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Materiais dentários- Hidrocolóides Existem dois tipos de hidrocolóides para moldagem, sendo eles um hidrocolóide reversível (ágar) e um hidrocolóide irreversível (alginato). Ambos os materiais sofrem os processos de sinérese e embebição. De forma simples, sinérese é um processo do qual o material sofre contração por perder água para o ambiente externo e a embebição é quando o material absorve água quando ele se torna seco, causando uma distorção na moldagem. O processo de embebição geralmente acontece quando o molde é guardado em um recipiente com água e a sinérese acontece quando não se faz o vazamento imediato após a moldagem. Ágar e Alginato O ágar é um hidrocolóide reversível orgânico extraído de certas algas marinhas. É um material que demanda uma técnica mais complexa de moldagem e requer uma aparatologia específica. É um dos mais antigos materiais de moldagem e atualmente ele se encontra em desuso. O alginato, por outro lado, é hidrocolóide irreversível, ou seja, só pode ser utilizado uma vez e depois descartado. Existem dois tipos de alginato: o tipo I (presa rápida) que se gelifica entre 60 e 120 segundos e o tipo II (presa normal) que se geleifica entre 3 e 4,5 minutos. Vantagens: ➔ É de fácil manipulação; ➔ Confortável para o paciente; ➔ Tem baixo custo; ➔ Não exige equipamentos especiais. Composição: Pó ➔ Alginato de potássio (15%) – alginato solúvel; ➔ Sulfato de cálcio (16%) – reagente; ➔ Óxido de zinco (4%) – partículas de carga; ➔ Fluoreto de potássio e titânio (3%) – acelerador de presa do gesso; ➔ Terra diatomácea (60%) – partículas de carga; ➔ Fosfato de sódio (2%) – retardador. O alginato se deteriora rapidamente em temperaturas elevadas, por isso deve ser mantido em um ambiente frio e seco, por não mais de um ano. Indicações: ➔ Modelos de estudo; ➔ Modelos antagonistas; ➔ Modelos de ortodontia; ➔ Modelos para clareamento dental; ➔ Para confecção de prótese parcial removível (P.P.R). Materiais e instrumental utilizados para moldagem com hidrocolóide irreversível: ➔ Alginato; ➔ Dosadores; ➔ Tigela de borracha e espátulas; ➔ Moldeiras. Técnica de moldagem com alginato: ➔ Selecionar a moldeira tomando como referência um espaço livre de 3 mm entre ela e os tecidos do arco a ser moldado; ➔ Selecionar o alginato e fazer o proporção de água/pó de acordo com as instruções do fabricante; ➔ Acrescentar o pó à água em uma cubeta e espatular durante 45 segundos, até que a mistura fique uniforme, lisa e cremosa; ➔ Colocar o alginato espatulado na moldeira previamente selecionada; ➔ Posicionar a moldeira na boca do paciente, alinhando a parte central de seu cabo com a linha média da face do paciente e fazendo ligeira compressão contra a superfície que se está moldando; ➔ Manter a moldeira imóvel, até que ocorra a completa geleificação do alginato quando, então, remove-se a moldeira. Defeitos na moldagem de alginato: ➔ Rasgamento (espessura inadequada, contaminação por umidade, remoção prematura da boca, espatulação prolongada; ➔ Bolhas de ar (incorporação de ar durante a espatulação, excesso de saliva nos tecidos, movimentos rápidos durante a moldagem); ➔ Material granuloso (espatulação prolongada, relação água/pó muito baixa); ➔ Modelo de gesso rugoso (limpeza inadequada do molde, excesso de água no molde, separação prematura do modelo, manipulação inadequada do gesso); ➔ Distorção (molde não foi imediatamente vazado, movimentação da moldeira na boca, remoção prematura ou tardia da boa. Para a desinfecção do molde, recomenda-se o uso de hipoclorito de sódio 1%, que deve ser borrifado sobre o molde que posteriormente será colocado em uma embalagem plástica, e deve ser mantido fechado por menos de dez minutos.
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