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TRAUMATO-ORTOPEDIA Fratura Perda da continuidade óssea Luxação Perda da congruência articular (“vai e fica”) Mais urgente que a fratura! Entorse Perda momentânea da congruência articular (“vai e volta”) FRATURAS ORTOPÉDICAS LOCALIZAÇÃO LESÃO DE PARTES MOLES Epífise Extremidade articular Fechada Sem contato com o meio externo Diáfise Estrutura intermediária do osso longo Aberta (Exposta) Contato com o meio externo Metáfise Entre epífise e diáfise (É a + vascularizada) --- --- Fise Crianças → cartilagem de crescimento --- --- DENOMINAÇÕES ESPECIAIS Fratura em galho verde (criança) Incompleta (um lado quebra, o outro amassa) Fratura em tórus (criança) Amassa ao invés de quebrar Por estresse (fadiga) Trauma crônico e repetitivo (bailarinas, corredores...) TRATAMENTO Redução (realinhar) Fechada / incruenta (por manipulação) Aberta / cruenta (cirúrgica) Estabilização Aparelho gessado Cirurgia (fio, placa, parafuso, fixador externo, haste intramedular) COMPLICAÇÕES Da fratura Lesão arterial (rara) Síndrome compartimental (contratura de Volkmann) Embolia gordurosa / TEP Osteomielite Do tratamento Consolidação viciosa Pseudoartrose (não-consolidação) FRATURA EXPOSTA Para definir se é exposta → observar se há cobertura cutânea ou gotículas de gordura misturadas ao sangue Tratamento · O tratamento inicial consiste no ATLS · Curativo estéril + imagem no atendimento inicial · Antibiótico (em até 3h) + profilaxia anti-tetânica · Cirurgia em até 6h · Desbridamento / limpeza mecânica (mínimo 10L) / estabilização da fratura · Corrigir a fratura antes da lesão vascular! CLASSIFICAÇÃO DE GUSTILLO-ANDERSON TIPO FERIDA (exposição) CONTAMINAÇÃO / LESÃO DE PARTES MOLES ANTIBIÓTICO PROFILÁTICO I < 1 cm Pequena Cefalosporina 1ªG (Cefazolina) II 1 – 10 cm Moderada + Aminoglicosídeo (ou cefalosporina 3ªG) Se área rural: + penicilina III > 10 cm Grande IIIA: cobertura cutânea possível IIIB: exige retalho IIIC: lesão arterial · PAF de alta energia ou área rural: sempre grupo III FRATURA FISÁRIA · Ocorre no local da fise (cartilagem de crescimento), entre a epífise e a metáfise. Por ser uma cartilagem, é mais frágil que o osso. Ocorre em crianças e jovens. · Salter-Harris III e IV são mais difíceis de tratar, por envolver a extremidade articular. CLASSIFICAÇÃO DE SALTER-HARRIS TIPO DESCRIÇÃO TRATAMENTO I Fratura na própria fise (Separa epífise da metáfise) Redução fechada + gesso II (+ comum) Fratura na fise e metáfise (Sinal de Thurston-Holland) III Fratura na fise e epífise Redução aberta + fixação interna IV Fratura atravessa a epífise, fise e metáfise V Compressão da fise Cirurgia: ↓ deformidade LUXAÇÃO Urgência ortopédica maior do que uma fratura! · Cotovelo → nervo ulnar · Joelho → artéria poplítea; nervo fibular · Quadril → nervo ciático LUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO (PRONAÇÃO DOLOROSA) · Na verdade, consiste em uma subluxação! · Causa: elevar a criança com o membro superior estendido · Clínica: membro em pronação fixa · Redução: manobra de supinação e flexão ENTORSE ENTORSE DO TORNOZELO · Mais comum: lateral (eversão) · O ligamento mais lesado é o ligamento talofibular anterior! · Tratamento: RICE (repouso, gelo, compressão e elevação) LESÃO TIPOS TRATAMENTO FRATURA EXPOSTA Gustillo I Desbridamento Curativo estéril Lavagem (10L) Cirurgia Antitetânica Cefa 1ªG Gustillo II Acrescentar aminoglicosídeo Rural: + penicilina Gustillo III FRATURA DA FISE Salter-Harris I / II Redução fechada + gesso Salter-Harris III / IV Redução aberta + fixação interna Salter-Harris V Cirurgia: ↓ deformidade LUXAÇÃO Lembrar pediatria: pronação dolorosa (cabeça do rádio) Reduzir (urgência) ENTORSE Lembrar: entorse lateral do tornozelo RICE OSTEOMIELITE 1) Contiguidade: pé diabético, fratura exposta, cirurgia, celulite 2) Hematogênica: mais comum em crianças A bactéria atinge o osso e gera um processo infeccioso e inflamatório, aumentando a pressão intraóssea e dificultando a chegada do sangue arterial, levando à isquemia e necrose. A maior marca da cronificação é o sequestro ósseo (ilha de necrose ao redor da infecção)! Conduta 1) História clínica 2) Laboratório (↑ PCR, ↑↑↑ VHS) 3) Rx simples (altera-se com 10 - 14 dias) · Elevação e espessamento do periósteo (periostite) · Lesão lítica (cavidade hipertransparente) 4) RNM (se Rx normal) 5) Drenagem cirúrgica · Desbridamento cirúrgico ou punção 6) Antibiótico · Cronificação → cirurgia (sequestrectomia) OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA · Meninos / metáfise de ossos longos (fêmur, tíbia) · Principal bactéria: Staphylococcus aureus Tratamento · Todas as faixas etárias (S. aureus): oxacilina · Recém-nascido (S. aureus, SGB, gram-negativos): oxacilina e gentamicina · Anemia falciforme (Salmonella): ceftriaxone · Cobrir Pseudomonas se osteomielite associada à lesão penetrante do pé! · Piperaciclina + Tazobactam, Cefepime, etc...
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