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Materiais de moldagem

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MATERIAIS DE MOLDAGEM  
 
Para produzir réplicas precisas dos tecidos intra e extraorais, os materiais de moldagem devem ser (1)                                
suficientemente fluidos para se adaptarem aos tecidos, (2) suficientemente viscosos para ficarem contidos em                            
uma moldeira, (3) capazes de tomarem presa na boca, tornando-se borrachoides ou rígidos, em um tempo                                
considerável (menos que 7 minutos), (4) serem resistentes à distorção ou ao rasgamento quando removidos                              
da boca, (5) ser dimensionalmente estável por um tempo suficiente para permitir que um ou mais modelos                                  
sejam construídos, (6) ser biocompatíveis e (7) devem apresentar um bom custo-benefício em relação ao                              
tempo de trabalho gasto e custo com equipamentos para processamento do material.   
 
1 CLASSIFICAÇÃO  
Mecanismo de presa : reversível e irreversível.   
Irreversível : tomam presa por reações químicas e o material não pode retornar ao estado                            
prévio (p. ex. alginato e os materiais de moldagem elastoméricos).   
 
Reversível : amolecem quando aquecidos e se solidificam levemente acima da                    
temperatura corpórea sem que ocorra reação química (p ex. ágar e godiva).   
 
Propriedades mecânicas : dado após a presa: rígidos (anelásticos) e elásticos.   
Anelásticos : são altamente resistentes à flexão e sofrem fratura repentinamente sob                      
tensão (p. ex. gessos para moldagem, pastas de óxido de zinco-eugenol, godivas e                          
ceras).   
 
Elásticos : são flexíveis e podem ser deformados, retornando à sua forma original quando                          
a tensão é eliminada (p. ex. ágar, alginato e elastômeros).   
 
MECANISMO DE PRESA   ANELÁSTICOS (rígidos)   ELÁSTICOS  
Irreversível ( reação química)   gessos para moldagem**, pasta  
de óxido de zinco-eugenol e  
ceras**  
alginatos* e materiais  
elastoméricos  
Reversível ( reação física  
termicamente induzida)  
godiva   ágar*  
*são hidrocolóides. **não são mais utilizados na odontologia.   
 
2 APLICAÇÃO CLÍNICA DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM  
Os materiais de moldagem elásticos são capazes de reproduzir, com precisão, as estruturas bucais, incluindo                              
retenções e espaços interproximais, geralmente utilizados em pacientes com dente. A precisão é determinada                            
pelo quanto ele retorna à forma original. Os materiais de moldagem anelásticos ( rígidos) são ideais para                                
moldar mandíbulas edêntulas ou tecidos moles (na consistência apropriada, eles não comprimem os tecidos                            
moles durante o assentamento da moldeira).   
 
HIDROCOLÓIDES  
Os colóides (fase dispersa) consistem em substâncias que estão uniformemente dispersas em outra                          
substância (fase dispersante), formando um sistema coloidal. Quando a fase dispersante é a água, refere-se a                                
um hidrocolóide. Existem hidrocolóides irreversíveis, como o alginato e os reversíveis, como o ágar.   
 
1 CARACTERÍSTICAS DOS HIDROCOLÓIDES  
O mecanismo de presa de um hidrocolóide é dado por uma transformação sol-gel ( refere-se a uma                                
reticulação: ligação cruzada). O sol é uma dispersão coloidal de partículas muito pequenas em um meio líquido                                  
contínuo e o gel é uma suspensão que se comporta como um sólido viscoelástico .   
No estado gel, a fase dispersa origina aglomerados na forma de cadeias ou fibrilas: as micelas. As micelas                                    
podem se ramificar e se entrelaçar formando uma estrutura que pode ser visualizada como galhos de árvores                                  
ou um amontoado de gravetos. O meio dispersante continua nos espaços entre as micelas por atração ou                                  
adesão.   
 
ALGINATOS (hidrocolóide irreversível)  
Classificação: mecanismo de presa: irreversível (por reação química).   
 propriedades mecânicas: elástico.   
 
1 COMPOSIÇÃO  
 
COMPONENTE   FUNÇÃO  
Alginato de sódio, de potássio ou trietanolamina   alginato solúvel  
Sulfato de Cálcio   reagente  
Óxido de Zinco   partículas de carga  
Fluoretotitanato de potássio   endurecedor para o gesso (acelerador de presa)  
Terra diatomácea   partículas de carga  
Fosfato de Sódio   retardador  
 
A sua composição varia na concentração e adição de aditivos, como os indicadores de pH e o polietilenoglicol                                    
para reduzir a formação de poeira com partículas de sílica da terra diatomácea (extremamente tóxico a longo                                  
prazo: podem causar silicose e hipersensibilidade).   
 
A terra diatomácea age como uma carga para aumentar a resistência e a rigidez do gel de alginato,                                    
produzindo também uma textura lisa, além de garantir a formação de uma superfície firme e não pegajosa no                                    
gel. O óxido de zinco também age como uma carga e tem influência sobre as propriedades f ísicas e o tempo                                        
de presa do gel.   
 
Os indicadores de pH podem ser adicionados no material a fim de revelar o estágio de reação de presa por                                        
meio da cor. Isso acontece, pois forma-se um sal e, portanto, uma neutralização do pH, mudando a coloração                                    
do produto.   
 
2 PROCESSO DE GELEIFICAÇÃO  
 
ALGINATO DE SÓDIO + SULFATO DE CÁLCIO → ALGINATO DE CÁLCIO  
 
Refere-se a reação muitíssimo rápida entre um alginato solúvel com íons de cálcio do sulfato de cálcio,                                  
formando alginato de cálcio insolúvel . Para aumentar o tempo de trabalho, adiciona-se o fosfato de cálcio                                
( retardador). Preferencialmente, os íons cálcio reagem com o fosfato na solução. Assim, a reação rápida entre                                
o alginato solúvel e o sulfato de cálcio é adiada até que todo o fosfato seja consumido.   
 
Estruturalmente, os íons cálcio substituem os íons sódio ou potássio de duas moléculas adjacentes para                              
produzir um complexo de ligações cruzadas.  
 
 
 
 
3 CONTROLE DO TEMPO DE PRESA  
 
O tempo de presa pode ser controlado pela quantidade de retardador adicionado durante o processo de                                
fabricação e pela temperatura, tanto da água, quanto dos materiais de preparo (gral e espátula). A utilização                                  
da água da torneira, que contém íons metálicos (cálcio e magnésio), também podem acelerar o tempo de                                  
presa, assim como uma alta temperatura.   
 
4 PREPARAÇÃO DO ALGINATO   
 
 
 
5 MOLDAGEM  
 
O alginato é um material fraco e, portanto, deve ser posto em um volume suficientede modo que sua                                      
espessura entre os tecidos e a moldeira seja de 3 mm. Além disso, foi visto que sua resistência à compressão                                        
dobra durante os primeiros 4 minutos após a geleificação, não aumentando consideravelmente depois desse                            
período. A maior parte dos alginatos melhora sua elasticidade ao longo do tempo, o que minimiza a distorção                                    
do material durante a remoção do molde, permitindo uma melhor reprodução das áreas retentivas.   
 
Como o alginato é um material viscoelástico, sua resistência ao rasgamento aumenta quando o molde é                                
removido ao longo do eixo vertical, em um movimento unilateral e rápido.  
 
6 PRAZO DE VALIDADE  
 
Os dois principais fatores que afetam o prazo de validade dos alginatos são temperatura de armazenamento e                                  
contaminação por umidade do ar ambiente. O material deve ser armazenado, portanto, em um local fresco e                                  
seco.   
 
7 PROPRIEDADES  
Estabilidade dimensional : após o molde ser removido da boca e exposto ao ar à temperatura ambiente,                                
alguma contração associada à sinérese e à evaporação irá acontecer. Por outro lado, se o molde for imerso em                                      
água, pode ocorrer um inchaço causado por embebição . O correto armazenamento seria utilizar uma solução                              
de sulfato de potássio a 2% ou umidade relativa de 100% em uma cuba umidificadora, a fim de preservar o                                        
conteúdo de água do molde. O alginato também pode se contrair levemente por causa da diferença entre a                                    
temperatura da boca (37 ºC) e a temperatura ambiente (23 ºC) - alteração térmica.   
 
Se o vazamento de gesso tiver que ser postergado, o molde deve ser lavado com água da torneira,                                    
desinfectado, embrulhado em papel toalha cirúrgico saturado com água e colocado em um saco plástico                              
selado ou em uma cuba umidificadora.   
 
Compatibilidade com o gesso :   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAIS ELASTOMÉRICOS DE MOLDAGEM  
Classificação: mecanismo de presa: irreversível ( reação química).   
 propriedades mecânicas: elástico.   
 
São polímeros sintéticos. Quimicamente, existem três elastômeros que apresentam um eixo de cadeias                          
poliméricas: polissulfeto, silicone (por condensação e por adição) e poliéter. Esses materiais, por sua vez, são                                
fornecidos em dois componentes, a pasta base e a pasta catalisadora, que são misturados antes de se realizar                                    
a moldagem. Em muitos casos eles são formulados em diferentes consistências, incluindo extra baixa, baixa,                              
média, pesada e massa, em ordem crescente de conteúdo de carga.   
 
Os elastômeros possuem uma zona elástica muito grande: ele se deforma muito em poucas tensões, mas eles                                  
voltam as dimensões originais com muita facilidade (possui grande recuperação elástica). Ele possui um                            
elevado espaçamento entre as cadeias poliméricas com poucas reticulações (ligações duplas = anelasticidade)                          
o que permite a esse material ter grande flexibilidade e elasticidade.   
 
POLISSULFETO (MERCAPTANA)  
Consistências oferecidas: leve e pesada.  
 
A reação de polimerização ocorre entre o polímero de polissulfeto (presente na pasta base) e o dióxido de                                    
chumbo (presente na pasta catalisadora) formando uma rede resiliente formada pelas ligações cruzadas                          
(polissulfeto borrachóide), óxido de chumbo e o subproduto água . A perda dessa pequena molécula do                              
material após a presa tem um efeito significativo sobre a estabilidade dimensional do molde. Além disso,                                
condições quentes e úmidas irão acelerar a presa do polissulfeto, diminuindo o tempo de trabalho.   
 
SILICONE POR CONDENSAÇÃO (POLIDIMETILSILOXANO)  
Consistências oferecidas: extra baixa e massa.   
 
É fornecido como uma pasta base e uma pasta catalisadora de baixa viscosidade, um sistema de duas pastas                                    
ou um sistema de duas massas. Além disso, podem ser utilizados na técnica de dupla moldagem , em que se                                      
utiliza a massa como material de moldeira em conjunto com o silicone de baixa viscosidade.   
 
A sua reação de polimerização ocorre entre o polidimetilsiloxano (pasta base) e o silicato alquílico (pasta                                
catalisadora) na presença do octoato de estanho como catalisador. O material toma presa pela formação de                                
ligações cruzadas entre os grupos terminais de silicone e o silicato de alquila liberando o subproduto álcool                                  
etílico. A liberação dessa molécula é responsável por grande parte da contração de polimerização que ocorre                                
no molde após a presa.  
 
SILICONE POR ADIÇÃO (POLIVINILSILOXANO)  
Consistências oferecidas: extra baixa e massa.   
 
A sua reação de polimerização é dado por uma adição do divinilpolisiloxano (pasta base e pasta catalisadora)                                  
com o polimetil-hidrosiloxano (pasta base) na presença de um sal de platina como catalisador. Ambas as                                
pastas contém carga e a reação não gera subproduto desde que sejam utilizadas proporções corretas e não                                  
haja contaminação com impurezas.   
 
Contudo, moléculas residuais de polimetil-hidrosiloxano no material podem sofrer reações secundárias entre si                          
ou com a umidade, produzindo gás hidrogênio. Tecnicamente, o gás hidrogênio, por ser uma molécula                              
pequena, é um subproduto da reação que não afeta a estabilidade dimensional do molde. Entretanto, essa                                
molécula pode resultar em porosidades diminutas dos modelos de gesso vazados logo após a remoção do                                
molde da boca, então, espera-se 1 hora para vazar.  
 
Uma das desvantagens dos materiais de moldagem à base de silicone (tanto por adição quanto por                                
condensação) é sua natureza hidrofóbica. Por isso, adiciona-se um surfactante não iônico que confere certo                              
grau de hidrofilia à superfície do material, tornando-a mais compatível com a água. Então, o vazamento de                                  
gesso também é facilitada porque o gesso tem uma maior afinidade pela superfície hidrofílica.   
 
A contaminação com enxofre das luvas de látex natural inibem a presa do silicone. Essa contaminação é tão                                    
insidiosaque o simples contato do dente com as luvas antes da inserção da moldeira pode inibir a presa na                                        
superfície próxima ao dente.   
 
Os silicones por adição de consistência média podem ser substitutos dos alginatos, conferindo inúmeras                            
vantagens sobre eles: possuem capacidade de se produzir múltiplos modelos de diagnóstico precisos a partir                              
de um único molde e esses materiais apresentam uma melhor reprodução de detalhes e menor variabilidade                                
em alteração dimensional linear do que o alginato.   
 
POLIÉTER   
 
O material é fornecido em duas pastas. A sua reação de polimerização ocorre entre o polímero de poliéster                                    
(presente na pasta base) e o sulfonato aromático alquílico (presente na pasta catalisadora), sem formação de                                
subprodutos. Os eixos poliméricos formados predominantemente por grupos éter fazem desse grupo o mais                            
hidrofílico dentre todos os materiais de moldagem elastoméricos.   
 
Existe um tipo de poliéter (híbrido) que sofre reação de polimerização por condensação, liberando como                              
subproduto alcoóis de baixo peso molecular.   
 
1 MOLDAGEM  
 
(a) seleção da moldeira : moldeira individual: reduz a quantidade de material necessário para realizar a                              
moldagem, diminuindo a possibilidade de alteração dimensional dada pelo material (torna a retirada mais                            
dif ícil), além de melhorar a precisão do molde, por permitir uma distribuição mais uniforme entre a moldeira e                                    
o objeto.   
 
Moldeira de estoque: deve ser rígida, para minimizar sua flexão durante o ato de moldagem e também são                                    
utilizadas para conter o material denso quando a técnica de dupla moldagem é utilizada (comum com silicone                                  
de condensação).   
 
(b) condicionamento de tecido : as margens dos preparos dentários para próteses se estendem ao nível ou                                
abaixo do nível da margem gengival e, para isso, é necessário deslocar os tecidos gengivais durante a                                  
moldagem da região, além de que se deve controlar a hemorragia gengival e os fluidos sulculares: é mais                                    
comum utilizar o fio retrator gengival (desloca o tecido gengival lateralmente, distanciando-o das margens de                              
preparo).   
 
A técnica do fio duplo também é muito utilizada quando a margem está muito próxima do epitélio juncional,                                    
sendo que um fio mais fino é posto na base do epitélio, para controlar a umidade e outro, mais grosso, é                                          
colocado por cima dele para deslocar o tecido gengival lateralmente. No momento da moldagem, apenas o fio                                  
grosso é retirado.   
 
(c) manipulação dos materiais : mistura manual: dispensa-se comprimentos iguais de pasta sobre uma placa                            
de vidro; a pasta catalisadora é recolhida primeiro e espalhada sobre a pasta base; mistura-se até que se                                    
observe uma pasta de coloração homogênea, sem veios aparecendo na mistura. Os sistemas de duas massas                                
ou uma massa e um líquido são misturados com os dedos e medidos com um medidor específico.   
 
Mistura estática: o dispositivo utilizado para realizar essa mistura é um revólver, usado para comprimir um                                
cartucho com dois cilindros que contém a base e o catalisador separados, além de uma ponta misturadora.                                  
Uma vez que não existe mistura mecânica, evitam-se porosidades causadas pela incorporação de ar, além de                                
oferecer uma maior uniformidade no proporcionamento e na mistura, redução do tempo de manipulação e                              
menor possibilidade de contaminação do material.   
 
Mistura mecânica dinâmica: utiliza um motor para impulsionar êmbolos paralelos, que forçam os materiais                            
para uma ponta misturada e daí para a moldeira ou seringa.   
 
(d) técnicas de moldagem : técnica da mistura múltipla: utiliza-se um material para a seringa (de consistência                                
leve) e um material para a moldeira (de consistência dura), sendo estes preparados simultaneamente por                              
pessoas diferentes. O material leve é injetado no interior e ao redor do dente preparado e, em seguida, a                                      
moldeira preenchida é assentada sobre o material da seringa, forçando-o a se adaptar aos tecidos                              
preparados. Os dois materiais devem se unir durante a presa.   
 
Se um material parcialmente polimerizado ou que tenha ultrapassado o tempo de trabalho (que já                              
desenvolveu certa elasticidade) for assentado, haverá uma maior pressão de assentamento, para superar a                            
rigidez do material de moldagem. Assim, ocorrerá uma distorção durante a recuperação da deformação                            
elástica excessiva, levando a produção de um molde impreciso, muito estreito e curto.   
 
Técnica monofase: esse procedimento, bastante realizado com poliéter e silicone de adição de viscosidade                            
média, é similar à técnica de mistura múltipla, porém só é realizado uma mistura, sendo que uma parte é                                      
colocada na moldeira e a outra parte no objeto a ser moldado.   
 
 
GESSOS  
 
Os gessos, produtos da gipsita, são fornecidos como pós finos do hemi-hidrato, os quais são produzidos                                
aquecendo-se partículas moídas de gipsita. Quando esse gesso é misturado com cargas refratárias, tais como                              
diferentes formas cristalinas de sílica, ele se torna mais resistente ao calor, tornando-se útil para a formação                                  
de moldαβes usados na conformação de metais fundidos para restaurações dentárias.   
 
1 PRODUÇÃO DO GESSO  
 
O gesso é produzido pela calcinação do sulfato de cálcio di-hidrato (gipsita) que tem suas partículas                                
aquecidas em altas temperaturas, levando a perda de água e formação do sulfato de cálcio hemi-hidratado                                
( gesso comum : agregado fibroso de cristais finos com poros capilares). Quando essa gipsita é aquecida sob                                
pressão em um ambiente úmido, forma-se o gesso pedra : hemi-hidratado cristalino na forma de bastões ou                                
prismas.   
 
Por conta das diferentes no tamanho do cristal formado, na área de superfície e no nível de perfeição da                                      
grade formada, o gesso pedra é também chamado de α-hemi-hidrato (caracterizados pelos seuscristais                            
densos e prismáticos) e o gesso comum é chamado de β-hemi-hidrato (caracterizado pelos seus cristais                              
irregulares e esponjosos).  
 
Quando ocorre a reação inversa (mistura com água), os α-hemi-hidrato produzem uma estrutura di-hidrato                            
muito mais resistente e dura do que aquela resultante do β-hemi-hidrato. Isso se dá pelos cristais irregulares e                                    
porosos do segundo que necessitam de mais água para molhar as partículas de pó para que possam ser                                    
misturadas e vazadas.   
 
Também tem o α-hemi-hidrato modificado ou gesso-pedra melhorado : calcinação do sulfato de cálcio                          
di-hidrato em uma solução de cloreto de cálcio a 30% ou na presença de mais do que 1% de succinato de                                          
sódio, formando cristais hemi-hidrato mais curtos e grossos do que aqueles produzidos no forno fechado                              
(necessitam de uma quantidade ainda menor de água para ser manipulado).   
 
2 PRESA DOS GESSOS  
 
 A reação de presa do gesso produz gipsita sólida liberando de calor a mesma quantidade utilizada para                                    
produção dos cristais hemi-hidratos. Como nem 100% das partículas são convertidas, há presença de                            
hemi-hidrato não reagido no material.   
 
Tempo de espatulação : é o tempo entre a adição do pó à água e o término da mistura. Na manual, geralmente                                          
necessita de pelo menos um minuto para o início da mistura até um minuto para obtenção de uma mistura                                      
uniforme.   
 
Tempo de trabalho : é o tempo transcorrido do início da mistura até o ponto no qual a consistência deixa de ser                                          
aceitável para o uso pretendido do produto. Em geral, deve ser de 3 minutos.   
 
Controle do tempo de presa

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