Envelhecimento e Finitude: Psicologia Aplicada à Saúde

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Psicologia aplicada à saúde – Senescência 
· O processo de envelhecimento e suas etapas.
· As características do envelhecimento físico e psíquico.
· A importância da família e dos contatos sociais para o idoso.
O envelhecimento
Está diretamente relacionado a fatores biológicos, psíquicos e sociais que, ao apresentarem mudanças, interferem no modo de vida do sujeito.
Na velhice, é comum o luto salientar a condição de finitude na medida em que faz o idoso lembrar que está na fase final da vida.
Socialmente, a perda da memória está diretamente associada ao envelhecimento. O declínio da memória ocorre lentamente e varia de pessoa para a outra. Alterações neurológicas influenciam o processo de codificação, armazenamento e recuperação das informações, provocando a queda na velocidade de processamento.
Atualmente, observa-se com mais frequência, processos de envelhecimento bem-sucedidos. Suas principais características são:
a) Anulação da doença ou da capacidade associada à doença.
b) Funções psicológicas e cognitivas elevadas.
c) Envelhecimento ativo em atividades produtivas e sociais.
Aspectos relacionados à finitude da vida
Conforme defendem Giacomin, Santos e Firmo, a velhice conduz o sujeito a vivenciar a morte no próprio corpo. O que ocorre por meio da percepção de limitações, mutilações e impedimento de realizar alguns desejos. Esta experiência antecipa o luto e a consciência da própria finitude.
Modelo de Kübler-Ross
Em relação ao enfrentamento da morte na velhice, o modelo de Kübler-Ross descreve os cinco estágios emocionais vivenciados durante o processo de morrer.
ACEITAÇÃO
DEPRESSÃO
BARGANHA
RAIVA
NEGAÇÃO
 
Cada fase é caracterizada por reações emocionais próprias e constituem um processo que culmina na aceitação da proximidade do fim da vida.
NEGAÇÃO
Ao saber que é portador de doença terminal o sujeito nega esta condição. Desse modo, sente ter mais tempo para reunir condição emocional para confrontar tal situação.
RAIVA
Caracterizada pelo sentimento de revolta, fúria, ressentimento e inveja dirigidos a familiares, amigos, Deus e à equipe de saúde. É comum o questionamento: “por que eu?”. Nesta fase, ele hostiliza seus cuidadores e desqualifica o tratamento, o conhecimento e a capacidade de médicos e enfermeiros.
BARGANHA
Estratégia cujo objetivo é negociar o prolongamento da vida ou de alguns dias sem dor. Comum o sujeito fazer promessas, doar bens, intensificar a ida à Igreja buscando adiar o desfecho inevitável. 
DEPRESSÃO
Cultivar o silêncio, se retrai, cultiva a desesperança, apresenta perturbações no sono e na alimentação.
ACEITAÇÃO
Observa-se a superação do conflito diante da morte. O sujeito passa a organizar sua vida considerando a proximidade da morte, sem relutar com essa realidade. Atinge a serenidade diante da morte e do morrer. 
ESPIRITUALIDADE
A dimensão espiritual compõe a dimensão humana. A espiritualidade envolve reflexões, busca do sentido da vida e também do morrer.
Na velhice a espiritualidade se manifesta como importante recurso na busca da compreensão e aceitação de uma condição inevitável: a finitude.