, Nocardia, Clostridium, Propionibacterium, Actinomyces, Enterococcus, 
Cornyebacterium, Listria, Lactobacillus, Gardnerella, Mycoplasma, Streptomyces... 
BACTÉRIAS GRAM-: 
Escherichia coli, Neisseria gonorrhoeae, Salmonella, Shigella, Klebsiella, Enterobacters., H. pylori, P. aureonigosa, 
Chlamydia trachomatis.... 
 
→ Sulfonamidas: 
Bactrim®, Ectrin®, Infectrin®, Ibatrin®, Sulfamax®, Sulfametropin®, Sultrim®, Supertrim®, Sulfaprim®. 
Fármacos ainda comumente usados: o sulfametoxazol em combinação com a trimetoprinta, como cotrumoxazol), a 
sulfassalazina (pobremente absorvida no trato gastrintestinal; utilizada para tratar colite ulcerativa e doença de 
Crohn e, ocasionalmente, a sulfadiazina. Muitas sulfonamidas foram desenvolvidas, mas sua importância se reduziu 
em virtude da crescente resistência a elas. 
Mecanismo de ação: 
A sulfanilamida é um análogo estrutural do ácido p-aminobenzoico (precursor essencial na síntese de ácido fólico 
necessário para síntese de DNA e RNA das bactérias). 
Procaína (anestésico) pode antagonizar o efeito antibacteriano. 
Sulfanamidas são bacteriostáticas (não bactericida), pois impedem o crescimento da bactéria, não as destroem. Se 
em altas doses, podem atuar como bactericidas. 
A resistência se dá pelo plasmídeo. 
Espectro bacteriano: Gram - e +, toxoplasma. 
Estruturas de ácido fólico, análogos do PABA 
(sulfonamidas) e análogos do folato (inibidores 
da dihidrofolato redutase). A. Ácido fólico é 
formado pela condensação de pteridina, 
ácidopara-aminobenzoico (PABA) e glutamato. 
Folato é forma não protônica de ácido fólico. 
B. Análogos do PABA (sulfonamidas) 
assemelham-se estruturalmente ao PABA. 
Esses agentes inibem a di-hidropteroato 
sintase, enzima que catalisa a formação de 
ácido di-hidropteroico a partir de PABA e 
pteridina. C. Análogos do folato (inibidores da 
di-hidrofolatoredutase) assemelham-se 
estruturalmente a ácidofólico. Esses agentes 
inibem a di-hidrofolatoredutase, enzima que converte di-hidrofolato em tetraidrofolato. 
Farmacoterapia II 
Prof. Dr. Wilson Malfará Aula + capítulos 31 e 32 Golan 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM Capítulo 50 Rang & Dale 
 
2 
 
 
Síntese e funções do folato. A síntese de folato começa com a formação do 
ácido di-hidropteroico a partir de pteridinaeácido para-aminobenzoico 
(PABA). Essa reação é catalisada pela di-hidropteroatosintase. Glutamato e 
ácido di-hidropteroico condensam-se para formar di-hidrofolato (DHF). DHF 
é reduzido a tetraidrofolato (THF) pela di-hidrofolato redutase. THF e seus 
congêneres (não ilustrados) atuam como doadores de um carbono em 
numerosas reações necessárias para a formação de DNA, RNA e proteínas. 
Em cada uma dessas reações, ofolatoreduzido (THF) torna-se oxidado a 
DHF, e a seguir THF deve ser regenerado via redução pela DHFR. Inibidores 
do metabolismo do folato têm como alvo três etapas na via do folato. 
Sulfonamidas inibem a di-hidropteroato sintase; trimetoprima, metotrexato 
e pirimetamina inibem a DHFR; e5-fluorouracila(5-FU) e flucitosina inibem a 
timidilatosintase. Observe que bactérias sintetizam folato de novo a partir 
de pteridina e PABA, enquanto seres humanos necessitam de folato 
dietético. 
 
 
Farmacocinética: absorção rápida por V.O. 
Distribuição: atravessa barreira placentária e HME. 
 Devem ser usados com precaução durante a gestação, devido ao potencial teratogênico (risco C). Contraindicados 
no 3º trimestre e durante a amamentação: risco de kernicterius. 
Biotransformação: metabólitos tóxicos. 
Excreção renal; outros. 
 
Trimetroprima + sulfametoxazol: combinação sinérgica (co-
trimazol). Espectro gram + e gram -. 
Uso em infecções de vias aéreas; infecções do TGI por 
Shigella, infecções urinárias, febre tifoide, pneumonia em 
pacientes com SIDA. 
Efeitos adversos: 
Efeitos adversos sérios, que necessitam da interrupção de 
tratamento, incluem hepatite, reações de hipersensibilidade 
(rashes - erupções da pele – incluindo a síndrome de Stevens-
Johnson e necrólise tóxica epidérmica, febre, reações 
anafilactoides, depressão da medula óssea e falência renal 
aguda devida à nefrite intersticial ou cristalúria. O último 
efeito resulta da precipitação de metabólitos acetilados na urina. Pode ocorrer cianose causada pela meta-
hemoglobulinemia (menos preocupante). Efeitos adversos moderados incluem náusea e êmese, cafaleia e 
depressão. 
 
 
 
 
 
 
Farmacoterapia II 
Prof. Dr. Wilson Malfará Aula + capítulos 31 e 32 Golan 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM Capítulo 50 Rang & Dale 
 
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→ Antibióticos -lactâmicos: 
Penicilinas, cefalosporinas, aztreonam, carbapenemos (imipenem, meropenem, ertapenem). Cada uma dessas 
subclasses difere-se estruturalmente nos substituintes químicos fixados ao anel beta-lactâmico. 
 
 
Os antibióticos B-lactâmicos interferem na síntese da peptideoglicana da parede celular bacteriana. 
Depois de conectar-se as proteínas ligadoras da penicilina na bactéria (transpeptidases; pode haver sete ou mais 
tipos nos diferentes microrganismos), eles inibem a enzima de transpeptidação que faz a ligação cruzada das cadeias 
peptídicas conectadas ao esqueleto da peptideoglicana → inibição da 
ligação cruzada dos polímeros de mureína. 
Tipos de penicilina e sua atividade antimicrobiana: 
Penicilina G (Benzilpenicilina; suas congêneres, incluindo 
fenoximetilpenicilina (penicilina V). A benzipenicilina é ativa sobre ampla 
gama de microorganismo e é fármaco de primeira escolha para várias 
infecções. 
Restrições: pouca absorção intestinal (deve ser administrada por 
injeção); susceptibilidade às beta-lactamases bacterianas. 
Penicilinas semissintéticas, incluem penicilinas resistentes à beta-
lactamase: ex: meticilina, flucloxacilina, temocilina; e penicilinas de largo 
espectro, como a ampicilina e amoxicilina – aminopenicilinas. 
Penicilinas com espectro estendido, ex.: ticarcilina, carbenicilina -carboxipenicilinas 
(ativas contra Pseudomonas, Enterobacter); piperacilina e mezlocilina – 
ureidopenicilinas (atividade contra Klebsiella e enterococos) 
A amoxicilina e a ticarcilina são, às vezes, combinadas com o inibidor da beta-
lactamase, o ácido clavulânico. Inibidor de beta-lactamase possui atividade 
antibacteriana desprezível. 
Associa-se a penicilina G, ampicilina, amoxicilina, carbenicilina e ticarcilina: 
- Ex: Amoxil + Ác. Clavulânico: Clavulin®, Clavamox®. - Ticarcilina + Ác. Clavulânico: Timentin® 
Beta-lactâmicos de amplo espectro: 
ativos contra bactérias gram - e também 
contra bactérias +. 
Beta-lactâmicos de estreito espectro: 
tipicamente contra gram +. 
Espectro de ação depende do grau que 
pode penetrar a membrana externa, a 
parede celular e, uma vez no espaço 
periplasmático, capacidade de ligação às 
transpeptidades específicas. 
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O pivmecilinam é um pró-fármaco do mecilinam, que também possui amplo espectro de ação. 
 
Tipos/utilização:Sistema de Unidades: 
U.I. - unidade específica de penicilina contida em 0,6µg/mL de sal sódico G 
1mg penicilina G sódica pura = 1.667 un. 
1mg penicilina G potássica pura = 1.595 un. 
 
Interações com penicilinas: antiácidos orais (ionizam as 
penicilinas, diminuindo absorção). 
Sulfas: diminuem absorção intestinal das penicilinas. 
Tetraciclinas: as penicilinas atuam na fase de reprodução da 
bactéria (tetraciclina inibe reprodução da bactéria) – deve-se 
administrar penicilinas horas antes da tetraciclina. 
Espectro de ação: 
Espectro de ação de um beta-lactâmico é determinado por 2 
fatores: 1) grau com que ele pode penetrar na membrana 
externa e na parede celular e, 2) uma vez no espaço 
periplasmático, sua capacidade de ligação às transpeptidases 
específicas. 
 
Agentes hidrofílicos, como a ampicilina, a amoxicilina e, 
especialmente, a piperacilina, ticarcilina, a carbenicilina e a 
mezlocilina, tendem a apresentar amplo espectro de ação → 
difundem-se mais facilmente através da camada espessa de 
mureína das bactérias gram+ e passam através dos poros da 
membrana externa das bactérias gram - com mais facilidade. 
Agente hidrofóbicos, como a oxacilina, cloxacilina, 
dicloxacilina, nafcilina, a meticilina e a penicilina G, tendem a 
exibir estreito espectro de ação. 
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Isso significa que algumas bactérias gram - são resistentes aos beta-lactâmicos de espectro estreito, devido a 
barreira de permeabilidade da membrana externa. 
As bactérias intracelulares, como a Chlamydia, também são resistentes a beta-lactâmicos, pois células de 
mamíferos não têm mecanismos de captação dos beta-lactâmicos, além da parede celular com arquitetura diferente 
ou carência de parede celular dessas bactérias. 
Além disso, a extensão com que o fármaco, após alcançar o espaço periplasmático, inibe determinada 
transpeptidase também é fator importante para determinar o espectro de ação de um beta-lactâmico. 
As bactérias possuem diversas transpeptidases que diferem de modo sutil na sua especificidade de substrato e 
atividade de ligação cruzada → diferenças proeminentes entre os bacilos e os cocos. 
A maioria exibe seletividade para várias transpeptidases diferentes; outros, como a meticilina (utilizada contra S. 
aureus), são especificas apenas para uma única enzima. 
Resistência aos beta-lactâmicos: 
Proteínas beta-lactamases, que são codificadas no cromossomo ou em plasmídios de DNA extracromossômicos. As 
beta-lactamases inativam os beta-lactâmicos através da clivagem do anel beta-lactâmico. 
As beta-lactamases são secretadas em bactérias gram +, ao passo que, nas bactérias gram -essas enzimas são retidas 
no espaço periplasmático entre parede celular e membrana externa e produzem uma quantidade muito. No 
entanto, as gram- possuem essa enzima concentrada no local necessário, conferindo maior resistência. 
Klebsiella pneumoniae e E. coli também podem produzir beta-lactamases de espectro ampliado (ESBL): são 
resistentes à maioria dos ATB beta-lactâmicos. 
Enterobacters: também têm resistência ampla aos beta-lactâmicos. 
Desvio à resistência: novas famílias de beta-lactâmicos com estruturas menos suscetíveis à clivagem; co-
administração de beta-lactâmicos com inibidiores da beta-lactamase (se ligam às beta-lactamases e as impedem de 
destruir os ATB). → clavulanato (ác. Clavulânico), sulbactam e tazobactam. 
Os beta-lactâmicos atuam de modo sinérgico com os aminoglicosídios (que são inibidores de síntese de proteínas – 
se ligam a subunidade 30s- causando morte celular). B-lactâmico atua aumentando permeabilidade da parede 
celular, permitindo entrada do aminoglicosídio. 
→ Cefalosporinas 
As cefalosporinas diferem estruturalmente das penicilinas pela presença de um anel acessório de 6 membros (não 
de 5), fixado ao anel beta-lactâmico. 
Cefalosporinas de primeira geração – cefazolina e cefalexina: ativas contra espécies gram+ e contra os bacilos 
gram- Proteus mirabilis, E. coli e Klebsiella pneumoniae. São sensíveis a muitas beta-lactamases, porém resistentes à 
beta-lactamase da Klebsiella. São utilizadas no tratamento de infecções de pele de tecidos moles. Cefazolina é 
utilizada também para profilaxia cirúrgica. 
1ª geração → muito ativas contra Gram+; pouco ativas contra Gram-. 
Cefalosporinas de segunda geração: 2 grupos 
1) cefuroxina: atividade aumentada contra H. influenzae; tto pneumonia adquirida na comunidade. 
2) cefotetan e cefoxitina: atividade aumentada contra Bacterioides.tto infecções intra-abdominais e pélvicas, como 
DIP. 
Cefalosporinas de segunda geração são mais resistentes a maior número de beta-lactamases. 
2ª geração → pouco mais ativos contra Gram-, pouco mais ativos contra anaeróbios. 
Cefalosporina de terceira geração – ceftriaxona e cefotaxima: resistente a muitas beta-lactamases. Ativas contra 
enterobactérias (E. coli, Proeus indol-positivo, Klebsiella, Enterobacter, Serratia e Citrobacter) e contra Neisseria e H. 
influenzae. 
São menos ativas contra microrganismos gram+ do que as cefalosporinas de primeira geração, mas possuem boa 
atividade contra S. pneumoniae (mas pode ocorrer resistência). 
Usos: IVAI, meningite por S. pneumoniae adquirida na comunidade, infecção gonocócica não complicada, 
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endocardite com cultura negativa e doença de Lyme complicada. 
Ceftazidina – última cefalosporina de 3ª geração. Espectro de ação difere dos outros dois pela atividade 
antipseudomonas significativa e atividade mínima contra gram-. É utilizada no tto de infecções bacterianas gram- 
hospitalares e infeccões por P. aeruginosa e também para terapia empírica para pacientes neutropênicos com febre. 
Bactérias gram- que adquiriram atividade de beta-lactamase de espectro ampliado são resistentes às cefalosporinas 
de 3ª geração. 
3ª geração → ativas contra Gram+ → ativas contra enterobactérias 
Cefalosporina de quarta geração – cefepima: altamente efetiva contra Enterobacterias, Neisseria, H influenza e 
contra microrganismos gram+ e P. aeruginosa. É mais resistente à beta-lactamases de Enterobacter. NÃO utilizar 
para tto de meningite: autoanticorpos contra Ag eritrocitários. 
4ª geração → semelhante a terceira, mais resistentes às beta-lactamases. 
 
Farmacocinética das cefalosporinas: 
Maioria administrada IM ou EV. São amplamente distribuídas. 
Excreção por secreção tubular. 
Reações adversas: 
Nefrotoxicidade 
• Altas doses de cefalosporinas 
Hipoprotrombinemia e reações dissulfiram 
 cefmetazol, cefotetano e cefoperazona 
Interações: colistina, furosemina, probenecida – aumento 
nefrotoxicicdade. 
 
→ Outros beta-lactâmicos: 
Carbapenemos, monobactâmicos e glicopeptídeos. 
Os carbapenemos e os monobactâmicos foram desenvolvidos para enfrentar os microrganismos gram-negativos 
produtores de B-lactamase resistentes à penicilina. 
Monobactâmico: aztreonam 
Ativo contra maioria das bactérias gram- (exceto às com beta-lactamases de espectro ampliado), incluindo P 
aeruginosa. Não tem atividade contra gram+. 
Útil para pacientes com alergia grave a penicilina com afecções por gram- resistentes. 
Uso limitado: ocorrência de flebite no local da administração IV e curta meia vida. 
É administrado por injeção e tem meia-vida plasmática de 2 horas. 
Carbapenemos: imipenem, meropenem e ertapenem: amplo espectro e cobertura contra a maioria dos gram-, 
gram+ e anaeróbicos. 
Nenhum é ativo contra SARM, VER ou Legionella. Ertapenem é menos ativo contra P. aeruginosa e Acinetobacter do 
que os outros dois, mas possui o benefício de dose única ao dia. 
Imipenem é co-administrado com cilastatina (inibidor da desidropeptidase – enzima renal que inativa o fármaco). 
Os 3 fármacos podem causar Flebite nolocal de administração. 
Imipenem e meropenem - efeitos adversos: náuseas, vômitos e diarreia, erupções cutâneas, convulsões – altas 
doses, alergia cruzada com penicilinas. 
Glicopeptídeos: vancomicina e teicoplanina. 
Atuação: inibição da síntese da parede celular. É eficaz principalmente sobre bactérias gram-positivas e vem sendo 
utilizada para os MRSA. 
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A vancomicina não é absorvida no intestino, e somente é 
administrada na forma oral para tratamento de infecção 
gastrintestinal causada pelo C. difficile. Para utilização parenteral, é 
administrada intravenosamente e possui meia-vidade 
aproximadamente 8 horas. Utilização limitada para tto de colite 
pseudomembranosa e infecções estafilocócias multirresistentes. 
Também é útil em infecções graves por estafilococos em pacientes 
alérgicos a penicilinas e cefalosporinas; além de algumas formas de 
endocardite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agentes antibacterianos que comprometem a síntese proteica da 
bactéria 
→ Tetraciclinas 
São antibióticos que possuem amplo espectro (gram - e +). 
Tetracliclina, oxitetraciclina, demeclociclina, limeciclina, doxiciclina 
,metaciclina, doxiciclina e minociclina. 
Mecanismo de ação: 
Ligam-se reversivelmente a subunidade 30S ribossômica → Inibição da síntese proteica. São consideradas 
bacteriostáticas e não bactericidas. 
Espectro: inclui bactéria gram-positivas e gram-negativas, Mycoplasma, Rickettsia, Chlamydia spp., espiroquetas e 
alguns protozoários, como ameba. 
Micociclina: efetiva contra Neisseria meningitidis (usada para erradicação na nasofaringe). 
Resistência tem limitado o uso: plasmídeo codifica bombas de efluxo, que aumenta o efluxo do fármaco. Além da 
produção de proteínas que interferem na ligação das tetraciclinas. 
Farmacocinética: 
Geralmente adm VO, mas pode ser via parenteral. Absorção melhorada na ausência de alimentos. 
São quelante de íons metálicos (cálcio, magnésio, ferro, alumínio), formando complexos não absorvíveis. A absorção 
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é reduzida na presença de leite, certos antiácidos e preparações com ferro. Minociclina e a doxiciclina são 
virtualmente completamente absorvidas. 
 
 
Reações adversas: 
Alterações na flora intestinal. 
Alterações gastrintestinais. 
Liga-se ao cálcio → arritmias cardíacas, depósito dentes e ossos. 
Toxicidade hepática (infiltração gordurosa). 
Deformidades ósseas (fetos, crianças em crescimento). 
Nefrotoxicidade (necrose em túbulos proximais). 
 
 
 
 
 
 
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• Inibidores de Síntese Proteica 
 
 
→ Aminoglicosídeos 
Principais agentes: gentamicina, a estreptomicina, a amicacina, a 
tobramicina e a neomicina. 
Gentamicina, tobramicina e amicacina: mais amplamente usados (menor 
toxicidade e cobertura mais ampla). 
Mecanismo de ação: 
Os aminoglicosídeos inibem a síntese de proteínas bacterianas, bloqueando a 
fase inicial do processo. Se ligam na subunidade 30S do ribossomo 
bacteriano, gerando proteínas defeituosas. 
A penetração através da membrana celular da bactéria depende parcialmente do transporte ativo dependente de 
oxigênio por um sistema transportados de poliaminas → ineficazes sobre microrganismos anaeróbicos – o 
cloranfenicol bloqueia esse sistema de transporte. 
Os aminoglicosídeos são bactericidas; reforçados por agente que interferem na síntese da parede celular. 
Resistência: ocorre através de vários mecanismos diferentes, sendo o mais importante a inativação por enzimas 
microbianas. A resistência pode ser amplamente superada pelo uso concomitante de penicilina e/ ou vancomicina. 
Espectro antibacteriano: efetivos sobre muitos microrganismos gram-negativos- e sobre alguns microrganismos 
gram-positivos+. 
Amplamente utilizados sobre microrganismos entéricos e na sepse. 
Efeitos adversos: ototoxicidade (único fator mais importante na restrição do uso – fármaco acumula na endolinfa e 
perilinfa, podendo lesionar células ciliadas), nefrotoxicidade, bloqueio neuromuscular. 
A espectinomicina é um derivado estrutural dos aminoglicolídeos que também se liga na subunidade ribossômica 
30S, é utilizada via parenteral como terapia alternativa para infecções gonorreicas (não é bactericida, ao contrário 
dos aminoglicosídeos). 
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→ Anfenicois: 
Agente principal: cloranfenicol. 
Mecanismo de ação: o fármaco inibe a síntese proteica bacteriana ao ligar-se à subunidade 505 do ribossomo 
bacteriano. 
Espectro antibacteriano: amplo espectro de atividade antimicrobiana, incluindo microrganismos gram-negativos e 
gram-positivos, além de riquétsias. É bacteriostático para a maioria dos microrgarnismos, porem destrói o H. 
influenzae. 
A resistência causada pela produção de cloranfenicol transferase é mediada por plasmídeo. 
Farmacocinética: Adm VO, o cloranfenicol é rápida e completamente absorvido e alcança sua concentração máxima 
no plasma em 2 h; ele também pode ser administrado parenteralmente. O fármaco é amplamente distribuído nos 
tecidos e líquidos corporais, incluindo o LCR. Sua meia-vida é de aproximadamente2 horas. Cerca de 10% são 
eliminados inalterados na urina e o restante é inativado no fígado. 
Usos clínicos: Febre tifóide, meningite bacteriana, infecções por anaeróbios. 
Efeitos adversos: 
Superinfecção: Candida albicans na pele. 
 Redução da síntese de anticorpos. 
Reações de hipersensibilidade (cutânea). 
Toxicidade hematológica. 
Anemia aplástica → grupo nitroso do cloranfenicol. 
Efeitos tóxicos irritativos (náuseas, vômitos, paladar desagradável). 
Síndrome cinzenta do recém-nascido. 
 Não associar a cloranfenicol e penicilinas → possibilidade de resistência cruzada 
 
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→ Macrolídeos 
Os principais antibióticos macrolídeos são a eritromicina, a claritromicina e a azitromicina. 
Mecanismo de ação: os macrolídeos inibem a síntese proteica bacteriana por efeito na translocação. Os fármacos 
ligam-se à mesma unidade 50S do ribossomo bacteriano que o cloranfenicol e a clindamicina, e quaisquer desses 
fármacos podem competir, se administrados conjuntamente. 
Farmacocinética: 
Os macrolideos são administrados por via oral. A eritromicina também pode ser administrada parenteralmente 
(pode ser seguidas de tromboflebite local). Todos os três difundem-se prontamente pela maioria dos tecidos, porém 
não cruzam a BHE e há pouca penetração no líquido sinovial. 
½ vida: 
 eritromicina 90min, claritromicina 3x maior; azitromicina 8-16x maior. 
Os macrolídeos entram e concentram-se nos fagócitos – as concentrações de azitromicina nos lisossomos dos 
fagócitos podem ser 40x maiores que as sanguíneas – e eles podem reforçar destruição fagocítica intracelular das 
bactérias. 
A eritromicina é parcialmente inativada no fígado; a azitromicina e mais resistente à inativação, e a claritromicina é 
convertida em um metabólito ativo. Sua inibição do sistema citocromo P450 pode afetar a biodisponibilidadede 
outros fármacos levando a interações clinicamente importantes como, por exemplo, com a teofilina. A principal via 
de eliminação é pela bile. 
Espectro antimicrobiano: espectro antimicrobiano da eritromicina e muito similar ao da penicilina (alternativa 
segura e eficaz para os pacientes sensíveis à penicilina): bactérias e espiroquetas gram +; ineficaz à maioria dos 
gram- (exceto N gonorrhoeae e,em menor extensão, H. influenzae. Mycoplasma pneumoniae, Legionella spp. e 
alguns microrganismos clamidiais são também suscetíveis). 
A azitromicina é menos ativa sobre bactérias gram-positivas que a eritromicina, porém é consideravelmente mais 
eficaz sobre H. influenzae e pode ser mais ativa sobre Legionella. Ela tem excelente ação sobre o Toxoplasma gondii, 
destruindo os cistos. 
A claritromicina é muito ativa, e seu metabólito é duas vezes mais ativo sobre H. influenzae que a eritromicina. Ela 
também é eficaz sobre o Mycobacterium avium intercellulare (que pode infectar indivíduos imunologicamente 
comprometidos e pacientes idosos com doença pulmonar crônica), e pode também ser útil na hanseníase e sobre o 
Helicobacter pylori. Esses dois macrolideos são também eficazes na doença de Lyme. 
Usos dos macrolídeos: 
Infecções por corinobactérias - difteria, sepse; Infecções respiratórias; Infecções neonatais; Infecções oculares; 
Infecções por clamídia; Tuberculose e hanseníase – claritromicina; Pneumonia – azitromicina. 
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Efeitos adversos: 
Distúrbios do T.G.I.; 
 Hepatotoxicidade ▪ eritromicina; 
 Inibição enzimática ▪ metabólitos da eritromicina e claritromicina. 
Podem ocorrer infecções oportunistas do trato gastrointestinal ou na vagina. 
 
• Agentes antimicrobianos que alteram a topoisomerase: 
→ Quinolonas 
Agentes de largo espectro ciprofloxacina, levofloxacina, ofloxacina, norfloxacina e moxifloxacina, bem como um 
fármaco de pequeno espectro usado das infecções do trato urinário - ácido nalidíxico. 
Mecanismo de ação: inibição da topoisomerase II (uma DNA-girase bacteriana), enzima que produz um supernovelo 
negativo no DNA, permitindo sua transcrição ou replicação. 
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Espectro antibacteriano e uso clínico: 
 A fluoroquinolona ciprofloxacina é a mais comumente usada e típica do grupo. É um antibiótico de largo espectro 
efetivo sobre microrganismos gram-positivos e gram-negativos e também sobre as Enterobacteriaceae (os 
bacilosgram-negativos entéricos), incluindo muitos microrganismos resistentes às penicilinas, cefalosporinas e 
aminoglicosídeos, e sobre o H. influenzne, a N. gonorrhoeae produtora de penicilinas e, o Campylobacter spp. e as 
pseudomonas. Dos microrganismos gram-positivos, os estreptococos e os pneumococos são apenas fracamente 
inibidos, e há grande incidênciade resistência estafilocócica. A ciprofloxacina deve ser evitada nas infecções 
estafilocócicas resistentes à meticilina. 
É indicado que fluoroquinolonas sejam utilizadas infecções por 
bastonetes e cocos gram-negativos facultativos e aeróbicos. 
Já emergiram cepas resistentes de S. aureus e de P. 
aeruginosa. 
Farmacocinética: 
Oralmente, as fluoroquinolonas são bem absorvidas. Elas se 
acumulam em vários tecidos, particularmente no rim, na 
próstata e no pulmão. 
Todas as quinolonas estão concentradas nos fagócitos. A 
maioria não consegue atravessar a barreira hematoencefálica, 
porém a otloxacina penetra no LCR. 
Os antiácidos com alumínio e magnésio interferem na 
absorção das quinolonas. 
A eliminação da ciprofloxacina e da norfloxacina ocorre 
parcialmente pelo metabolismo hepático pelas enzimas P450 
(as quais elas podem inibir, propiciando interações com outros fármacos;) e parcialmente por eliminação renal. 
A ofloxacina é eliminada na urina. 
Efeitos adversos: 
Distúrbios do T.G.I. Lesão nas cartilagens em crescimento. Tendinite em adultos. 
 Lesões cutâneas, cefaléia, insônia e tontura (menos). 
Hepatotoxicidade – rara 
Evitar uso na gestação e aleitamento. 
 
 
 
Miscelânia de agentes antibacterianos e menos comuns: 
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Antimicobacterianos:

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