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RESUMO – FARMACOLOGIA CLÍNICA | GUILHERME GOMES (@GUI.GS) BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES (BNM) • Não tem efeito anestésico e nem analgésico. • Função de bloquear (inibir) a contração muscular. • A droga vai agir nos sítios de ligação do ACh com os receptores nicotínicos, fazendo ou a despolarização ou bloqueando o receptor e impedindo que a fibra muscular se contraia. • Permite o uso de doses cada vez menores de anestésicos durante os procedimentos cirúrgicos. • Laudanosina: diminui o limiar convulsivo e predispõem a convulsões. • Despolarizantes: ocorre a despolarização sustentada da placa motora, ou seja, o bloqueador se liga ao receptor nicotínico e vai ativar o comando para que a fibra muscular continue contraindo de maneira lenta e por um tempo maior, fazendo com que ocorra a fadiga muscular, pois não consegue se repolarizar, e entre fasciculações musculares transitórias e depois em paralisia flácida. • Não-despolarizantes: vai ocorrer a competição com o sítio de ligação da acetilcolina (ACh), ligando no receptor nicotínico e realizando a ação inversa, ou seja, inibindo a contração muscular. • Não é degrado pela enzima acetilcolinesterase, enzima que degrada a ACh. • Inativado por enzimas pseudocolinesterases. • Succinilcolina: mais utilizado na prática. RESUMO – FARMACOLOGIA CLÍNICA | GUILHERME GOMES (@GUI.GS) • Fase I: a enzima acetilcolinesterase não consegue inibir a droga neuro bloqueadora, havendo acúmulo dos bloqueadores e a potencialização dos mesmos. Além disso, permite o acúmulo de ACh na fenda sináptica. • Fase II: como se tivesse uma resistência ao receptor nicotínico ao efeito da ACh (“dessensibilização dos receptores”), fazendo com que permanecem por um tempo maior a paralisia flácida da musculatura. A ACh aumenta em virtude da estimulação nervosa que ocorre durante procedimentos, uma vez que ela não será toda utilizada devido ao agonista que está funcionando como ela, porém o organismo não entende que tem contração muscular e, assim, entende que está faltando a ACh e continua produzindo-a. É possível realizar a reversão, pois como a acetilcolina (ACh) começa a se acumular muito na fenda sináptica, vai ocorrer uma competição com a droga neuro bloqueadora pelo receptor nicotínico, e por maior quantidade, ela se liga aos receptores. • Favorece o processo de despolarização, pois a molécula tem grande afinidade pelos receptores. • 1 ml para cada 10 kg e máximo de 10 ml. • Curto prazo: favorece a fase I (despolarização). • Longo prazo: favorece a fase II (dessensibilização). • Cuidado com o potássio (K+), pois pode gerar hipercalemia – efeito esperado da droga, pois pode predispor arritmias, por exemplo. RESUMO – FARMACOLOGIA CLÍNICA | GUILHERME GOMES (@GUI.GS) • Bloqueiam os receptores nicotínicos. • Mesmo efeito da fase II, por mecanismo competitivo entre a acetilcolina e a droga neuro bloqueadora. • Não geram fasciculações musculares. • Permanece no estado de relaxamento muscular. • Droga de referência: Rocurônio. • Atracúrio: diminui o limiar convulsivo e predispõem à convulsões. • Bloqueador Competitivo: a droga se liga ao receptor, fazendo sua função antagonista, impedindo que a ACh se ligue ao receptor e favorecendo o processe de relaxamento muscular por longo período de tempo e caminhando para a paralisia flácida. Não há a despolarização. • Bloqueador Despolarizante: a droga se liga ao receptor e aumenta a permeabilidade ao Na+, despolarizando as células continuamente, gerando espasmos e fadiga muscular e, por fim, a paralisia flácida. • Pode produzir o bloqueio do diafragma e entrar em uma PCR, por isso escolher a Succinilcolina, pois é tempo e dose dependente. RESUMO – FARMACOLOGIA CLÍNICA | GUILHERME GOMES (@GUI.GS) • OBS: Em pacientes com contraindicações para a Succinilcolina, é orientado o uso de Rocurônio, pois tem menos efeitos adversos. RESUMO – FARMACOLOGIA CLÍNICA | GUILHERME GOMES (@GUI.GS) • Antibióticos Aminoglicosídeos: diminuem a liberação de acetilcolina (ACh), favorecendo o aumento da ação do bloqueador neuromuscular. • Doença fármaco-genética. • Favorece uma liberação anormal de cálcio (Ca2+) do reticulo sarcoplasmáticos, fazendo com que haja uma contração maciça, acelerando o metabolismo e aumentando a temperatura corporal, fazendo com que entre em ácido metabólica e podendo levar ao óbito.
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