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A circulação e a distribuição de líquidos no organismo são feitas através do coração, dos vasos sanguíneos e sistema linfático. As artérias conduzem o sangue aos tecidos; na microcirculação ocorrem as trocas metabólicas; as veias retornam o sangue ao coração que o movimenta continuamente. Além disso, cabe ao sistema linfático reabsorver o excesso de filtrado na microcirculação. Distúrbios da CirculaçãoDistúrbios da Circulação Forças longitudinais: ocorrem ao longo do comprimento do vaso e é provocada pela hiperextensão do vaso. Cisalhamento: é uma força que atua tangencialmente na superfície do vaso e tende a "raspas" ou "gerar atrito" as células endoteliais. O cisalhamento é diretamente proporcional à velocidade do fluxo e inversamente proporcional ao cubo do diâmetro vascular. Vinícius Ferreira Rende- Medicina UFU INTRODUçÃO visão geralvisão geralvisão geral Compressão radial/tensão: é causada pela pressão intralumial. A circulação exerce três tipos de força ou pressão sobre o vaso: O cisalhamento no vaso gera o estímulo para liberação de óxido nítrico (NO) e prostaciclina (PGI2), provocando vasodilatação. PA Pressão venosa Diâmetro vascular Comprimento vascular Viscosidade sanguínea O fluxo sanguíneo então, irá depender: Logo, tem-se que: fluxo sanguíneo= pressão vascular/resistência vascular Distúrbios da CirculaçãoDistúrbios da Circulação Vinícius Ferreira Rende- Medicina UFU INTRODUçÃO visão geralvisão geralvisão geral Na microcirculação, a baixa velocidade do fluxo é necessária para que ocorram as trocas gasosas. Para que isso ocorra, é necessário que haja baixa pressão e baixa viscosidade. A regulação do fluxo sanguíneo nos capilares é feita pelas arteríolas. Nem todos os capilares estão abertos ao mesmo tempo, ou seja, a irrigação ocorre de modo alternado por causa da abertura e fechamento das arteríolas por períodos curtos em diferentes partes. Esse fenômeno é chamado de teoria do caos. microcirculaçãomicrocirculaçãomicrocirculação A microcirculação é controlada pelos sistemas adrenérgicos, hormônios e alterações metabólicas. Endotélio/Parede vascular Proteínas da cascata de coagulação Plaquetas É um processo fisiológico orquestrado para controle de sangramento quando ocorre lesão vascular. O processo de hemostasia possui três fatores importantes: hemostasia visão geralvisão geralvisão geral Os principais componentes da parede vascular com funções hemostáticas são o endotélio (células pavimentosas), moléculas antitrombóticas e que participam da coagulação (tomboplastina, prototrombina, laminina, PGL2 e NO). parede vascularparede vascularparede vascular São essenciais para a hemostasia, além de atuarem na regulação do tônus vascular e na cicatrização. As plaquetas possuem carga negativa que impede a adesão entre si. Após uma lesão e a ativação das plaquetas ocorre a adesão plaquetária a uma superfície desprovida de endotélio e a produção de fatores pró-coagulantes e ADP que estimulam a agregação. Distúrbios da CirculaçãoDistúrbios da Circulação Vinícius Ferreira Rende- Medicina UFU hemostasia plaquetasplaquetasplaquetas Possui uma via intrínseca e extrínseca cuja objetivo final é a conversão de fibrinogênio em fibrina. A fibrina é responsável por dar resistência ao tampão plaquetário para permitir que ocorra a coagulação adequada. sistema de coagulaçãosistema de coagulaçãosistema de coagulação A hemostasia é um processo que exige um balanço. É o acúmulo de líquidos intra ou extracelular. O acúmulo extracelular pode ser no interstício ou em cavidades (efusões/derrame). Para que ocorra o edema é necessário que haja perda da integridade da parede celular ou alterações que mantenham o líquido dentro do vaso (pressão hidrostática e coloidosmótica). edema introduçãointroduçãointrodução Transudato: líquido com baixo teor de proteína, a permeabilidade vascular ainda está preservada. Exsudatos: relacionado a edemas inflamatórios, há uma grande quantidade de proteína. Observa-se o aumento da permeabilidade vascular e pode haver células inflamatórias. O edema pode ser classificado em: O edema generalizado está relacionado a redução da pressão oncótica, IC, doença renal e cirrose hepática. Na microcirculação é comum a saída de líquido, entretanto a circulação linfática é capaz de reabsorver o líquido extravasado. Distúrbios da CirculaçãoDistúrbios da Circulação Vinícius Ferreira Rende- Medicina UFU edema introduçãointroduçãointrodução ↑Pressão Hidrostática: diminuição do retorno venoso, obstrução ou compressão venosa e cirrose. ↓Pressão Oncótica: síndrome nefrótica, cirrose e desnutrição. Além disso, a obstrução linfática, retenção de sódio e inflamação podem desencadear o edema. alteração da pressãoalteração da pressãoalteração da pressão classificação do edemaclassificação do edemaclassificação do edema A evolução da hemorragia é em geral a reabsorção e a pigmentação, sendo que as complicações dependem da quantidade, velocidade e local da hemorragia. Ativa: há o gasto de energia, pode ser fisiológica ou patológica (inflamação). Passiva: não há o gasto de energia, pode ser local (TVP) ou sistêmica (ICC) e está relacionada com a diminuição do retorno venoso. É o aumento do volume de sangue no vaso, deixando-o congesto e repercutindo na forma de vermelhidão. É comum a hiperemia vir acompanhada de edema. Pode ser classificada em: Distúrbios da CirculaçãoDistúrbios da Circulação Vinícius Ferreira Rende- Medicina UFU outros distúrbios hiperemiahiperemiahiperemia É o aumento da viscosidade sanguínea, está relacionada a distúrbios de microcirculação que pode gerar isquemia. hiperviscosidadehiperviscosidadehiperviscosidade É a saída de sangue da cavidade vascular. Pode ser classificada segundo a origem, relação ao organismo (interna ou externa), quanto a natureza (rexe ou diapedese), quanto a morfologia (petéquia, purpura, hematomas e equimoses). HEMORRAGIAHEMORRAGIAHEMORRAGIA Os trombos são agregados de sangue, onde se encontram fibrina e outros elementos celulares permeados. Estão localizados no lúmen do vaso e aderido ao endotélio. Já o coagulo é apenas a condensação do sangue, sem aderência à parede endotelial. trombos introduçãointroduçãointrodução Lesão endotelial Estase ou fluxo sanguíneo lento Hipercoagulabilidade A patogênese da formação do trombo segue a Tríade de Virchow, os fatores podem ocorrer isolados ou em conjuntos e ao menos um está presente na formação de trombos. patogênesepatogênesepatogênese Lesão endotelial: quando ocorre a lesão do endotélio, há ativação plaquetária e isso favorece a formação de coágulos que posteriormente sofrerão deposição de fibrina e outros elementos. Alteração do fluxo: as alterações do fluxo são principalmente por estase e lentificação do fluxo (deficiência vascular venosa). Quando há a lentificação do fluxo sanguíneo, as plaquetas que antes se localizavam no centro do fluxo sanguíneo, passam a se localizar mais próximas ao endotélio, isso faz com que haja a ativação plaquetária e facilite a formação de trombos. Hipercoagulabilidade: normalmente está relacionada a fatores genéticos que modificam os fatores de coagulação que tendem a se ativar exacerbadamente. Além disso, neoplasias mucinosas, ACO e gestação podem gerar um estado de hipercoagulabilidade. Distúrbios da CirculaçãoDistúrbios da Circulação Vinícius Ferreira Rende- Medicina UFU trombos patogênesepatogênesepatogênese O fluxo sanguíneo deve ser sempre linear, quando esse fluxo se altera ocorre a lesão endotelial e ativação plaquetária. Os trombos são sempre consequência de algo e possuem uma deposição ordenada e alternada de fibrina e plaquetas. Essa deposição formam as Linhas de Zahn. morfologiamorfologiamorfologia Nos casos de equilíbrio entre coagulação e fibrinólise, ocorre a partir do segundo dia a reendotelização da superfície do trombo. Como a região central não recebe irrigação suficiente, sofre necrose. O trombo pode então sofrer incorporação à parede do vaso ou recanalização. Emcasos de recanalização, os capilares neoformados crescem e anastomosam-se. Quando esse processo é eficiente, os vasos formam canais no interior do trombro que permitem o estabelecimento parcial do fluxo. Os trombos recentes sofrem lise pelo sistema fibrinolítico, já nos trombos que se cronificam haverá a migração de fibroblastos e células musculares lisas da média do vaso. Os fibroblastos passam a sintetizar colágeno e a proliferação endotelial irá revestir o trombo. Distúrbios da CirculaçãoDistúrbios da Circulação Vinícius Ferreira Rende- Medicina UFU trombos evoluçãoevoluçãoevolução Um trombo pode estar parcialmente aderido ao endotélio e se estender ao longo do vaso. Caso parte desse trombo se fragmente, haverá a liberação do embolo trombótico Além da recanalização, o trombo pode sofrer calcificação, infecção ou se desprenderem e tornarem trombos livres na corrente sanguínea. Fragmentos de trombo (tromboembolismo) Gordura (comum em fratura) Tumoral Líquido amniótico Embolia é a passagem pela circulação de qualquer material solto na circulação que possa obstruir o lúmen vascular. A consequência da embolia está relacionada ao tamanho e quantidade dos vasos obstruídos. Os embolos podem ser classificados em: emboliaemboliaembolia É a alteração tecidual causada por necrose isquêmica causada por obstrução circulatória vascular ou venosa. As causas de infarto podem ser várias, dentre elas: infarto introduçãointroduçãointrodução Anatomia do suprimento vascular Velocidade de oclusão Vulnerabilidade celular à hipóxia Hipoxemia A evolução do infarto dependerá de alguns fatores: evoluçãoevoluçãoevolução Distúrbios da CirculaçãoDistúrbios da Circulação Vinícius Ferreira Rende- Medicina UFU Os infartos podem ser classificados como infartos branco/anêmico ou vermelho. classificaçãoclassificaçãoclassificação O infarto branco está relacionado a circulação terminal (necrose isquêmica) e o infarto vermelho está relacionado a órgãos de circulação dupla O tempo de evolução do infarto está relacionado diretamente à cicatrização. Toda vez que se tem fibrose pós infarto há uma retração do local.
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