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Dicionario Tecnico Automotivo montado

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 COPYRIGHT BY FIAT AUTOMÓVEIS S.A. - PRINTED IN BRAZIL - Os dados contidos nesta publicação são 
fornecidos a título indicativo e poderão ficar desatualizados em consequência das modificações feitas pelo 
fabricante, a qualquer momento, por razões de natureza técnica, ou comercial, porém sem prejudicar as 
características básicas do produto. 
Impresso n° 53001362 - 07/2012
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 A
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Desenvolvimento Profissional da Rede
INTRODUÇÃO
Prezado Leitor,
Para o profissional da área, é fundamental conhecer os princípios de funcionamento 
de determinados acessórios e equipamentos, bem como obter noções gerais sobre a 
tecnologia presente nos automóveis modernos. 
Para que esse conhecimento básico possa ser adquirido de forma prática, a Fiat preparou 
este dicionário, que esclarece o significado dos termos mais conhecidos e utilizados no 
meio automotivo.
Para facilitar a consulta, organizamos os respectivos verbetes do dicionário em ordem 
alfabética para que você possa localizar com rapidez o termo procurado.
Desejamos a você uma excelente leitura!
Atenciosamente,
FIAT AUTOMÓVEIS S.A.
Comercial
Desenvolvimento Profissional da Rede
3
A 5
B 11
C 15
D 28
E 32
F 37
G 42
H 44
I 45
J 47
K 47
L 48
M 49
N 53
O 53
P 55
R 59
S 62
T 66
V 70
ÍNDICE
A 
B 
C
5
ABS
É a sigla de Antilock Brake System (Siste-
ma Anti-travamento das rodas).
O sistema antibloqueio do freio atua indi-
vidualmente nas rodas, sempre que houver 
tendência de travamento por excesso de 
frenagem, ou seja, o veículo freia o máxi-
mo possível, sem que as rodas bloqueiem.
Veículos com rodas travadas durante a fre-
nagem não são estáveis, não possuem diri-
gibilidade e necessitam de maior distância 
de parada.
ACELERADOR ELETRÔNICO
Sistema que “acelera o motor” através de senso-
res no pedal do acelerador e um motor de cor-
rente contínua que atua no corpo de borboleta.
Quando o motorista pisa no acelerador, 
este envia uma informação para a central 
de injeção eletrônica, que por sua vez 
transmite um comando fazendo com que 
aconteça a abertura do corpo de borbole-
ta e consequente aceleração.
Portanto, nesse sistema, não é o motorista 
quem acelera o carro, ele somente infor-
ma sua intenção para a central de injeção, 
que de fato comanda esse trabalho.
Conhecido como Drive By Wire. 
AÇO
Aço é uma liga metálica formada essen-
cialmente por ferro e carbono, com por-
centagens deste último variando entre 
0,008 e 2,11%. 
O aço, pela sua ductibilidade, é facilmen-
te deformável por forja, laminação e ex-
trusão.
Ele é utilizado em toda a linha de monta-
gem de um veículo. Trata-se de um material 
de ótimas qualidades mecânicas, elevada 
resistência à tração e notável dureza. Pra-
ticamente insubstituível na maioria de suas 
aplicações atuais.
ACEA
É a sigla de Association des Constructeurs 
Européens de L`automobile.
Segue a mesma linha de classificação 
adotada pela API, porém usa classificação 
de serviço europeu.
ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE
De uma forma genérica, podemos dizer 
que a aceleração da gravidade é a ace-
leração sentida por um corpo em queda 
livre, aproximadamente igual a 9,8 m/s².
A 
B 
C
6
ADMISSÃO
Uma das fases do ciclo de funcionamento 
do motor de combustão interna. 
Ela começa no momento em que a válvula 
de admissão se abre e o pistão está próxi-
mo do início de sua descida.
O deslocamento do pistão do PMS (ponto 
morto superior, ou seja, o ponto mais alto 
do curso do pistão) ao PMI (ponto morto 
inferior, ou seja, o ponto mais baixo do 
curso do pistão) gera uma depressão que 
puxa o ar com o combustível (ciclo Otto), 
ou somente ar (ciclo Diesel) para dentro 
do cilindro.
AERODINÂMICA
O estudo da aerodinâmica da carroceria 
é fundamental devido à grande influência 
que ela exerce no consumo, nível de ruído 
e comportamento do veículo em alta velo-
cidade. 
O carro em movimento deve “rasgar” o ar, 
enfrentando a menor resistência possível. 
Para isso, é essencial encontrar o perfil ae-
rodinâmico mais vantajoso. 
A facilidade com que o carro penetra no 
ar é indicada pelo produto entre a seção 
mestra e o coeficiente de resistência aero-
dinâmica (Cx). Em termos de desempenho, 
são importantes, além da forma da carro-
ceria, detalhes como espelhos, calhas, ma-
çanetas. 
A resistência aerodinâmica não varia de 
forma linear com a velocidade, mas se tor-
na cada vez maior à medida que a veloci-
dade aumenta. 
AEROFÓLIO
Apêndice aerodinâmico instalado sepa-
radamente da carroceria em seu lado ex-
terno, no qual, devido ao seu formato, o 
ar circula em velocidades diferentes pela 
parte superior e inferior do aerofólio.
Ele visa desenvolver certa pressão aerodi-
nâmica para baixo na carroceria, dessa 
forma pode-se obter melhor desempenho 
na estabilidade, evitando, por exemplo, 
uma “perda de peso” do veículo em altas 
velocidades e consequente perda de ade-
rência do veículo ao plano.
A/F
Do inglês air/fuel(ar/combustível), ou 
seja, a relação entre a massa de ar e a 
massa de combustível.
A 
B 
C
7
AFOGADOR
Dispositivo usado nos carburadores para en-
riquecer a mistura ar/combustível na fase da 
partida a frio. O acionamento ou desligamento 
do afogador pode ser automático ou manual.
AIRBAG
Bolsa inflável que protege os passageiros 
em caso de acidente. 
Em um impacto de determinada intensida-
de, medida por sensores, o airbag infla 
em frações de segundo, formando um col-
chão de ar resistente que se coloca entre 
os ocupantes e as partes rígidas no interior 
do veículo, minimizando choques e lesões. 
Sua atuação é melhor quando se usa o cin-
to de segurança.
As tipos mais usuais são: Airbag frontal 
(motorista e passageiro), Window bag 
(bolsa de janela), Side bag (bolsa lateral) 
e Knee bag (bolsa de joelho).
ALTERNADOR
Componente elétrico que transforma ener-
gia mecânica em energia elétrica. Normal-
mente, o alternador é instalado ao lado do 
motor, sobre suportes, sendo acionado pelo 
virabrequim por meio da correia. A gera-
ção é feita em corrente alternada e depois 
transformada em corrente contínua pelo re-
tificador, ficando disponível para recarga 
da bateria e consumidores elétricos.
ÁLCOOL COMBUSTÍVEL
Ver etanol combustível
ALETAS
Pequenas alas com o objetivo de aumentar 
a área de contato.
Nos motores refrigerados a ar, usam-se 
aletas para aumentar a superfície dos ci-
lindros, dessa forma obtém-se uma área 
maior de refrigeração. O cárter também 
pode ter aletas, embora menos extensas. 
ALUMÍNIO
Metal de baixo peso caracterizado por ele-
vada condutividade térmica e característi-
cas mecânicas muito diferentes das do aço.
Seu coeficiente de dilatação térmica é mui-
to mais alto do que o das ligas ferrosas e 
como o ferro, nunca é utilizado no estado 
puro, mas sempre em forma de liga. 
Na indústria automobilística serve para 
fabricar pistões, radiadores, carcaças das 
caixas de câmbio e em alguns casos, tam-
bém blocos de motor e rodas.
As peças podem ser feitas por fundição, o 
processo mais comum, ou forja. 
As ligas de alumínio conhecidas como li-
gas leves, apresentam características no-
tavelmente diferentes entre si, dependendo 
dos metais empregados.
A 
B 
C
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AMORTECEDOR
Se os sistemas de suspensão só tivessem 
molas, o comportamento dos veículos na 
estrada deixaria muito a desejar e o con-
forto seria péssimo. 
As molas se comprimiriam e se esticariam, 
provocando oscilações e solavancos mes-
mo depois de superados os obstáculos ou 
as irregularidades do piso. 
Os amortecedores existem para diminuir 
essas oscilações. 
Eles garantem uma boa “parada” hidráu-
lica, tanto na fase de extensão quanto na 
de compressão das molas, produzindo um 
amortecimento que se opõe ao movimento 
da suspensão e freia as vibrações da mola, 
resultando em maior conforto e segurança.
ANALÓGICO
O termo é usado para indicar medidas ou 
valores que irão variar de forma continua 
no tempo em decorrência de um determina-
do fenômeno físico. Sendo assim,os indica-
dores analógicos são geralmente dotados 
de um ponteiro ou de uma escala graduada 
e fornecem informações de tipo contínuo.
ANEL DE SEGMENTO
Nos motores OTTO geralmente encontramos 
3 anéis de segmento por pistão(anel de com-
pressão, anel raspador e anel de óleo).
Na parte superior da zona dos anéis dos 
pistões, encaixados em suas respectivas 
canaletas trabalham os anéis de segmento.
Eles são responsáveis pela perfeita vedação 
entre os pistões e os cilindros, para que possa 
haver a compressão da mistura, evitando que 
os gases da combustão cheguem ao cárter(anel 
de compressão) e que o óleo lubrificante do 
cárter chegue à câmara(anel de óleo).
Além das funções apresentadas, temos o 
anel raspador que deve deslizar sobre o 
óleo no curso ascendente do pistão, como 
de raspá-lo no curso descendente. 
Também devem ter uma boa capacidade 
de transmitir calor, pois absorvem o calor 
da cabeça do pistão, transmitem para os 
cilindros que por sua vez transmitem para 
o sistema de arrefecimento.
ANEL LOW FRICTION
Anel de segmento de baixo atrito.
ANEL DE RASPADOR
Anel posicionado abaixo dos anéis de com-
pressão, cuja função é raspar o excesso de 
óleo da parede do cilindro e drená-lo em di-
reção ao cárter do motor, assegurando uma 
película adequada de óleo lubrificante, sufi-
ciente para lubrificar os anéis de compressão.
AMORTECEDOR POWER SHOCK – 
Amortecedor dotado em seu interior de uma 
mola com a finalidade de limitar a inclina-
ção lateral da carroceria nas curvas. Apare-
ce nos veículos FIAT da família Locker.
AMORTECEDOR PRESSURIZADO
Tipo de amortecedor que possui, além do 
óleo, um gás em seu interior. A vantagem 
é evitar a formação de bolhas de ar (cha-
mada cavitação), comum em situações de 
solicitação contínua, que leva à perda de 
eficiência do amortecedor.
A 
B 
C
9
ANEL SINCRONIZADOR
Responsáveis por sincronizar as engrena-
gens das marchas, os anéis sincronizado-
res atuam como “freios” para que todas 
as peças girem na mesma rotação, o que 
garante o engate rápido e seguro. O me-
canismo não permite a entrada da marcha 
se a sincronização não estiver completa.
AQUAPLANAGEM
É a “flutuação”, ou derrapagem, do pneu 
sobre uma camada de água, como po-
ças d’água ou pistas muito molhadas. Na 
aquaplanagem, o pneu perde contato dire-
to com a pista. As rodas deixam de transmi-
tir tração e a direção ao veículo, fazendo 
com que ele saia de sua trajetória prevista 
e perca o controle. A aquaplanagem ocor-
re principalmente quando a banda de ro-
dagem dos pneus está muito gasta e não 
consegue mais drenar, ou seja, expelir la-
teralmente a água por meio de seus sulcos.
AR-CONDICIONADO
Sistema no qual um gás refrigerante é envia-
do, sob pressão, por um compressor alterna-
tivo, acionado pelo motor, o qual sofre ele-
vação de temperatura. Depois atravessa um 
radiador no qual se condensa ao ser subme-
tido a resfriamento, passando para o estado 
líquido. Em seguida, passa por uma válvula 
de expansão e entra no evaporador coloca-
do na cabine ou em contato com ela, onde 
volta novamente ao estado gasoso, tornando-
-se um gás frio nesse processo. Portanto, o ar 
que atravessa o evaporador sofre um acentu-
ado resfriamento, e o ciclo recomeça quando 
o gás passa novamente pelo compressor. 
ANTIESMAGAMENTO
Sistema de proteção utilizado nos sistemas 
de vidros elétricos e de teto solar de alguns 
modelos, quando é adotada a função one 
touch de subida para os vidros.
Ao encontrar resistência durante o fecha-
mento, o vidro retorna parcialmente.
ANTI-WHIPLASH
Ver encosto de cabeça ativo.
API
É a sigla de American Petroleum Institute. 
(Instituto Americano de Petróleo). Em ge-
ral, aparece nas latas de óleo de motor e 
é seguida por duas letras que indicam o 
nível qualitativo do lubrificante. 
Nos óleos para motores a gasolina/etanol/
flex, nos quais a primeira letra é sempre “S” e 
a segunda se refere à qualidade, o melhor ní-
vel alcançado hoje é indicado pelas letras SN; 
para os óleos destinados aos motores a diesel, 
nos quais a primeira letra é sempre “C” e a 
segunda se refere à qualidade, o melhor nível 
alcançado hoje é indicado pelas letras CF.
ÁREA DE SQUISH 
É a área da câmara de combustão que 
se fecha quando o pistão atinge o ponto 
morto superior. Essa possuía a função de 
gerar turbulência, o que aumenta a veloci-
dade de combustão em marcha lenta e em 
baixas cargas e giros.
10
A 
B 
C
ARTICULAÇÕES PANTOGRÁFICAS
Sistema que utiliza varetas metálicas articula-
das que formam uma rede de losangos defor-
máveis. Usado em alguns cupês e sedãs para 
evita ocupar espaço dentro do porta-malas 
ao se fechar a tampa traseira, o que geral-
mente ocorre com as dobradiças tradicionais.
Por ser externas, também permitem gran-
de ângulo de abertura da tampa. Como 
exemplo temos a tampa traseira do LINEA.
ÁRVORE DE MANIVELAS
Ver virabrequim.
ASR
Sistema que evita a derrapagem das rodas 
motrizes na fase de aceleração, graças a uma 
série de sensores e uma central eletrônica.
Para tanto, age no sistema de injeção, 
controlando o torque do motor e também 
nos freios das rodas motrizes, permitindo 
assim que o veículo acelere o máximo pos-
sível, sem que as rodas patinem.
ATRITO
É a componente horizontal da força de 
contato que atua sempre que dois corpos 
entram em choque e há tendência ao mo-
vimento. Ela é sempre contrária ao movi-
mento ou a tendência de movimento.
O atrito depende da rugosidade do mate-
rial das superfícies de contato e do compo-
nente vertical da força de contato. Graças 
a ela, os pneus transmitem ao solo a força 
de tração e a força dos freios e dispositi-
vos como embreagem e freios funcionam. 
Dentro do motor e dos componentes de 
transmissão, o atrito deve ser reduzido 
ao mínimo para evitar uma excessiva ab-
sorção de potência desgaste e danos às 
peças. Por isso, todas as partes móveis 
precisam ser bem lubrificadas.
ATUADOR
Termo genérico que indica qualquer dispo-
sitivo utilizado para acionar componentes 
mecânicos ou intervir em circuitos hidráulicos 
depois que estes receberam comandos en-
viados por um sistema de controle eletrônico.
Alguns exemplos são os bicos injetores 
de combustível, o cilindro hidráulico de 
acionamento da embreagem e as válvulas 
eletro-hidráulicas dos sistemas ABS. 
AUTOBLOCANTE
Define-se assim o diferencial concebido 
para evitar que, no caso da perda de ade-
rência de uma das rodas motrizes, essa 
gire em falso enquanto a outra transmite 
ao solo uma força motriz quase nula. 
Esse tipo de diferencial é muito usado em 
carros de competição e nos modelos de 
alto desempenho.
AUTOIGNIÇÃO
Acontece quando a queima da mistura ar/
combustível, ou parte dela, não é provoca-
da pela faísca emitida pela vela, ou pela 
frente de chama que se segue.
Motores de combustão interna também 
são popularmente chamados de motores 
a explosão, essa denominação, apesar de 
frequente, não é tecnicamente correta. 
O que ocorre no interior da câmara de 
combustão não é uma explosão de gases, 
é uma combustão (queima controlada com 
frente de chama). 
O que se pode chamar de explosão (quei-
ma descontrolada sem frente de chama 
definida) é uma detonação dos gases.
Durante uma combustão da mistura no ci-
clo OTTO, o gás na frente da superfície 
normal da chama é comprimido pela ex-
pansão da mistura carburante, e assim sua 
temperatura e densidade aumentam.
Se a temperatura exceder a temperatura 
11
A 
B 
C
de autoignição do combustível e ainda 
existir alguma quantidade de mistura não 
queimada, ocorrerá a autoignição. 
Nesse caso a liberação de energia é muito 
mais rápida que na combustão normal, de-
vido à multiplicidade de frentes de chama.
Esse fenômeno pode causar vibrações in-
desejáveis na estrutura do motor, devido 
às ondas de choque, gerando ruído carac-
terístico e os efeitos chamados de detona-
ção ou batida de pino.
A detonação é um fenômeno importante 
porque pode ter efeitos desastrosos so-
bre os componentes mecânicos do motor, 
como o rompimento da cabeça do pistão.
Para omesmo motor, quanto maior a octa-
nagem do combustível, menor a possibili-
dade de ocorrência da autoignição.
AVANÇO DE IGNIÇÃO
É a distância, expressa em graus de rota-
ção do virabrequim, entre o ponto no qual 
há faísca na vela e o ponto morto superior 
do pistão no fim da compressão. 
Nas modernas ignições eletrônicas os 
ângulos de avanços são controlados por 
microprocessadores nos quais está memo-
rizado um mapa tridimensional que indica 
o melhor ângulo de ignição para qualquer 
condição de funcionamento.
AWD
Sigla para All Weel Drive.
Ver tração integral.
BALANCIM
Componente intermediário entre o tucho e o 
pé da válvula, utilizado em motores com acio-
namento indireto das válvulas, ou seja, nos 
motores nos quais o eixo comando de válvula 
não está diretamente acima das válvulas.
BALANCIM ROLETADO
Esse tipo de balancim reduz o atrito, me-
lhorando o rendimento, as vibrações, os 
ruídos e permite utilizar perfil de cames 
mais esportivo.
BALANÇO DIANTEITO
No sentido dimensional, é a medida entre 
o centro de uma roda dianteira e a extre-
midade dianteira do veículo. 
A tendência atual é de balanços cada vez 
menores, pois as medidas entre-eixos vêm 
crescendo na maioria dos automóveis sem 
alteração significativa no comprimento.
BALANÇO TRASEIRO
No sentido dimensional, é a medida entre 
o centro de uma roda traseira e a extremi-
dade traseira do veículo. 
BAR
Unidade de medida da pressão.
A pressão atmosférica padrão é igual a 
1.013 bar. 
A unidade de medida kg/cm² correspon-
de a 0.98 bar. 
A unidade de medida psi corresponde a 
0,069 bar.
BARRA DE AMARRAÇÃO
É um elemento metálico que interliga as 
torres de uma suspensão, a fim de reduzir 
a movimentação do chassi provocada pe-
las solicitações em curvas fortes. 
BARICENTRO
Ver centro de gravidade.
12
BARRA ESTABILIZADORA
Componente da suspensão independente 
de muitos veículos. 
Ela une os dois braços de suspensão de 
um mesmo eixo. Tem a função de contra-
balançar a inclinação transversal do carro 
numa curva (rolagem), sendo configurada 
e fixada para trabalhar à base de torção. 
BATERIA
Um acumulador químico é capaz de armaze-
nar, e fornecer, energia a partir de reações 
químicas de oxirredução. Bateria é a asso-
ciação de um conjunto de acumuladores quí-
micos envolvidos num determinado invólucro.
A 
B 
C
BICO INJETOR
Dispositivo usado para injetar o combustível, 
sob a forma de um ou mais jatos pulverizados 
e direcionados, no duto de admissão (nos mo-
tores OTTO com injeção indireta), ou na câ-
mara de combustão (nos motores a diesel com 
injeção indireta ou OTTO com injeção direta).
BIELA
É a peça que une o pistão ao virabrequim. 
Trata-se de um dos componentes mais so-
licitados do motor. As bielas são de aço 
forjado ou de ferro-gusa, fabricadas por 
fundição. Recentemente foram propostas 
também bielas produzidas por sintetização.
BARRA DE TORÇÃO
É um tipo de mola usada nas suspensões. 
Trata-se de uma barra, geralmente de se-
ção circular: com uma extremidade fixada 
ao chassi e a outra presa ao estriado do 
braço da roda, resultando, consequente-
mente, em torção.
BAS
Sigla em inglês para brake assist system.
(Sistema de Assistência a Frenagem).
Sistema eletrônico que interpreta o comporta-
mento do motorista quando ele pisa no pedal 
na hora da freada. Acelera e reforça a aplica-
ção de pressão no freio ao detectar uma pisa-
da rápida e/ou violenta no pedal, o que carac-
teriza uma situação de emergência. Ver HBA
BATIDA DE PINO
Ver Autoigniçao.
13
BIMETÁLICO
Componente formado por duas lâminas sobre-
postas, ligadas entre si, com coeficientes de 
dilatação térmica sensivelmente diferentes um 
do outro. Quando a temperatura aumenta, a 
lâmina bimetálica se curva porque um dos me-
tais tende a se dilatar mais do que o outro e 
enquanto uma das lâminas se alonga a extre-
midade da outra tende a “recuar”. As lâminas 
bimetálicas geralmente são utilizadas como 
elementos termo sensíveis para acionar inter-
ruptores ou facilitar a abertura de válvulas.
BITOLA
Expressão usada para indicar, num automó-
vel, a distância entre as rodas de um mesmo 
eixo. Embora outros fatores também influen-
ciem, normalmente quanto maiores forem as 
bitolas, melhor será a estabilidade do veícu-
lo e menor a possibilidade de capotagem.
BLOCO DE MOTOR
Componente que abriga em seu interior o 
virabrequim, bielas e pistões e pode ser 
em ferro fundido ou alumínio. 
Na prática, é a “estrutura de suporte” do 
motor, na qual ficam os suportes da sede 
de casquilhos e também os cilindros. 
Normalmente o bloco de um motor é fechado 
por cima pelo cabeçote e por baixo pelo cárter.
BLOQUEIO DO CONVERSOR DE 
TORQUE
Ver lock-up.
BLOQUEIO DO DIFERENCIAL
É usado para impedir que em condições 
de pouca aderência, como pisos com 
lama ou neve, uma das duas rodas de um 
mesmo eixo gire em falso enquanto a ou-
tra fica parada devido à intervenção do 
diferencial. Trata-se de um sistema de blo-
queio que torna solidários os dois semiei-
xos que saem do diferencial, tornando-o, 
portanto, inoperante. É como se as rodas 
fossem unidas a um único eixo.
BLOW-BY
Ver respiro do motor.
BLUE&ME
Sistema eletroeletrônico que permite ao con-
dutor ter as funções de seu telefone celular 
vinculadas ao sistema de som de seu carro, 
permitindo-o executar chamadas por coman-
do de voz, atender chamadas, ter suas men-
sagens de texto lidas para ele pelo sistema. 
Permite também o comando de itens multimí-
dia como CD, pen-drives e i-Pod.
BLUE&ME NAV
É um sistema GPS integrado ao BLUE&ME.
BLUETOOTH
Tecnologia de baixo custo para comunica-
ção sem fio entre dispositivos eletrônicos, 
por meio de ondas de rádio. Nos automó-
veis tem sido usada para telefones celula-
res, que ganham sistema viva-voz usando 
os próprios alto-falantes do sistema de áu-
dio e um microfone instalado no veículo. 
A 
B 
C
BLOCO DE MOTOR ENCAMISADO
Trata-se dos blocos de motores com cilin-
dros não incorporados, normalmente as ca-
misas são cravadas no interior dos blocos, 
permitindo assim a troca delas somente.
14
BOBINA DE IGNIÇÃO
É o componente de ignição que origina a 
corrente de alta tensão. Essa, ao alcançar 
a vela, gera a faísca que inicia a combus-
tão da mistura ar/combustível. 
A tensão necessária para a ignição é in-
duzida no enrolamento secundário da bo-
bina no momento em que se interrompe o 
fluxo da corrente de baixa tensão.
BOMBA D’ÁGUA
Normalmente é do tipo centrífuga e ser-
ve para ativar a circulação do líquido no 
circuito de arrefecimento. Frequentemente 
é acionada por uma correia trapezoidal 
auxiliar ou pela correia dentada da dis-
tribuição.
BOMBA DE FREIO
Também chamada de cilindro mestre. 
Dispositivo gerador da pressão hidráulica 
em um circuito de freios, mediante acio-
namento do pedal. Sua parte interna tem 
a forma de um cilindro com uma ou mais 
saídas, no qual trabalham os pistões e ga-
xetas hidráulicas. 
BOMBA DE ÓLEO
Bomba do tipo mecânica que retira o lubri-
ficante do cárter e o envia sob pressão ao 
circuito de lubrificação do motor. 
Geralmente vem encaixada diretamente 
na extremidade do virabrequim, do lado 
oposto ao do volante. 
A 
B 
C
BOMBA DE COMBUSTÍVEL
Nos motores a ciclo Otto modernos, a 
bomba é elétrica e quase sempre coloca-
da dentro do próprio tanque. Tem a função 
de enviar o combustível pressurizado até 
os bicos injetores.
BOMBA DE VÁCUO
Nos motores OTTO a depressão é gerada 
no coletor de admissão, quando a válvula 
borboleta está praticamente fechada.
Quando isso não é possível, utiliza-se uma 
bomba de vácuo que fornece ao servofreio 
a depressão necessária. Nos veículos com 
motor a diesel ou alguns do ciclo OTTO, 
como o motor Multiair, usa-se uma bomba 
acionada mecanicamente.
15
BORBOLETA
A borboleta é formada por um disco fixa-
do a um eixo que atravessa um duto. 
Esse, com a sua rotação, regula o fluxo 
de um gás, permitindo ou impedindo sua 
passagem. 
BOXER
Motores com cilindros horizontais contrapostos.
BRAÇOS OSCILANTES
Componente mecânico, utilizadonas suspen-
sões independentes, com uma extremidade 
unida ao chassi e outra fixada ao montante.
É comum utilizar-se só um braço oscilante 
para cada roda; outro esquema frequente 
são dois braços sobrepostos, de compri-
mentos diferentes, para cada roda. 
BRONZE
Ligas à base de estanho e cobre, acrescidas 
de pequenas quantidades de outros elemen-
tos de liga. Esse material, de boas caracte-
rísticas antifricção, é um excelente condutor 
de calor e em muitos casos apresenta uma 
considerável rigidez. São feitas em bronze 
peças como as caixas de certos rolamentos 
e, às vezes, as guias e sedes das válvulas 
especialmente nos motores de competição.
BRONZINA
Conhecida como “casquilho”, sua função 
é essencialmente proteger e prolongar a 
vida dos elementos móveis de maior res-
ponsabilidade e custo, como o virabre-
quim e o seu alojamento. A bronzina deve 
sofrer os ddesgastes que de outro modo, 
iriam alcançar a outra peça. 
BUCHA
Componente mecânico de forma cilíndrica, 
normalmente inserido no pé da biela como 
reforço quando se usam eixos flutuantes.
Outro exemplo de sua utilização em mate-
riais antifricção inclui o interior dos câm-
bios de velocidade. Em alguns tipos de 
aplicação utilizam-se buchas autolubrifi-
cantes, em geral de metal poroso e revesti-
das com substâncias como o teflon.
Quando suportam pequenos eixos ou ele-
mentos tirantes, as buchas são feitas de 
material plástico. 
BY·PASS
Sistema ou peça que permite contornar 
componentes ou circuitos inteiros. 
Em geral, o fluxo desviado volta ao per-
curso normal assim que ultrapassa a zona 
contornada.
Uma típica válvula de by-pass é a válvula 
de alívio do turbo compressor. 
São desse tipo, também, as válvulas de se-
gurança utilizadas nos filtros de óleo, quan-
do a resistência ao fluxo se torna grande 
porque o filtro está entupido, a válvula se 
abre e o óleo circula pela canalização prin-
cipal do circuito sem atravessar o filtro.
CABEÇOTE
Componente, normalmente de alumínio, que fe-
cha a parte superior do bloco do motor com seus 
cilindros e no qual estão alojadas as válvulas, os 
tuchos, os coletores de admissão e de descarga, 
as câmaras de combustão, as velas, além de ge-
ralmente o eixo comando de válvulas.
A 
B 
C
16
CAIXA DA DIREÇÃO
Dispositivo que transforma o movimento de 
rotação do eixo da coluna de direção em 
movimento de controle da direção das rodas.
Sua extremidade está ligada ao tirante 
que gera o movimento das rodas.
CAIXA DE TRANSFERÊNCIA
Dispositivo usado em alguns veículos com 
tração nas quatro rodas para subdividir a 
força motriz entre os dois eixos em medi-
das preestabelecidas. 
Normalmente é o diferencial longitudinal 
ou o central que cumpre essa função. 
CAIXA DO DIFERENCIAL
Nos veículos com motor dianteiro e tração 
traseira, é a caixa que abriga o diferencial 
e a engrenagem cônica da redução final. 
Normalmente vem empregada em conjun-
ção com uma suspensão traseira de eixo 
rígido; possui dois “braços” nos quais se 
alojam dois semieixos. 
CALÇO HIDRÁULICO
Acontece quando um líquido, geralmente 
água é aspirado para o interior do cilin-
dro, formando uma massa que, ao contrá-
rio da “névoa” de ar e combustível, não 
pode ser comprimida. 
Quando os pistões sobem e encontram 
grande resistência, podem-se avariar com-
ponentes como pistão, biela ou mesmo o 
virabrequim. É mais comum que aconteça 
pela absorção de água em alagamentos.
CÂMARA DE COMBUSTÃO
É o vão à disposição dos gases presentes 
no cilindro no momento em que o pistão se 
encontra no Ponto Morto Superior (PMS). 
Em alguns modelos, a câmara de combustão 
está totalmente inserida no cabeçote, mas em 
outros parte dela fica na cabeça dos pistões.
A conformação da cabeça do pistão é 
muito importante, pois constitui sempre a 
parede móvel da câmara de combustão. 
CÂMBER
Valor verificado durante o alinhamento 
das rodas.
É o ângulo formado pela inclinação da 
roda em relação ao plano de apoio do ve-
ículo, tendo como referência a parte supe-
rior da roda e com as rodas sem esterçar. 
As duas rodas de um mesmo eixo devem 
ter a mesma inclinação. 
Ela é positiva quando as rodas têm a parte su-
perior inclinada para fora; quando é a parte in-
ferior que está inclinada para fora, é negativa.
Camber Positivo: Ocasiona desgaste pre-
maturo no ombro externo do pneu.
Camber Negativo: Ocasiona desgaste 
prematuro no ombro interno do pneu.
Camber Desigual: O veículo tende a des-
viar sua trajetória para o lado da roda que 
estiver com o ajuste mais positivo.
CÂMBIO
Componente utilizado para multiplicar o 
torque gerado pelo motor e adequar sua 
velocidade de rotação às rodas.
Entre o motor e o câmbio mecânico é co-
locada uma embreagem para fazer o aco-
plamento e desacoplamento entre esses 
componentes.
O câmbio permite variar a relação de 
transmissão. 
A 
B 
C
17
CÂMBIO AUTOMÁTICO
Sistema de cambio que faz a troca das 
marchas sozinho.
Entre o motor e o câmbio automático é co-
locado um conversor de torque, que subs-
titui a embreagem tradicional e permite 
diminuir o número de relações. 
O engate das marchas é obtido por meio 
de fricções comandadas hidraulicamente.
Os câmbios automáticos são comandados 
por uma central eletrônica de controle.
CÂMBIO ROBOTIZADO
Sistema de cambio mecânico, que através 
da aplicação de um robô, controlado por 
um computador, faz o acionamento da 
embreagem e a troca das marchas sem 
a intervenção direta do motorista, pois o 
mesmo não possui o pedal de embrea-
gem, nem a tradicional alavanca de mar-
chas, sendo essa última substituída por um 
comando eletrônico tipo “joystick”, com o 
qual o motorista pode sugerir marchas, ou 
fazer a opção entre o modo automático e 
manual sequencial.
CAME
Ressalto do eixo comando de válvulas, 
que é responsável por abrir a válvula, 
empurrando-a para baixo, e suavizar o 
seu fechamento, esse feito geralmente por 
mola.
CAMISA
É a parte interna dos cilindros quando 
esses não foram gerados no processo de 
fundição do bloco.
Em alguns motores o cilindro é constituído 
por uma “camisa” que nada mais é que 
um tubo cilíndrico colocado dentro do blo-
co do motor.
Em caso de desgaste do cilindro, a substi-
tuição da camisa geralmente é mais fácil 
do que a retífica do cilindro.
Existem dois tipos de camisa: A camisa seca 
e a camisa molhada, sendo esta ultima ca-
racterizada pela refrigeração feita através 
da circulação de água em sua volta.
A 
B 
C
CÂMBIO AUTOMÁTICO SEQUENCIAL
Câmbio automático que pode ser conduzi-
do na função manual no modo sequencial, 
comandado pelo motorista, porém, não 
na maneira tradicional. O controle é fei-
to por um joystick, que ao ser levemente 
comandado para frente ou para trás, faz 
a troca das marchas. Em alguns modelos, 
essa troca pode ser feita por borboletas 
no volante.
No sistema sequencial, como o nome su-
gere, as marchas são trocadas em sequ-
ência, ou seja, não se pode ir da segunda 
para quarta sem passar pela terceira. 
CAMBIO AUTOMATIZADO
Ver câmbio robotizado.
18
A 
B 
C
CÂNISTER
Recipiente que contém carvão vegetal 
ativo com a função de absorver os hidro-
carbonetos (gasolina em forma de vapor) 
emitidos, em algumas situações pelo res-
piradouro do reservatório de combustível, 
evitando assim que cheguem à atmosfera. 
Durante o funcionamento do motor, esses va-
pores podem ser aspirados pelo sistema de ali-
mentação e queimados no interior do cilindro.
Esse dispositivo, atualmente, é controlado 
pela central de injeção eletrônica.
CARBONO
Elemento químico presente na natureza sob 
a forma de diamante e grafite, cujos átomos 
estão presentes em todas as substâncias 
abordadas pela química orgânica. Recen-
temente o carbono assumiu uma grande 
importância nas construções da indústria 
automobilística mais sofisticada, ou seja, 
nos carros esportivos ou de corrida. Com ele 
é possível fabricar fibras e outros materiais 
que, impregnados com resinas de diversos 
tipos, permitem a construção de carrocerias 
e outros elementos estruturais com atraentes 
características mecânicase baixo peso.
As fibras podem ser dispostas de forma a ofe-
recerem a máxima resistência na direção que 
ocorre a maior solicitação, ou se concentra-
rem nas zonas em, que o stress é mais alto, 
como por exemplo, nos discos de freios dos 
carros de competição e em suas pastilhas.
CARBURADOR
Dispositivo que alimenta o motor com a mis-
tura ar/combustível na dosagem correta. Ele 
também deve permitir ao motorista regular 
a distribuição de potência, tarefa executada 
pela válvula borboleta, permitindo em maior 
ou menor grau a aspiração do motor.
Os carburadores foram substituídos pela inje-
ção eletrônica devido à emissão de poluen-
tes ser muito menor nos sistemas eletrônicos.
CARREGADOR DE BATERIA
Dispositivo elétrico dotado de uma série 
de diodos por meio do qual é possível 
transformar a corrente alternada em cor-
rente contínua, e através desta ultima reali-
zar a recarga da bateria.
CÁRTER
Nos motores de quatro tempos, o cárter 
funciona como uma bandeja em que fica 
alojado o óleo na parte inferior do motor, 
também conhecido como cárter úmido. 
Através de uma bomba, o óleo é enviado 
sob pressão a vários componentes móveis 
do motor.
Nos motores de dois tempos com aspira-
ção no bloco fala-se de cárter para indicar 
a câmara de manivelas e a parte inferior 
do cilindro, onde a mistura carburada che-
ga ao interior do cárter trazida pelo movi-
mento do pistão. 
CASQUILHO
É um tipo de mancal, também conhecido 
por bronzina. Utilizado para reduzir o 
atrito e servir de apoio e guia para peças 
giratórias, como virabrequins e comandos 
de válvula, permitindo o movimento com 
um mínimo de atrito.
Formadas por duas carcaças de forma se-
micirculares para facilitar a montagem.
19
A 
B 
C
CÁSTER
Valor verificado durante o alinhamento 
das rodas.
Ângulo medido em graus, que o pino-mes-
tre forma em relação à vertical, medido na 
sua projeção sobre o plano longitudinal 
do veículo.
Em uma linguagem mais simples, é o ângu-
lo formado pela inclinação da coluna do 
amortecedor no sentido longitudinal, em 
relação ao plano de apoio do veículo.
Influi diretamente na estabilidade direcio-
nal: quanto maior o efeito do ângulo de 
cáster, mais intensas serão as forças de 
realinhamento da direção após as curvas.
CATALISADOR
Substância que acelera e facilita significa-
tivamente uma reação química sem tomar 
parte dela. 
No campo automobilístico é utilizado para 
favorecer a oxidação dos hidrocarbonetos 
presentes nos gases de escape, transfor-
mar o óxido de carbono em água e di-
óxido de carbono, e reduzir o óxido de 
nitrogênio para oxigênio e nitrogênio. Me-
tais nobres como a platina, o paládio e o 
ródio são empregados para essa função. 
CAVALO-VAPOR
Unidade de medida muito utilizada para ex-
primir a potência dos motores, sigla “CV”.
Os ingleses e norte-americanos usam um 
cavalo designado pela sigla HP, cujo valor 
é um pouco diferente: 0,986 o valor do CV.
CENTRALINA
É a central eletrônica que controla um ou 
mais sistemas ou dispositivos como igni-
ção, injeção, cambio, suspensão, etc. 
Em geral, as centrais eletrônicas são capa-
zes de intervir numa série de informações 
recebidas por meio de sensores. 
Essas informações são analisadas e “inter-
pretadas” segundo uma lógica muito bem 
definida e uma série de diretrizes memo-
rizadas.
CENTRO DE GRAVIDADE
Centro de gravidade ou baricentro é o 
ponto de aplicação, em um corpo, de to-
das as forças elementares devido à gravi-
dade, portanto é o ponto onde se podem 
equilibrar todas essas forças de atração. 
Se um objeto pudesse ser suspenso por um 
fio ao ponto exato de seu baricentro, ele 
ficaria em equilíbrio perfeito.
É um dos elementos mais importantes em 
qualquer veículo, por influir fortemente no 
comportamento dinâmico. Quanto mais 
baixo, melhor o comportamento.
20
CHASSI
Estrutura, geralmente em aço, sobre a qual 
se monta toda a carroçaria do veículo.
Sistema onde o corpo do veículo é apli-
cado por cima de uma estrutura inferior 
(chassi), sendo partes separadas, diferente 
do monobloco, onde a base e a carroceria 
formam uma única peça.
Por ser o suporte do carro, o chassi ou mo-
nobloco sofre empeno ou desalinhamento 
nos casos de colisão. A maior vantagem 
do monobloco é redução de peso e espa-
ço ocupado pela estrutura.
O chassi é mais barato para reparar, pois 
pode substituir peças com mais facilidade.
“CHIPAR”
O nome popular vem da reprogramação 
do chip (o “cérebro”) do sistema eletrôni-
co. Termo para remapeamento de centrais 
eletrônicas, das quais a injeção é a mais 
usual de ser retrabalhada, por controlar 
a injeção e a ignição do motor, com pa-
râmetros que favorecem o desempenho. 
Procedimento que deve ser tratado com 
cuidado, pois as montadoras utilizam 
laboratórios de última geração, além de 
uma bagagem de muitos anos de experi-
ência, quando fazem a calibração de uma 
central eletrônica original.
CILINDRADA
Capacidade volumétrica do motor.
É o volume gerado por cada pistão em seu 
movimento de um ponto morto a outro, mul-
tiplicado pelo número de cilindros do motor.
A cilindrada é indicada em centímetros 
cúbicos (cm³) ou em litros no qual um litro 
equivale a 1.000 cm³.
CILINDRO
É o componente no interior do qual corre o 
pistão, que, com o seu movimento retilíneo 
alternado, resulta nas várias fases do ciclo 
de funcionamento do motor. Os cilindros 
dos automóveis modernos são quase sem-
pre moldados diretamente no processo de 
fusão do bloco do motor. 
CILINDRO MESTRE
Ver bomba de freio.
A 
B 
C
CHAVE DESMODRÔMICA
É uma chave diferenciada devido ao seu 
segredo mecânico estar localizado nas pa-
redes laterais da chave e não nas bordas, 
o que dificulta a realizar cópias por equi-
pamentos comuns.
CHECK CONTROL
Sistema de controle eletrônico, normalmente 
munido de um visor, que informa o motoris-
ta, antes da partida, sobre o funcionamento 
dos equipamentos e dispositivos mais im-
portantes do veículo no que se refere à se-
gurança. Quase sempre o sistema continua 
a monitorar esses equipamentos durante o 
funcionamento. Eventuais problemas são si-
nalizados por meio de luzes coloridas.
21
COEFICIENTE DE ATRITO
Indica a resistência que os materiais e as su-
perfícies oferecem ao movimento. Em uma 
estrada com elevado coeficiente de atrito, por 
exemplo, os pneus têm ótima aderência e po-
dem transmitir um excelente torque motriz ou 
de redução sem que se verifique deslizamento.
A força de atrito é diretamente proporcio-
nal a esse coeficiente. 
COLETOR DE ADMISSÃO VARIÁVEL
Coletor de admissão que possui dois dutos, um 
mais curto e outro mais longo. Uma borboleta, 
gerenciada pela central eletrônica, determina se 
o ar aspirado deve fazer um percurso ou o ou-
tro. Uma vez que coletores curtos favorecem a 
potência e coletores longos melhoram o torque 
em baixas rotações, esse mecanismo faz com 
que o motor trabalhe sempre na configuração 
mais adequada ao regime de giros utilizado.
COLMÉIA
Estrutura em forma de casa de abelha nor-
malmente instala da entre duas folhas planas, 
como um sanduíche, para formar um painel 
dotado de grande resistência e leveza.
COLUNA DE DIREÇÃO
Coluna que liga o volante à caixa de dire-
ção do veículo. Atualmente, quase sempre 
é formada de duas ou mais partes unidas 
entre si por meio de algumas ligações. 
Por motivos de segurança, às vezes um dos ele-
mentos que a compõe é fabricado proposital-
mente para ceder, após um choque frontal de 
certa intensidade, reduzindo assim riscos para 
o motorista, conhecida por coluna colapsável.
COMANDO DE VÁLVULAS
Mecanismo responsável pela abertura das 
válvulas.
Consiste em um eixo cilíndrico, no qual 
está fixado um conjunto de peças ovala-
das, chamadas cames, que quando em ro-
tação, promovem a abertura das válvulas 
do motor.
A 
B 
C
COMANDO DE VÁLVULAS VARIÁVEL 
É uma das propostas técnicas mais interes-
santes dos últimos tempos, inclusive para 
os motores de série. 
Trata-se da distribuição variável, que per-
mite modificar o diagrama de distribuição, 
ou seja, a antecipação da aberturae o 
atraso do fechamento das válvulas durante 
o funcionamento do motor, graças a dispo-
sitivos chamados variadores de fase. 
Alguns fabricantes utilizam sistemas mais 
complexos, além de variar o momento de 
abertura e fechamento das válvulas, tam-
bém alteram o quanto a válvula irá abrir, 
ou seja, alteram o “lift” da válvula.
Desse modo é possível obter, além de uma 
potência específica elevada, um campo de 
utilização muito amplo no que diz respeito 
aos médios e baixos regimes de rotação. 
Com o sistema de distribuição variável, 
também se pode conseguir melhoras sen-
síveis na emissão de poluentes. 
Também conhecido como VVT (Variable 
Valve Timing).
Uma variação mais simples desse princípio, 
que atua apenas nos tempos de abertura e fe-
chamento, é o variador de tempo de válvulas.
22
A 
B 
C
COMBUSTÃO
Do ponto de vista químico, trata-se de um 
rápido processo de oxidação do combustí-
vel que acontece com considerável libera-
ção de energia térmica. 
Nos motores a ciclo Otto ocorre logo após a 
ignição da vela, com a consequente queima 
da mistura ar/combustível aspirada e com-
primida no cilindro. A chama inicia na vela 
e atravessa toda a câmara de combustão, fa-
zendo queimar progressivamente a mistura.
Nos motores a diesel acontece no momen-
to em que o injetor introduz o combustível 
pulverizado na câmara quando o ar está a 
uma temperatura elevada, durante a fase 
final da compressão. 
COMBUSTÍVEL
Nos motores a ciclo Otto o combustível ge-
ralmente é a gasolina. No Brasil, também 
temos o etanol e o GNV.
A gasolina é formada por uma mistura de 
hidrocarbonetos e não tem uma fórmula 
química bem definida. 
O etanol possui uma elevada octanagem; 
mas, para sofrer uma combustão comple-
ta, deve formar com o ar uma mistura di-
ferente da mistura ar/gasolina. Com cada 
quilo de álcool etílico deve-se misturam 9 
kg de ar, enquanto cada quilo de gasolina 
é misturado a 13,2 kg de ar, como conse-
quência, o consumo é elevado em compa-
ração ao obtido com a gasolina. 
COMMON RAIL
Sistema de injeção diesel que disponibili-
za alta pressão de injeção de combustível 
em praticamente todo o campo de rota-
ções do motor, conferindo torque excep-
cional e esportividade ao dirigir, aliado 
ao baixo consumo de combustível.
Nesse sistema, a geração de pressão e 
a injeção de combustível são separadas, 
o que significa que a bomba gera a alta 
pressão que está disponível para todos os 
injetores através de um tubo distribuidor 
comum. Esta pressão pode ser controla-
da independente da rotação do motor. 
A pressão do combustível, início e fim da 
injeção são precisamente calculados pela 
unidade de comando a partir de informa-
ções obtidas dos diversos sensores instala-
dos no motor, o que proporciona excelente 
desempenho, baixo ruído e a mínima emis-
são de gases poluentes.
COMPRESSÃO
É a fase do ciclo de funcionamento do mo-
tor durante a qual a mistura ar/combustí-
vel (nos motores a diesel, somente ar) aspi-
rada no cilindro é elevada a alta pressão 
e temperatura para depois ser acesa pela 
faísca gerada pelos eletrodos da vela. 
Teoricamente, a fase deveria terminar no 
momento em que o pistão alcança o PMS, 
mas ela é antecipada porque a faísca entre 
os eletrodos é gerada um pouco antes des-
sa posição. A injeção nos motores a diesel 
também começa vários graus antes do PMS.
COMPRESSOR
Dispositivo que fornece ar, ou mistura ar/
combustível, ao motor a uma pressão supe-
rior à atmosférica. 
Os compressores volumétricos que a 
cada giro da árvore deslocam sempre a 
mesma quantidade de ar são acionados 
pelo motor, roubando-lhe certa potência 
e são acionados pelo motor por meio de 
correias dentadas, cintas, engrenagens ou 
correias trapezoidais. 
Já os compressores centrífugos em geral 
são movidos por uma turbina acionada 
pelos gases de escape, assim geram so-
brepressão para melhor alimentar os ci-
lindros sem “roubar” energia do motor. O 
conjunto de compressor centrífugo e turbi-
na centrípeta chama-se turbocompressor.
23
A 
B 
C
CONSUMO ESPECÍFICO
Revela quanto combustível é utilizado pelo 
motor para cada kilowatt, ou cavalo, de 
potência produzida em uma unidade de 
tempo. Em geral é expresso em gramas/
kilowatt hora (g/kWh).
CONTROLE DE TRAÇÃO
Ver ASR. 
CONVERGÊNCIA
Valor verificado durante o alinhamento 
das rodas.
É a abertura ou fechamento das rodas, 
tendo como referência a frente do veículo.
Precisamente é o ângulo formado entre o 
eixo longitudinal do veículo e a linha me-
diana das rodas. A convergência é positiva 
quando as linhas medianas das rodas con-
vergem para a parte dianteira do veículo e 
negativa quando as duas linhas medianas 
tendem a se encontrar atrás do veículo. Nes-
se caso, fala-se, também, de divergência.
CONVERSOR CATALÍTICO
Dispositivo instalado no coletor, que é o 
primeiro segmento do sistema de escapa-
mento, cuja função é reduzir a níveis bai-
xíssimos a quantidade de substâncias po-
luentes, como o monóxido de carbono, os 
óxidos de nitrogênio, os hidrocarbonetos, 
etc., presentes nos gases de escape.
Os catalisadores oxidantes podem limitar 
apenas as emissões de óxidos de carbono 
e hidrocarbonetos, transformando-os em 
dióxido de carbono e água.
Já os catalisadores de redução neutrali-
zam os óxidos de nitrogênio em oxigênio 
e nitrogênio.
Os catalisadores trivalentes desempenham 
tanto funções de oxidação quanto de re-
dução.
Embora o catalisador trivalente tenha ren-
dimento elevado - alta eficiência de conver-
são, que pode atingir 90%, é indispensá-
vel que o motor seja alimentado com uma 
mistura ar/combustível de título controlado 
com a máxima precisão, a fim de mantê-la 
dentro de uma estreita faixa de dosagem. 
Por isso usa-se uma sonda lambda ligada 
à centralina de injeção eletrônica.
Para que o catalisador entre em funciona-
mento, sua temperatura deve superar os 
280 °C.
24
A 
B 
C
CONVERSOR DE TORQUE
Dispositivo que liga o motor ao câmbio auto-
mático. Na prática, ele substitui a embreagem 
tradicional e permite adotar câmbios com nú-
mero menor de marchas do que as que se-
riam necessárias num câmbio mecânico.
Isso porque ele é capaz de aumentar o torque 
produzido pelo motor, incremento acompanhado 
por uma diminuição da velocidade de rotação.
A ligação resultante nunca é rígida, mas é obti-
da por meio de um óleo hidráulico especial, sem 
vincular mecanicamente os dois componentes.
A transmissão da potência é obtida graças 
à força centrífuga e ao movimento do óleo 
que passa continuamente da parte periféri-
ca da polia motora à polia movida.
Algumas marchas, acima de certa veloci-
dade usam a função lock-up.
CORNERING LIGHT
Sistema eletroeletrônico que aciona um 
dos faróis de neblina quando esterçar o 
volante mais de 40° ou sinalizar através 
da seta. O farol de neblina à ser acendido 
é do lado para o qual a direção foi ester-
çada ou foi sinalizado; para este procedi-
mento ocorrer os faróis deve estar acesos.
COROA
Entre duas rodas dentadas unidas entre si 
ou ligadas a uma corrente, é aquela que 
possui as dimensões maiores. A engrena-
gem menor é o pinhão.
COROA E PINHÃO
É formado por duas engrenagens cônicas 
ligadas entre si e permite a transmissão de 
movimento entre dois eixos perpendicula-
res ou inclinados entre eles. 
CORPO DE BORBOLETA
Elemento no qual está alojada a válvula (bor-
boleta) que regula a respiração nos motores 
OTTO alimentados por injeção eletrônica.
Comandado pelo pedal do acelerador, 
quando o sistema é acelerador a cabo.
Comandado pela central de injeção eletrô-
nica quando o sistema é acelerador eletrô-
nico, conhecido como Drive By Wire.
25
A 
B 
C
CORREIA DENTADA
Componente da transmissão que permite, 
sem nenhum deslizamento, enviar o movi-
mento e fazer o sincronismo do virabre-
quim ao comando de válvulas, ou seja, 
sincroniza os pistões com as válvulas. 
São correias planas, dotadas de uma série 
de dentes que se inserem nos vãos das en-
grenagens correspondentes. 
Uma correia dentada possui uma série de 
cordões inextensíveis de algodão, kevlarou outra fibra. Esses são imersos em um 
corpo de borracha sintética sobre o qual, 
em um dos lados, inserem-se dentes de 
perfil trapezoidal ou arredondado, geral-
mente protegidos por uma ou mais cama-
das de nylon ou outro material plástico. A 
correia dentada trabalha silenciosamente 
e sem nenhuma lubrificação.
Essas características fazem com que as 
correias dentadas sejam ótimas para co-
mandar a distribuição.
CORREIA POLY-V
São correias com pequenos frisos em V.
Tipo particular de correia para órgãos au-
xiliares, caracterizada por uma flexibilida-
de excepcional, hoje muito utilizada para 
comandar dispositivos como: bomba da 
direção hidráulica, alternador, ar-condi-
cionado etc. Uma única correia desse tipo 
pode substituir diversas correias trapezoi-
dais. Suas principais características são: 
flexibilidade para um uso em polias de 
pequeno diâmetro, transmissão de potên-
cia mesmo com o dorso das correias, em 
particular no caso da dupla poly v, campo 
de temperatura de trabalho elevado para 
garantir uma maior vida útil.
CORREIA TRAPEZOIDAL
Tipo de correia utilizada para comandar 
dispositivos como o alternador e a bomba 
d’água. É feita de te
la revestida de borracha reforçada por 
diversos elementos internos resistentes tra-
balhando em tração. Essa correia envolve 
polias dotadas de sulcos em flancos incli-
nados.
CORRENTE DE TRANSMISSÃO
Componente de transmissão responsável 
pelo envio do movimento e do sincronismo 
do virabrequim ao comando de válvulas.
à primeira vista, sua aparência lembra 
bastante uma corrente de bicicleta.
Tem a mesma função da correia dentada, 
porém com características diferentes, prin-
cipalmente pela sua grande resistência e 
durabilidade.
26
A 
B 
C
CREMALHEIRA
Dispositivo composto da união de uma ré-
gua dentada com movimento retilíneo e de 
uma engrenagem que age sobre ela.
CROSSOVER
Em inglês significa cruzamento.
Define os veículos que combinam elemen-
tos de duas ou mais categorias, como au-
tomóvel e utilitário esporte, ou minivan e 
utilitário esporte.
CROSS-FLOW
Termo utilizado para cabeçotes de fluxo 
cruzado. 
Indica os cabeçotes nos quais os dutos de 
admissão são colocados do lado oposto 
aos dutos do escape. 
Tais cabeçotes tendem a melhorar a eficiên-
cia volumétrica, tanto pelo fluxo dos gases, 
principalmente quando há cruzamento das 
válvulas, como pela menor troca de calor 
entre os gases de admissão e escape.
CRUZAMENTO
Indica a fase do ciclo de funcionamento 
dos motores de quatro tempos na qual as 
válvulas de admissão, que estão começan-
do a se abrir, e as de descarga que já es-
tão quase fechadas ficam abertas simulta-
neamente, mesmo que de forma limitada. 
Essa é tanto mais longa quanto maior for o 
impulso dado à fase do eixo comando de 
válvulas, principalmente nos motores de alta 
performance e permite desfrutar do efeito 
“extrator” dos gases de escape, que saem 
do cilindro, para colocar em movimento os 
gases frescos (mistura ar/combustível) pre-
sentes no duto de admissão antes mesmo de 
o pistão iniciar seu curso do PMS ao PMI.
CUBO DE RODA
É a parte central, onde a roda se apoia, 
na qual costumam ficar os rolamentos e 
os elementos de fixação. Normalmente é 
reforçado com ranhuras ou paredes de 
maior espessura.
CURSO
É a distância que separa os pontos mortos 
superior e inferior, ou seja, o espaço per-
corrido pelo pistão para se deslocar entre 
os pontos extremos do seu movimento. 
É expresso em milímetros.
CUT OFF
É a interrupção do fluxo do combustível 
para o motor, que ocorre na fase de desa-
celeração, diminuindo assim o consumo e 
a emissão de poluentes. 
Assim que o regime de rotação do motor 
se tornar menor do que um valor predeter-
minado, ou o acelerador é acionado nova-
mente, a alimentação é restabelecida.
CVCP
Continuous Variable Cam Phaser, ou varia-
dor de fase contínuo, que permite uma va-
riação da fase do motor proporcionando 
redução de consumo combustível e emis-
sões de poluentes.
27
A 
B 
C
CVT
Sigla de Continuously Variable Transmis-
sion. (transmissao continuamente variavel).
Trata-se de uma forma especial de câmbio 
automático caracterizado por um variador 
com polias expansíveis, com diâmetro útil 
variável, ligado a uma correia especial.
E como se a transmissão tivesse um núme-
ro infinito de conexões. A polia é dividida 
em duas partes que se afastam quando o 
diâmetro útil diminui, a correia, que tem 
uma secção trapezoidal, nesse caso traba-
lha mais internamente. 
A diminuição do diâmetro de envolvimen-
to da polia motora deve corresponder um 
aumento proporcional do diâmetro útil da 
polia movida e vice-versa. Dessa forma, 
obtém-se a transmissão do movimento com 
uma gama infinita de relações. 
O controle desse sistema de transmissão é 
confiado a uma central eletrônica que leva 
em conta a velocidade do veículo e o re-
gime de rotação do motor necessário para 
mantê-lo sempre dentro do melhor campo 
no que diz respeito ao rendimento e ao 
desempenho.
CX
Sigla que indica o coeficiente de penetra-
ção aerodinâmica. 
Valor que exprime a maior ou menor fa-
cilidade com que o veículo rompe o ar a 
sua frente. Quanto menor o valor, mais fá-
cil esse rompimento e, por consequência, 
menor o consumo de combustível e menor 
ruido em uma mesma velocidade. Um bom 
valor hoje, em carros de passeio, é 0,30.
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DECIBEL
Corresponde a um décimo de bel, unidade 
de medida mais usada para medir a inten-
sidade sonora.
DETONAÇÃO
Ver Autoigniçao.
DIAGRAMA DE DISTRIBUIÇAO
Os pontos de início e de final do fecha-
mento de válvulas, indicados em graus de 
rotação do virabrequim, podem ser mos-
trados graficamente por meio de um dia-
grama circular conhecido como diagrama 
de distribuição. Também se fala de “dia-
grama” para indicar o grau de abertura 
da distribuição. 
Grandes avanços de abertura e atrasos de 
fechamento caracterizam o diagrama dos 
motores de alto desempenho destinados a 
funcionar em regimes de rotação mais ele-
vados. O gráfico é determinado pelo perfil 
dos excêntricos, que considera a geome-
tria dos componentes sobre os quais os ex-
cêntricos atuam, e do comando de válvu-
las ou do posicionamento dos excêntricos 
em relação à manivela do virabrequim.
DIÂMETRO DO CILINDRO
É a medida do diâmetro interno dos cilin-
dros do motor, expressa sempre em milí-
metros.
DIESEL
Combustível formado por uma mistura de 
hidrocarbonetos derivados de petróleo, 
como a gasolina, porém mais pesado.
O óleo Diesel, em suas diversas denomina-
ções, é o principal combustível comerciali-
zado no mercado brasileiro, utilizado no 
transporte de cargas e de passageiros, em 
embarcações, na indústria, na geração de 
energia, nas máquinas para construção ci-
vil, nas máquinas agrícolas e locomotivas, 
atendendo as necessidades dos consumi-
dores e as mais avançadas tecnologias em 
motores e combustão.
Os tipos de Diesel variam de acordo com 
o teor de enxofre máximo que eles podem 
possuir.
DIFERENCIAL
Quando um veículo entra numa curva, 
suas rodas internas percorrem uma distân-
cia menor do que as externas. 
Por isso, é preciso usar no eixo do motor um dis-
positivo capaz de permitir que as duas rodas se 
movimentem com velocidades diferentes.
Esse dispositivo é o diferencial, formado por 
uma carcaça de engrenagens, à qual estão 
ligados os eixos, geralmente dois, sobre os 
quais se instala uma dupla de satélites liga-
dos a duas engrenagens cônicas, chamadas 
planetárias, acopladas aos dois semieixos 
que enviam o movimento às rodas.
A carcaça roda junto com a coroa da du-
pla, cilíndrica ou cônica, de redução final. 
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DIGITAL
É o contrário de analógico. Um indicador 
digital é dotado de um mostrador no qual 
os valores numéricos aparecem de manei-
ra descontínua, ou seja, variam em “pas-
sos” ou “degraus” de valores no decorrer 
do tempo para a variável medida.
São digitais os instrumentos que fornecem 
informações por meio de números ou le-
tras luminosas compostas por elementos 
de cristal líquido ou LEDs. 
DIODO
Semicondutorque permite o fluxo da cor-
rente numa determinada direção e o impe-
de de seguir em direção contrária. 
Para exemplificar, diodos combinados são 
usados para transformar a corrente alter-
nada, produzida pelo alternador, em cor-
rente contínua, que pode ser utilizada na 
recarga da bateria. 
DILATAÇÃO TÉRMICA
Com o aumento da temperatura, os corpos 
tendem a se expandir, ou seja, aumentar 
de tamanho devido à dilatação térmica, 
que varia dependendo da natureza dos 
materiais. As ligas de alumínio, por exem-
plo, dilatam mais do que materiais ferro-
sos. 
DIN
Sigla para Deutsches Institut Für Norrnunq 
(Instituto Alemão de Padronização). 
Essa entidade estabeleceu uma série de 
normas que encontram aplicação em mui-
tos setores. No campo automobilístico em 
particular existem modalidades determina-
das para medir a potência e o consumo 
específico. 
DIÓXIDO DE CARBONO
Ver Gás Carbônico.
DIREÇÃO ELÉTRICA
Sistema em que um motor elétrico substitui 
a bomba hidráulica da assistência conven-
cional. Entre as vantagens estão menor 
consumo de energia do motor, ausência 
de fluido, o que reduz a manutenção e 
a facilidade ao fabricante de ampliar a 
assistência quando desejado, como por 
exemplo, a função “City”.
DIREÇÃO ELETROIDRÁULICA
Tipo de assistência de direção em que a 
bomba é acionada por um servomotor elé-
trico, e não mais pelo próprio motor, via 
correia. Com isso, consome menos ener-
gia do motor e torna a assistência inde-
pendente do regime de giros.
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DIREÇÃO HIDRÁULICA
Dispositivo que diminui o esforço do moto-
rista para girar as rodas. 
A direção hidráulica, normalmente tem um 
cilindro hidráulico incorporado no aloja-
mento tubular da haste dentada (caixa de 
direção à cremalheira). 
Uma bomba ligada ao motor faz o fluido 
hidráulico do circuito circular sob pressão. 
Uma válvula de controle regula a passa-
gem de óleo de um lado ao outro do cilin-
dro hidráulico, em cujo interior há um pis-
tão vinculado à haste dentada, de acordo 
com a velocidade e o ângulo de rotação 
do volante de direção. 
Por motivo de segurança, a direção hi-
dráulica é construída de tal forma que na 
remota eventualidade de uma falha de fun-
cionamento, o motorista pode continuar 
virando a direção mesmo que com mais 
esforço.
DISTRIBUIÇÃO
O chamado “conjunto de distribuição” é 
a somatória dos componentes do motor 
antepostos ao controle do fluxo dos gases 
que entram e saem dos cilindros, ou seja, 
as válvulas e todos os componentes que 
asseguram o seu funcionamento (comando 
de válvulas, balancins etc.). 
Fala-se de “comando da distribuição” 
para indicar os componentes utilizados 
para acionar o eixo comando de válvulas, 
que pode ser simples, com um único eixo, 
ou duplo, com dois.
DISTRIBUIÇÃO DESMODRÔMICA
Em todos os motores de automóveis, as 
válvulas são fechadas por meio de molas. 
Muitas vezes, porém, foram propostos sis-
temas de fechamento de válvulas do tipo 
“positivo”, sem elementos elásticos para 
fechamento, ou seja, distribuições desmo-
drômicas. 
O esquema prevê o uso de dois cames de 
perfil complementar por válvula, fazendo 
a função tanto de abertura como fecha-
mento da válvula.
A distribuição desmodrômica abre e fecha 
as válvulas com grande rapidez, eliminan-
do o risco de “overspeed” se o motor fun-
cionar acima da rotação adequada, mas 
tem seus inconvenientes: aumenta muito a 
complexidade da construção, o que impli-
ca grande elevação dos custos.
DISTRIBUIDOR
Em geral, o termo indica o dispositivo res-
ponsável pelo envio, no momento correto, 
da corrente de alta tensão proveniente da 
bobina a cada uma das velas do motor. 
Nos sistemas de ignição convencionais, 
ele é constituído por uma caixa, chamada 
de tampa do distribuidor, dentro da qual 
fica alojada uma escova rotatória, chama-
da de rotor, que distribui a corrente de alta 
tensão para a vela correspondente. 
Distribuidor é qualquer componente ou dis-
positivo capaz de dividir o fluxo de um flui-
do gerado por uma única fonte, fazendo-o 
chegar, exatamente no momento previsto, 
aos componentes a ele ligados.
DNA
É uma chave seletora que permite mudan-
ça de mapeamento dos curso de pedal do 
acelerador, modificando a forma de res-
posta do veiculo a aceleração. 
D - Dinâmico, provoca respostas mais rá-
pidas aos comandos do acelerador e si-
naliza uma troca de marchas em rotações 
mais altas, propondo uma condução mais 
esportiva;
N - Normal, mantém as configurações usu-
ais de condução; 
A - Autonomia, disponibiliza um econôme-
tro gráfico no visor e sinaliza para o moto-
rista os momentos exatos de trocas de mar-
chas, buscando sempre o menor consumo.
DOHC
Sigla de Double Overhead Camshaft. (du-
plo comando de valvulas no cabeçote).
Utilizada para designar os motores com 
duplo comando de válvulas no cabeçote.
DOIS TEMPOS
Podem ser motores de ciclo Otto ou a Die-
sel. Enquanto os motores de quatro tempos 
têm uma fase útil a cada dois giros do eixo 
motor, nos de dois tempos todas as fases 
do ciclo de funcionamento ocorrem num 
único giro do virabrequim, ou seja, em 
dois movimentos do pistão. 
Os motores de dois tempos a ciclo Otto são 
muito mais simples, compactos e leves do 
que os de quatro tempos, mas têm um ren-
dimento bem pior e um consumo especifico 
muito mais alto. Além disso, os níveis de suas 
emissões de hidrocarbonetos e óxido de car-
bono são muito mais elevados. Todavia, ge-
ram uma potência específica bem mais alta.
DRIVE BY WIRE
Ver acelerador eletrônico
DUALOGIC
Sistema eletro hidráulico que monitora e 
realiza as trocas de marchas no cambio 
mecânico, com o acionamento e controle 
da embreagem.
DÜCTIL
Que se pode reduzir a fios, estirar, disten-
der, sem se romper; flexível, elástico.
DUMMY
Boneco de alta tecnologia utilizado em 
testes de colisão, crash-tests. Dotado de 
sensores extremamente precisos, permite 
avaliar os esforços e impactos exercidos 
em cada parte do corpo durante a colisão, 
de modo a auxiliar o desenvolvimento de 
automóveis mais seguros.
DUPLA IGNIÇÃO
Em alguns motores utilizam-se duas velas 
para cada cilindro. Em geral, são coloca-
das no lado oposto da câmara de com-
bustão. Em inglês, o termo é “twin spark”.
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DUPLO COMANDO DE VÁLVULAS
O termo indica as distribuições com dois 
eixos comandos de válvulas no cabeçote. 
Trata-se de uma solução adotada univer-
salmente nos motores de competição, mas 
também muito difundida nos motores de 
série de performance mais agressiva.
Permite reduzir ao mínimo as massas dos 
componentes em movimento alternado, an-
tes do acionamento de cada válvula. 
Os componentes localizados entre o ex-
cêntrico e as válvulas possuem grande rigi-
dez e permitem obter um excelente contro-
le do movimento das válvulas.
DURAÇÃO DO COMANDO
Refere-se ao sistema de distribuição e indi-
ca a antecipação ou o atraso, em relação 
à manivela do virabrequim, com o qual 
ocorre um determinado evento mecânico, 
elétrico ou hidráulico.
Fala-se ainda de “ângulo de ignição” para 
indicar o avanço com que a faísca corre 
entre os eletrodos da vela. 
O ângulo de fase da distribuição é forma-
do pela antecipação da abertura e o atra-
so de fechamento das válvulas em relação 
ao ponto morto.
EBD
Sigla em inglês de Electronic Braking For-
ce Distribution (distribuição eletronica da 
força dos freios).
Sistema que distribui a frenagem entre os 
eixos dianteiro e traseiro.
Na prática ele calcula a máxima pressão 
do freio que pode ser aplicada sem risco 
de travamento do eixo traseiro e a reduz 
quando necessário.
Sem o EBD, a distribuição imperfeita pode 
levar a tendência prematura de travamen-
to das rodas de um dos eixos, o que impli-
ca atuação do ABS.
ECO:DRIVE
O eco:Drive é um programa que analisa 
os percursos usados pelo motorista, cole-
tando várias informações da condução 
durante o trajeto. 
Essas informações são convertidas em in-
fográficos bastante objetivos, de leitura fá-
cil, traduzidas em desempenho de espec-
tro geral. O grande objetivo é fornecer ao 
motorista dadospara que sua condução 
seja a mais eficaz possível, especialmente 
em termos de consumo de combustível e 
níveis de emissões.Dentre as informações 
disponíveis, o destaque é o eco:Index: 
uma nota de 0 a 100, que pontua de for-
ma global o modo de condução do moto-
rista. Se ele quiser, pode ainda comparti-
lhar e comparar seu índice com os amigos 
através do Facebook e Tweeter
ECU
Sigla de Electronic Control Unit (unidade 
eletrônica de controle).
Ver Centralina
EDC
Sigla de Electronic Diesel Control. 
É um sistema de controle dos motores a 
diesel de última geração que permite eli-
minar o regulador de giros, o variador 
de fase de funcionamento mecânico e a 
ligação direta entre o pedal do acelera-
dor e o conjunto regulador-bomba de in-
jeção. Com esse sistema é possível manter 
a alimentação do motor a diesel sempre 
no melhor nível e limitar as emissões de 
poluentes e o consumo, assegurando um 
bom desempenho.
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EFEITO RAM
Ver coletor de admissão variável.
EFEITO SOLO
Força aerodinâmica dirigida para baixo 
que pode alcançar valores consideráveis 
em altas velocidades. Pode ser obtida em 
maior ou menor intensidade por meio de 
apêndices aerodinâmicos, como aerofólios, 
para melhorar a aderência das rodas motri-
zes, como no caso dos carros de Fórmula 1.
EGR
Sigla para Exhaust Gas Recirculation (re-
circulação dos gases de exaustão).
É a recirculação dos gases de escape usa-
da até certo ponto em alguns motores para 
diluir a mistura fresca com os gases já 
queimados do escapamento e, portanto, 
abaixar as temperaturas máximas do ciclo 
com o objetivo de reduzir as emissões do 
óxido de nitrogênio.
EIXO
Do ponto de vista mecânico, o eixo difere 
de uma árvore exclusivamente pelo fato de 
não transmitir nenhum movimento de torção.
Também na suspensão dos veículos fala-
-se de eixo dianteiro e traseiro, mas como 
hoje a maioria dos modelos tem suspen-
sões dianteiras independentes, seria mais 
correto referir-se a trem dianteiro.
EIXO AUXILIAR DE BALANCEAMENTO
Ver eixo contra-rotante.
EIXO CARDAN DE TRANSMISSAO
Tem a função de ligar a saída do câmbio 
à caixa do diferencial nos veículos com 
tração traseira e motor dianteiro. Em geral 
é formado por um eixo tubular dotado de 
“cruzetas” posicionadas em uma ou am-
bas as extremidades.
EIXO COMANDO DE VÁLVULAS
Nos motores de quatro tempos o movimen-
to das válvulas é controlado por uma série 
de excêntricos do comando de válvulas, 
conhecidos como cames. 
O comando roda com velocidade reduzi-
da em comparação ao virabrequim, que 
o aciona por meio de correias dentadas, 
corrente de distribuição ou engrenagens. 
O comando de válvulas pode estar loca-
lizado no bloco e, nesse caso, aciona as 
válvulas por meio de varetas e balancins. 
Na maioria dos motores modernos, porém, está 
localizado no cabeçote e controla as válvulas 
agindo sobre os tuchos ou sobre os balancins.
As superfícies de trabalho dos excêntricos 
devem ser muito duras e durante o funcio-
namento, ser constantemente lubrificadas.
EIXO CONTRA-ROTANTE
Componente mecânico empregado em alguns 
motores para eliminar vibrações que podem 
ser incômodas aos ocupantes do veículo. Em 
certos casos, há dois eixos auxiliares de equilí-
brio, sempre dotados de uma ou mais massas 
excêntricas girando em sentido contrário.
ELASTÔMERO
Material plástico, na realidade uma bor-
racha sintética, dotado de grande elasti-
cidade. Os elastômeros encontram ampla 
utilização na indústria automobilística, 
principalmente na fabricação de elemen-
tos de impermeabilização e guarnição. 
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ELETROFORESE
Tratamento protetor efetuado por meio da 
imersão numa solução galvânica. É aplica- 
do à lâmina de aço e resulta na formação 
de uma fina camada protetora que adere 
firmemente às superfícies metálicas. 
EMBREAGEM
Dispositivo que liga o motor ao câmbio e 
permite ao motorista obter uma transmis-
são progressiva de torque. 
Ela coloca o veículo em movimento com 
certo deslizamento e separa os dois com-
ponentes, tornando independente a rota-
ção de cada um deles, permitindo assim, 
um engate fácil das marchas. 
Quando a embreagem é acionada, os 
dois elementos, platô e disco se separam, 
desacoplando o motor do câmbio.
Quando a embreagem é deixa de ser acio-
nada, os dois elementos se unem, transfe-
rindo assim o torque do motor para o câm-
bio e consequentemente para as rodas.
EMBREAGEM DUPLA
Sistema adotado em algumas caixas de 
câmbio manuais automatizadas em que 
há duas embreagens. A árvore primária 
de transmissão é dividida em duas seções, 
uma com as marchas de número par, ou-
tra com as ímpares. Enquanto uma das 
marchas está selecionada e ativa, com 
sua embreagem acoplada, a transmissão 
comanda que a marcha seguinte seja sele-
cionada, permanecendo sua embreagem 
desacoplada. No momento da mudança, 
esta embreagem se acopla ao mesmo tem-
po em que a outra (da marcha que está 
saindo) é desacoplada. Com isso, não é 
preciso interromper o fornecimento de po-
tência para uma operação suave.
EMISSÕES
Em teoria, um motor a ciclo Otto alimenta-
do com uma mistura na dosagem correta 
deveria emitir pelo escapamento apenas 
gás carbônico, água sob forma de vapor 
e nitrogênio. Esse último gás compõe apro-
ximadamente 78% do ar e deveria ser to-
talmente inerte, ou seja, não tomar parte 
nas reações químicas que se desenvolvem 
nos cilindros. A água e o gás carbônico 
resultam da combustão, ou seja, da oxida-
ção dos hidrocarbonetos.
Na realidade, a combustão dentro do 
motor é sempre incompleta, o que acaba 
determinando a emissão de certa quanti-
dade de monóxido de carbono e hidro-
carbonetos não queimados. Em função da 
combinação com oxigênio a temperaturas 
muito elevadas, saem do motor, sob a for-
ma de gases de escape, alguns óxidos de 
nitrogênio. O monóxido de carbono e os 
hidrocarbonetos são emitidos em quan-
tidades consideráveis quando o motor é 
alimentado com uma mistura rica, ou seja, 
excesso de gasolina em relação ao ar. Ao 
contrário, quando o motor é alimentado 
com uma mistura pobre, ou seja, pouca 
gasolina em relação ao ar, os óxidos de 
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nitrogênio estão presentes em grande 
quantidade.
Nos motores a diesel, que emitem menos 
gases poluentes, há o problema do par-
ticulado, ou seja, o conjunto de todas as 
partículas sólidas e líquidas que saem do 
motor pelo sistema de escape.
ENCOSTO DE CABEÇA ATIVO
São programados para que em uma coli-
são por trás do veículo, assuma uma posi-
ção favorável à proteção dos ocupantes, in-
clinando para perto da cabeça, diminuindo 
assim o espaço entre a cabeça e o apoio.
ENERGIA
É a capacidade de um corpo ou sistema 
de realizar trabalho. Este pode manifestar-
-se sob várias maneiras diferentes: energia 
térmica, elétrica, cinética, mecânica, etc. 
Como essas formas de energia podem ser 
transformadas entre si, um motor também 
poderia ser considerado uma espécie de 
transformador de energia já que converte 
parte do calor desenvolvido na combus-
tão da mistura ar/combustível em energia 
mecânica. Os freios também podem ser 
considerados transformadores de energia, 
pois convertem energia cinética, ou de mo-
vimento, em calor.
ENGRIPAMENTO
Termo informal que indica o fenômeno que 
se verifica quando o jogo diametral entre 
um componente móvel e o seu encaixe se 
anula ou quando se rompe a camada de 
óleo lubrificante que separa as superfícies 
de trabalho. Nestas condições, ocorre 
uma acentuada produção de calor, com 
rápido desgaste e danificação das super-
fícies metálicas em menor ou maior grau: 
vai de um simples risco a sulcos mais ou 
menos profundos. Nos casos mais graves 
pode ocorrer um princípio de soldagem 
do material em ponto localizado e irreme-
diável perda do componente. Em termos 
mecânicos, as peças que podem engripar 
incluem os eixos nos rolamentos que os 
apoiam, as válvulas nas guias etc.
ENTRE EIXOS
É a distância entre os eixos anterior e pos-
terior de um veículo, mas qualquer com-
ponente mecânico dotado de dois furos 
possui um entre eixos, queé a distância 
que separa os eixos dessas partes. 
EP
Sigla de Extreme Pressure (EXTREMA PRES-
SÃO).
Indica os aditivos que permitem ao óleo 
criar nas superfícies metálicas uma fina 
camada lubrificante capaz de suportar 
pressões muito elevadas sem que se rom-
pam. Muitos óleos destinados a lubrificar 
engrenagens hipóide têm características 
EP marcantes. 
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EPICICLOIDAL
Devido à analogia com o sistema solar, o 
trem epicicloidal é frequentemente chama-
do de trem planetário ou trem de engrena-
gens planetárias. 
Em virtude disso, a engrenagem central é 
chamada de solar, as engrenagens que 
giram em torno dela são chamadas de 
planetárias. 
Quase sempre se utiliza também, uma en-
grenagem de dentes internos em torno do 
conjunto, onde os planetários também se 
engrenam. Essa é chamada de engrena-
gem, anular ou coroa.
Esse grupo de engrenagens é muito utiliza-
do em câmbios automáticos, motores de 
partida e alguns diferenciais para trans-
mitir o movimento com diferentes relações 
de redução entre dois eixos coaxiais, mas 
sem inverter a direção de rotação.
EPROM
Significa Erasable Programmable Read 
Only Memory ou memória de leitura can-
celável e reprogramável (memória de leitu-
ra cancelavel e reprogramavel).
Indica uma memória que manda instruções 
à central eletrônica que em caso de neces-
sidade pode ser anulada e reprogramada. 
Esse dispositivo vem sendo bastante usado 
nos sistemas de injeção eletrônica, uma 
vez que permite variar rapidamente os ma-
pas de avanço e admissão de combustível.
ERGONOMIA
Definida como a adaptação de um espaço 
ao trabalho humano, no caso dos veículos 
envolve a disposição e o funcionamento de 
todos os comandos para o motorista, como 
volante, pedais, alavancas de câmbio e freio 
de estacionamento, controles do painel etc.
ESCALONAMENTO
É a definição das relações de marcha em 
função das características do motor e do 
veículo como um todo.
ESPELHO CONVEXO
Espelho retrovisor com ligeira curvatura 
da lente, propiciando um campo de vi-
são maior, mas com menos clareza de 
distâncias: os objetos refletidos parecem 
mais distantes do que realmente estão. 
Sua maior vantagem é a segurança e 
conforto em mudanças de pista e acessos 
em ângulo a vias, pois permite enxergar 
veículos na pista ao lado que o retrovisor 
plano não mostra. No retrovisor do lado 
do passageiro é adotado universalmente, 
enquanto no do motorista há divergências. 
Há também o tipo biconvexo, com uma fai-
xa externa de curvatura mais acentuada.
ESTEQUIOMETRIA
Mistura ideal entre o ar e um combustível.
ETANOL COMBUSTÍVEL
A produção de álcool no Brasil é realizada 
a partir da fermentação da cana-de-açúcar. 
Seguindo recomendações específicas, ele 
pode ser misturado ao diesel e à gasolina.
O álcool com que você abastece o seu carro é 
diferente daquele que é adicionado à gasolina.
O combustível que abastece os veículos 
movidos a álcool ou flex é o álcool etílico 
hidratado (6,2 a 7,4 % de água), que se 
caracteriza por sua apresentação límpida 
e incolor. Já o produto que é adicionado à 
gasolina é o álcool etílico anidro.
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ERM
Sigla para eletronic roll mitigation (ATE-
NUAÇÃO ELETRONICA DA INCLINA-
ÇÃO DA CARROCERIA).
O sistema de prevenção à capotagem tra-
balha com as informações de velocidade 
do veículo e o esterçamento do volante.
Em caso de probabilidade de capotagem, 
o sistema intervém na aceleração e aplica 
freio seletivamente nas rodas. 
ESCOVA
Permite a passagem da corrente elétrica 
entre um componente fixo e outro móvel. 
Nos alternadores e nos motores de arran-
que usam-se escovas de grafite que pas-
sam pela parte móvel, contra a qual ficam 
pressionadas por molas apropriadas.
ESP
Sigla de Electronic Stability Program (esta-
bilidade eletronica programada).
Trata-se de um sistema estabilidade eletrônica.
Monitora em tempo integral a velocidade 
do veículo, a posição do volante e a incli-
nação da carroceria.
Caso haja divergência entre esses valores, sig-
nifica que o veículo está derrapando e o sistema 
entra em ação atuando nas rodas dianteiras ou 
traseiras para fazer a correção da trajetória.
ESTATOR
Parte de um motor ou gerador elétrico que 
não gira durante o funcionamento da má-
quina e é responsável pela criação de um 
campo magnético que influencia o rotor.
EXCÊNTRICO
Componente que com o seu movimento de 
rotação determina o deslocamento retilí-
neo de outro componente. 
Os excêntricos são utilizados nos sistemas 
de comando das válvulas. 
Durante a sua rotação, os excêntricos de-
terminam também um impulso lateral sobre 
os componentes a eles ligados, levantan-
do-os. Por isso nunca atuam diretamente 
sobre as válvulas: eles as acionam por 
meio de balancins ou tuchos, projetados 
para absorver esse impulso lateral. 
EXPANSÃO
É a fase do funcionamento do motor que 
vem depois da combustão. Nela, o pistão 
desce do PMS ao PMI e parte da pressão 
exercida sobre ele pelos gases em alta 
temperatura é transmitida ao virabrequim. 
Essa fase também é conhecida como 
“combustão”.
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EXTRUSÃO
Passagem forçada de um metal ou de um 
plástico através de um orifício, visando a 
conseguir forma de fio.
FADING
Termo em inglês que indica o fenômeno 
que se verifica quando, após um supera-
quecimento, os freios perdem a sua efici-
ência. 
FAROL AUTODIRECIONAL
Traz um sistema automático de orientação 
do facho nas curvas, de modo a iluminá-
-las conforme a velocidade do carro e o 
movimento do volante.
FAROL BI-PARÁBOLA
É um farol com duplo refletor: um para o 
facho baixo e outro para o alto, o que per-
mite que o desenho de cada refletor seja 
mais elaborado para a função. Ao acio-
nar o farol alto o facho baixo é mantido 
aceso, o que utiliza ambos os refletores 
com quatro fachos no total, para ilumina-
ção mais eficiente.
FAROL POLIELÍPTICO
Refletor de farol composto por inúmeros 
e pequenos prismas em forma de elipses, 
daí o nome, que permitem obter grande 
iluminação e um corte de facho bem defi-
nido em um conjunto bastante compacto.
FEIXE DE MOLAS
Tipo de elemento elástico muito usado no 
passado por sua simplicidade, custo e ta-
manho reduzido. Em geral, os feixes de 
molas são formados por várias lâminas de 
aço curvas, sobrepostas e de comprimen-
tos diferentes, conhecido como “feixe de 
molas semielíptico”. 
Em alguns casos, são utilizados feixes de 
molas compostos de uma única lâmina, de 
espessura variável, ou de duas lâminas so-
brepostas, em contato entre si apenas na 
parte central, conhecido como “feixe de 
molas parabólico”. 
Os feixes desse tipo podem ser dispostos 
no sentido longitudinal ou transversal em 
relação ao veículo. 
FERRO FUNDIDO
O ferro fundido é uma liga de ferro, car-
bono e silício. 
Forma uma liga metálica de ferro, carbono 
2,11 e 6,67%, silício 1 e 3%, podendo 
conter outros elementos químicos. 
Sua diferença para o aço, que também é 
uma liga metálica, é que ele é formado 
essencialmente por ferro e carbono, mas 
com percentagens entre 0,008 e 2,11%. 
Os ferros fundidos dividem-se em três tipos 
principais: branco, cinzento e nodular.
FLEX
Motores com tecnologia para utilizar livre-
mente e em qualquer proporção, gasolina 
tipo C ou Etanol Hidratado Combustível.
40
D 
E 
F
FLUTUAÇÃO DE VÁLVULAS
Fenômeno que ocorre em rotações excessi-
vamente altas, em que as válvulas não con-
seguem abrir e fechar com a rapidez neces-
sária, tornando então irregular o enchimento 
e a exaustão de gases dos cilindros.
FLUXO CRUZADO
Ver cross-flow.
FILTRO DE AR
É utilizado para evitar que partículas estra-
nhas, muitas delas abrasivas, entrem nos 
cilindros junto com o ar.
Normalmente, os filtros são de papel trata-
do quimicamente e deve ter elevado poder 
de acúmulo e oferecer a menor resistência 
possível ao fluxo de gases, ou seja, não 
representar um obstáculo à “respiração” 
do motor.
FILTRO DE COMBUSTÍVEL
Geralmente são de papel no seu interior e 
colocados na linha da tubulação de passa-
gem do combustível.
Os filtros de combustível são designados

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