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1 Alan Paz | UFFS Medicina Resumo: Sistema Respiratório Estrutura pulmonar e propriedades mecânicas: Anatomia e segmentação brônquica: O Pulmão direito é dividido em três lobos: Superior (segmentos 1 a 3) Médio (4 a 5) e Inferior (6 a 10). O Pulmão esquerdo tem dois lobos: Superior (segmentos 1 a 5) e Inferior (segmentos 6 a 10). Características morfológicas desde os brônquios até os alvéolos. Ao longo do seu trajeto, o epitélio mais fino e estruturas musculares e cartilagem desaparecem. Pulmões são contidos em espaço de 4L; superfícies de trocas gasosas de 85m2. Alvéolos tem forma poligonal de diâmetro de 250um. Célula do tipo I: 97% da superfície do alvéolo; troca gasosa Célula do tipo II: surfactante Desenvolvimento embrionário: predominância de células tipo I, com diferenciação em tipo II apenas muito tarde na gestação. Fibrolastos secretam colágeno e elastina. Barreira entre gás e eritrócitos com apenas 1 a 2um de espessura. Difusão passiva dos gases; 1 segundo. Interstício pulmonar: Camada muito fina de tecido conjuntivo, musculo liso, vasos linfáticos e outras células. Em condições patológicas tende a ficar maior devido ao influxo de células inflamatórias e edema. 2 Alan Paz | UFFS Medicina Fibroblastos são predominantes: colágeno (principal componente estrutural, limita a distensão pulmonar), elastina (retração elástica) e cartilagem (resistência das vias aéreas condutoras). O diâmetro dos capilares é de cerca de 7 a 10 µm / A espessura de boa parte das paredes capilares é inferior a 0,3µm. O sangue despende cerca de 0,75 segundo durante sua passagem nos capilares. Visão de corte transversal de paredes alveolares e seu suprimento vascular: Pressão pleural: Pulmões são presos a parede torácica como se estivessem colados. É a pressão do líquido da cavidade; Discreta pressão negativa devido à caixa torácica rígida. Na inspiração: Expansão do tórax - > pressão mais negativa. 3 Alan Paz | UFFS Medicina Circulação pulmonar: Traz sangue desoxigenado do ventrículo direito e para as unidades de troca gasosa; Rede capilar densa. Circulação brônquica: se origina na aorta e provê nutrição ao parênquima pulmonar; Artérias brônquicas acompanham e se dividem com a árvore brônquica; Perfusão: processo no qual o sangue desoxigenado passa peo pulmão e é reoxigenado; A oxigenação ocorre nas hemácias dentro dos capilares que ficam ao redor dos alvéolos; Células epiteliais do tipo 1 ou com 1 a 2 micro metro de espessura. Troca gasosa em menos de 1s; Balanço entre pressão hidrostática e pressão oncótica resulta em pequeno extravasamento de líquido para o espaço intersticial. O Sistema linfático drena esse líquido para a veia cava (~30ml/hora). Qualquer líquido no espaço aéreo vai interferir na troca gasosa. 4 Alan Paz | UFFS Medicina Inervação: Respiração é automática e está sob controle do SNC. Neurônios motores somáticos inervam músculos esqueléticos e Neurônios autônomos inervam músculos lisos, cardíacos e glândulas. Pulmão é inervado pelo sistema nervoso autônomo periférico; Parassimpático: Contração (origem vagal); acetilcolina e sust.P (excitatórios); a estimulação parassimpática é responsável pelo tônus levemente contraído do pulmão em repouso. Receptores M3 de acetilcolina induzem constrição brônquica (estimulação vagal, principalmente das grandes vias). Simpático: relaxamento (norepinefrina), inibe secreção glandular. Receptores beta adrenérgicos estão presentes na musculatura lisa brônquica; dilatação (receptores B2). 5 Alan Paz | UFFS Medicina Regulação neuro-hormonal: Estimulação vagal aumenta a resistência da via; e reduz o espaço morto anatômico(vago inerva musculatura lisa); estimulo causado por fumaça e irritantes, pode causar tosse. Nervos simpáticos inibem a constrição; Portanto, fazem broncodilatação. Medidores inflamatórios e recrutamento de células de defesa em resposta a agentes agressores; Mecanismo de ação das catecolaminas: Receptores adrenérgicos alfa e beta. Epinefrina e norepinefrina possuem afinidades especificas pelos receptores adrenérgicos. Receptores fazem suas ações fisiológicas e farmacológicas em resposta à ligação nos diferentes tecidos onde se situam. Localização e densidade diferencial dos receptores. Alfa-1: ➔ Musculo liso vascular: VC periférica ➔ Fígado: Glicogenólise ➔ Coração: Inotropismo Alfa-2: ➔ Auto receptores: Inibição da liberação NE ➔ Plaquetas: Agregação ➔ Musculo liso vascular: VC periférica Beta-1: ➔ Coração: Efeitos cronotrópicos e inotrópicos Beta-2: ➔ Musculatura lisa vascular: VD para o musculo. ➔ Musculatura lisa brônquica: BD na arvore brônquica. ➔ Fígado: Glicogenólise ➔ Musculatura esquelética: Promove captação de K+ 6 Alan Paz | UFFS Medicina Controle Respiratório: ➔ Ponte: Manutenção da postura corporal, equilíbrio do corpo e tônus muscular. ➔ Bulbo: Controle dos batimentos cardíacos. Controle dos movimentos respiratórios e o controle da deglutição. Regulação da respiração: SNC// Tronco encefálico; células com propriedade marca-passo; gerador central de padrões (GCP). Integração de receptores de estiramento, receptores de O2 no corpo carotídeo com informações do hipotálamo e amigdala. Modulação do ritmo por feedback. 7 Alan Paz | UFFS Medicina Músculos da respiração: diafragma, intercostais externos. Inspiração começa com a contração do diafragma(criação de pressão negativa no interior do tórax); Abertura da glote: movimento da maior pressão para a manor pressão (Atmosfera para os pulmões). Na expiração o diafragma relaxa e aumenta de tamanho, a pressão no tórax aumenta e força a saída de ar; Intercostais externos puxam as costelas para a frente e para cima; aumento do diâmetro do pulmão; *Lesões de medula não alteram a respiração (apenas acima de C3) A expiração normal é passiva; parede abdominal e intercostais internos importantes no exercício e Hiperventilação. Inspiração normal: Contrai o diafragma; Músculos intercostais externos aumentam o volume do tórax e do pulmão; Pressão intrapulmonar reduz. Inspiração forçada: Auxilio dos músculos acessórios, escalenos e esternocleidomastoideos que reduzem a pressão intrapulmonar. Expiração normal: Relaxa o diafragma; Relaxam músculos intercostais externos e a elasticidade dos pulmões reduz o volume do tórax e do pulmão; Pressão intrapulmonar aumenta. Expiração forçada: Auxilio dos músculos abdominais e intercostais externos que aumentam a pressão intrapulmonar. 8 Alan Paz | UFFS Medicina TENSÃO SUPERFICIAL: Alvéolos são recorbertos pelo surfactante; tensão superficial na interface ar/liquido tende a dificultar a insuflação do pulmão. Surfactante contem 90% de lipídeos e fosfolipídios e 10% de proteínas. Reduz o trabalho da respiração e previne colapso dos alvéolos. Função do surfactante: Diminuir a tensão superficial na surpeficie liquida que reveste os alvéolos e diminuir a força necessária para expansão dos ulmoes, reduzindo o esforço muscular necessário. Estabilização do tamanho dos alvéolos. Propriedades mecânicas: Capacidade total pulmonar: volume total que pode ser contido no pulmão. (o normal é 5,800ml e a capacidade vital é 4,600ml) Volume corrente: é o volume de ar movido na respiração calma. (Valor normal é de 500ml) Volume residual: é o que fica após exalação completa e forçada. Capacidade total é a soma das duas -> Ar que pode ser movido e o ar que sempre fica redito. Volume residual funcional: é o que fica no pulmão após expiração calma. Em pessoa hígida 25% do volume total está retido. Doenças pulmonares obstrutivas aumentam o volume residual sem aumento da capacidade total. Ventilação-Minuto: volume corrente de 500mL x 12 respirações/min: 6L/min. Apenas ~350ml de ar novo chega aos alvéolos em inspiração normal,portanto o volume do ar alveolar substituído por ar atmosférico novo a cada respiração é apenas uma fração do total. A Lenta substituição impede mudanças bruscas e torna o controle respiratório mais estável. Complacência pulmonar: medida das propriedades elásticas do pulmão. 9 Alan Paz | UFFS Medicina DPOC: doenças que incluem enfisema e bronquite crônica; ocorrem predominantemente em fumantes. No enfisema, o componente elástico é progressivamente destruído, causando aumento da complacência e redução da retração elástica (como um elástico cansado); A resistência das vias aéreas fica também aumentada, aumentando o trabalho respiratório. Na bronquite crônica, ocorre aumento do muco e inflamação de vias aéreas; a resistência fica aumentada, mas a complacência permanece igual. Na fibrose, a complacência está diminuída. Fluxo nas vias aéreas: Ar flui quando existe diferença de pressão; Na inspiração o diafragma se contrai, pressão pleural fica mais negativa e o ar entra. Fluxo laminar é paralelo às paredes das vias aéreas; presente em baixas velocidades de fluxo; Em velocidades maiores o fluxo é turbulento; Sons da respiração refletem o fluxo turbulento. Raio do tubo é determinante a resistência; Se o raio reduz a metade, resistência aumenta 16 vezes. Trabalho respiratório: respirar requer o uso de músculos que consomem energia. As respirações profundas exigem um trabalho maior. A presença de doenças aumenta o trabalho respiratório, podendo os músculos sofrer fadiga, sendo causa de falência respiratória. DPOC: Energia adicional é necessária para expiração, pois a energia elástica armazenada não é suficiente; Retenção de Co2 e alterações estruturais. Fibrose (trabalho elástico aumentado): respiração rápida e superficial. DPOC (trabalho elástico normal): respiração lenta e profunda. 10 Alan Paz | UFFS Medicina VENTILAÇÃO E PERFUSÃO: Composição do ar: 21% de oxigênio; 79% de nitrogênio. Com o aumento da altura o ar se torna rarefeito, porém, a composição continua a mesma. Pressão atmosférica: 1 ATM = 760 mmHg Pressão parcial oxigênio: 21% de 760mmHg = 159mmHg Pressão parcial nitrogênio: 79% de 760mmHg = 601mmHg Quando os gases chegam aos alvéolos, já umidificados, encontram-se com o vapor de água presente que, nos alvéolos, possui pressão parcial cerca de 12 vezes maior do que no ar atmosférico. O vapor de água contido nos alvéolos consegue diluir os gases atmosféricos. 11 Alan Paz | UFFS Medicina Composição do gás arterial: no individuo normal, a PaCo2 é regulada para manter 40mmg. Alterações da PaCo2 (especialmente junto com a diminuição do pH) alteram profundamente a fisiologia. Quimiorreceptores arteriais e no tronco encefálico monitoram esses valores e modificam a ventilação-minuto. Ao nível do mar, a HB está 98% saturada com O2. Gasto energético: 3 a 5% do metabolismo (ventilação normal). Pode chegar a 50 vezes maior durante o exercício físico. Ventilação e perfusão não são distribuídas de forma uniforme no pulmão; Na posição ortostática, os alvéolos do ápice estão mais expandidos que os alvéolos da base; portanto a base recebe melhor irrigação sanguínea. Base é melhor perfundida; O efeito da gravidade é menos pronunciado em decúbito dorsal. Fluxo sanguíneo : Exercício > De pé, em repouso. Tanto a ventilação quanto a perfusão são maiores na ase. Mas a relação vent/perf é maior no ápice. Os alvéolos da base recebem mais ventilação; Os alvéolos do ápice recebem proporcionalmente menos ventilação. A gravidade “arrasta” da caixa torácica; resultando em aumento do volume no ápice. Ápice recebe proporcionalmente mais ventilação. 12 Alan Paz | UFFS Medicina TRANSPORTE DOS GASES: Hemoglobina: HB media de 15g/dL. Cada grama de HB pode ligar até 1,34ml de O2. Então 15g de HB em 100mL de sangue conseguem transportar 20mL de O2 se a HB estiver saturada a 100%. Normalmente a HB está 97% saturada em sangue arterial e 75% em sangue venoso. Durante exercício: Fator de segurança de difusão do O2. Dilatação dos tecidos + Aumento da perfusão e ventilação + Diminuição do tempo da hemácia no alvéolo. TRANSPORTE DE Co2 e O2: O Co2 é produto do metabolismo aeróbico: O movimento dos gases ocorre por difusão; Difusão é processo passivo que ocorre em líquidos e gaes de forma similar. Hemoglobina: transporta O2 dos pulmões para os tecidos; transporta Co2 e H3O+ dos tecidos para os pulmões. É um Heterotetrâmero. Duas cadeias Alfa e duas cadeias Beta. Possui estrutura em hélice alfa. Hemoglobina A (HbA) = a1Beta1 e a2Beta2. O hb FETAL contem duas cadeia Alfa e duas Gama. Ocorre aumento da afinidade da Hb fetal por O2. Permite que a HHB Fetal receba eficientemente o O2 transportado pela HBA maternal. Persiste no recém-nascido até aproximadamente 2-4 meses de idade. A ligação O2 pelas globinas depende do grupo Heme. Grupo Heme: Protoporfirina + Fe2+ = Cor vermelha do sangue. Protoporfirina: 4 anéis pirrólicos. Ferro é coordenado no centro pelos átomos de Nitrogênio dos 4 grupos Pirróis. 13 Alan Paz | UFFS Medicina Velocidade de difusão: proporcional a solubilidade e inversamente proporcional ao peso molecular. A difusão de um gás depende da área, do coeficiente de solubilidade, e da pressão parcial do gás; e inversamente proporcional a espessura do tecido Co2 se dfunde 20x mais rápido que o O2. Gases tem diferentes solubilidades no sangue: Gases insolúveis não se cobinam com componentes do sangue, e rapidamente entram em equilíbrio (alvéolo/sangue); anestésicos e éter Co tem alta solubilidade porque tem alta afinidade pela hemoglobina. Transporte de Oxigênio: Fração desprezível dissolvido no plasma; Po2 dada pela ligação com HB, com formação de oxi-hemoglobina; a HB não ligada é a desoxi-hemoglobina. Transporte do Co2: Transporte nos eritrócitos como bicarbonato, Co2 dissolvido e outros compostos carbônicos. Curva de dissociação da oxi-HB: A curva é deslocada para a direita quando a afinidade da HB pelo O2 diminui; significa que precisa de uma pressão parcial maior pra saturar a HB. A curva é deslocada para a esquerda quando a afinidade da HB pelo O2 aumenta; assim, a liberação do O2 para o tecido é inibida porque a HB tem alta afinidade. Efeito Bohr: Elevada concentração de Co2 diminui a afinidade da HB pelo O2 proximos aos tecidos e ajuda a liberar o oxigênio. O mesmo efeito (ao contrario) ajuda na captação do O2 nos pulmões. A elevação da Temperatura no exercício físico permite que mais O2 seja liberado ao musculo; A queda da Temperatura nas extremidades aumenta a afinidade e dificulta oxigenação. 14 Alan Paz | UFFS Medicina Monóxido de Carbono se liga ao grupo heme no mesmo local que o O2, formando carboxi-hemoglobina HBCO. A afinidade da HB pelo CO é 200x maior que pelo O2. Na presença de CO, ocorre modificação estrutural deslocando a curva para a esquerda, dificultando a liberação de O2 aos tecidos. A alta afinidade do CO pela HB permite que grandes quantidades desse gás sejam absorvidas pelo sangue. Indivíduos normais: 1 a 2% de CO-HB; Tabagistas =: 5 a 7% Intoxicações acima de 10% Gás incolor, sem odor, sem gosto é produzido pela combustão incompleta em fumaça e motores. Niveis superiores a 10% provocam tontura e comprometimento do raciocínio antes de se dar conta do perigo. Morte com níveis de 70%. CONTROLE DA RESPIRAÇÃO: 4 Formas principais de controle ventilatório: 1- Centro do controle resp. Bulbo/medula oblonga do tronco cerebral); possui um gerador de padrões e um integrador de informações. 2- Quimiorreceptores centrais (abaixo do bulo; detectam variações de PCO2 e pH; modulam a ventilação). 3- Quimiorreceptores periféricos (corpos aórticos e corpos carotídeos; detecta PO2, PCO2 e pH; enviam informações ao ulo via vagal); 4- Receptores mecânicos pulmonares/sensoriais(respondem ao insuflamento e presença de irritantes) Nervo frênico controla o diafragma; outros neurônios motores da região torácica controlam músculos intercostais e acessórios da respiração. Em contraste com a respiração automática, a respiração voluntaria não passa pelo centro respiratório do tronco cerebral; A respiração voluntaria se origina no córtex motor e vai diretamente para os neurônios motores da medula. O controle automático sobrepõe o controle voluntario. Resposta ao Co2: Ventilação é regulada pela PaO2, PaCo2 e pH, sendo a PCO2 a mais importante. A frequência e a amplitude são reguladas de forma 15 Alan Paz | UFFS Medicina a manter PCO2 + 40mmHg. As variações são detectadas pelos quimiorreceptores centrais e periféricos. Quimiorreceptores centrais: responde a diferenças na composição química dos fluidos que os banha; cérebro está com contato com o LCR cuja composição é influenciada pela atividade metabólica cerebral. A BHE é muito permeável ao Co2, a tensão Co2 no LCR é proporcional a arterial. O cérebro tem alta atividade metabólica; LCR um pouco mais ácido (7,33) e com tensão Co2 levemente maior. Corpos aórticos e carotídeos são os únicos que respondem ao Po2, além do PCo2 e pH transmitem informação aferente para o centro respiratório. São estruturas pequenas e ricamente vascularizadas. Exercício: A ventilação aumenta imediatamente com o inicio do exercício físico; na proporção necessária para manter a entrega de O2. A ventilação pode chegar a 15x o valor de repouso. Em exercícios leves a moderados não ocorre variação significativa dos gases sanguíneos. Apenas em exercício intenso se observam pequenas variações de Po2 e PCo2; pH arterial começa diminuir devido a liberação de ácido lático do metabolismo anaeróbico; essa queda de pH estimula a ventilação. PaCo2 40mmHg tanto no repouso quanto no exercício vigoroso. Camada de muco: fica sobre o liquido periciliar e é composto por macromoléculas e eletr´´olitos; baixa viscosidade e alta elasticidade, devido a presença de glicoproteínas. Individuos saudáveis produzem cerca de 100ml de muco por dia. Cílios: cerca de 250 cílios em cada célula do epitélio das vias aéreas, com 2 a 5 micrometro de comprimento; são microtúbulos com baimento ativo rítmico ondulante “de baixo para cima”. *Escarro é o muco expectorado. Morfina, barbitúricos e anestésicos deprimem o centro ventilatório, diminuindo a sensibilidade ao Co2. 16 Alan Paz | UFFS Medicina PATOLOGIAS Pneumonia: Infecção aguda do parênquima; Infecção mais grave do sistema respiratório; Dor, febre, dispneia, tosse purulenta, anorexia. Taquicardia, taquipneia; Radiografias de tórax são essenciais para o diagnostico diferencial de bronquite aguda, presença de infiltrado intersticial e cavitações. Bronquite: processo inflamatório brônquico autolimitado, curso breve com tosse mas SEM FEBRE; Expectoração purulenta é relatada em 50% dos casos ( células inflamatórias juntamente com descamação do epitélio). Presença de escarro purulento não é sinônimo de infecção bacteriana. Estima-se que 70% dos pacientes com bronquite aguda recebem ATB sem indicação de uso de ATB. 17 Alan Paz | UFFS Medicina Pressão pleural: Pulmões são presos a parede torácica como se estivessem colados. É a pressão do líquido na cavidade; Discreta pressão negativa devido À caixa torácica rígida. Na inspiração: expansão do tórax: pressão mais negativa. Derrame pleural: Definido como qualquer acumulo de líquido anormal no espaço pleural. É sempre anormal e indica a presença de uma patologia subjacente. Derrames pleural: ➔ Derrames transudativos: Insuficiência cardíaca, a insuficiência renal e a cirrose hepática são causas comuns de acúmulo de líquido transudativo resultante do aumento na pressão hidrostática vascular ou da redução da pressão oncótica do plasma. ➔ Derrames exsudativos resultam de traumas, de aumentos na permeabilidade vascular. ➔ Derrames supurativos são encontrados em doenças infecciosas e neoplásticas e derrames hemorrágicos; infarto pulmonar e tuberculose. Glicose: Normal valores próximos ao sérico; valores diminuídos (<60mg/dL) em infecções e neoplasias. LDH: Níveis diminuídos de LDH indica bom prognóstico. Proteínas: Classificação dos líquidos; Transudatos: Baixa concentração de proteínas. Exsudatos: Alto nível proteico Citologia do líquido pleural; Neutrófilos: Processos inflamatórios agudos. Linfócitos: Neoplasia, Tuberculose Eosnófilos: Embolismo, fármacos, Parasitas 18 Alan Paz | UFFS Medicina Pneumotórax: presença de ar livre na cavidade pleural, com consequência grave de colapso pulmonar. A ruptura da pleura visceral, permite a entrada de ar do pulmão no espaço pleural. Como o pulmão fica insuflado devido à pressão negativa do tórax, entrada de ar leva a pressão e favorece o colapso pulmonar. O ar que deveria estar expandindo o pulmão, está agora do lado de fora, comprimindo-o. PT fechado em decorrência de uma fratura de costela que entra no parêquima pulmonar extravasando o ar para a cavidade pleural; PT penetrante arma de fogo e perfurações a faca PT iatrogênico secundário a procedimento medico invasivo. Edema pulmonar: Pode ocorrer devido à diminuição da pressão oncótica plasmática ou de sobrecarga de volume vascular, obstrução linfática, aumento de permeabilidade vascular. Instala-se, quando o fluxo de líquido do espaço intravascular em direção ao interstício e alvéolos, supera o retorno e sua 19 Alan Paz | UFFS Medicina drenagem leva a um aumento no trabalho respiratório e diminuição na complacência pulmonar, resultando em insuficiência respiratória aguda. Tromboemolismo pulmonar TEP: Síndrome clinica e fisiopatológica que resulta da oclusão da circulação arterial pulmonar por um ou mais êmbolos, formado no sistema venoso profundo, que se desprende e, atravessa as cavidades direitas do coração, obstruindo a artéria pulmonar ou um de seus ramos. Causado por estados de hipercoagulabilidade, herdados ou adquiridos, e ao processo aterosclerótico vascular. ASMA: Inflamação crônica das vias aéreas, com participação de células imunes; Hiper- reatividade das vias aéreas, que é responsável pelos sintomas crônicos observados; sibilos, dispneia, tosse ao despertar. Obstrução de grau variável; reversível espontaneamente ou após o uso de fármacos. DPOC: Doença tratável e prevenível; Efeitos extrapulmonares que contribuem para a gravidade da doença; broncoconstrição em resposta a inflamação. Limitação do fluxo aéreo; de forma progressiva e associada a resposta inflamatória anormal do pulmão a partículas e gases. Não é reversível; Componente inflamatório, porém diferente das células encontradas na asma. Componente agressor que causa lesão no tecido pulmonar. 20 Alan Paz | UFFS Medicina Na asma: Mastócitos; Plasmócitos; Eossinófilos; Linfócitos T-helper: Liberação de mediadores inflamatórios Interleucinas; lgE; Leucotrienos; histamina, citocinas: Edema, roncoconstrição, hipersecreção de muco, inflamação crônica, remodelagem das vias aérea; Reação inflamatória aguda e crônica; Obstrução recorrente das vias aéreas; presença de crises com tosse, sibilos, falta de ar e hipoxemia; 21 Alan Paz | UFFS Medicina Aspectos da celularidade do escarro em pacientes com asma grave. A) Escarro de pacientes asmático grave mostrando presença de eosinófilos. B) Escarro de paciente asmático grave mostrando presença marcante de neutrófilos. Visualização com aumento de 100x. Eusinofilia: Acima de 6% ou Acima de 500/ul. Alergias (asma): doenças de pele, dermatites, Parasitoses e doenças mieloproliferativas. Frequentemente está associada a fenômenos alérgicos, parasitoses ou distúrbios dermatológicos medicamentos, asmas, alergia ao leite de vaca, urticaria, enfizema eoutros distúrbios cutâneos. 22 Alan Paz | UFFS Medicina DPOC é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível e tratável, caracterizada por limitação do fluxo aéreo pulmonar, parcialmente reversível e geralmente progressiva. Essa limitação é causada por uma associação entre doença de pequenos brônquios (bronquite crônica obstrutiva) e destruição de parênquima (enfisema). Bronquite crônica é definida clinicamente pela presença de tosse e expectoração na maioria dos dias por no mínimo três meses/ano durante dois anos consecutivos. Enfisema pulmonar é definido anatomicamente como aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares. DPOC: Agente agressor ou irritantes; produção de citocinas e IL; ativação de células inflamatórias. Ativação de fibroblastos; Ativação de linfócitos; TCD8; Citotóxicos; Destruição de tecido; Destruição da parede Alveolar. 23 Alan Paz | UFFS Medicina Destruição da elastina: aumenta a distensibilidade do pulmão na inspiração e reduz a capacidade de retração durante a expiração. 24 Alan Paz | UFFS Medicina A gravidade de um paciente com DPOC depende do grau de obstrução ao fluxo de ar bem como da intensidade dos sintomas (falta de ar e diminuição de capacidade para a realização das atividades diárias). Fatores de RISCO do DPOC: Tabagismo: responsável por 80 a 90% das causas determináveis da DPOC. Poluição domiciliar; Exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos ocupacionais. Infecções respiratórias recorrente na infância. Suscetibilidade individual. Desnutrição na infância. Deficiências genéticas (responsáveis por menos de 1% dos casos) 1- DPOC Leve 2- DPOC Moderada 3- DPOC Grave 4- DPOC muito grave
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