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Gasometria arterial Normalmente solicitada quando há suspeita de alterações na ventilação alveolar, na oxigenação e nos distúrbios no equilíbrio ácidobásico. Artéria radial é a mais utilizada; Deve realizar o teste de Allen antes da punção, pelo risco de isquemia Acidose: pH < 7,35 excesso de ácido ou falta de base, pela queda na concentração de bicarbonato e/ou elevação da PaCO2. Alcalose: pH > 7,45 falta de ácido ou excesso de base, pela elevação da concentração de bicarbonato e/ou queda da PaCO2. Variável Valores normais pH 7,35 a 7,45 PaCO2 35 a 45 mmHg PaO2 75 a 100 mmHg HCO3 22 a 26 mEq/l BE (base excess) -2 a +2 mEq/l SaO2 >=95% PaO2/FiO2 >=400 mmHg Ânion gap 3 a 10 mEq/l COHb <3% MetHb <2% P(A-a)O2 <=10 Acidose metabólica: redução da concentração do HCO3 e do pH. Ânion gap determina a causa subjacente da acidose metabólica. · Ânion gap aumentado: acidose láctica, acúmulo de ácidos, metanol, cetoacidose metabólica, salicilatos, etanol, etilenoglicol, insuficiência renal, choque. · Ânion gap normal (hiperclorêmica): diarreia, íleo, fístulas, derivação ureteral, acidose tubular renal proximal, hipoaldosteronismo, uso de acetazolamida, diuréticos poupadores de potássio ou colestiramina, intoxicação por tolueno, administração intravenosa de grandes volumes de sódio. Alcalose metabólica: elevação da concentração de HCO3 e do pH. Diferença de bases (BE): excesso de bases, reflete o excesso ou a redução das bases tampão no plasma. BE maior que 2 mEq/ℓ indica alcalose metabólica e, quando menor que -2 mEq/ℓ, indica acidose metabólica. Acidose respiratória: distúrbio que eleva a PaCO2 e reduz o pH. Alcalose respiratória: distúrbio que reduz a PaCO2 e eleva o pH. Distúrbios mistos: podem ocorrer com valores de HCO3– e/ou PaCO2 alterados e pH normal. Oxigenação: avaliada pela PaO2, que demonstra o nível de oxigenação arterial; pela SaO2, que determina a porcentagem da hemoglobina ligada ao oxigênio; pela relação PaO2/FiO2; e pela diferença alveoloarterial de oxigênio (P(A-a)O2). Relação da PaO2/FiO2 PaO2/FiO2: >= 400 mmHg: normal PaO2/FiO2: > 300 a 399 mmHg: déficit de oxigenação, mas em níveis aceitáveis PaO2/FiO2: <= 300 a 201 mmHg: insuficiência respiratória leve PaO2/FiO2: <= 200 a 101 mmHg: insuficiência respiratória moderada PaO2/FiO2: <= 100 mmHg: insuficiência respiratória grave Quando a PaO2 está abaixo de 60 mmHg, há redução da SaO2 com comprometimento da oxigenação tecidual. É necessário o cálculo da relação PaO2/FiO2 para avaliar hipoxemia. Referência MACIEL, Renato; AIDÉ, Miguel Abidon. Prática pneumológica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
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