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Resumo de Fisiologia Endócrina- Sistema Reprodutor Feminino

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1 Sistema Reprodutor Feminino 
Gonadotrofo: 
• É uma célula Basófila, localizada na adenohipófise. 
• A regulação hipotalâmica primária é feita pelo hormônio liberador 
de gonadotrofina ( GnRH ), que é um decapeptídeo estimulante. 
• O hormônio trófico secretado é o hormônio folículo-estimulante e 
luteinizante ( FSH,LH ), que são hormônios glicoproteicos de 28 e 33 
kDa. 
• O receptor são receptores de FSH e LH ( GPCRs ligado a Gs ). 
• A glândula endócrina alvo é o Ovário ( células teca e granulosa ). 
• O hormônio periférico envolvido na retroalimentação negativa é o 
estrogênio, a progesterona, a testosterona e a inibina. 
O eixo endócrino de Gonadotrofo: 
• O gonadotrofo secreta FSH e LH ( 
gonadotrofinas ) e regula a 
função gonadal. 
• Tem um papel integral no eixo 
hipotálamo-hipófise-ovário. 
• FSH e LH são secretados em 
diferentes grânulos secretores e 
não são secretados em 
quantidades equimolares, o que 
permite uma regulação e 
secreção independentes de 
FSH/LH. 
• As gonadotrofinas promovem a 
secreção de testosterona em 
homens e estrogênios e 
progesterona em mulheres. 
• FSH aumenta a secreção de um 
hormônio proteico relacionado 
ao fator de crescimento transformador ( TGF )-beta chamado de 
inibina nos dois sexos. 
• A secreção de FSH e LH é regulada por um hormônio de liberação 
hipotalâmico, o hormônio liberador de gonadotrofina ( GnRH ), 
 
2 Sistema Reprodutor Feminino 
produzido por um subgrupo de neurônios de GnRH hipotalâmicos 
parvocelulares. 
• GnRH é produzido como um pró-hormônio maior e, como parte de 
seu processamento até um decapeptídeo, é modificado por 
ciclização de uma glutamina ( piro-Glu ) em sua terminação N e uma 
terminação C amidada. 
• GnRH é liberado de modo pulsátil e 
tanto a secreção pulsátil quanto a 
frequência de pulsos têm efeitos 
importantes sobre o gonadotrofo. 
• A infusão contínua de GnRH regula 
negativamente o receptor de GnRH, 
consequentemente produzindo uma 
diminuição da secreção de FSH e LH. 
Em contraste, a secreção pulsátil 
não dessensibiliza o gonadotrofo ao 
GnRH a secreção de FSH e LH é 
normal. 
• Com uma frequência de um pulso 
por hora, GnRH aumenta 
preferencialmente a secreção de 
LH e com uma mais lenta de um 
pulso a cada três horas, GnRH 
aumenta preferencialmente a 
secreção de FSH. 
• A inibina efetua uma 
retroalimentação negativa e 
seletiva sobre a secreção de FSH em homens e mulheres. 
• Nas mulheres, a progesterona e a testosterona realizam a 
retroalimentação negativa sobre a função gonadotrófica no 
hipotálamo e na hipófise. 
• Em baixas doses, o estrogênio também exerce retroalimentação 
negativa sobre a secreção de FSH e LH. Contudo, altos níveis de 
estrogênios mantidos por três dias causam um pico de LH e, em 
menor grau, secreção de FSH. Esta retroalimentação positiva, que é 
crítica na promoção da ovulação, é observada no hipotálamo e na 
hipófise. 
 
3 Sistema Reprodutor Feminino 
• No hipotálamo, a amplitude e a frequência de pulsos de GnRH 
aumentam, já na hipófise, os altos níveis de estrogênios aumentam 
muito a sensibilidade do gonadotrofo ao GnRH, tanto por um 
aumento dos níveis do receptor de GnRH quanto por uma 
otimização da sinalização pós-receptor. 
O Ovário: 
• É dividido em um córtex externo e uma medula interna. 
• Os elementos neurovasculares inervam a medula interna. 
• O córtex do ovário é composto por um estroma densamente 
celular, onde residem os folículos ovarianos, que contêm um 
ovócito primário circundado por células foliculares. 
• O córtex é coberto por uma cápsula de tecido conjuntivo, a túnica 
albugínea, e uma camada de epitélio simples constituído por células 
epiteliais da superfície do ovário. 
• Não há ductos surgindo dos ovários para transportar seus gametas 
para o trato reprodutor, assim, o processo de ovulação envolve um 
evento inflamatório que rompe a parede do vaso. Após a ovulação, 
as células epiteliais da superfície do ovário se dividem rapidamente 
para reparar a parede. 
❖ OBS01: A maioria dos cânceres de ovário se origina deste 
epitélio altamente proliferativo. 
 
Crescimento, desenvolvimento e função do folículo ovariano: 
• O folículo ovariano é a unidade funcional do ovário e desempenha 
funções gametogênicas e endócrinas. 
 
4 Sistema Reprodutor Feminino 
• A história de vida de um folículo pode ser dividida nas seguintes 
etapas: 
1. Folículo primordial em repouso; 
2. Folículo pré-antral ( primário e secundário ) em crescimento; 
3. Folículo antral ( terciário ) em crescimento; 
4. Folículo dominante ( pré-ovulatório, graafiano ); 
5. Folículo dominante no período periovulatório; 
6. Corpo lúteo ( da menstruação ou da gestação ); 
7. Folículos atrésicos; 
Folículo Primordial em Repouso: 
• Os folículos primários em repouso representam a estrutura folicular 
mais antiga e mais simples do ovário. 
• Aparecem durante a metade da gestação através da interação dos 
gametas e das células somáticas. 
• As células germinativas primordiais que migraram para a gônada 
continuam a se dividir mitoticamente como ovogônia até o quinto 
mês de gestação em humanos. Nesse ponto, aproximadamente sete 
milhões de ovogônias entram no processo de 
meiose e se tornam ovócitos primários. 
Durante esse tempo, os ovócitos primários 
ficam circundados por um epitélio simples de 
células foliculares somáticas, criando, assim, 
os folículos primários, que estabelecem 
junções comunicantes entre si e o ovócito. 
• As células foliculares representam um epitélio 
avascular circundado por uma lâmina basal. 
• Uma subpopulação de células da granulosa 
permanece intimamente ligada aos ovócitos 
ao longo de seu desenvolvimento e as células 
da granulosa fornecem nutrientes, tais como 
aminoácidos, ácidos nucleicos e piruvato para 
suportar a maturação do ovócito. 
• Os folículos primordiais representam a reserva 
ovariana de folículos e a reserva é reduzida. A 
mulher ovulará cerca de 450 entre a menarca 
 
5 Sistema Reprodutor Feminino 
e a menopausa e na menopausa, restam cerca de 1000 folículos 
primordiais no ovário. 
• Os folículos primordiais são perdidos 
principalmente por morte como 
resultado da atresia folicular. 
Entretanto, um pequeno subconjunto de 
folículos primordiais entrará em 
crescimento folicular em ondas e como 
a reserva folicular representa um número fixo finito, a taxa na qual 
os folículos primordiais em repouso morrem ou começam a se 
desenvolver ( ou ambos ) determinará a vida reprodutiva de uma 
mulher. 
❖ OBS-2: Quando ocorre uma taxa excessivamente rápida de 
atresia ou desenvolvimento que esgotará a reserva, ocorre a 
insuficiência ovariana prematura. 
• As gonadotrofinas hipofisárias mantêm uma reserva ovariana 
normal promovendo a saúde geral do ovário. 
• Entretanto, a taxa na qual os folículos primordiais em repouso 
entram no processo de crescimento parece ser independente das 
gonadotrofinas hipofisárias e a decisão de um folículo em repouso 
entrar na fase inicial de crescimento é principalmente dependente 
de fatores parácrinos intraovarianos produzidos pelas células 
foliculares e pelos ovócitos. 
O Gameta: 
• Nos folículos primordiais, o gameta é derivado da ovogônia que 
entrou na primeira divisão meiótica e tais ovogônias são conhecidas 
como ovócitos primários. Os ovócitos primários progridem a maior 
parte da prófase da primeira divisão meiótica ( prófase I ) durante 
o período de duas semanas e, então, param no estágio de 
diplóteno. Esse estágio é caracterizado pela descondensação da 
cromatina, que apoia a transcrição necessária para a maturação do 
ovócito. 
➢ A parada meiótica nesta fase, que pode durar até 50 anos, 
parece se dever à “incompetência maturacional”, ou à falta 
de proteínas do ciclo celular necessárias para apoiar a 
conclusão da meiose. 
 
6 Sistema Reprodutor Feminino 
➢ O núcleo do ovócito, chamado vesícula germinal, permanece 
intactonesta fase. 
Folículos Pré-antrais em crescimento: 
• O primeiro estágio do crescimento folicular é o pré-antral, que se 
refere ao desenvolvimento que ocorre antes da formação de uma 
cavidade antral cheia de líquido e um dos primeiros sinais visíveis 
do crescimento do folículo é o aparecimento de células cuboides da 
granulosa. Neste ponto, o folículo é conhecido como folículo 
primário. 
• À medida que as células da granulosa proliferam, formam um 
epitélio multicamadas ( estratificado ) ao redor do ovócito. Neste 
ponto, o folículo é conhecido como um folículo secundário. 
• Uma vez que um folículo secundário adquire de três a seis camadas 
de células da granulosa, ele secreta fatores parácrinos que 
induzem as células estromais próximas a se diferenciarem em 
células tecais epitelioides, que formam uma camada achatada de 
células ao redor do folículo. 
• Uma vez formada uma camada tecal, o folículo é chamado de 
folículo pré-antral maduro. Nos seres humanos, esse processo dura 
vários meses para que o folículo primário atinja o estágio pré-antral 
maduro. 
• O desenvolvimento folicular está associado a um movimento do 
córtex interno para dentro do folículo do córtex externo, mais 
próximo da vasculatura da medula ovariana. Os folículos liberam 
fatores angiogênicos que induzem o desenvolvimento de uma a 
duas arteríolas que formam uma coroa vascular ao redor do 
folículo. 
O Gameta: 
• Durante o estágio pré-antral, o ovócito começa a crescer e produzir 
proteínas celulares e secretadas. O ovócito inicia a secreção das 
glicoproteínas da matriz extracelular ZP1, ZP2 e ZP3, que formam a 
zona pelúcida. 
• A zona pelúcida aumenta a espessura e fornece um local de ligação 
específico para o espermatozoide durante a fecundação. 
 
7 Sistema Reprodutor Feminino 
• As células da granulosa e o ovócito mantêm contato de junção 
comunicante através de projeções celulares através da zona 
pelúcida. 
• O ovócito também continua a secretar fatores parácrinos que 
regulam o crescimento e a diferenciação das células foliculares. 
Função Endócrina: 
• As células da granulosa expressam o receptor de FSH durante esse 
período, mas são primariamente dependentes de fatores ovócito 
para crescer. Eles não produzem hormônios ovarianos nesse 
estágio inicial do desenvolvimento folicular. 
• As células tecais residem fora das células “enfermeiras” epiteliais, 
expressam o receptor de LH e produzem andrógenos. 
❖ OBS03: A principal diferença entre as células de Leydig e as 
células tecais é que as células tecais não expressam altos 
níveis de 17beta-HSD. Assim, o principal produto das células 
tecais é a androstenediona em oposição à testosterona. 
Crescimento dos folículos antrais: 
• Os folículos pré-antrais maduros se 
desenvolvem em folículos antrais precoces 
durante um período de 25 dias. 
• Uma vez que o epitélio da granulosa 
aumenta de seis a sete camadas, espaços 
cheios de líquido aparecem entre as células 
e coaslecem dentro do antro. Durante esse 
período de 45 dias, essa onda de pequenos 
folículos antrais continuará a crescer até 
grandes folículos antrais recrutáveis. 
• No período de crescimento, há um inchaço 
da cavidade antral, que divide as células 
da granulosa em células murais da 
granulosa e células do cumulus. 
• As células murais da granulosa formam a 
parede externa do folículo. 
➢ A camada basal é aderente à lâmina 
basal e em grande proximidade com 
as camadas tecais externas. 
 
8 Sistema Reprodutor Feminino 
➢ As células murais da granulosa se tornam altamente 
esteroidogênicas e permanecem nos ovários após a ovulação 
para se diferenciarem em corpo lúteo. 
• As células do cumulus são as células internas que circundam o 
ovócito. 
➢ A camada mais interna mantém as junções comunicantes e 
de aderência com o ovócito. 
➢ As células do cumulus são liberadas com o ovócito ( 
complexo cumulus-ovócito ) durante o processo de ovulação. 
➢ As células do cumulus são cruciais para a capacidade da 
extremidade fimbriada do 
oviduto “capturar” e mover o 
ovócito por um mecanismo de 
transporte ciliar ao longo do 
comprimento do oviduto até o 
local de fertilização. 
• Os folículos antrais precoces são 
dependentes de FSH hipofisário para o 
crescimento normal. 
• Os folículos são recrutados para entrar 
em uma fase de crescimento rápido 
através do aumento transitório de FSH 
que ocorre no final do ciclo menstrual anterior. 
O Gameta: 
• O ovócito cresce rapidamente nos estágios 
iniciais dos folículos antrais e o 
crescimento desacelera nos folículos 
maiores. 
• Durante o estágio antral, o ovócito 
sintetiza quantidades suficientes de 
componentes do ciclo celular, tornando-se 
competente para completar a meiose I na 
ovulação ( após a ovulação, para na metáfase II até ser fertilizado 
pelo espermatozoide ). 
• Nos folículos primários e secundários precoces, o ovócito não é 
capaz de completar a meiose I. No entanto, folículos antrais 
 
9 Sistema Reprodutor Feminino 
maiores ganham competência meiótica, mas ainda mantêm a 
parada meiótica até o aumento do LH da metade do ciclo. 
➢ A parada meiótica é alcançada pela manutenção de níveis 
elevados de cAMP no ovócito maduro. 
➢ O receptor GPR3 acoplado à proteína Gs, mantém o cAMP 
elevado. A fosfodiesterase PDE3A específica do ovócito 
degrada o AMPc para AMP inativo. 
➢ Antes do aumento de LH, a PDE3A é inibida pelo cGMP, que 
é produzido dentro das células cumulus e da granulosa e 
entra no ovócito através das junções comunicantes. 
Função Endócrina: 
• As células tecais dos grandes folículos antrais produzem 
quantidades significativas de androstenediona e menos 
testosterona. 
• Os andrógenos são convertidos em estradiol-17beta pelas células 
da granulosa. 
• Nesta fase, o FSH estimula a proliferação de células da granulosa e 
induz a expressão de CYP19 ( aromatase ) necessária para a síntese 
de estrógeno. 
 
10 Sistema Reprodutor Feminino 
• Além disso, as células murais da granulosa dos grandes folículos 
produzem quantidades crescentes de inibina durante a fase 
folicular inicial. 
• Baixos níveis de estrógeno e inibina retroalimentam 
negativamente a secreção de FSH contribuindo, desse modo, para 
a seleção do folículo com mais células responsivas ao FSH. 
Folículo Dominante: 
• No final de um ciclo menstrual prévio, uma safra de grandes 
folículos antrais é recrutada por um aumento no FSH para iniciar o 
rápido desenvolvimento dependente de gonadotrofina. 
• O número de folículos recrutados é reduzido para a cota de 
ovulação ( um em humanos ) pelo processo de seleção. 
• À medida que os níveis de FSH diminuem, os folículos em 
crescimento rápido sofrem progressivamente atresia até que reste 
um folículo. Geralmente, o maior folículo com mais receptores de 
FSH da safra recrutada se torna o folículo dominante. 
➢ A seleção ocorre durante a fase folicular inicial. 
 
11 Sistema Reprodutor Feminino 
➢ Na metade do ciclo, o folículo dominante se torna um grande 
folículo pré-ovulatório que possui 20 mm de diâmetro e 
contém cerca de 50 milhões de células da granulosa pelo 
aumento da gonadotrofina na metade do ciclo. 
O Gameta: 
• O ovócito é competente para concluir a meiose I, mas permanece 
parado no folículo dominante até o aumento de LH. 
• O crescimento do ovócito continua, mas a uma taxa mais lenta até 
que o ovócito atinja um diâmetro de cerca de 140 Um por ovulação. 
Função Endócrina: 
• O folículo recém-selecionado emerge como uma significativa 
“glândula” esteroidogênica e esse processo requer células tecais e 
da granulosa. 
• As células tecais expressam receptores de LH e produzem 
androstenediona. 
• Os níveis basais de LH estimulam a expressão de enzimas 
esteroidogênicas nas células tecais. 
• As células tecais são ricamente vascularizadas e têm acesso ao 
colesterol dentro das lipoproteínas LDL e HDL. O LH promove a 
expressão do receptor de LDL e do receptorde HDL, que importam 
colesterol. 
• O LH também aumenta a expressão de CYP11A1, 3beta-HSD e 
CYP17 com atividade de 17-hidroxilase e 17,20-liase. 
• Os andrógenos ( principalmente androstenediona, mas também 
alguma testosterona ) liberados da teca se difundem para as 
células murais da granulosa ou entram na vasculatura que envolve 
o folículo. 
• As células murais da granulosa do folículo selecionado possuem 
um número elevado de receptores de FSH e são sensíveis ao FSH, 
que aumenta a expressão gênica e a atividade do CYP19 ( 
aromatase ), o qual converte androstenediona no fraco estrógeno 
estrona e converte testosterona no potente estrógeno estradiol-
17beta. 
• As células da granulosa expressam isoformas ativadoras de 17beta-
HSD, que converte estrona menos ativa em estradiol-17beta 
 
12 Sistema Reprodutor Feminino 
altamente ativo. Além disso, o FSH induz a expressão de inibina B 
durante a fase folicular. 
• O FSH induz a expressão de receptores de LH em células murais da 
granulosa na segunda metade da fase folicular. Assim, as células 
murais da granulosa adquirem a capacidade de responder ao LH, o 
que permite que essas células mantenham níveis elevados de 
CYP19 em face da diminuição dos níveis de FSH. 
O folículo dominante durante o período periovulatório: 
• O período periovulatório é definido como o tempo desde o início do 
aumento do LH até à expulsão do complexo cumulus-ovócito para 
fora do ovário ( ovulação ). Esse processo dura de 32 a 36 horas nas 
mulheres. 
• Começando ao mesmo tempo e sobreposto ao processo de 
ovulação, ocorre uma mudança na função esteroidogênica das 
células tecais e murais da granulosa. Esse processo é chamado de 
luteinização e culmina na formação de um corpo lúteo capaz de 
produzir grandes quantidades de progesterona, juntamente com 
estrógeno, alguns dias após a ovulação. 
• Assim, o aumento de LH induz o início de processos complexos 
durante o período periovulatório, que completam a função 
gametogênica do ovário durante um determinado mês e alteram a 
função endócrina para preparar o aparelho reprodutor feminino 
para a implantação e a gestação. 
• O aumento de LH induz alterações estruturais no folículo 
dominante, que envolvem sua ruptura, a ovulação do complexo 
cumulus-ovócito e a biogênese do corpo lúteo das células tecais e 
murais da granulosa restantes. 
• Grandes alterações estruturais ocorrem durante esta transição: 
 
13 Sistema Reprodutor Feminino 
1. Antes da ovulação, o grande folículo 
pré-ovulatório pressiona a 
superfície ovariana e gera uma 
protuberância mal vascularizada da 
parede ovariana chamada estigma. 
O aumento de LH induz a liberação 
de citocinas inflamatórias e 
enzimas hidrolíticas das células 
tecais e da granulosa. Esses 
componentes secretados levam à 
ruptura da parede do folículo, da túnica albugínea e do epitélio 
superficial na vizinhança do estigma. No final, a cavidade antral 
se torna contínua com a cavidade peritoneal. 
2. A ligação das células do cumulus às células murais da granulosa 
degenera, e o complexo cumulus-ovócito se torna livremente 
flutuante dentro da cavidade antral. As células do cumulus 
também respondem ao aumento de LH secretando ácido 
hialurônico. Essas substâncias aumentam o complexo cumulus-
ovócito, na expansão do cumulus. Esse complexo cumulus-
ovócito aumentado é mais facilmente capturado e transportado 
pelo oviduto e o cumulus expandido torna o complexo cúmulo-
ovócito mais fácil de ser encontrado pelos espermatozoides. O 
espermatozoide expressa uma hialuronidase de membrana que 
lhes permite penetrar no cumulus expandido e o complexo 
cumulus-ovócito é liberado através do estigma rompido por um 
processo lento. 
3. A lâmina basal das células murais da granulosa é quebrada de 
modo que os vasos sanguíneos e as células tecais externas 
possam penetrar nas células da granulosa, que secretam fatores 
angiogênicos, como fator de crescimento endotelial vascular ( 
VEGF ), a angiopoietina 2 e o fator de crescimento básico do 
fibroblasto, o que aumenta significativamente o suprimento de 
sangue para o novo corpo lúteo. 
O Gameta: 
• Antes da ovulação, o ovócito primário é competente para concluir 
a meiose, mas esta é interrompida na prófase I. 
 
14 Sistema Reprodutor Feminino 
• O aumento de LH inibe a produção de cGMP pelas células da 
granulosa e do cumulus, removendo assim, a inibição da PDE3A 
específica do ovócito. A PDE3A prossegue para degradar AMPc 
para AMP inativo, removendo, assim, a interrupção da progressão 
meiótica. O ovócito então progride para a metáfase II e, 
subsequentemente, para a metáfase II até a fecundação. 
Função Endócrina: 
• Tanto as células tecais como as da granulosa mural expressam 
receptores de LH no momento do aumento de LH. 
• O aumento de LH induz a diferenciação das células da granulosa- 
continua por vários dias após a 
ovulação. 
• Durante o período 
periovulatório, o aumento de 
LH induz as seguintes alterações 
na atividade esteroidogênica 
das células murais da granulosa 
( que agora se transformam em 
células luteínicas da granulosa 
): 
1. Inibição transitória da 
expressão de CYP19 e da 
produção de estrógeno- o 
rápido declínio do estrogênio ajuda a desativar o feedback 
positivo sobre a secreção de LH. 
2. Ruptura da lâmina basal e vascularização das células da 
granulosa- isso torna o colesterol LDL e o HDL acessíveis para 
essas células para a esteroidogênese. O aumento de LH 
aumenta a expressão do receptor de LDL e do receptor de HDL 
nas células da granulosa. 
3. Início da expressão da proteína StAR, CYP11A1 e 3beta-HSD- a 
expressão dessas enzimas é fundamental para o início da 
produção de níveis elevados de progesterona por essas células. 
❖ OBS04: A imagem representava as vias esteroidogênicas no 
corpo lúteo. 
 
15 Sistema Reprodutor Feminino 
O Corpo Lúteo: 
• Após a ovulação, o remanescente da cavidade antral se enche de 
sangue dos vasos sanguíneos danificados na vizinhança do 
estigma, o que dá origem a um corpo hemorrágico. 
• Dentro de alguns dias, os eritrócitos e detritos são removidos por 
macrófagos e fibroblastos preenchem a cavidade antral com uma 
matriz extracelular semelhante à hialina. 
• No corpo lúteo maduro, as células da granulosa ( células luteínicas 
da granulosa ), aumentam e se tornam preenchidas de lipídeos ( 
ésteres de colesterol ). Elas aumentam de volume e preenchem 
parcialmente a cavidade antral. 
• A teca, juntamente com vasos sanguíneos, mastócitos, 
macrófagos, leucócitos e outras células residentes do tecido 
conjuntivo, infiltram a camada granulosa em vários locais. 
• O corpo lúteo humano está programado para viver por 14 dias, a 
menos que seja “resgatado” pelo hormônio gonadotrofina 
coriônica humana ( hCG ) semelhante ao LH, que se origina do 
embrião implatado ( no caso de ter ocorrido fecundação ). 
➢ Se resgatado, o corpo lúteo da gestação permanecerá viável 
durante a gestação ( 9 meses ). 
➢ O corpo lúteo parece se tornar progressivamente menos 
sensível aos níveis basais de LH, de modo que a ligação da 
hCG ao receptor de LH é necessária para a saúde e a função 
contínua do corpo lúteo. 
➢ A regressão parece envolver a liberação de prostaglandina 
PGF 2alfa tanto das células luteínicas da granulosa como do 
útero em resposta ao declínio dos níveis de progesterona 
durante a segunda semana da fase lútea. 
➢ Vários fatores parácrinos ( endotelina, proteína quimiotática 
de monócitos-1 ) das células imunológicas e vasculares 
desempenham um papel no desaparecimento e remoção 
das células luteínicas da granulosa. 
➢ O corpo lúteo é finalmente transformado em um corpo 
semelhante a cicatriz chamado corpo albicans, que afunda na 
medula do ovário e é lentamente absorvido. 
 
16 Sistema Reprodutor Feminino 
O Gameta: 
• O aumento de LH, induz dois eventos paralelos, a ovulação e a 
luteinização. 
• Se a ovulação ocorrernormalmente, o corpo lúteo é desprovido de 
um gameta. 
Função Endócrina: 
• Antes do aumento do LH, as células da granulosa possuem uma 
capacidade muito baixa de converter o colesterol em um 
hormônio esteroide. 
• O aumento do LH induz o aparecimento da expressão de CYP11A1, 
3beta-HSD e da proteína StAR, permitindo que as células luteínicas 
da granulosa convertam o colesterol em progesterona. 
• Como a expressão de CYP17 é extremamente baixa, a progesterona 
se acumula e sai das células luteínicas da granulosa e entra na 
vasculatura. 
• A produção de progesterona pelo corpo lúteo aumenta desde o 
início do aumento do LH e atinge o pico durante a metade da fase 
lútea. A principal finalidade dessa sincronia é transformar o 
revestimento uterino em uma estrutura adesiva e de suporte para 
a implantação e o início da gestação. 
❖ OBS05: A metade da fase lútea é sincronizada com o início da 
embriogênese, portanto, o útero está otimamente preparado 
quando um blastocisto cai no útero ao redor do dia 22 do 
ciclo menstrual. 
• O estradiol continua a ser produzido pelas células luteínicas da 
teca e luteínicas da granulosa e a produção de estrógeno diminui 
transitoriamente em resposta ao aumento do LH, mas, em 
seguida, retorna e atinge o pico na metade da fase lútea. 
• O estradiol induz o receptor de progesterona em células alvo de 
progesterona, como o endométrio uterino, e assegura uma 
resposta completa à progesterona. 
• A produção hormonal lútea é absolutamente depende dos níveis 
basais de LH e a produção de progesterona está estritamente 
correlacionada ao padrão pulsátil de liberação de LH nas mulheres. 
• Tanto o FSH como o LH são reduzidos aos níveis basais durante a 
fase lútea pelo feedback negativo da progesterona e do estrógeno. 
 
17 Sistema Reprodutor Feminino 
• As células luteínicas da granulosa secretam inibina, que reprime 
seletivamente a secreção de FSH. 
• O corpo lúteo deve gerar grandes quantidades de progesterona 
para suportar a implantação e o início da gestação. 
Consequentemente, a vida do corpo lúteo é muito regular, e uma 
fase lútea encurtada leva à infertilidade. 
• A qualidade do corpo lúteo é amplamente dependente do tamanho 
e da saúde do folículo dominante a partir do qual se desenvolveu, 
que, por sua vez, depende da estimulação hipotalâmica e hipofisária 
durante a fase folicular. Portanto, exercício intenso, inanição, níveis 
de prolactina elevados e função tireoidiana anormal, podem levar à 
deficiência da fase lútea e infertilidade. 
Folículos Atrésicos: 
• A atresia folicular se refere ao desaparecimento de um folículo 
ovariano. Durante a atresia, as células da granulosa e os ovócitos 
sofrem apoptose. 
• As células tecais tipicamente persistem e repovoam o estroma 
celular do ovário. Elas contêm receptores de LH e a capacidade de 
produzir andrógenos e são coletivamente referidas como a 
“glândula intersticial” do ovário. 
• Os folículos podem sofrer atresia a qualquer momento durante o 
desenvolvimento. 
Desenvolvimento folicular em relação ao ciclo menstrual mensal: 
• O ciclo menstrual humano se refere à descarga mensal do 
revestimento uterino descartado como sangue menstrual ou fluxo 
menstrual ( menstruação ). 
• Em uma perspectiva endocrinológica o ciclo menstrual humano 
tem um ciclo ovariano e um ciclo uterino, conduzido pelo ovariano. 
• A função reprodutiva do ciclo menstrual é a orquestração coletiva 
pelos hormônios ovarianos das funções do hipotálamo, hipófise, 
útero, oviduto, cérvix e vagina- até mesmo o próprio ovário-para: 
1. Produzir um gameta fertilizante ( óvulo ); 
2. Proporcionar um ambiente de apoio para o coito, a recepção 
do espermatozoide, a fertilização do ovo e o início da 
embriogênese; 
 
18 Sistema Reprodutor Feminino 
3. Prepara o revestimento uterino para implantação, placentação 
e gestação; 
4. Minimizar a possibilidade de ocorrência de uma 
superimplantação e/ou impedir que uma infecção ascendente 
se desloque da vagina para o útero. 
• A primeira metade do ciclo menstrual é referida como a fase 
folicular do ovário e é caracterizada pelo recrutamento e 
crescimento de um grande folículo antral, seleção do folículo 
dominante e crescimento do folículo dominante até a ovulação. 
• O folículo dominante deve conter um ovócito totalmente 
desenvolvido e células foliculares somáticas que secretam altos 
níveis de estrógeno. 
• A segunda metade do ciclo menstrual é referida como a fase lútea 
do ovário e é dominada por secreções hormonais a partir do corpo 
lúteo. O corpo lúteo deve secretar progesterona e estradiol para a 
progressão do ciclo normal. 
Regulação dos estágios tardios do desenvolvimento folicular, 
ovulação e luteinização: o ciclo menstrual humano: 
• Diferença entre os eixos reprodutores masculino e feminino: no 
feminino, há o pico de gonadotrofina na metade do ciclo, que é 
dependente de um nível elevado e constante de estrógeno 
proveniente do folículo dominante. 
• A interação entre o ovário, a hipófise e o hipotálamo, em que os 
eventos do ciclo menstrual são orquestrados, começando com o 
ovário no final da fase lútea de um ciclo anterior não fértil. Os 
eventos que se seguem: 
1. Na ausência de fertilização e implantação, o corpo lúteo regride 
e morre ( luteólise ). Isso leva a um declínio nos níveis de 
progesterona, estrógeno e inibina até o dia 24 do ciclo 
menstrual; 
2. O gonadotrofo hipofisário percebe o fim da função lúteo como 
uma liberação do feedback negativo. Isso leva a um aumento 
do FSH cerca de dois antes do início da menstruação. A base 
para o aumento de FSH não é conhecida, mas pode se dever à 
frequência lenta de pulsos de GnRH durante a fase lútea que, 
por sua vez, ocorre devido aos níveis elevados de progesterona; 
 
19 Sistema Reprodutor Feminino 
3. O aumento dos níveis de FSH recruta um grupo de grandes 
folículos antrais para iniciar um crescimento rápido, altamente 
dependente de gonadotrofina. Estes folículos produzem baixos 
níveis de estrógeno e inibina B; 
4. O gonadotrofo responde aos níveis lentamente crescentes de 
estrógeno e inibina B diminuindo a secreção de FSH. A ausência 
de progesterona promove um aumento na frequência dos 
pulsos de GnRH, aumentando assim, seletivamente, a síntese e 
secreção de LH pelo gonadotrofo. Assim, a razão LH:FSH 
aumenta lentamente ao longo da fase folicular; 
5. A resposta do ovário aos níveis decrescentes de FSH é a atresia 
folicular de todos os folículos recrutados, com exceção de um 
folículo dominante. Assim, o processo de seleção é impulsionado 
por uma extrema dependência de FSH dos folículos em face da 
secreção de FSH decrescente. O folículo dominante tem mais 
receptores de FSH, melhor oferta de sangue, produz quantidades 
crescentes de estradiol-17beta e inibina B. O FSH induz a 
expressão de receptores de LH nas células murais do folículo 
dominante; 
6. Uma vez que o folículo dominante faz que os níveis de estrógeno 
circulante excedam os 200 pg/ml por cerca de 50 horas em 
mulheres, o estrógeno exerce um feedback positivo sobre o 
gonadotrofo para produzir o aumento do LH de metade do ciclo. 
Os receptores de GnRH e a sensibilidade à sinalização do GnRH 
aumentam nos gonadotrofos e o hipotálamo contribui para o 
aumento da gonadotrofina aumentando a frequência dos pulsos 
de GnRH; 
7. O aumento de LH conduz a maturação meiótica, a ovulação e a 
diferenciação de células da granulosa em células produtoras de 
progesterona; 
8. Níveis crescentes de progesterona, estrógeno e inibina A pelo 
corpo lúteo retroalimentam negativamente os gonadotrofos 
hipofisários. Embora os níveis de estradiol excedam 200 pg/ml 
para o feedback positivo, os altos níveis de progesterona agora 
 
20 Sistema Reprodutor Feminino 
produzidos pelo corpo 
lúteo bloqueiam qualquer 
feedback positivo de 
estradiol. 
Consequentemente, os 
níveis de FSH e LH 
diminuem para níveis 
basais ( metadeda fase 
lútea ); 
9. Níveis basais de LH ( mas 
não de FSH )são 
absolutamente 
necessários para a função 
normal do corpo lúteo. No 
entanto, o corpo lúteo se 
torna insensível à 
sinalização do LH e 
morrerá a não ser que a 
atividade semelhante à do 
LH ( da hCG de um 
embrião implantado ) 
aumente. Em um ciclo não 
fértil, o corpo lúteo da 
menstruação regredirá em 14 dias, e os níveis de progesterona e 
estrógeno começarão a diminuir em cerca de 10 dias, 
retornando, assim, ao evento 1; 
• Após essa sequência de eventos, é evidente que o ovário é o 
relógio principal para o ciclo menstrual. O momento do aumento 
transitório do FSH, que recruta grandes folículos antrais e o 
aumento do LH, que induz a ovulação, é determinado por dois 
eventos ovarianos, que são, respectivamente, o tempo de vida 
altamente regular do corpo lúteo e sua morte após 14 dias e o 
crescimento do folículo dominante até o ponto em que ele pode 
manter uma produção elevada sustentada de estrógeno, que uma 
mudança para o feedback positivo na hipófise. 
 
21 Sistema Reprodutor Feminino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Oviduto: 
• Os ovidutos ( tubas uterinas e trompas de Falópio ) são tubos 
musculares com as extremidades distais próximas à superfície de 
cada ovário e as extremidades proximais atravessando a parede do 
útero. 
• São divididos em quatro seções ( de distal para proximal ): o 
infundíbulo, a ampola, o istmo e o segmento intramural ou 
uterino. 
• As principais funções são: 
1. Capturar o complexo cumulus-ovócito na ovulação e transferir 
o complexo para um ponto intermediário ( a junção ampola-
istmo ), onde ocorre a fecundação. As secreções do oviduto 
cobrem e infundem o complexo cumulus-ovócito e são 
necessárias para viabilidade e fertilidade. 
2. Fornecer um local para o armazenamento dos espermatozoides. 
Os espermatozoides permanecem viáveis aderidos às células 
epiteliais que revestem o istmo e as secreções do oviduto 
induzem a capacitação e a hiperatividade do espermatozoide. 
3. Secretar fluidos que fornecem suporte nutricional para o 
embrião pré-implantado. 
• O oviduto necessita manter o embrião inicial até atingir o estágio de 
blastocisto ( cinco dias após a fecundação ) e depois permitir que 
ele passe para a cavidade uterina. 
 
22 Sistema Reprodutor Feminino 
• A endossalpinge ( mucosa ) possui células secretores e ciliadas, que 
propelem o complexo cumulus-ovócito em direção ao útero. 
• As células secretoras produzem um muco rico em proteínas que é 
transportado ao longo do oviduto para o útero pelos cílios e move 
o complexo cumulus-ovócito em direção ao útero e pode fornecer 
os sinais direcionais para o espermatozoide. 
• A função normal do oviduto minimiza a implantação ectópica e a 
gestação ectópica, que ocorre mais frequentemente dentro do 
oviduto. 
Regulação hormonal durante o ciclo menstrual: 
• O estrógeno aumenta o tônus da musculatura do istmo, mantendo 
o complexo cumulus-ovócito na junção ampola-istmo para a 
fertilização e a progesterona relaxa o tônus no istmo. 
O Útero: 
• O útero: 
1. Auxilia o movimento do espermatozoide da vagina para os 
ovidutos; 
2. Fornece um local adequado para a fixação e implantação do 
blastocisto, incluindo um estroma rico em nutrientes; 
3. Limitar a invasividade do embrião em implantação para que 
permaneça no endométrio e não alcance o miométrio; 
4. Fornecer um lado materno da arquitetura placentária madura, 
incluindo a placa basal à qual o lado fetal se liga, e grandes 
espaços intervilares que se tornam preenchidos com sangue 
materno após o primeiro trimestre; 
5. Crescer e expandir com o feto em crescimento, para que ele se 
desenvolva dentro de um ambiente não aderente aquoso; 
6. Fornecer fortes contrações musculares para expulsar o feto e a 
placenta a termo; 
Regulação hormonal do endométrio uterino durante o ciclo 
menstrual: 
• Fase proliferativa: 
➢ No momento da seleção do folículo dominante e sua 
produção elevada de estradiol, o endométrio uterino está 
terminando a menstruação. 
 
23 Sistema Reprodutor Feminino 
➢ O estrato funcional foi perdido e permanece apenas o basal e 
os níveis crescentes de estrógeno durante a fase folicular 
média a tardia do ovário induzem a fase proliferativa do 
endométrio uterino, em que o estrógeno induz todos os tipos 
de célula do estrato basal a crescer e se dividir. 
➢ Ele produz fatores de crescimento e induz a expressão de 
receptores de progesterona, preparando o endométrio para 
que possam responder à progesterona durante a fase lútea. 
 
• Fase secretora: 
➢ Pela ovulação, a espessura do estrato funcional foi 
restabelecida sob as ações proliferativas do estradiol-17beta. 
➢ Após a ovulação, o corpo lúteo produz altos níveis de 
progesterona e estradiol-17beta. 
➢ A progesterona inibe o crescimento adicional do endométrio, 
induz a diferenciação das células epiteliais e estromais, induz 
as glândulas uterinas a secretarem nutrientes para o 
blastocisto e induz a alteração na adesividade do epitélio para 
a implantação de um embrião. 
• Fase menstrual: 
➢ Em um ciclo não fértil, a morte do corpo lúteo resulta em 
retirada súbita de progesterona, o que leva a alterações no 
endométrio uterino que resultam na perda da lâmina 
funcional. 
 
24 Sistema Reprodutor Feminino 
➢ Durante a menstruação, as contrações se propagam do fundo 
para o colo do útero, promovendo, assim, a expulsão do 
estrato funcional descamado. 
➢ O tamanho e o número de células musculares lisas são 
determinados pelo estrógeno e a progesterona. 
Transporte e metabolismo dos esteroides ovarianos: 
• Os hormônios esteroides são levemente solúveis no sangue e estão 
ligados às proteínas plasmáticas. 
• A meia vida da progesterona é de cerca de cinco minutos.

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