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RELATÓRIO VISITA TÉCNICA - GABRIELA LUCIANA LIMA INÁCIO - HIS2020/1 Este relatório é sobre a visita virtual realizada ao Museu Imperial, localizado na cidade de Petrópolis/RJ, no Brasil. Este pode ser encontrado virtualmente no endereço eletrônico <https://www.eravirtual.org/imperial_pt/>, mantido pela Era Virtual - Visitas Virtuais Imersivas. A visita foi realizada no dia 7 de outubro de 2020 e nela foram despendidas cerca de duas horas e vinte minutos. O Museu Imperial possui o principal acervo do país relativo ao império brasileiro, em especial o chamado Segundo Reinado, período governado por D. Pedro II. O terreno da residência foi deixado de herança para ele, uma vez que seu pai comprou-o por ter-se encantado com a Mata Atlântica. Nele, há inúmeros itens museológicos, arquivísticos e bibliográficos à disposição de pesquisadores e demais interessados em conhecer um pouco mais sobre o tema, além de, em programação normal, há constantes eventos, exposições e projetos educativos no local. A visitação é dividida em três partes: o jardim do Palácio, o térreo e uma espécie de sobrado. Inicialmente, somos conduzidos ao jardim imperial, este com vegetações trazidas de diversas partes do mundo. Em seguida, já dentro do palácio, é possível notar um grande acervo de peças da monarquia brasileira, com ênfase nos objetos referentes ao Segundo Reinado. Estas peças, reunidas de diferentes palácios do Império, do senado nacional, da assembleia, são dos mais diversos tipos, como móveis, objetos pessoais e obras de arte. Como se trata de um museu nacional de grande importância para a história do Brasil, por trazer informações do período governado por Dom Pedro II, ele chama bastante atenção dos apaixonados pela história do país, eu inclusa. Uma vez tendo conhecimento dos conteúdos abordados pela matéria de Introdução aos Estudos Históricos, como os testemunhos deixados voluntariamente e os involuntários, apresentados pelo historiador Marc Bloch em sua obra Apologia do História ou Ofício do Historiador, é possível fazer uma boa análise dos artefatos presentes no museu e suas relações com o cotidiano do período. Em meio a tantas informações do local, algo que chama atenção é a valorização do ouro nos objetos da coroa durante o período colonial e imperial brasileiro. O uso de minerais preciosos em peças pessoais dos nobres como forma de demonstrar poderio é marcado ao longo da história. No período imperial não foi diferente. Diversos itens presentes no acervo do museu são feitos de ouro, como a coroa de Dom Pedro I, feita de ouro cinzelado; a pena utilizada pela Princesa Isabel para a assinar a Lei Áurea, feita de ouro e lantejoulas; a coroa imperial de Dom Pedro II, manufaturada de ouro cinzelado, pérolas e brilhantes - sendo essa uma representação da soberania do Brasil após a Independência; o manto imperial de Dom Pedro II, que foi confeccionado em um veludo verde e bordado em ouro, canutilhos, lantejoulas, palhetas, cordão e fios de ouro, assim como outras partes do traje majestático - todo trabalhado para mostrar o poder. Além dos adereços acima citados, é possível encontrar ouro em diversos outros acessórios, desde brincos e braceletes até tabaqueiras, caixas para guardar selo e guarnições. Dentre estes, um que se destaca pelas salas do museu é o colar de filigrana de ouro da imperatriz D. Leopoldina, ele apresenta esferas que cada uma representa uma província do Império, organizadas de acordo com sua importância política e econômica. Outro aspecto que chama atenção é a sala destinada a costura, uma das principais atividades da imperatriz D. Teresa Cristina. Se relacionada aos conceitos apresentados por Bloch esta sala pode ser considerada um vestígio involuntário pois ela atesta o estigma patriarcal presente na sociedade da época, uma vez que as mulheres eram ensinadas desde criança a serem mães e bordar. Nesse cômodo, é encontrado no museu um estojo de costura com objetos de ouro pertencidos à imperatriz. Por fim, outro ponto que chama atenção no sentido do uso do ouro são os braceletes e pulseiras de ouro utilizadas pelas Escravas da Bahia, com função de demonstrar a riqueza dos senhores, assim como utilizavam balangandãs de praça representando a lealdade deles aos senhores. Em suma, a experiência de visitação ao museu online foi satisfatória. O site oficial do Museu Imperial (https://museuimperial.museus.gov.br/), primeiro que visitei, não é didático e a visitação não é boa. Entretanto, recorri ao site Era Virtual, que possui um tour 360° e é muito melhor desenvolvido que o citado anteriormente. Neste, além de conseguir visualizar as imagens das peças presentes no acervo, é disponibilizada uma legenda com as informações acerca do período referente ao item. Além disso, a plataforma de visita ainda dá ao visitante uma explicação sobre o que está sendo visualizado, tornando a experiência muito agradável e parecida com a presencial. É fato que, neste tempo de pandemia em que não se está sendo possível visitar a locais como museus e centros culturais, essas ferramentas de visitas virtuais são uma opção a se considerar. Para tanto, tais opções são úteis não só aos amantes do turismo e de ambientes como estes, como também para estudantes, como eu, que podem utilizar dessas plataformas para fazer pesquisas a respeito de determinadas matérias. https://museuimperial.museus.gov.br/
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