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Dic ion ári o Au tom oti vo Téc nic o COPYRIGHT BY FIAT AUTOMÓVEIS S.A. - PRINTED IN BRAZIL - Os dados contidos nesta publicação são fornecidos a título indicativo e poderão ficar desatualizados em consequência das modificações feitas pelo fabricante, a qualquer momento, por razões de natureza técnica, ou comercial, porém sem prejudicar as características básicas do produto. Impresso n° 53001362 - 07/2012 D ic io ná rio T éc ni co A ut om ot iv o Desenvolvimento Profissional da Rede INTRODUÇÃO Prezado Leitor, Para o profissional da área, é fundamental conhecer os princípios de funcionamento de determinados acessórios e equipamentos, bem como obter noções gerais sobre a tecnologia presente nos automóveis modernos. Para que esse conhecimento básico possa ser adquirido de forma prática, a Fiat preparou este dicionário, que esclarece o significado dos termos mais conhecidos e utilizados no meio automotivo. Para facilitar a consulta, organizamos os respectivos verbetes do dicionário em ordem alfabética para que você possa localizar com rapidez o termo procurado. Desejamos a você uma excelente leitura! Atenciosamente, FIAT AUTOMÓVEIS S.A. Comercial Desenvolvimento Profissional da Rede 3 A 5 B 11 C 15 D 28 E 32 F 37 G 42 H 44 I 45 J 47 K 47 L 48 M 49 N 53 O 53 P 55 R 59 S 62 T 66 V 70 ÍNDICE A B C 5 ABS É a sigla de Antilock Brake System (Siste- ma Anti-travamento das rodas). O sistema antibloqueio do freio atua indi- vidualmente nas rodas, sempre que houver tendência de travamento por excesso de frenagem, ou seja, o veículo freia o máxi- mo possível, sem que as rodas bloqueiem. Veículos com rodas travadas durante a fre- nagem não são estáveis, não possuem diri- gibilidade e necessitam de maior distância de parada. ACELERADOR ELETRÔNICO Sistema que “acelera o motor” através de senso- res no pedal do acelerador e um motor de cor- rente contínua que atua no corpo de borboleta. Quando o motorista pisa no acelerador, este envia uma informação para a central de injeção eletrônica, que por sua vez transmite um comando fazendo com que aconteça a abertura do corpo de borbole- ta e consequente aceleração. Portanto, nesse sistema, não é o motorista quem acelera o carro, ele somente infor- ma sua intenção para a central de injeção, que de fato comanda esse trabalho. Conhecido como Drive By Wire. AÇO Aço é uma liga metálica formada essen- cialmente por ferro e carbono, com por- centagens deste último variando entre 0,008 e 2,11%. O aço, pela sua ductibilidade, é facilmen- te deformável por forja, laminação e ex- trusão. Ele é utilizado em toda a linha de monta- gem de um veículo. Trata-se de um material de ótimas qualidades mecânicas, elevada resistência à tração e notável dureza. Pra- ticamente insubstituível na maioria de suas aplicações atuais. ACEA É a sigla de Association des Constructeurs Européens de L`automobile. Segue a mesma linha de classificação adotada pela API, porém usa classificação de serviço europeu. ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE De uma forma genérica, podemos dizer que a aceleração da gravidade é a ace- leração sentida por um corpo em queda livre, aproximadamente igual a 9,8 m/s². A B C 6 ADMISSÃO Uma das fases do ciclo de funcionamento do motor de combustão interna. Ela começa no momento em que a válvula de admissão se abre e o pistão está próxi- mo do início de sua descida. O deslocamento do pistão do PMS (ponto morto superior, ou seja, o ponto mais alto do curso do pistão) ao PMI (ponto morto inferior, ou seja, o ponto mais baixo do curso do pistão) gera uma depressão que puxa o ar com o combustível (ciclo Otto), ou somente ar (ciclo Diesel) para dentro do cilindro. AERODINÂMICA O estudo da aerodinâmica da carroceria é fundamental devido à grande influência que ela exerce no consumo, nível de ruído e comportamento do veículo em alta velo- cidade. O carro em movimento deve “rasgar” o ar, enfrentando a menor resistência possível. Para isso, é essencial encontrar o perfil ae- rodinâmico mais vantajoso. A facilidade com que o carro penetra no ar é indicada pelo produto entre a seção mestra e o coeficiente de resistência aero- dinâmica (Cx). Em termos de desempenho, são importantes, além da forma da carro- ceria, detalhes como espelhos, calhas, ma- çanetas. A resistência aerodinâmica não varia de forma linear com a velocidade, mas se tor- na cada vez maior à medida que a veloci- dade aumenta. AEROFÓLIO Apêndice aerodinâmico instalado sepa- radamente da carroceria em seu lado ex- terno, no qual, devido ao seu formato, o ar circula em velocidades diferentes pela parte superior e inferior do aerofólio. Ele visa desenvolver certa pressão aerodi- nâmica para baixo na carroceria, dessa forma pode-se obter melhor desempenho na estabilidade, evitando, por exemplo, uma “perda de peso” do veículo em altas velocidades e consequente perda de ade- rência do veículo ao plano. A/F Do inglês air/fuel(ar/combustível), ou seja, a relação entre a massa de ar e a massa de combustível. A B C 7 AFOGADOR Dispositivo usado nos carburadores para en- riquecer a mistura ar/combustível na fase da partida a frio. O acionamento ou desligamento do afogador pode ser automático ou manual. AIRBAG Bolsa inflável que protege os passageiros em caso de acidente. Em um impacto de determinada intensida- de, medida por sensores, o airbag infla em frações de segundo, formando um col- chão de ar resistente que se coloca entre os ocupantes e as partes rígidas no interior do veículo, minimizando choques e lesões. Sua atuação é melhor quando se usa o cin- to de segurança. As tipos mais usuais são: Airbag frontal (motorista e passageiro), Window bag (bolsa de janela), Side bag (bolsa lateral) e Knee bag (bolsa de joelho). ALTERNADOR Componente elétrico que transforma ener- gia mecânica em energia elétrica. Normal- mente, o alternador é instalado ao lado do motor, sobre suportes, sendo acionado pelo virabrequim por meio da correia. A gera- ção é feita em corrente alternada e depois transformada em corrente contínua pelo re- tificador, ficando disponível para recarga da bateria e consumidores elétricos. ÁLCOOL COMBUSTÍVEL Ver etanol combustível ALETAS Pequenas alas com o objetivo de aumentar a área de contato. Nos motores refrigerados a ar, usam-se aletas para aumentar a superfície dos ci- lindros, dessa forma obtém-se uma área maior de refrigeração. O cárter também pode ter aletas, embora menos extensas. ALUMÍNIO Metal de baixo peso caracterizado por ele- vada condutividade térmica e característi- cas mecânicas muito diferentes das do aço. Seu coeficiente de dilatação térmica é mui- to mais alto do que o das ligas ferrosas e como o ferro, nunca é utilizado no estado puro, mas sempre em forma de liga. Na indústria automobilística serve para fabricar pistões, radiadores, carcaças das caixas de câmbio e em alguns casos, tam- bém blocos de motor e rodas. As peças podem ser feitas por fundição, o processo mais comum, ou forja. As ligas de alumínio conhecidas como li- gas leves, apresentam características no- tavelmente diferentes entre si, dependendo dos metais empregados. A B C 8 AMORTECEDOR Se os sistemas de suspensão só tivessem molas, o comportamento dos veículos na estrada deixaria muito a desejar e o con- forto seria péssimo. As molas se comprimiriam e se esticariam, provocando oscilações e solavancos mes- mo depois de superados os obstáculos ou as irregularidades do piso. Os amortecedores existem para diminuir essas oscilações. Eles garantem uma boa “parada” hidráu- lica, tanto na fase de extensão quanto na de compressão das molas, produzindo um amortecimento que se opõe ao movimento da suspensão e freia as vibrações da mola, resultando em maior conforto e segurança. ANALÓGICO O termo é usado para indicar medidas ou valores que irão variar de forma continua no tempo em decorrência de um determina- do fenômeno físico. Sendo assim,os indica- dores analógicos são geralmente dotados de um ponteiro ou de uma escala graduada e fornecem informações de tipo contínuo. ANEL DE SEGMENTO Nos motores OTTO geralmente encontramos 3 anéis de segmento por pistão(anel de com- pressão, anel raspador e anel de óleo). Na parte superior da zona dos anéis dos pistões, encaixados em suas respectivas canaletas trabalham os anéis de segmento. Eles são responsáveis pela perfeita vedação entre os pistões e os cilindros, para que possa haver a compressão da mistura, evitando que os gases da combustão cheguem ao cárter(anel de compressão) e que o óleo lubrificante do cárter chegue à câmara(anel de óleo). Além das funções apresentadas, temos o anel raspador que deve deslizar sobre o óleo no curso ascendente do pistão, como de raspá-lo no curso descendente. Também devem ter uma boa capacidade de transmitir calor, pois absorvem o calor da cabeça do pistão, transmitem para os cilindros que por sua vez transmitem para o sistema de arrefecimento. ANEL LOW FRICTION Anel de segmento de baixo atrito. ANEL DE RASPADOR Anel posicionado abaixo dos anéis de com- pressão, cuja função é raspar o excesso de óleo da parede do cilindro e drená-lo em di- reção ao cárter do motor, assegurando uma película adequada de óleo lubrificante, sufi- ciente para lubrificar os anéis de compressão. AMORTECEDOR POWER SHOCK – Amortecedor dotado em seu interior de uma mola com a finalidade de limitar a inclina- ção lateral da carroceria nas curvas. Apare- ce nos veículos FIAT da família Locker. AMORTECEDOR PRESSURIZADO Tipo de amortecedor que possui, além do óleo, um gás em seu interior. A vantagem é evitar a formação de bolhas de ar (cha- mada cavitação), comum em situações de solicitação contínua, que leva à perda de eficiência do amortecedor. A B C 9 ANEL SINCRONIZADOR Responsáveis por sincronizar as engrena- gens das marchas, os anéis sincronizado- res atuam como “freios” para que todas as peças girem na mesma rotação, o que garante o engate rápido e seguro. O me- canismo não permite a entrada da marcha se a sincronização não estiver completa. AQUAPLANAGEM É a “flutuação”, ou derrapagem, do pneu sobre uma camada de água, como po- ças d’água ou pistas muito molhadas. Na aquaplanagem, o pneu perde contato dire- to com a pista. As rodas deixam de transmi- tir tração e a direção ao veículo, fazendo com que ele saia de sua trajetória prevista e perca o controle. A aquaplanagem ocor- re principalmente quando a banda de ro- dagem dos pneus está muito gasta e não consegue mais drenar, ou seja, expelir la- teralmente a água por meio de seus sulcos. AR-CONDICIONADO Sistema no qual um gás refrigerante é envia- do, sob pressão, por um compressor alterna- tivo, acionado pelo motor, o qual sofre ele- vação de temperatura. Depois atravessa um radiador no qual se condensa ao ser subme- tido a resfriamento, passando para o estado líquido. Em seguida, passa por uma válvula de expansão e entra no evaporador coloca- do na cabine ou em contato com ela, onde volta novamente ao estado gasoso, tornando- -se um gás frio nesse processo. Portanto, o ar que atravessa o evaporador sofre um acentu- ado resfriamento, e o ciclo recomeça quando o gás passa novamente pelo compressor. ANTIESMAGAMENTO Sistema de proteção utilizado nos sistemas de vidros elétricos e de teto solar de alguns modelos, quando é adotada a função one touch de subida para os vidros. Ao encontrar resistência durante o fecha- mento, o vidro retorna parcialmente. ANTI-WHIPLASH Ver encosto de cabeça ativo. API É a sigla de American Petroleum Institute. (Instituto Americano de Petróleo). Em ge- ral, aparece nas latas de óleo de motor e é seguida por duas letras que indicam o nível qualitativo do lubrificante. Nos óleos para motores a gasolina/etanol/ flex, nos quais a primeira letra é sempre “S” e a segunda se refere à qualidade, o melhor ní- vel alcançado hoje é indicado pelas letras SN; para os óleos destinados aos motores a diesel, nos quais a primeira letra é sempre “C” e a segunda se refere à qualidade, o melhor nível alcançado hoje é indicado pelas letras CF. ÁREA DE SQUISH É a área da câmara de combustão que se fecha quando o pistão atinge o ponto morto superior. Essa possuía a função de gerar turbulência, o que aumenta a veloci- dade de combustão em marcha lenta e em baixas cargas e giros. 10 A B C ARTICULAÇÕES PANTOGRÁFICAS Sistema que utiliza varetas metálicas articula- das que formam uma rede de losangos defor- máveis. Usado em alguns cupês e sedãs para evita ocupar espaço dentro do porta-malas ao se fechar a tampa traseira, o que geral- mente ocorre com as dobradiças tradicionais. Por ser externas, também permitem gran- de ângulo de abertura da tampa. Como exemplo temos a tampa traseira do LINEA. ÁRVORE DE MANIVELAS Ver virabrequim. ASR Sistema que evita a derrapagem das rodas motrizes na fase de aceleração, graças a uma série de sensores e uma central eletrônica. Para tanto, age no sistema de injeção, controlando o torque do motor e também nos freios das rodas motrizes, permitindo assim que o veículo acelere o máximo pos- sível, sem que as rodas patinem. ATRITO É a componente horizontal da força de contato que atua sempre que dois corpos entram em choque e há tendência ao mo- vimento. Ela é sempre contrária ao movi- mento ou a tendência de movimento. O atrito depende da rugosidade do mate- rial das superfícies de contato e do compo- nente vertical da força de contato. Graças a ela, os pneus transmitem ao solo a força de tração e a força dos freios e dispositi- vos como embreagem e freios funcionam. Dentro do motor e dos componentes de transmissão, o atrito deve ser reduzido ao mínimo para evitar uma excessiva ab- sorção de potência desgaste e danos às peças. Por isso, todas as partes móveis precisam ser bem lubrificadas. ATUADOR Termo genérico que indica qualquer dispo- sitivo utilizado para acionar componentes mecânicos ou intervir em circuitos hidráulicos depois que estes receberam comandos en- viados por um sistema de controle eletrônico. Alguns exemplos são os bicos injetores de combustível, o cilindro hidráulico de acionamento da embreagem e as válvulas eletro-hidráulicas dos sistemas ABS. AUTOBLOCANTE Define-se assim o diferencial concebido para evitar que, no caso da perda de ade- rência de uma das rodas motrizes, essa gire em falso enquanto a outra transmite ao solo uma força motriz quase nula. Esse tipo de diferencial é muito usado em carros de competição e nos modelos de alto desempenho. AUTOIGNIÇÃO Acontece quando a queima da mistura ar/ combustível, ou parte dela, não é provoca- da pela faísca emitida pela vela, ou pela frente de chama que se segue. Motores de combustão interna também são popularmente chamados de motores a explosão, essa denominação, apesar de frequente, não é tecnicamente correta. O que ocorre no interior da câmara de combustão não é uma explosão de gases, é uma combustão (queima controlada com frente de chama). O que se pode chamar de explosão (quei- ma descontrolada sem frente de chama definida) é uma detonação dos gases. Durante uma combustão da mistura no ci- clo OTTO, o gás na frente da superfície normal da chama é comprimido pela ex- pansão da mistura carburante, e assim sua temperatura e densidade aumentam. Se a temperatura exceder a temperatura 11 A B C de autoignição do combustível e ainda existir alguma quantidade de mistura não queimada, ocorrerá a autoignição. Nesse caso a liberação de energia é muito mais rápida que na combustão normal, de- vido à multiplicidade de frentes de chama. Esse fenômeno pode causar vibrações in- desejáveis na estrutura do motor, devido às ondas de choque, gerando ruído carac- terístico e os efeitos chamados de detona- ção ou batida de pino. A detonação é um fenômeno importante porque pode ter efeitos desastrosos so- bre os componentes mecânicos do motor, como o rompimento da cabeça do pistão. Para omesmo motor, quanto maior a octa- nagem do combustível, menor a possibili- dade de ocorrência da autoignição. AVANÇO DE IGNIÇÃO É a distância, expressa em graus de rota- ção do virabrequim, entre o ponto no qual há faísca na vela e o ponto morto superior do pistão no fim da compressão. Nas modernas ignições eletrônicas os ângulos de avanços são controlados por microprocessadores nos quais está memo- rizado um mapa tridimensional que indica o melhor ângulo de ignição para qualquer condição de funcionamento. AWD Sigla para All Weel Drive. Ver tração integral. BALANCIM Componente intermediário entre o tucho e o pé da válvula, utilizado em motores com acio- namento indireto das válvulas, ou seja, nos motores nos quais o eixo comando de válvula não está diretamente acima das válvulas. BALANCIM ROLETADO Esse tipo de balancim reduz o atrito, me- lhorando o rendimento, as vibrações, os ruídos e permite utilizar perfil de cames mais esportivo. BALANÇO DIANTEITO No sentido dimensional, é a medida entre o centro de uma roda dianteira e a extre- midade dianteira do veículo. A tendência atual é de balanços cada vez menores, pois as medidas entre-eixos vêm crescendo na maioria dos automóveis sem alteração significativa no comprimento. BALANÇO TRASEIRO No sentido dimensional, é a medida entre o centro de uma roda traseira e a extremi- dade traseira do veículo. BAR Unidade de medida da pressão. A pressão atmosférica padrão é igual a 1.013 bar. A unidade de medida kg/cm² correspon- de a 0.98 bar. A unidade de medida psi corresponde a 0,069 bar. BARRA DE AMARRAÇÃO É um elemento metálico que interliga as torres de uma suspensão, a fim de reduzir a movimentação do chassi provocada pe- las solicitações em curvas fortes. BARICENTRO Ver centro de gravidade. 12 BARRA ESTABILIZADORA Componente da suspensão independente de muitos veículos. Ela une os dois braços de suspensão de um mesmo eixo. Tem a função de contra- balançar a inclinação transversal do carro numa curva (rolagem), sendo configurada e fixada para trabalhar à base de torção. BATERIA Um acumulador químico é capaz de armaze- nar, e fornecer, energia a partir de reações químicas de oxirredução. Bateria é a asso- ciação de um conjunto de acumuladores quí- micos envolvidos num determinado invólucro. A B C BICO INJETOR Dispositivo usado para injetar o combustível, sob a forma de um ou mais jatos pulverizados e direcionados, no duto de admissão (nos mo- tores OTTO com injeção indireta), ou na câ- mara de combustão (nos motores a diesel com injeção indireta ou OTTO com injeção direta). BIELA É a peça que une o pistão ao virabrequim. Trata-se de um dos componentes mais so- licitados do motor. As bielas são de aço forjado ou de ferro-gusa, fabricadas por fundição. Recentemente foram propostas também bielas produzidas por sintetização. BARRA DE TORÇÃO É um tipo de mola usada nas suspensões. Trata-se de uma barra, geralmente de se- ção circular: com uma extremidade fixada ao chassi e a outra presa ao estriado do braço da roda, resultando, consequente- mente, em torção. BAS Sigla em inglês para brake assist system. (Sistema de Assistência a Frenagem). Sistema eletrônico que interpreta o comporta- mento do motorista quando ele pisa no pedal na hora da freada. Acelera e reforça a aplica- ção de pressão no freio ao detectar uma pisa- da rápida e/ou violenta no pedal, o que carac- teriza uma situação de emergência. Ver HBA BATIDA DE PINO Ver Autoigniçao. 13 BIMETÁLICO Componente formado por duas lâminas sobre- postas, ligadas entre si, com coeficientes de dilatação térmica sensivelmente diferentes um do outro. Quando a temperatura aumenta, a lâmina bimetálica se curva porque um dos me- tais tende a se dilatar mais do que o outro e enquanto uma das lâminas se alonga a extre- midade da outra tende a “recuar”. As lâminas bimetálicas geralmente são utilizadas como elementos termo sensíveis para acionar inter- ruptores ou facilitar a abertura de válvulas. BITOLA Expressão usada para indicar, num automó- vel, a distância entre as rodas de um mesmo eixo. Embora outros fatores também influen- ciem, normalmente quanto maiores forem as bitolas, melhor será a estabilidade do veícu- lo e menor a possibilidade de capotagem. BLOCO DE MOTOR Componente que abriga em seu interior o virabrequim, bielas e pistões e pode ser em ferro fundido ou alumínio. Na prática, é a “estrutura de suporte” do motor, na qual ficam os suportes da sede de casquilhos e também os cilindros. Normalmente o bloco de um motor é fechado por cima pelo cabeçote e por baixo pelo cárter. BLOQUEIO DO CONVERSOR DE TORQUE Ver lock-up. BLOQUEIO DO DIFERENCIAL É usado para impedir que em condições de pouca aderência, como pisos com lama ou neve, uma das duas rodas de um mesmo eixo gire em falso enquanto a ou- tra fica parada devido à intervenção do diferencial. Trata-se de um sistema de blo- queio que torna solidários os dois semiei- xos que saem do diferencial, tornando-o, portanto, inoperante. É como se as rodas fossem unidas a um único eixo. BLOW-BY Ver respiro do motor. BLUE&ME Sistema eletroeletrônico que permite ao con- dutor ter as funções de seu telefone celular vinculadas ao sistema de som de seu carro, permitindo-o executar chamadas por coman- do de voz, atender chamadas, ter suas men- sagens de texto lidas para ele pelo sistema. Permite também o comando de itens multimí- dia como CD, pen-drives e i-Pod. BLUE&ME NAV É um sistema GPS integrado ao BLUE&ME. BLUETOOTH Tecnologia de baixo custo para comunica- ção sem fio entre dispositivos eletrônicos, por meio de ondas de rádio. Nos automó- veis tem sido usada para telefones celula- res, que ganham sistema viva-voz usando os próprios alto-falantes do sistema de áu- dio e um microfone instalado no veículo. A B C BLOCO DE MOTOR ENCAMISADO Trata-se dos blocos de motores com cilin- dros não incorporados, normalmente as ca- misas são cravadas no interior dos blocos, permitindo assim a troca delas somente. 14 BOBINA DE IGNIÇÃO É o componente de ignição que origina a corrente de alta tensão. Essa, ao alcançar a vela, gera a faísca que inicia a combus- tão da mistura ar/combustível. A tensão necessária para a ignição é in- duzida no enrolamento secundário da bo- bina no momento em que se interrompe o fluxo da corrente de baixa tensão. BOMBA D’ÁGUA Normalmente é do tipo centrífuga e ser- ve para ativar a circulação do líquido no circuito de arrefecimento. Frequentemente é acionada por uma correia trapezoidal auxiliar ou pela correia dentada da dis- tribuição. BOMBA DE FREIO Também chamada de cilindro mestre. Dispositivo gerador da pressão hidráulica em um circuito de freios, mediante acio- namento do pedal. Sua parte interna tem a forma de um cilindro com uma ou mais saídas, no qual trabalham os pistões e ga- xetas hidráulicas. BOMBA DE ÓLEO Bomba do tipo mecânica que retira o lubri- ficante do cárter e o envia sob pressão ao circuito de lubrificação do motor. Geralmente vem encaixada diretamente na extremidade do virabrequim, do lado oposto ao do volante. A B C BOMBA DE COMBUSTÍVEL Nos motores a ciclo Otto modernos, a bomba é elétrica e quase sempre coloca- da dentro do próprio tanque. Tem a função de enviar o combustível pressurizado até os bicos injetores. BOMBA DE VÁCUO Nos motores OTTO a depressão é gerada no coletor de admissão, quando a válvula borboleta está praticamente fechada. Quando isso não é possível, utiliza-se uma bomba de vácuo que fornece ao servofreio a depressão necessária. Nos veículos com motor a diesel ou alguns do ciclo OTTO, como o motor Multiair, usa-se uma bomba acionada mecanicamente. 15 BORBOLETA A borboleta é formada por um disco fixa- do a um eixo que atravessa um duto. Esse, com a sua rotação, regula o fluxo de um gás, permitindo ou impedindo sua passagem. BOXER Motores com cilindros horizontais contrapostos. BRAÇOS OSCILANTES Componente mecânico, utilizadonas suspen- sões independentes, com uma extremidade unida ao chassi e outra fixada ao montante. É comum utilizar-se só um braço oscilante para cada roda; outro esquema frequente são dois braços sobrepostos, de compri- mentos diferentes, para cada roda. BRONZE Ligas à base de estanho e cobre, acrescidas de pequenas quantidades de outros elemen- tos de liga. Esse material, de boas caracte- rísticas antifricção, é um excelente condutor de calor e em muitos casos apresenta uma considerável rigidez. São feitas em bronze peças como as caixas de certos rolamentos e, às vezes, as guias e sedes das válvulas especialmente nos motores de competição. BRONZINA Conhecida como “casquilho”, sua função é essencialmente proteger e prolongar a vida dos elementos móveis de maior res- ponsabilidade e custo, como o virabre- quim e o seu alojamento. A bronzina deve sofrer os ddesgastes que de outro modo, iriam alcançar a outra peça. BUCHA Componente mecânico de forma cilíndrica, normalmente inserido no pé da biela como reforço quando se usam eixos flutuantes. Outro exemplo de sua utilização em mate- riais antifricção inclui o interior dos câm- bios de velocidade. Em alguns tipos de aplicação utilizam-se buchas autolubrifi- cantes, em geral de metal poroso e revesti- das com substâncias como o teflon. Quando suportam pequenos eixos ou ele- mentos tirantes, as buchas são feitas de material plástico. BY·PASS Sistema ou peça que permite contornar componentes ou circuitos inteiros. Em geral, o fluxo desviado volta ao per- curso normal assim que ultrapassa a zona contornada. Uma típica válvula de by-pass é a válvula de alívio do turbo compressor. São desse tipo, também, as válvulas de se- gurança utilizadas nos filtros de óleo, quan- do a resistência ao fluxo se torna grande porque o filtro está entupido, a válvula se abre e o óleo circula pela canalização prin- cipal do circuito sem atravessar o filtro. CABEÇOTE Componente, normalmente de alumínio, que fe- cha a parte superior do bloco do motor com seus cilindros e no qual estão alojadas as válvulas, os tuchos, os coletores de admissão e de descarga, as câmaras de combustão, as velas, além de ge- ralmente o eixo comando de válvulas. A B C 16 CAIXA DA DIREÇÃO Dispositivo que transforma o movimento de rotação do eixo da coluna de direção em movimento de controle da direção das rodas. Sua extremidade está ligada ao tirante que gera o movimento das rodas. CAIXA DE TRANSFERÊNCIA Dispositivo usado em alguns veículos com tração nas quatro rodas para subdividir a força motriz entre os dois eixos em medi- das preestabelecidas. Normalmente é o diferencial longitudinal ou o central que cumpre essa função. CAIXA DO DIFERENCIAL Nos veículos com motor dianteiro e tração traseira, é a caixa que abriga o diferencial e a engrenagem cônica da redução final. Normalmente vem empregada em conjun- ção com uma suspensão traseira de eixo rígido; possui dois “braços” nos quais se alojam dois semieixos. CALÇO HIDRÁULICO Acontece quando um líquido, geralmente água é aspirado para o interior do cilin- dro, formando uma massa que, ao contrá- rio da “névoa” de ar e combustível, não pode ser comprimida. Quando os pistões sobem e encontram grande resistência, podem-se avariar com- ponentes como pistão, biela ou mesmo o virabrequim. É mais comum que aconteça pela absorção de água em alagamentos. CÂMARA DE COMBUSTÃO É o vão à disposição dos gases presentes no cilindro no momento em que o pistão se encontra no Ponto Morto Superior (PMS). Em alguns modelos, a câmara de combustão está totalmente inserida no cabeçote, mas em outros parte dela fica na cabeça dos pistões. A conformação da cabeça do pistão é muito importante, pois constitui sempre a parede móvel da câmara de combustão. CÂMBER Valor verificado durante o alinhamento das rodas. É o ângulo formado pela inclinação da roda em relação ao plano de apoio do ve- ículo, tendo como referência a parte supe- rior da roda e com as rodas sem esterçar. As duas rodas de um mesmo eixo devem ter a mesma inclinação. Ela é positiva quando as rodas têm a parte su- perior inclinada para fora; quando é a parte in- ferior que está inclinada para fora, é negativa. Camber Positivo: Ocasiona desgaste pre- maturo no ombro externo do pneu. Camber Negativo: Ocasiona desgaste prematuro no ombro interno do pneu. Camber Desigual: O veículo tende a des- viar sua trajetória para o lado da roda que estiver com o ajuste mais positivo. CÂMBIO Componente utilizado para multiplicar o torque gerado pelo motor e adequar sua velocidade de rotação às rodas. Entre o motor e o câmbio mecânico é co- locada uma embreagem para fazer o aco- plamento e desacoplamento entre esses componentes. O câmbio permite variar a relação de transmissão. A B C 17 CÂMBIO AUTOMÁTICO Sistema de cambio que faz a troca das marchas sozinho. Entre o motor e o câmbio automático é co- locado um conversor de torque, que subs- titui a embreagem tradicional e permite diminuir o número de relações. O engate das marchas é obtido por meio de fricções comandadas hidraulicamente. Os câmbios automáticos são comandados por uma central eletrônica de controle. CÂMBIO ROBOTIZADO Sistema de cambio mecânico, que através da aplicação de um robô, controlado por um computador, faz o acionamento da embreagem e a troca das marchas sem a intervenção direta do motorista, pois o mesmo não possui o pedal de embrea- gem, nem a tradicional alavanca de mar- chas, sendo essa última substituída por um comando eletrônico tipo “joystick”, com o qual o motorista pode sugerir marchas, ou fazer a opção entre o modo automático e manual sequencial. CAME Ressalto do eixo comando de válvulas, que é responsável por abrir a válvula, empurrando-a para baixo, e suavizar o seu fechamento, esse feito geralmente por mola. CAMISA É a parte interna dos cilindros quando esses não foram gerados no processo de fundição do bloco. Em alguns motores o cilindro é constituído por uma “camisa” que nada mais é que um tubo cilíndrico colocado dentro do blo- co do motor. Em caso de desgaste do cilindro, a substi- tuição da camisa geralmente é mais fácil do que a retífica do cilindro. Existem dois tipos de camisa: A camisa seca e a camisa molhada, sendo esta ultima ca- racterizada pela refrigeração feita através da circulação de água em sua volta. A B C CÂMBIO AUTOMÁTICO SEQUENCIAL Câmbio automático que pode ser conduzi- do na função manual no modo sequencial, comandado pelo motorista, porém, não na maneira tradicional. O controle é fei- to por um joystick, que ao ser levemente comandado para frente ou para trás, faz a troca das marchas. Em alguns modelos, essa troca pode ser feita por borboletas no volante. No sistema sequencial, como o nome su- gere, as marchas são trocadas em sequ- ência, ou seja, não se pode ir da segunda para quarta sem passar pela terceira. CAMBIO AUTOMATIZADO Ver câmbio robotizado. 18 A B C CÂNISTER Recipiente que contém carvão vegetal ativo com a função de absorver os hidro- carbonetos (gasolina em forma de vapor) emitidos, em algumas situações pelo res- piradouro do reservatório de combustível, evitando assim que cheguem à atmosfera. Durante o funcionamento do motor, esses va- pores podem ser aspirados pelo sistema de ali- mentação e queimados no interior do cilindro. Esse dispositivo, atualmente, é controlado pela central de injeção eletrônica. CARBONO Elemento químico presente na natureza sob a forma de diamante e grafite, cujos átomos estão presentes em todas as substâncias abordadas pela química orgânica. Recen- temente o carbono assumiu uma grande importância nas construções da indústria automobilística mais sofisticada, ou seja, nos carros esportivos ou de corrida. Com ele é possível fabricar fibras e outros materiais que, impregnados com resinas de diversos tipos, permitem a construção de carrocerias e outros elementos estruturais com atraentes características mecânicase baixo peso. As fibras podem ser dispostas de forma a ofe- recerem a máxima resistência na direção que ocorre a maior solicitação, ou se concentra- rem nas zonas em, que o stress é mais alto, como por exemplo, nos discos de freios dos carros de competição e em suas pastilhas. CARBURADOR Dispositivo que alimenta o motor com a mis- tura ar/combustível na dosagem correta. Ele também deve permitir ao motorista regular a distribuição de potência, tarefa executada pela válvula borboleta, permitindo em maior ou menor grau a aspiração do motor. Os carburadores foram substituídos pela inje- ção eletrônica devido à emissão de poluen- tes ser muito menor nos sistemas eletrônicos. CARREGADOR DE BATERIA Dispositivo elétrico dotado de uma série de diodos por meio do qual é possível transformar a corrente alternada em cor- rente contínua, e através desta ultima reali- zar a recarga da bateria. CÁRTER Nos motores de quatro tempos, o cárter funciona como uma bandeja em que fica alojado o óleo na parte inferior do motor, também conhecido como cárter úmido. Através de uma bomba, o óleo é enviado sob pressão a vários componentes móveis do motor. Nos motores de dois tempos com aspira- ção no bloco fala-se de cárter para indicar a câmara de manivelas e a parte inferior do cilindro, onde a mistura carburada che- ga ao interior do cárter trazida pelo movi- mento do pistão. CASQUILHO É um tipo de mancal, também conhecido por bronzina. Utilizado para reduzir o atrito e servir de apoio e guia para peças giratórias, como virabrequins e comandos de válvula, permitindo o movimento com um mínimo de atrito. Formadas por duas carcaças de forma se- micirculares para facilitar a montagem. 19 A B C CÁSTER Valor verificado durante o alinhamento das rodas. Ângulo medido em graus, que o pino-mes- tre forma em relação à vertical, medido na sua projeção sobre o plano longitudinal do veículo. Em uma linguagem mais simples, é o ângu- lo formado pela inclinação da coluna do amortecedor no sentido longitudinal, em relação ao plano de apoio do veículo. Influi diretamente na estabilidade direcio- nal: quanto maior o efeito do ângulo de cáster, mais intensas serão as forças de realinhamento da direção após as curvas. CATALISADOR Substância que acelera e facilita significa- tivamente uma reação química sem tomar parte dela. No campo automobilístico é utilizado para favorecer a oxidação dos hidrocarbonetos presentes nos gases de escape, transfor- mar o óxido de carbono em água e di- óxido de carbono, e reduzir o óxido de nitrogênio para oxigênio e nitrogênio. Me- tais nobres como a platina, o paládio e o ródio são empregados para essa função. CAVALO-VAPOR Unidade de medida muito utilizada para ex- primir a potência dos motores, sigla “CV”. Os ingleses e norte-americanos usam um cavalo designado pela sigla HP, cujo valor é um pouco diferente: 0,986 o valor do CV. CENTRALINA É a central eletrônica que controla um ou mais sistemas ou dispositivos como igni- ção, injeção, cambio, suspensão, etc. Em geral, as centrais eletrônicas são capa- zes de intervir numa série de informações recebidas por meio de sensores. Essas informações são analisadas e “inter- pretadas” segundo uma lógica muito bem definida e uma série de diretrizes memo- rizadas. CENTRO DE GRAVIDADE Centro de gravidade ou baricentro é o ponto de aplicação, em um corpo, de to- das as forças elementares devido à gravi- dade, portanto é o ponto onde se podem equilibrar todas essas forças de atração. Se um objeto pudesse ser suspenso por um fio ao ponto exato de seu baricentro, ele ficaria em equilíbrio perfeito. É um dos elementos mais importantes em qualquer veículo, por influir fortemente no comportamento dinâmico. Quanto mais baixo, melhor o comportamento. 20 CHASSI Estrutura, geralmente em aço, sobre a qual se monta toda a carroçaria do veículo. Sistema onde o corpo do veículo é apli- cado por cima de uma estrutura inferior (chassi), sendo partes separadas, diferente do monobloco, onde a base e a carroceria formam uma única peça. Por ser o suporte do carro, o chassi ou mo- nobloco sofre empeno ou desalinhamento nos casos de colisão. A maior vantagem do monobloco é redução de peso e espa- ço ocupado pela estrutura. O chassi é mais barato para reparar, pois pode substituir peças com mais facilidade. “CHIPAR” O nome popular vem da reprogramação do chip (o “cérebro”) do sistema eletrôni- co. Termo para remapeamento de centrais eletrônicas, das quais a injeção é a mais usual de ser retrabalhada, por controlar a injeção e a ignição do motor, com pa- râmetros que favorecem o desempenho. Procedimento que deve ser tratado com cuidado, pois as montadoras utilizam laboratórios de última geração, além de uma bagagem de muitos anos de experi- ência, quando fazem a calibração de uma central eletrônica original. CILINDRADA Capacidade volumétrica do motor. É o volume gerado por cada pistão em seu movimento de um ponto morto a outro, mul- tiplicado pelo número de cilindros do motor. A cilindrada é indicada em centímetros cúbicos (cm³) ou em litros no qual um litro equivale a 1.000 cm³. CILINDRO É o componente no interior do qual corre o pistão, que, com o seu movimento retilíneo alternado, resulta nas várias fases do ciclo de funcionamento do motor. Os cilindros dos automóveis modernos são quase sem- pre moldados diretamente no processo de fusão do bloco do motor. CILINDRO MESTRE Ver bomba de freio. A B C CHAVE DESMODRÔMICA É uma chave diferenciada devido ao seu segredo mecânico estar localizado nas pa- redes laterais da chave e não nas bordas, o que dificulta a realizar cópias por equi- pamentos comuns. CHECK CONTROL Sistema de controle eletrônico, normalmente munido de um visor, que informa o motoris- ta, antes da partida, sobre o funcionamento dos equipamentos e dispositivos mais im- portantes do veículo no que se refere à se- gurança. Quase sempre o sistema continua a monitorar esses equipamentos durante o funcionamento. Eventuais problemas são si- nalizados por meio de luzes coloridas. 21 COEFICIENTE DE ATRITO Indica a resistência que os materiais e as su- perfícies oferecem ao movimento. Em uma estrada com elevado coeficiente de atrito, por exemplo, os pneus têm ótima aderência e po- dem transmitir um excelente torque motriz ou de redução sem que se verifique deslizamento. A força de atrito é diretamente proporcio- nal a esse coeficiente. COLETOR DE ADMISSÃO VARIÁVEL Coletor de admissão que possui dois dutos, um mais curto e outro mais longo. Uma borboleta, gerenciada pela central eletrônica, determina se o ar aspirado deve fazer um percurso ou o ou- tro. Uma vez que coletores curtos favorecem a potência e coletores longos melhoram o torque em baixas rotações, esse mecanismo faz com que o motor trabalhe sempre na configuração mais adequada ao regime de giros utilizado. COLMÉIA Estrutura em forma de casa de abelha nor- malmente instala da entre duas folhas planas, como um sanduíche, para formar um painel dotado de grande resistência e leveza. COLUNA DE DIREÇÃO Coluna que liga o volante à caixa de dire- ção do veículo. Atualmente, quase sempre é formada de duas ou mais partes unidas entre si por meio de algumas ligações. Por motivos de segurança, às vezes um dos ele- mentos que a compõe é fabricado proposital- mente para ceder, após um choque frontal de certa intensidade, reduzindo assim riscos para o motorista, conhecida por coluna colapsável. COMANDO DE VÁLVULAS Mecanismo responsável pela abertura das válvulas. Consiste em um eixo cilíndrico, no qual está fixado um conjunto de peças ovala- das, chamadas cames, que quando em ro- tação, promovem a abertura das válvulas do motor. A B C COMANDO DE VÁLVULAS VARIÁVEL É uma das propostas técnicas mais interes- santes dos últimos tempos, inclusive para os motores de série. Trata-se da distribuição variável, que per- mite modificar o diagrama de distribuição, ou seja, a antecipação da aberturae o atraso do fechamento das válvulas durante o funcionamento do motor, graças a dispo- sitivos chamados variadores de fase. Alguns fabricantes utilizam sistemas mais complexos, além de variar o momento de abertura e fechamento das válvulas, tam- bém alteram o quanto a válvula irá abrir, ou seja, alteram o “lift” da válvula. Desse modo é possível obter, além de uma potência específica elevada, um campo de utilização muito amplo no que diz respeito aos médios e baixos regimes de rotação. Com o sistema de distribuição variável, também se pode conseguir melhoras sen- síveis na emissão de poluentes. Também conhecido como VVT (Variable Valve Timing). Uma variação mais simples desse princípio, que atua apenas nos tempos de abertura e fe- chamento, é o variador de tempo de válvulas. 22 A B C COMBUSTÃO Do ponto de vista químico, trata-se de um rápido processo de oxidação do combustí- vel que acontece com considerável libera- ção de energia térmica. Nos motores a ciclo Otto ocorre logo após a ignição da vela, com a consequente queima da mistura ar/combustível aspirada e com- primida no cilindro. A chama inicia na vela e atravessa toda a câmara de combustão, fa- zendo queimar progressivamente a mistura. Nos motores a diesel acontece no momen- to em que o injetor introduz o combustível pulverizado na câmara quando o ar está a uma temperatura elevada, durante a fase final da compressão. COMBUSTÍVEL Nos motores a ciclo Otto o combustível ge- ralmente é a gasolina. No Brasil, também temos o etanol e o GNV. A gasolina é formada por uma mistura de hidrocarbonetos e não tem uma fórmula química bem definida. O etanol possui uma elevada octanagem; mas, para sofrer uma combustão comple- ta, deve formar com o ar uma mistura di- ferente da mistura ar/gasolina. Com cada quilo de álcool etílico deve-se misturam 9 kg de ar, enquanto cada quilo de gasolina é misturado a 13,2 kg de ar, como conse- quência, o consumo é elevado em compa- ração ao obtido com a gasolina. COMMON RAIL Sistema de injeção diesel que disponibili- za alta pressão de injeção de combustível em praticamente todo o campo de rota- ções do motor, conferindo torque excep- cional e esportividade ao dirigir, aliado ao baixo consumo de combustível. Nesse sistema, a geração de pressão e a injeção de combustível são separadas, o que significa que a bomba gera a alta pressão que está disponível para todos os injetores através de um tubo distribuidor comum. Esta pressão pode ser controla- da independente da rotação do motor. A pressão do combustível, início e fim da injeção são precisamente calculados pela unidade de comando a partir de informa- ções obtidas dos diversos sensores instala- dos no motor, o que proporciona excelente desempenho, baixo ruído e a mínima emis- são de gases poluentes. COMPRESSÃO É a fase do ciclo de funcionamento do mo- tor durante a qual a mistura ar/combustí- vel (nos motores a diesel, somente ar) aspi- rada no cilindro é elevada a alta pressão e temperatura para depois ser acesa pela faísca gerada pelos eletrodos da vela. Teoricamente, a fase deveria terminar no momento em que o pistão alcança o PMS, mas ela é antecipada porque a faísca entre os eletrodos é gerada um pouco antes des- sa posição. A injeção nos motores a diesel também começa vários graus antes do PMS. COMPRESSOR Dispositivo que fornece ar, ou mistura ar/ combustível, ao motor a uma pressão supe- rior à atmosférica. Os compressores volumétricos que a cada giro da árvore deslocam sempre a mesma quantidade de ar são acionados pelo motor, roubando-lhe certa potência e são acionados pelo motor por meio de correias dentadas, cintas, engrenagens ou correias trapezoidais. Já os compressores centrífugos em geral são movidos por uma turbina acionada pelos gases de escape, assim geram so- brepressão para melhor alimentar os ci- lindros sem “roubar” energia do motor. O conjunto de compressor centrífugo e turbi- na centrípeta chama-se turbocompressor. 23 A B C CONSUMO ESPECÍFICO Revela quanto combustível é utilizado pelo motor para cada kilowatt, ou cavalo, de potência produzida em uma unidade de tempo. Em geral é expresso em gramas/ kilowatt hora (g/kWh). CONTROLE DE TRAÇÃO Ver ASR. CONVERGÊNCIA Valor verificado durante o alinhamento das rodas. É a abertura ou fechamento das rodas, tendo como referência a frente do veículo. Precisamente é o ângulo formado entre o eixo longitudinal do veículo e a linha me- diana das rodas. A convergência é positiva quando as linhas medianas das rodas con- vergem para a parte dianteira do veículo e negativa quando as duas linhas medianas tendem a se encontrar atrás do veículo. Nes- se caso, fala-se, também, de divergência. CONVERSOR CATALÍTICO Dispositivo instalado no coletor, que é o primeiro segmento do sistema de escapa- mento, cuja função é reduzir a níveis bai- xíssimos a quantidade de substâncias po- luentes, como o monóxido de carbono, os óxidos de nitrogênio, os hidrocarbonetos, etc., presentes nos gases de escape. Os catalisadores oxidantes podem limitar apenas as emissões de óxidos de carbono e hidrocarbonetos, transformando-os em dióxido de carbono e água. Já os catalisadores de redução neutrali- zam os óxidos de nitrogênio em oxigênio e nitrogênio. Os catalisadores trivalentes desempenham tanto funções de oxidação quanto de re- dução. Embora o catalisador trivalente tenha ren- dimento elevado - alta eficiência de conver- são, que pode atingir 90%, é indispensá- vel que o motor seja alimentado com uma mistura ar/combustível de título controlado com a máxima precisão, a fim de mantê-la dentro de uma estreita faixa de dosagem. Por isso usa-se uma sonda lambda ligada à centralina de injeção eletrônica. Para que o catalisador entre em funciona- mento, sua temperatura deve superar os 280 °C. 24 A B C CONVERSOR DE TORQUE Dispositivo que liga o motor ao câmbio auto- mático. Na prática, ele substitui a embreagem tradicional e permite adotar câmbios com nú- mero menor de marchas do que as que se- riam necessárias num câmbio mecânico. Isso porque ele é capaz de aumentar o torque produzido pelo motor, incremento acompanhado por uma diminuição da velocidade de rotação. A ligação resultante nunca é rígida, mas é obti- da por meio de um óleo hidráulico especial, sem vincular mecanicamente os dois componentes. A transmissão da potência é obtida graças à força centrífuga e ao movimento do óleo que passa continuamente da parte periféri- ca da polia motora à polia movida. Algumas marchas, acima de certa veloci- dade usam a função lock-up. CORNERING LIGHT Sistema eletroeletrônico que aciona um dos faróis de neblina quando esterçar o volante mais de 40° ou sinalizar através da seta. O farol de neblina à ser acendido é do lado para o qual a direção foi ester- çada ou foi sinalizado; para este procedi- mento ocorrer os faróis deve estar acesos. COROA Entre duas rodas dentadas unidas entre si ou ligadas a uma corrente, é aquela que possui as dimensões maiores. A engrena- gem menor é o pinhão. COROA E PINHÃO É formado por duas engrenagens cônicas ligadas entre si e permite a transmissão de movimento entre dois eixos perpendicula- res ou inclinados entre eles. CORPO DE BORBOLETA Elemento no qual está alojada a válvula (bor- boleta) que regula a respiração nos motores OTTO alimentados por injeção eletrônica. Comandado pelo pedal do acelerador, quando o sistema é acelerador a cabo. Comandado pela central de injeção eletrô- nica quando o sistema é acelerador eletrô- nico, conhecido como Drive By Wire. 25 A B C CORREIA DENTADA Componente da transmissão que permite, sem nenhum deslizamento, enviar o movi- mento e fazer o sincronismo do virabre- quim ao comando de válvulas, ou seja, sincroniza os pistões com as válvulas. São correias planas, dotadas de uma série de dentes que se inserem nos vãos das en- grenagens correspondentes. Uma correia dentada possui uma série de cordões inextensíveis de algodão, kevlarou outra fibra. Esses são imersos em um corpo de borracha sintética sobre o qual, em um dos lados, inserem-se dentes de perfil trapezoidal ou arredondado, geral- mente protegidos por uma ou mais cama- das de nylon ou outro material plástico. A correia dentada trabalha silenciosamente e sem nenhuma lubrificação. Essas características fazem com que as correias dentadas sejam ótimas para co- mandar a distribuição. CORREIA POLY-V São correias com pequenos frisos em V. Tipo particular de correia para órgãos au- xiliares, caracterizada por uma flexibilida- de excepcional, hoje muito utilizada para comandar dispositivos como: bomba da direção hidráulica, alternador, ar-condi- cionado etc. Uma única correia desse tipo pode substituir diversas correias trapezoi- dais. Suas principais características são: flexibilidade para um uso em polias de pequeno diâmetro, transmissão de potên- cia mesmo com o dorso das correias, em particular no caso da dupla poly v, campo de temperatura de trabalho elevado para garantir uma maior vida útil. CORREIA TRAPEZOIDAL Tipo de correia utilizada para comandar dispositivos como o alternador e a bomba d’água. É feita de te la revestida de borracha reforçada por diversos elementos internos resistentes tra- balhando em tração. Essa correia envolve polias dotadas de sulcos em flancos incli- nados. CORRENTE DE TRANSMISSÃO Componente de transmissão responsável pelo envio do movimento e do sincronismo do virabrequim ao comando de válvulas. Ã primeira vista, sua aparência lembra bastante uma corrente de bicicleta. Tem a mesma função da correia dentada, porém com características diferentes, prin- cipalmente pela sua grande resistência e durabilidade. 26 A B C CREMALHEIRA Dispositivo composto da união de uma ré- gua dentada com movimento retilíneo e de uma engrenagem que age sobre ela. CROSSOVER Em inglês significa cruzamento. Define os veículos que combinam elemen- tos de duas ou mais categorias, como au- tomóvel e utilitário esporte, ou minivan e utilitário esporte. CROSS-FLOW Termo utilizado para cabeçotes de fluxo cruzado. Indica os cabeçotes nos quais os dutos de admissão são colocados do lado oposto aos dutos do escape. Tais cabeçotes tendem a melhorar a eficiên- cia volumétrica, tanto pelo fluxo dos gases, principalmente quando há cruzamento das válvulas, como pela menor troca de calor entre os gases de admissão e escape. CRUZAMENTO Indica a fase do ciclo de funcionamento dos motores de quatro tempos na qual as válvulas de admissão, que estão começan- do a se abrir, e as de descarga que já es- tão quase fechadas ficam abertas simulta- neamente, mesmo que de forma limitada. Essa é tanto mais longa quanto maior for o impulso dado à fase do eixo comando de válvulas, principalmente nos motores de alta performance e permite desfrutar do efeito “extrator” dos gases de escape, que saem do cilindro, para colocar em movimento os gases frescos (mistura ar/combustível) pre- sentes no duto de admissão antes mesmo de o pistão iniciar seu curso do PMS ao PMI. CUBO DE RODA É a parte central, onde a roda se apoia, na qual costumam ficar os rolamentos e os elementos de fixação. Normalmente é reforçado com ranhuras ou paredes de maior espessura. CURSO É a distância que separa os pontos mortos superior e inferior, ou seja, o espaço per- corrido pelo pistão para se deslocar entre os pontos extremos do seu movimento. É expresso em milímetros. CUT OFF É a interrupção do fluxo do combustível para o motor, que ocorre na fase de desa- celeração, diminuindo assim o consumo e a emissão de poluentes. Assim que o regime de rotação do motor se tornar menor do que um valor predeter- minado, ou o acelerador é acionado nova- mente, a alimentação é restabelecida. CVCP Continuous Variable Cam Phaser, ou varia- dor de fase contínuo, que permite uma va- riação da fase do motor proporcionando redução de consumo combustível e emis- sões de poluentes. 27 A B C CVT Sigla de Continuously Variable Transmis- sion. (transmissao continuamente variavel). Trata-se de uma forma especial de câmbio automático caracterizado por um variador com polias expansíveis, com diâmetro útil variável, ligado a uma correia especial. E como se a transmissão tivesse um núme- ro infinito de conexões. A polia é dividida em duas partes que se afastam quando o diâmetro útil diminui, a correia, que tem uma secção trapezoidal, nesse caso traba- lha mais internamente. A diminuição do diâmetro de envolvimen- to da polia motora deve corresponder um aumento proporcional do diâmetro útil da polia movida e vice-versa. Dessa forma, obtém-se a transmissão do movimento com uma gama infinita de relações. O controle desse sistema de transmissão é confiado a uma central eletrônica que leva em conta a velocidade do veículo e o re- gime de rotação do motor necessário para mantê-lo sempre dentro do melhor campo no que diz respeito ao rendimento e ao desempenho. CX Sigla que indica o coeficiente de penetra- ção aerodinâmica. Valor que exprime a maior ou menor fa- cilidade com que o veículo rompe o ar a sua frente. Quanto menor o valor, mais fá- cil esse rompimento e, por consequência, menor o consumo de combustível e menor ruido em uma mesma velocidade. Um bom valor hoje, em carros de passeio, é 0,30. 29 D E F DECIBEL Corresponde a um décimo de bel, unidade de medida mais usada para medir a inten- sidade sonora. DETONAÇÃO Ver Autoigniçao. DIAGRAMA DE DISTRIBUIÇAO Os pontos de início e de final do fecha- mento de válvulas, indicados em graus de rotação do virabrequim, podem ser mos- trados graficamente por meio de um dia- grama circular conhecido como diagrama de distribuição. Também se fala de “dia- grama” para indicar o grau de abertura da distribuição. Grandes avanços de abertura e atrasos de fechamento caracterizam o diagrama dos motores de alto desempenho destinados a funcionar em regimes de rotação mais ele- vados. O gráfico é determinado pelo perfil dos excêntricos, que considera a geome- tria dos componentes sobre os quais os ex- cêntricos atuam, e do comando de válvu- las ou do posicionamento dos excêntricos em relação à manivela do virabrequim. DIÂMETRO DO CILINDRO É a medida do diâmetro interno dos cilin- dros do motor, expressa sempre em milí- metros. DIESEL Combustível formado por uma mistura de hidrocarbonetos derivados de petróleo, como a gasolina, porém mais pesado. O óleo Diesel, em suas diversas denomina- ções, é o principal combustível comerciali- zado no mercado brasileiro, utilizado no transporte de cargas e de passageiros, em embarcações, na indústria, na geração de energia, nas máquinas para construção ci- vil, nas máquinas agrícolas e locomotivas, atendendo as necessidades dos consumi- dores e as mais avançadas tecnologias em motores e combustão. Os tipos de Diesel variam de acordo com o teor de enxofre máximo que eles podem possuir. DIFERENCIAL Quando um veículo entra numa curva, suas rodas internas percorrem uma distân- cia menor do que as externas. Por isso, é preciso usar no eixo do motor um dis- positivo capaz de permitir que as duas rodas se movimentem com velocidades diferentes. Esse dispositivo é o diferencial, formado por uma carcaça de engrenagens, à qual estão ligados os eixos, geralmente dois, sobre os quais se instala uma dupla de satélites liga- dos a duas engrenagens cônicas, chamadas planetárias, acopladas aos dois semieixos que enviam o movimento às rodas. A carcaça roda junto com a coroa da du- pla, cilíndrica ou cônica, de redução final. 30 D E F DIGITAL É o contrário de analógico. Um indicador digital é dotado de um mostrador no qual os valores numéricos aparecem de manei- ra descontínua, ou seja, variam em “pas- sos” ou “degraus” de valores no decorrer do tempo para a variável medida. São digitais os instrumentos que fornecem informações por meio de números ou le- tras luminosas compostas por elementos de cristal líquido ou LEDs. DIODO Semicondutorque permite o fluxo da cor- rente numa determinada direção e o impe- de de seguir em direção contrária. Para exemplificar, diodos combinados são usados para transformar a corrente alter- nada, produzida pelo alternador, em cor- rente contínua, que pode ser utilizada na recarga da bateria. DILATAÇÃO TÉRMICA Com o aumento da temperatura, os corpos tendem a se expandir, ou seja, aumentar de tamanho devido à dilatação térmica, que varia dependendo da natureza dos materiais. As ligas de alumínio, por exem- plo, dilatam mais do que materiais ferro- sos. DIN Sigla para Deutsches Institut Für Norrnunq (Instituto Alemão de Padronização). Essa entidade estabeleceu uma série de normas que encontram aplicação em mui- tos setores. No campo automobilístico em particular existem modalidades determina- das para medir a potência e o consumo específico. DIÓXIDO DE CARBONO Ver Gás Carbônico. DIREÇÃO ELÉTRICA Sistema em que um motor elétrico substitui a bomba hidráulica da assistência conven- cional. Entre as vantagens estão menor consumo de energia do motor, ausência de fluido, o que reduz a manutenção e a facilidade ao fabricante de ampliar a assistência quando desejado, como por exemplo, a função “City”. DIREÇÃO ELETROIDRÁULICA Tipo de assistência de direção em que a bomba é acionada por um servomotor elé- trico, e não mais pelo próprio motor, via correia. Com isso, consome menos ener- gia do motor e torna a assistência inde- pendente do regime de giros. 31 D E F DIREÇÃO HIDRÁULICA Dispositivo que diminui o esforço do moto- rista para girar as rodas. A direção hidráulica, normalmente tem um cilindro hidráulico incorporado no aloja- mento tubular da haste dentada (caixa de direção à cremalheira). Uma bomba ligada ao motor faz o fluido hidráulico do circuito circular sob pressão. Uma válvula de controle regula a passa- gem de óleo de um lado ao outro do cilin- dro hidráulico, em cujo interior há um pis- tão vinculado à haste dentada, de acordo com a velocidade e o ângulo de rotação do volante de direção. Por motivo de segurança, a direção hi- dráulica é construída de tal forma que na remota eventualidade de uma falha de fun- cionamento, o motorista pode continuar virando a direção mesmo que com mais esforço. DISTRIBUIÇÃO O chamado “conjunto de distribuição” é a somatória dos componentes do motor antepostos ao controle do fluxo dos gases que entram e saem dos cilindros, ou seja, as válvulas e todos os componentes que asseguram o seu funcionamento (comando de válvulas, balancins etc.). Fala-se de “comando da distribuição” para indicar os componentes utilizados para acionar o eixo comando de válvulas, que pode ser simples, com um único eixo, ou duplo, com dois. DISTRIBUIÇÃO DESMODRÔMICA Em todos os motores de automóveis, as válvulas são fechadas por meio de molas. Muitas vezes, porém, foram propostos sis- temas de fechamento de válvulas do tipo “positivo”, sem elementos elásticos para fechamento, ou seja, distribuições desmo- drômicas. O esquema prevê o uso de dois cames de perfil complementar por válvula, fazendo a função tanto de abertura como fecha- mento da válvula. A distribuição desmodrômica abre e fecha as válvulas com grande rapidez, eliminan- do o risco de “overspeed” se o motor fun- cionar acima da rotação adequada, mas tem seus inconvenientes: aumenta muito a complexidade da construção, o que impli- ca grande elevação dos custos. DISTRIBUIDOR Em geral, o termo indica o dispositivo res- ponsável pelo envio, no momento correto, da corrente de alta tensão proveniente da bobina a cada uma das velas do motor. Nos sistemas de ignição convencionais, ele é constituído por uma caixa, chamada de tampa do distribuidor, dentro da qual fica alojada uma escova rotatória, chama- da de rotor, que distribui a corrente de alta tensão para a vela correspondente. Distribuidor é qualquer componente ou dis- positivo capaz de dividir o fluxo de um flui- do gerado por uma única fonte, fazendo-o chegar, exatamente no momento previsto, aos componentes a ele ligados. DNA É uma chave seletora que permite mudan- ça de mapeamento dos curso de pedal do acelerador, modificando a forma de res- posta do veiculo a aceleração. D - Dinâmico, provoca respostas mais rá- pidas aos comandos do acelerador e si- naliza uma troca de marchas em rotações mais altas, propondo uma condução mais esportiva; N - Normal, mantém as configurações usu- ais de condução; A - Autonomia, disponibiliza um econôme- tro gráfico no visor e sinaliza para o moto- rista os momentos exatos de trocas de mar- chas, buscando sempre o menor consumo. DOHC Sigla de Double Overhead Camshaft. (du- plo comando de valvulas no cabeçote). Utilizada para designar os motores com duplo comando de válvulas no cabeçote. DOIS TEMPOS Podem ser motores de ciclo Otto ou a Die- sel. Enquanto os motores de quatro tempos têm uma fase útil a cada dois giros do eixo motor, nos de dois tempos todas as fases do ciclo de funcionamento ocorrem num único giro do virabrequim, ou seja, em dois movimentos do pistão. Os motores de dois tempos a ciclo Otto são muito mais simples, compactos e leves do que os de quatro tempos, mas têm um ren- dimento bem pior e um consumo especifico muito mais alto. Além disso, os níveis de suas emissões de hidrocarbonetos e óxido de car- bono são muito mais elevados. Todavia, ge- ram uma potência específica bem mais alta. DRIVE BY WIRE Ver acelerador eletrônico DUALOGIC Sistema eletro hidráulico que monitora e realiza as trocas de marchas no cambio mecânico, com o acionamento e controle da embreagem. DÜCTIL Que se pode reduzir a fios, estirar, disten- der, sem se romper; flexível, elástico. DUMMY Boneco de alta tecnologia utilizado em testes de colisão, crash-tests. Dotado de sensores extremamente precisos, permite avaliar os esforços e impactos exercidos em cada parte do corpo durante a colisão, de modo a auxiliar o desenvolvimento de automóveis mais seguros. DUPLA IGNIÇÃO Em alguns motores utilizam-se duas velas para cada cilindro. Em geral, são coloca- das no lado oposto da câmara de com- bustão. Em inglês, o termo é “twin spark”. 32 D E F 33 D E F DUPLO COMANDO DE VÁLVULAS O termo indica as distribuições com dois eixos comandos de válvulas no cabeçote. Trata-se de uma solução adotada univer- salmente nos motores de competição, mas também muito difundida nos motores de série de performance mais agressiva. Permite reduzir ao mínimo as massas dos componentes em movimento alternado, an- tes do acionamento de cada válvula. Os componentes localizados entre o ex- cêntrico e as válvulas possuem grande rigi- dez e permitem obter um excelente contro- le do movimento das válvulas. DURAÇÃO DO COMANDO Refere-se ao sistema de distribuição e indi- ca a antecipação ou o atraso, em relação à manivela do virabrequim, com o qual ocorre um determinado evento mecânico, elétrico ou hidráulico. Fala-se ainda de “ângulo de ignição” para indicar o avanço com que a faísca corre entre os eletrodos da vela. O ângulo de fase da distribuição é forma- do pela antecipação da abertura e o atra- so de fechamento das válvulas em relação ao ponto morto. EBD Sigla em inglês de Electronic Braking For- ce Distribution (distribuição eletronica da força dos freios). Sistema que distribui a frenagem entre os eixos dianteiro e traseiro. Na prática ele calcula a máxima pressão do freio que pode ser aplicada sem risco de travamento do eixo traseiro e a reduz quando necessário. Sem o EBD, a distribuição imperfeita pode levar a tendência prematura de travamen- to das rodas de um dos eixos, o que impli- ca atuação do ABS. ECO:DRIVE O eco:Drive é um programa que analisa os percursos usados pelo motorista, cole- tando várias informações da condução durante o trajeto. Essas informações são convertidas em in- fográficos bastante objetivos, de leitura fá- cil, traduzidas em desempenho de espec- tro geral. O grande objetivo é fornecer ao motorista dadospara que sua condução seja a mais eficaz possível, especialmente em termos de consumo de combustível e níveis de emissões.Dentre as informações disponíveis, o destaque é o eco:Index: uma nota de 0 a 100, que pontua de for- ma global o modo de condução do moto- rista. Se ele quiser, pode ainda comparti- lhar e comparar seu índice com os amigos através do Facebook e Tweeter ECU Sigla de Electronic Control Unit (unidade eletrônica de controle). Ver Centralina EDC Sigla de Electronic Diesel Control. É um sistema de controle dos motores a diesel de última geração que permite eli- minar o regulador de giros, o variador de fase de funcionamento mecânico e a ligação direta entre o pedal do acelera- dor e o conjunto regulador-bomba de in- jeção. Com esse sistema é possível manter a alimentação do motor a diesel sempre no melhor nível e limitar as emissões de poluentes e o consumo, assegurando um bom desempenho. 34 D E F EFEITO RAM Ver coletor de admissão variável. EFEITO SOLO Força aerodinâmica dirigida para baixo que pode alcançar valores consideráveis em altas velocidades. Pode ser obtida em maior ou menor intensidade por meio de apêndices aerodinâmicos, como aerofólios, para melhorar a aderência das rodas motri- zes, como no caso dos carros de Fórmula 1. EGR Sigla para Exhaust Gas Recirculation (re- circulação dos gases de exaustão). É a recirculação dos gases de escape usa- da até certo ponto em alguns motores para diluir a mistura fresca com os gases já queimados do escapamento e, portanto, abaixar as temperaturas máximas do ciclo com o objetivo de reduzir as emissões do óxido de nitrogênio. EIXO Do ponto de vista mecânico, o eixo difere de uma árvore exclusivamente pelo fato de não transmitir nenhum movimento de torção. Também na suspensão dos veículos fala- -se de eixo dianteiro e traseiro, mas como hoje a maioria dos modelos tem suspen- sões dianteiras independentes, seria mais correto referir-se a trem dianteiro. EIXO AUXILIAR DE BALANCEAMENTO Ver eixo contra-rotante. EIXO CARDAN DE TRANSMISSAO Tem a função de ligar a saída do câmbio à caixa do diferencial nos veículos com tração traseira e motor dianteiro. Em geral é formado por um eixo tubular dotado de “cruzetas” posicionadas em uma ou am- bas as extremidades. EIXO COMANDO DE VÁLVULAS Nos motores de quatro tempos o movimen- to das válvulas é controlado por uma série de excêntricos do comando de válvulas, conhecidos como cames. O comando roda com velocidade reduzi- da em comparação ao virabrequim, que o aciona por meio de correias dentadas, corrente de distribuição ou engrenagens. O comando de válvulas pode estar loca- lizado no bloco e, nesse caso, aciona as válvulas por meio de varetas e balancins. Na maioria dos motores modernos, porém, está localizado no cabeçote e controla as válvulas agindo sobre os tuchos ou sobre os balancins. As superfícies de trabalho dos excêntricos devem ser muito duras e durante o funcio- namento, ser constantemente lubrificadas. EIXO CONTRA-ROTANTE Componente mecânico empregado em alguns motores para eliminar vibrações que podem ser incômodas aos ocupantes do veículo. Em certos casos, há dois eixos auxiliares de equilí- brio, sempre dotados de uma ou mais massas excêntricas girando em sentido contrário. ELASTÔMERO Material plástico, na realidade uma bor- racha sintética, dotado de grande elasti- cidade. Os elastômeros encontram ampla utilização na indústria automobilística, principalmente na fabricação de elemen- tos de impermeabilização e guarnição. 35 D E F ELETROFORESE Tratamento protetor efetuado por meio da imersão numa solução galvânica. É aplica- do à lâmina de aço e resulta na formação de uma fina camada protetora que adere firmemente às superfícies metálicas. EMBREAGEM Dispositivo que liga o motor ao câmbio e permite ao motorista obter uma transmis- são progressiva de torque. Ela coloca o veículo em movimento com certo deslizamento e separa os dois com- ponentes, tornando independente a rota- ção de cada um deles, permitindo assim, um engate fácil das marchas. Quando a embreagem é acionada, os dois elementos, platô e disco se separam, desacoplando o motor do câmbio. Quando a embreagem é deixa de ser acio- nada, os dois elementos se unem, transfe- rindo assim o torque do motor para o câm- bio e consequentemente para as rodas. EMBREAGEM DUPLA Sistema adotado em algumas caixas de câmbio manuais automatizadas em que há duas embreagens. A árvore primária de transmissão é dividida em duas seções, uma com as marchas de número par, ou- tra com as ímpares. Enquanto uma das marchas está selecionada e ativa, com sua embreagem acoplada, a transmissão comanda que a marcha seguinte seja sele- cionada, permanecendo sua embreagem desacoplada. No momento da mudança, esta embreagem se acopla ao mesmo tem- po em que a outra (da marcha que está saindo) é desacoplada. Com isso, não é preciso interromper o fornecimento de po- tência para uma operação suave. EMISSÕES Em teoria, um motor a ciclo Otto alimenta- do com uma mistura na dosagem correta deveria emitir pelo escapamento apenas gás carbônico, água sob forma de vapor e nitrogênio. Esse último gás compõe apro- ximadamente 78% do ar e deveria ser to- talmente inerte, ou seja, não tomar parte nas reações químicas que se desenvolvem nos cilindros. A água e o gás carbônico resultam da combustão, ou seja, da oxida- ção dos hidrocarbonetos. Na realidade, a combustão dentro do motor é sempre incompleta, o que acaba determinando a emissão de certa quanti- dade de monóxido de carbono e hidro- carbonetos não queimados. Em função da combinação com oxigênio a temperaturas muito elevadas, saem do motor, sob a for- ma de gases de escape, alguns óxidos de nitrogênio. O monóxido de carbono e os hidrocarbonetos são emitidos em quan- tidades consideráveis quando o motor é alimentado com uma mistura rica, ou seja, excesso de gasolina em relação ao ar. Ao contrário, quando o motor é alimentado com uma mistura pobre, ou seja, pouca gasolina em relação ao ar, os óxidos de 36 D E F nitrogênio estão presentes em grande quantidade. Nos motores a diesel, que emitem menos gases poluentes, há o problema do par- ticulado, ou seja, o conjunto de todas as partículas sólidas e líquidas que saem do motor pelo sistema de escape. ENCOSTO DE CABEÇA ATIVO São programados para que em uma coli- são por trás do veículo, assuma uma posi- ção favorável à proteção dos ocupantes, in- clinando para perto da cabeça, diminuindo assim o espaço entre a cabeça e o apoio. ENERGIA É a capacidade de um corpo ou sistema de realizar trabalho. Este pode manifestar- -se sob várias maneiras diferentes: energia térmica, elétrica, cinética, mecânica, etc. Como essas formas de energia podem ser transformadas entre si, um motor também poderia ser considerado uma espécie de transformador de energia já que converte parte do calor desenvolvido na combus- tão da mistura ar/combustível em energia mecânica. Os freios também podem ser considerados transformadores de energia, pois convertem energia cinética, ou de mo- vimento, em calor. ENGRIPAMENTO Termo informal que indica o fenômeno que se verifica quando o jogo diametral entre um componente móvel e o seu encaixe se anula ou quando se rompe a camada de óleo lubrificante que separa as superfícies de trabalho. Nestas condições, ocorre uma acentuada produção de calor, com rápido desgaste e danificação das super- fícies metálicas em menor ou maior grau: vai de um simples risco a sulcos mais ou menos profundos. Nos casos mais graves pode ocorrer um princípio de soldagem do material em ponto localizado e irreme- diável perda do componente. Em termos mecânicos, as peças que podem engripar incluem os eixos nos rolamentos que os apoiam, as válvulas nas guias etc. ENTRE EIXOS É a distância entre os eixos anterior e pos- terior de um veículo, mas qualquer com- ponente mecânico dotado de dois furos possui um entre eixos, queé a distância que separa os eixos dessas partes. EP Sigla de Extreme Pressure (EXTREMA PRES- SÃO). Indica os aditivos que permitem ao óleo criar nas superfícies metálicas uma fina camada lubrificante capaz de suportar pressões muito elevadas sem que se rom- pam. Muitos óleos destinados a lubrificar engrenagens hipóide têm características EP marcantes. 37 D E F EPICICLOIDAL Devido à analogia com o sistema solar, o trem epicicloidal é frequentemente chama- do de trem planetário ou trem de engrena- gens planetárias. Em virtude disso, a engrenagem central é chamada de solar, as engrenagens que giram em torno dela são chamadas de planetárias. Quase sempre se utiliza também, uma en- grenagem de dentes internos em torno do conjunto, onde os planetários também se engrenam. Essa é chamada de engrena- gem, anular ou coroa. Esse grupo de engrenagens é muito utiliza- do em câmbios automáticos, motores de partida e alguns diferenciais para trans- mitir o movimento com diferentes relações de redução entre dois eixos coaxiais, mas sem inverter a direção de rotação. EPROM Significa Erasable Programmable Read Only Memory ou memória de leitura can- celável e reprogramável (memória de leitu- ra cancelavel e reprogramavel). Indica uma memória que manda instruções à central eletrônica que em caso de neces- sidade pode ser anulada e reprogramada. Esse dispositivo vem sendo bastante usado nos sistemas de injeção eletrônica, uma vez que permite variar rapidamente os ma- pas de avanço e admissão de combustível. ERGONOMIA Definida como a adaptação de um espaço ao trabalho humano, no caso dos veículos envolve a disposição e o funcionamento de todos os comandos para o motorista, como volante, pedais, alavancas de câmbio e freio de estacionamento, controles do painel etc. ESCALONAMENTO É a definição das relações de marcha em função das características do motor e do veículo como um todo. ESPELHO CONVEXO Espelho retrovisor com ligeira curvatura da lente, propiciando um campo de vi- são maior, mas com menos clareza de distâncias: os objetos refletidos parecem mais distantes do que realmente estão. Sua maior vantagem é a segurança e conforto em mudanças de pista e acessos em ângulo a vias, pois permite enxergar veículos na pista ao lado que o retrovisor plano não mostra. No retrovisor do lado do passageiro é adotado universalmente, enquanto no do motorista há divergências. Há também o tipo biconvexo, com uma fai- xa externa de curvatura mais acentuada. ESTEQUIOMETRIA Mistura ideal entre o ar e um combustível. ETANOL COMBUSTÍVEL A produção de álcool no Brasil é realizada a partir da fermentação da cana-de-açúcar. Seguindo recomendações específicas, ele pode ser misturado ao diesel e à gasolina. O álcool com que você abastece o seu carro é diferente daquele que é adicionado à gasolina. O combustível que abastece os veículos movidos a álcool ou flex é o álcool etílico hidratado (6,2 a 7,4 % de água), que se caracteriza por sua apresentação límpida e incolor. Já o produto que é adicionado à gasolina é o álcool etílico anidro. 38 D E F ERM Sigla para eletronic roll mitigation (ATE- NUAÇÃO ELETRONICA DA INCLINA- ÇÃO DA CARROCERIA). O sistema de prevenção à capotagem tra- balha com as informações de velocidade do veículo e o esterçamento do volante. Em caso de probabilidade de capotagem, o sistema intervém na aceleração e aplica freio seletivamente nas rodas. ESCOVA Permite a passagem da corrente elétrica entre um componente fixo e outro móvel. Nos alternadores e nos motores de arran- que usam-se escovas de grafite que pas- sam pela parte móvel, contra a qual ficam pressionadas por molas apropriadas. ESP Sigla de Electronic Stability Program (esta- bilidade eletronica programada). Trata-se de um sistema estabilidade eletrônica. Monitora em tempo integral a velocidade do veículo, a posição do volante e a incli- nação da carroceria. Caso haja divergência entre esses valores, sig- nifica que o veículo está derrapando e o sistema entra em ação atuando nas rodas dianteiras ou traseiras para fazer a correção da trajetória. ESTATOR Parte de um motor ou gerador elétrico que não gira durante o funcionamento da má- quina e é responsável pela criação de um campo magnético que influencia o rotor. EXCÊNTRICO Componente que com o seu movimento de rotação determina o deslocamento retilí- neo de outro componente. Os excêntricos são utilizados nos sistemas de comando das válvulas. Durante a sua rotação, os excêntricos de- terminam também um impulso lateral sobre os componentes a eles ligados, levantan- do-os. Por isso nunca atuam diretamente sobre as válvulas: eles as acionam por meio de balancins ou tuchos, projetados para absorver esse impulso lateral. EXPANSÃO É a fase do funcionamento do motor que vem depois da combustão. Nela, o pistão desce do PMS ao PMI e parte da pressão exercida sobre ele pelos gases em alta temperatura é transmitida ao virabrequim. Essa fase também é conhecida como “combustão”. 39 D E F EXTRUSÃO Passagem forçada de um metal ou de um plástico através de um orifício, visando a conseguir forma de fio. FADING Termo em inglês que indica o fenômeno que se verifica quando, após um supera- quecimento, os freios perdem a sua efici- ência. FAROL AUTODIRECIONAL Traz um sistema automático de orientação do facho nas curvas, de modo a iluminá- -las conforme a velocidade do carro e o movimento do volante. FAROL BI-PARÁBOLA É um farol com duplo refletor: um para o facho baixo e outro para o alto, o que per- mite que o desenho de cada refletor seja mais elaborado para a função. Ao acio- nar o farol alto o facho baixo é mantido aceso, o que utiliza ambos os refletores com quatro fachos no total, para ilumina- ção mais eficiente. FAROL POLIELÍPTICO Refletor de farol composto por inúmeros e pequenos prismas em forma de elipses, daí o nome, que permitem obter grande iluminação e um corte de facho bem defi- nido em um conjunto bastante compacto. FEIXE DE MOLAS Tipo de elemento elástico muito usado no passado por sua simplicidade, custo e ta- manho reduzido. Em geral, os feixes de molas são formados por várias lâminas de aço curvas, sobrepostas e de comprimen- tos diferentes, conhecido como “feixe de molas semielíptico”. Em alguns casos, são utilizados feixes de molas compostos de uma única lâmina, de espessura variável, ou de duas lâminas so- brepostas, em contato entre si apenas na parte central, conhecido como “feixe de molas parabólico”. Os feixes desse tipo podem ser dispostos no sentido longitudinal ou transversal em relação ao veículo. FERRO FUNDIDO O ferro fundido é uma liga de ferro, car- bono e silício. Forma uma liga metálica de ferro, carbono 2,11 e 6,67%, silício 1 e 3%, podendo conter outros elementos químicos. Sua diferença para o aço, que também é uma liga metálica, é que ele é formado essencialmente por ferro e carbono, mas com percentagens entre 0,008 e 2,11%. Os ferros fundidos dividem-se em três tipos principais: branco, cinzento e nodular. FLEX Motores com tecnologia para utilizar livre- mente e em qualquer proporção, gasolina tipo C ou Etanol Hidratado Combustível. 40 D E F FLUTUAÇÃO DE VÁLVULAS Fenômeno que ocorre em rotações excessi- vamente altas, em que as válvulas não con- seguem abrir e fechar com a rapidez neces- sária, tornando então irregular o enchimento e a exaustão de gases dos cilindros. FLUXO CRUZADO Ver cross-flow. FILTRO DE AR É utilizado para evitar que partículas estra- nhas, muitas delas abrasivas, entrem nos cilindros junto com o ar. Normalmente, os filtros são de papel trata- do quimicamente e deve ter elevado poder de acúmulo e oferecer a menor resistência possível ao fluxo de gases, ou seja, não representar um obstáculo à “respiração” do motor. FILTRO DE COMBUSTÍVEL Geralmente são de papel no seu interior e colocados na linha da tubulação de passa- gem do combustível. Os filtros de combustível são designados
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