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SEMIOLOGIA - Anamnese abrangente do adulto

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Ana Laura Octávio - TXXII 
 
ANAMNESE 
INTRODUÇÃO 
- A semiologia está relacionada ao estudo dos sinais e sintomas das doenças. Para a 
obtenção desses sinais e sintomas, o médico possui técnicas conhecidas como 
componentes do diagnóstico: 
▪ Anamnese. 
▪ Exames físicos. 
▪ Exames complementares. 
 
ANAMNESE 
- A anamnese é o ponto inicial do diagnóstico da doença. É o histórico que vai desde o 
momento que o paciente começou a ter sintomas até o momento da observação do 
médico. É baseado nas lembranças que o paciente possui. 
- OBJETIVOS DA ANAMNESE: 
▪ Obter relação médico paciente adequada - isso envolve simpatia, confiança, 
atenção e segurança. 
- Quanto melhor a relação, mais fácil será de retirar os dados necessários. 
▪ Conhecer as dimensões do espaço diagnostico – conhecer o ambiente, a 
moléstia e o ambiente em que ele vive (muita influência). 
▪ Auxiliar na interpretação de exames (físicos e complementares). 
▪ Avaliar resposta a tratamentos e progressos – eficácia do tratamento quando o 
paciente retorna. 
▪ Contribuir para o tratamento. 
 
- PRINCÍPIOS DA ANAMNESE: 
▪ Motivação e tempo para ouvir o paciente (o tempo depende do espaço e do 
local). 
▪ Evitar interrupções. 
OBS.: Desde que o paciente não perca o foco. 
▪ Observar o paciente (coleta dos sinais). 
▪ Saber interrogar – as perguntas aos pacientes devem ser feitas numa linguagem 
popular, mais simples. 
▪ Não fazer julgamentos precoces. 
▪ Não discutir com o paciente. 
 
- TIPOS DE AVALIAÇÃO: 
ABRANGENTE - paciente que chega pela primeira vez: 
▪ Pacientes novos. 
▪ Início da relação médico-paciente. 
▪ Fornece conhecimentos fundamentais e personalizados. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
▪ Linha de base para avaliações futuras. 
▪ Promove ações de saúde mediante orientação e educação. 
▪ Desenvolve proficiência das habilidades. 
 
FOCALIZADA - paciente que volta para ver o resultado do tratamento proposto: 
▪ Pacientes já conhecidos. 
▪ Aborda queixas ou sintomas localizados. 
▪ Avalia um sistema corporal específico. 
▪ Utiliza métodos de exame relevantes à avaliação das queixas ou problemas da 
forma mais exata e cuidadosa possível. 
 
- LIMITAÇÕES PARA ANAMNESE: 
▪ Condições clínicas. 
▪ Tipo de informante - tem pacientes que não sabem ou não querem informar. 
▪ Entrevistador - deve entender a urgência do caso, deve se ter bom senso ao 
perguntar. 
 
PASSOS PARA ANAMNESE 
- Preste atenção em você como médico (se está limpo, asseado, com unhas cortadas). 
- Memorize o nome do paciente. 
- Cumprimente o paciente (“Bom dia, Sr(a). ………. “). 
- Identifique-se (“ Bom dia, meu nome é ……….. sou estudante de medicina da UNIARA. 
Eu gostaria de fazer algumas perguntas para examinar o senhor, posso?”). 
- Posicione-se bem na sala (90cm a 1,20m de distância do paciente). 
- Prepare-se para: ouvir, interagir e escrever. 
- Observe o paciente (ex: esclera azul (osteogênese imperfeita), mãos mais compridas 
que o normal (Síndrome de Proteus, E.L.A. e Síndrome de Marfan). 
 
 
COMPONENTES DA ANAMNESE ABRANGENTE DO ADULTO 
I) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO, FONTE E CONFIABILIDADE 
- IDENTIFICAÇÃO: 
▪ Nome. 
▪ Idade. 
▪ Sexo. 
▪ Etnia. 
▪ Profissão (se aposentado, qual era a profissão antes). 
▪ Estado civil. 
▪ Religião. 
▪ Naturalidade. 
▪ Procedência (remota e atual). 
Patologias relacionadas, mais comuns e prevalentes. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- FONTE: quem deu/forneceu as informações (paciente, acompanhante, carta de 
encaminhamento, prontuário). 
- CONFIABILIDADE: o paciente é confiável (apresenta variações de memória, humor). 
 
 
 
II) QUEIXAS PRINCIPAIS E DURAÇÃO (QD) 
- O que leva o paciente a procurar o atendimento? 
- Usar os termos utilizados pelo paciente. 
- Ser breve. 
- Determinar o tempo, SEMPRE. 
 
Exemplo 
“Estou com a visão embaçada” 
P: Desde quando? 
R: Há 2 dias. 
QD: Visão embaçada há 2 dias. 
 
III) HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA ou HPMA) 
- História que levou o paciente a procurar atendimento (relacionada com a QD). 
SIC: segundo informações do paciente. 
- É o relato completo, claro e cronológico dos problemas/sintomas. 
- Usar termos técnicos (outro médico conseguir entender). 
- Importante incluir dados pertinentes negativos e/ou positivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 
QD: Visão embaçada há 2 dias. 
HPMA: Paciente com queixa de embaçamento visual (fica tudo nublado - sic) há 1 
semana, sem horário preferencial de aparecimento, sem fatores desencadeantes, sem 
sintomas associados, sem fatores de melhora e com piora progressiva desde há 2 dias. 
Refere que teve episódios semelhantes anteriormente quando ``diabetes sobe muito´´. 
Como não melhorava, procurou atendimento médico. 
 
 
OBS.: Sempre colocar data e hora da anamnese. 
 
OBS.: Diferenciação entre sintoma e sinal: 
Sintoma - o que o paciente refere. 
Sinal - o que o examinador (médico) encontrou. 
 
Cada sintoma deve ser caracterizado: 
1. Localização 
2. Qualidade 
3. Quantidade ou gravidade 
4. Início, duração e frequência 
5. Situação em que ocorre – quando? 
6. Fatores agravantes ou de melhora 
7. Manifestações associadas 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
IV) INTERROGATÓRIO SOBRE OS DIVERSOS APARELHOS (ISDA) 
- Começar ISDA sempre da cabeça para os pés (de cima para baixo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINTOMAS GERIAS 
- Febre. 
- Calafrio - tremor involuntário do corpo por contração muscular. 
- Sudorese. 
- Cãibra - contração involuntária de um músculo só. 
- Astenia - perda ou diminuição da força muscular. 
- Alteração do peso. 
 
Exemplo – febre 
P: Desde quando? Quantos dias? Era de quanto? Chegou a medir? Aparecia em qualquer 
horário do dia ou em algum horário específico? Melhorava de alguma maneira? Tinha 
algum outro sintoma acompanhando (náuseas, calafrios, sudorese, mal estar, cefaleia, 
tontura, astenia…) 
R: 2 meses. Não mediu, Só sentiu o corpo quente. Aparecia de manhã e melhorava com 
dipirona, mas voltava no decorrer do dia. Arrepio no corpo, diminuição da força 
muscular e mal-estar. 
ISDA: Paciente refere febre não medida, desde há 2 dias, pela manhã, acompanhada de 
calafrios e astenia, que melhorava parcialmente com uso de dipirona, mas que retorna 
com o decorrer do dia, sem fatores de piora. 
 
PELE 
- Coloração: alteração de cor, região, que cor. 
- Textura: presença de ressecamento, onde. 
- Temperatura 
- Sudorese: região que sua. 
- Sensibilidade: formigamento ou sensação de região anestesiada, qual. 
- Prurido (coceira) 
- Lesões: aparecimento de manchas ou feridas. 
 
 
Cada sintoma deve ser caracterizado: 
1. Localização 
2. Qualidade 
3. Quantidade ou gravidade 
4. Início, duração e frequência 
5. Situação em que ocorre – quando? 
6. Fatores agravantes ou de melhora 
7. Manifestações associadas 
“Paciente refere/ nega” 
 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
FÂNEROS (pelos, cabelos, unhas, sobrancelhas) 
- Queda de cabelo/pelos: 
• Perda de cabelo/pelos pelo corpo → alopecia. 
• Perda de parte da sobrancelha (pode se associar à hanseníase) → madarose. 
- Alteração da cor dos cabelos: 
• Cabelos brancos → caníce. 
• Despigmentação dos cabelos. 
• Ausência de melanina em determinadas áreas da pele, deixando manchas 
brancas (mecha branca de cabelo) → piebaldismo. 
- Aumento/ queda da quantidade de pelos → hipetricose. 
- Pelos em locais diferentes dos habituais → hirsurtismo (patologia feminina). 
- Lesões e alterações da cor das unhas: 
• Unhas esbranquiçadas → leuconiquia. 
• Inflamação ao redor das unhas → paroníquia. 
 
CABEÇA E PESCOÇO 
- Dor de cabeça → cefaleia. 
- Aumento do volume do ``pescoço´´ (na realidade, é aumento da tireoide) → bócio. 
- Massas → tumorações. 
- Dor de garganta quando ingere álcool → pode estar relacionada com linfoma. 
 
CEFALÉIA 
- Com fotofobia e aura (visão comprometida) → enxaqueca. 
- Lancinante (dor insuportável), lacrimejando e rinorreia (saída de secreção nasal) → 
cefaleia em salvas. 
- Regiãotemporal, surge após estresse → cefaleia tensorial. 
- Posterior com dor torácica e epistaxe (sangramento nasal) → crise hipertensiva. 
- Súbita com náuseas e vômitos em jatos e rigidez no pescoço → meningite ou 
encefalite. 
OBS.: Vômitos em jatos – abscesso ou hipertensão intracraniana aguda ou hemorrágica 
(aneurisma). 
- Explosiva, ``em trovoada´´, pior dor da vida, como martelada → hemorragia 
intracraniana. 
 
OLHOS 
- Dor ocular. 
- Queimação. 
- Lacrimejamento. 
- Acuidade visual (capacidade que o paciente tem de enxergar): boa, ruim ou ausente: 
• Uso de lentes corretoras. 
• Visão dupla → diplopia. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
• Visão lateral → hemianopsia. 
• Pontos luminosos → escotomas. 
- Sensação de corpo estranho. 
- Sensação de olho seco → xeroftalmia. 
- Aversão à luz → fotofobia. 
- Visão ``pela metade´´ → hemianopsia. 
- Perda de visão → amaurose. 
 
ALUCINAÇÕES VISUAIS 
- Visão amarelada → xantopsia (intoxicação por digitálicos: remédios que auxiliam o 
tratamento de insuficiência cardíaca). 
- Visão esverdeada → cloropsia (intoxicação por digitálicos). 
- Visão violácea (violeta) → lantopsia ou iantopsia (distúrbios psiquiátricos). 
- Visão azulada → cianopsia (após remoção de catarata ou uso de sildenafil (Viagra). 
 
OUVIDOS 
- Dor de ouvido → otalgia. 
- Saída de secreção pelo ouvido: 
• Límpida, clara → otorreia límpida. 
• Purulenta → otorreia purulenta. 
• Sangue → otorragia. 
- Zumbidos. 
- Tonturas. 
- Alucinações auditivas. 
 
NARIZ 
- Dor no nariz ou nos seios da face. 
- Saída de secreção pelo nariz: 
• Límpida, clara → rinorreia límpida. 
• Purulenta → rinorreia purulenta. 
• Sangue → rinorragia ou epistaxe. 
- Obstrução nasal (nariz entupido). 
- Prurido. 
- Espirros. 
- Alterações do olfato. 
 
ALTERAÇÕES DO OLFATO 
- Perda total do olfato → anosmia. 
- Perda parcial do olfato → hiposmia. 
- Aumento da olfação → hiperosmia. 
- Sensação de odor desagradável subjetiva (só o paciente sente) → cacosmia. 
- Distorção de odores (``nada cheira certo´´ ou ``tudo tem o mesmo cheiro´´) → 
parosmia. 
- Sensação de odores que não existem (p.ex. distúrbios psiquiátricos) → fantosmia. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Incapacidade de classificar, identificar ou constatar uma sensação odorífera 
verbalmente → agnosia. 
 
CAVIDADE ORAL, LARINGE E FARINGE 
- Dor. 
- Boca seca → xerostomia. 
- Excesso de salivação → sialorreia ou hipersialose. 
- Mau hálito (alterações na cavidade oral ou TGI) → halitose. 
- Sangramentos (traumas na boca, má condição dentária, deficiência de vitamina C) → 
escorbuto. 
- Lesões → desde afta até tumorações. 
- Alterações dentárias: 
• Dentes de Hutchinson – molares em amora e incisivos medianos em forma de 
fenda. 
• Angina de Ludwing – infeção do espaço submandibular. 
- Alterações da língua: 
• Aumento do volume da língua → macroglossia. 
• Dor ou ardor na língua → glossodinia. 
• Inflamação na língua → glossite. 
o Língua geográfica: glossite que pode causar dor ou queimação. 
o Língua negra pilosa: infeção fúngica, geralmente de coloração negra. 
- Alterações da deglutição: 
• Dor para deglutir → odinofagia. 
• Dificuldade para deglutir → disfagia. 
• Contratura involuntária dos músculos mastigatórios → trismo (pode estar 
relacionado com tétano). 
- Alterações do apetite: 
• Aumento do apetite, da ingesta alimentar → polifagia ou hiperfagia. 
• Diminuição do apetite → hiporexia. 
• Ausência de apetite → anorexia. 
• Perversão do apetite → alotriofagia (Síndrome da Pica): 
o Hábito de comer terra ou barro → geofagia. 
o Hábito de comer os próprios cabelos → tricofagia. 
o Prática de se alimentar de gafanhotos → acridofagia. 
o Hábito de comer fezes → escatofagia. 
o Hábito de consumir gelo → pagofagia. 
o Hábito de comer pedras → litofagia. 
o Hábito de comer morcegos → quiropterofagia. 
o Hábito de comer mão → quirofagia. 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
- ATENÇÃO: dor torácica é o sintoma mais importante da cardiopatia, pois as causas de 
dor no coração são potencialmente fatais. 
- Palpitações: sensações desconfortáveis no tórax associadas a arritmias cardíacas 
(``coração acelerado´´). 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
o CAUSAS: cardiopatia, tireoxicose (hipertireoidismo), feocromocitomal (tumor 
que produz catecolaminas), hipoglicemia, febre, anemia e ansiedade. 
 
- Desmaio/síncope: perda de consciência por queda da perfusão cerebral. 
o Diferenciar de “tonteiras”. 
o Relacionado a causas cardíacas e não cardíacas. 
o Cardiopatias com distúrbios do ritmo. 
o Hipoglicemia, hiperventilação, hipóxia, desidratação, anemia, epilepsia, AVC 
o Uso de medicamentos (antidepressivos, diuréticos, anti-hipertensivos, p.ex.). 
 
- Fadiga (ou cansaço): não é específico de doenças cardíacas. 
o Outras causas comuns: ansiedade, depressão, anemia e doenças crônicas (DPOC, 
hipotireoidismo, câncer). 
 
- Falta de ar, ou a dificuldade para respirar → dispneia. 
- Edema (inchaço). 
o Pacientes com IC apresentam edema simétrico de MMII, que piora durante o 
decorrer do dia. 
o Pacientes acamados podem apresentar apenas edema sacral. 
o Se tiver dispneia associada, geralmente a dispneia precede o aparecimento do 
edema. 
 
- Coloração azulada ou arroxeada da pele (grande quantidade de hemoglobina não 
Saturada) → cianose. 
- Expectoração com sangue → hemoptise. 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
- Dor torácica. 
- Falta de ar, dificuldade para respirar → dispneia. 
• Dispneia paroxística noturna (DPN) - ocorre à noite com o paciente deitado; o 
paciente é despertado pela falta de ar, geralmente acompanhada de tosse e se 
levanta para “conseguir mais ar”. Geralmente associada a ICC. 
• Ortopneia - necessidade de usar mais travesseiros para dormir – ICC. 
• Dispneia aos esforços (DAE) - desencadeada pelos esforços - angina, arritmias, 
DPOC. 
• Trepopneia - dispneia em um decúbito lateral específico. 
• Platipnéia - dispneia em posição ortostática. 
• Apneia - parada da respiração – SAHOS. 
• Taquipneia - aumento da frequência respiratória. 
• Hipopneia - diminuição da frequência e profundidade da respiração respiratória. 
• Eupneia – respiração normal. 
 
- Coloração azulada ou arroxeada da pele → cianose. 
- Tosse (mecanismo de defesa da árvore respiratória). 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Escarro, secreção proveniente da árvore brônquica → expectoração. 
o Muco mucoide - escarro não infectado é inodoro, transparente ou cinza-
esbranquiçado. 
o Escarro purulento - escarro infectado, pode ser amarelo, vermelho ou 
esverdeado. 
o Vômica - expectoração abundante e súbita de secreção purulenta ou 
hemorrágica proveniente de uma cavidade ou coleção intratorácica. 
 
 
 
- Expectoração com sangue → hemoptise. 
o Apresenta coágulos - lesão pulmonar cavitaria, tumor de pulmão, embolia 
pulmonar. 
o Escarro tingido de sangue (laivos de sangue) - embolia pulmonar, tuberculose, 
estenose mitral, tabagismo. 
 
- Som agudo e apero à inspiração (redução do calibre das vias aéreas superiores) → 
cornagem (estridor). 
- Chiado no peito, sons expiratórios → sibilos. 
- Sons roucos vindos do nariz ou da boca: é a obstrução parcial das vias aéreas superiores 
durante o sono → roncos pulmonares. 
- Fadiga ou cansaço. 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
- Dor abdominal. 
OBS.: Se a paciente for do sexo feminino perguntar sobre ciclos menstruais, DUM, 
gestações, sangramentos fora do ciclo, sangramentos pós-menopausa, traumatismos 
etc. 
- Náusea e vômito: 
o Irritação do peritônio (ex. perfuração de órgão). 
o Obstrução do ducto biliar, ureter ou intestino. 
o Toxinas. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- - ---- 
 
- Dificuldade de deglutição → disfagia. 
• No início da deglutição (sensação de engasgo) → disfagia de transferência. 
• Na região do pescoço → disfagia cervical. 
• Na região do tórax → disfagia torácica. 
- Dor á deglutição → odinofagia. 
- Azia, queimação retroesternal → pirose. 
- Retorno de alimentos não digeridos do esôfago para a boca → regurgitação.- Estomago cheio, sensação de barriga estufada → empachamento. 
- Intolerância alimentar (dificuldade de digerir certos alimentos). 
- Hábito intestinal (número de evacuações/dia, consistência e coloração das fezes). 
• Diarreia – diminuição da consistência das fezes e aumento do número de 
evacuações. 
o Aguda – mínimo de 3 episódios de diarreia por dia, por até 14 dias 
(geralmente infecciosa). 
o Crônica – mínimo de três episódios de diarreia por dia, por mais de 2 
semanas (alergias alimentares, estresse, uso abusivo de laxantes, doenças 
autoimunes do intestino, insuficiência pancreática, câncer intestinal, AIDS 
etc. 
o Intermitente – alternância de episódios de diarreia e sem diarreia (doenças 
autoimunes intestinais). 
• Constipação intestinal – fezes ressecadas. 
- Tradicionalmente definida com menos de 3 evacuações por semana. 
- Investigar esforço para defecar, consistência e formato das fezes. 
• Disenteria – diarreia com presença de muco ou sangue, geralmente 
acompanhada de cólica intestinal. 
• Tenesmo real (anal) – espasmo doloroso do esfíncter anal com desejo urgente 
de defecar. 
LOCALIZAÇÃO DAS 
DORES ABDOMINAIS 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
 
 
- Hemorragias (hemorragia digestiva alta - HDA e hemorragia digestiva baixa- HDB). 
• Hematêmese – vômitos com sangue (sangue vivo ou diferido). 
• Melena – fezes fétidas com eliminação de sangue digerido, negro, em ``borra de 
café´´ (acima do ângulo de Treitz). 
• Hematoquezia – passagem de sangue vermelho vivo em pequena quantidade 
pelo reto durante a evacuação, sem se misturar com as fezes (proveniente do 
retor ou anus). 
• Enterorragia – evacuação de sangue vivo geralmente em grande quantidade 
(indica sangramento intestinal – abaixo do ângulo de Treitz). 
 
 
- Coloração amarelada da pele e mucosas → icterícia. 
- Distensão abdominal. 
• Aumento de gás GI – má absorção, colón irritável ou ingestão de ar (aerofagia). 
• Aumento de líquido intra-abdominal → ascite. 
- Massas (desde hernias até neoplasia). 
- Coceiras → prurido. 
o Generalizada – distúrbio cutâneo, doença hepática ou renal crônica, 
medicamentos. 
o Localizado – na pele da região anal (fistulas, fissura, parasitas, HIV). 
o Intenso – pode estar associado a linfoma ou doenças malignas do TGI. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
SISTEMA GENITOURINÁRIO 
 
 
- Dor: 
• Dor em flanco ou dor lombar – distensão do ureter, pelve renal ou bexiga. 
• Inguinal – hernia ou dor residual de herniorrafia. 
• Suprapúbica (baixo ventre) – infeções, cisto roto de ovário, gestação ectópica. 
• Escrotal ou testicular – torção testicular, varicocele, epididimite. 
- Dor para urinar → disúria. 
• Geralmente associada a infecções, estenose de meato externo ou estenose 
uretral. 
• Eliminação lenta e dolorosa de urina em consequência de espasmo uretral ou 
vesical → estranguria. 
• Presença de pus na urina → piuria. 
• Eliminação de ar pela urina, ``bolinhas de gás´´, geralmente no final da micção 
→ pneumatúria. 
• Presença de material fecal na urina (RARO) → fecalúria. 
- Alterações da continência: incapacidade de reter a urina: 
• De transbordamento. 
• De esforço. 
- Massas, linfadenomegalia ou edema inguinal. 
- Lesões ou erupções cutâneas genitais. 
- HOMENS: 
• Aumento escrotal. 
• Descarga uretral. 
• Disfunção erétil. 
• Priapismo. 
 
- MULHERES: 
• História ginecológica. 
• História obstétrica. 
 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
 
ALTERAÇÕES DO FLUXO URINÁRIO 
- Produção e eliminação de quantidades aumentadas de urina → poliúria. 
- Aumento do número de micções com diminuição do volume (geralmente 
acompanhada de tenesmo vesical) → polaciúria. 
- Aumento da frequência urinária à noite → nictúria. 
- Necessidade de urinar à noite, interrompendo o sono → noctúria. 
- Abertura da uretra fica na parte inferior do pênis → hipospadia. 
- Abertura da uretra fica na face dorsal do pênis → epispádia. 
 
ALTERAÇÕES DA COR DA URINA 
URINA AVERMELHADA 
- Presença de sangue → hematúria: 
• Inicial - geralmente tem origem na uretra. 
• Terminal - distúrbio do colo vesical ou uretra posterior. 
• Presença de sangue na roupa - geralmente patologias do meato uretral externo 
(sexo masc.) 
• Hemoglobinúria de marcha - atividade física vigorosa. 
- Ingesta de alimentos vermelhos (beterraba, frutas vermelhas). 
- Ingesta de alguns medicamentos como piridium e rifampicina. 
- Alimentos ricos em corantes vermelhos. 
- Intoxicação por mercúrio. 
 
URINA MARROM ESCURO (cor de chá, cor de Coca-Cola) 
- Presença de bilirrubina em excesso na urina → colúria. 
- Medicamentos como antimaláricos, antibióticos e relaxantes musculares. 
- Excesso da ingesta de feijão. 
 
SISTEMA GENITOURINÁRIO MASCULINO 
- Aumento escrotal: 
• Na maioria das vezes é unilateral. 
• Dilatação testicular ou epididimária, hérnia, varicocele, espermatocele, 
hidrocele. 
• Aumento escrotal doloroso - torção testicular, hérnia estrangulada, epididimite 
- Descarga uretral: corrimento peniano (saída involuntária de secreção pelo meato 
uretral masculino). Causa mais comum – uretrite gonocócica. 
- Sangramento uretral: saída involuntária de sangue pelo meato uretral masculino. 
- Disfunção erétil: incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção peniana 
suficiente para desempenho sexual satisfatório. 
• Causas: doenças vasculares, DM, uso de anti-hipertensivos, antidepressivos, 
betabloqueadores. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Ereção peniana dolorosa, independente do desejo sexual, sem levar a ejaculação → 
priapismo. 
• Causas mais comuns: leucemia, anemia falciforme, traumas de coluna, uso de 
medicamentos. 
- Presença de sangue no esperma ejaculado → hematospermia (hemospermia): 
• Maioria dos casos é idiopática e benigna. 
• Outras causas: biópsia prostática, prostatite, uretrite, epididimite, tumores. 
• Causa rara: esquistossomose (Schistossoma haematobium - África e Oriente 
Médio). 
 
SISTEMA GENITOURINÁRIO FEMININO 
 
HISTÓRIA GINECOLÓGICA 
- Mamas: 
• Saída de secreção pelas mamas → galactorréia. 
• Dor nas mamas → mastalgia. 
• Nódulos e lesões. 
• Gânglios. 
- Antecedentes ginecológicos: 
• Primeira menstruação → menarca. 
• Ciclos menstruais - regularidade, duração, intensidade do sangramento. 
• DUM - data da última menstruação. 
• TPM - tensão pré-menstrual. 
• Uso de anticoncepcional - qual? 
• Dor à relação sexual → dispareunia. 
• Libido - desejo sexual. 
• Menopausa - última menstruação ≠ síndrome climatérica (sintomas). 
• Saída de secreção vaginal → leucorreia. 
• Sangramento vaginal - fora do ciclo. 
• Prurido, lesões - candidíase, DST, câncer. 
- Distúrbios menstruais: 
• Ausência de menstruação > 3 meses → amenorreia. 
• Ciclos regulares, duração até 35 dias, fluxo normal → eumenorreia. 
• Fluxo de duração menor que 3 dias, ou quantidade inferior a 30ml → 
hipomenorreia. 
• Sangramento prolongada > 8 dias ou volume > 80 ml → hipermenorreia. 
• Sangramento vaginal intenso ou prolongado com o ciclo menstrual → 
menorragia. 
• Sangramento uterino que ocorre fora do período menstrual → metrorragia. 
• Frequência dos ciclos menstruais > 35 dias → oligomenorreia. 
• Frequência dos ciclos menstruais > 2 a 3 meses → espaniomenorreia. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
• Frequência dos ciclos menstruais < 24 dias → polimenorreia. 
• Cólica menstrual (menstruação difícil) → dismenorreia. 
 
HSTÓRIA OBSTÉTRICA 
- Número de gestações: à termo, prematuros, abortos. 
- Tipo de parto: normal, cesariana, fórceps. 
- Quantos nasceram vivos/natimortos. 
- Complicações na gestação - DM, HAS, DHEG, depressão pós-parto, sangramentos 
(necessidade de transfusão?), macrossômicos (> 4 kg), PIG (< 2 kg). 
- Infertilidade. 
 
SISTEMA OSTEOARTICULAR 
OSSO 
- Dor óssea: dor ``surda´´, mais como um desconforto, geralmente continua e não 
relacionada a movimentação. 
- Dor de ``crescimento´´: dor benigna, autolimitada, geralmente noturna, pode aparecerem crianças de qualquer idade (+ comum entre 3 e 6 anos), sem manifestações 
acompanhantes e sem fatores de melhora ou piora. 
- Fraturas - por trauma ou patológicas. 
- Câncer - sarcomas, leucemia. 
- Déficit de vitamina D. 
 
ARTICULAÇÕES 
- Três tipos: 
✓ Sinoviais - grande mobilidade. Ombro e joelhos. 
✓ Cartilaginosas - pequena mobilidade. Corpos vertebrais da coluna, coluna/sínfise 
púbica. 
✓ Fibrosas – imóveis. Suturas cranianas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Dor monoarticular: sugere traumatismo, tendinite ou bursite (inflamação). 
• Pequenas articulações (mãos e pés); é bem definida. 
• Dor súbita e intensa ocorre na artrite séptica e na gota. 
• Quadril - geralmente inguinocrural mas pode aparecer como dor na parte 
anterior da coxa ou apenas de joelho. 
- Dor poliarticular: definir padrão de envolvimento (somatória, migratória ou aleatória). 
• Artrite somatória (aditiva) simétrica sugere artrite reumatoide. 
• Artrite migratória sugere febre reumática ou artrite gonocócica. 
 
 
 
 
 
 
 
- Sintomas comuns: 
• Dor nas costas → lombalgia (verificar se é na linha média ou fora). 
o Linha média - lesões musculoligamentares, hérnia de disco, colapso 
vertebral, metástases. 
o Fora da linha média - sacroileítes, ciática, artrite de quadril. 
• Dor cervical → cervicalgia (geralmente autolimitada). 
o Verificar irradiação para braço. 
o Verificar se há fraqueza ou parestesia em braço ou perna. 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO 
 
SINTOMAS COMUNS 
- Cefaleia. 
- Perda da consciência → síncope. 
- Fraqueza generalizada (proximal ou distal): 
• Fraqueza muscular → paresia. 
OBS: Diferença entre astenia e paresia: 
Astenia - sensação de fraqueza muscular sem perda orgânica. 
Paresia - perda orgânica da força muscular. 
 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Alterações da coordenação motora: dificuldade de realizar movimentos motores → 
apraxia e dispraxia. 
• Dificuldade de coordenar músculos (pegar um copo, levar o talhar à boca, p. ex) 
→ dispraxia motora. 
• Dificuldade de articular as palavras por não conseguir lidar com os movimentos 
dos lábios, mandíbula e da língua dificuldade para lidar com os movimentos dos 
lábios, da mandíbula e da língua → dispraxia de fala (disartria). 
• Dificuldade de manter a postura correta tanto em pé, como sentado ou deitado 
→ dispraxia postural. 
- Alterações da sensibilidade. - Distúrbios de leitura. 
- Distúrbios de grafia. 
- Convulsões - transtorno paroxístico descarga elétrica súbita e excessiva no cérebro. 
- Distúrbios da fala: 
• Incapacidade de se comunicar de forma adequada → afasia. 
o Geralmente lesões do hemisfério cerebral esquerdo (frontal e temporal, 
principalmente). 
o Capacidade de falar ou se expressar verbalmente. 
o Compreensão da linguagem verbal. 
o Compreensão da linguagem escrita (leitura) → dislexia. 
o Capacidade de escrever → agrafia. 
 
• Afasias não fluentes (lesão frontal) - entendem o que é falado, mas não 
conseguem se expressar. 
o Dificuldade de achar as palavras, usam frases curtas com omissão de 
palavras. 
 
• Afasias fluentes - não entendem o que se fala e não costumam ser 
compreendidos; usam frases longas e complexas muitas vezes sem sentido 
(palavras incompreensíveis, incorretas e desnecessárias). 
• Lentidão anormal da fala, devida a lesão no centro cerebral da linguagem → 
bradilalia. 
• Omissão, substituição ou deformação dos fonemas → dislalia. 
• Dificuldade em articular as palavras de maneira correta → disartria. 
• Dificuldade na vocalização das palavras (disfunção das cordas vocais) → disfonia 
(rouquidão). 
 
V) ANTECEDENTES FAMILIARES 
- Condições de parto e desenvolvimento neuropsicomotor. 
- Doenças de infância e vacinações. 
- Doenças do adulto: asma, rinite, DCV, HAS, dislipidemia, diabetes mellitus, doenças da 
tireoide, obesidade, câncer, hepatite, litíase renal, litíase biliar etc. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
OBS.: Para cada dado positivo, perguntar desde quando, se faz tratamento, com que 
medicações. 
- Alergias: medicamentos, alimentos, outros. 
- Internações clínicas: qual diagnóstico e tempo de internação. 
- Cirurgias: quais, quando e se teve complicações. 
- Sexo feminino: história obstétrica e complicações. 
- Idade, estado de saúde ou caso de óbito dos parentes imediatos. 
- Histórico de doenças familiares e/ou contagiosas. 
 
 
VI) HISTÓRIA PESSOAL E SOCIAL (hábitos, vícios, viagens, condições 
socioeconômicas) 
- Tabagismo: quanto? há quanto tempo? 
- Etilismo: quanto? há quanto tempo? 
- Uso de drogas ilícitas: injetáveis? inaláveis? há quanto tempo? 
- Condições de moradia: saneamento básico, água encanada, luz elétrica. 
- Condições familiares: 
• Mora sozinho? Mora com família? Quem são? 
• Como é formada a família? 
- Como é a alimentação? 
- Como é a atividade física?

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