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imunologia resumo (Recuperação Automática)

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imunologia 
Yarlla Nogueira 
Lute com determinação, abrace a vida 
com paixão, perca com classe e vença 
com ousadia, porque o mundo pertence 
a quem se atreve e a vida é muito 
para ser insignificante. 
Augusto Branco 
https://www.pensador.com/autor/augusto_branco/
IMUNOLOGIA 
GENERALIDADES 
TERMO IMUNIDADE 
Proteção contra doença, especificamente, doenças 
infecciosas. 
SISTEMA IMUNE 
Conjunto de moléculas e células responsáveis pela 
imunidade. 
ANTICORPOS 
Poderiam ser induzidos por um grande número de 
substâncias (antígenos). 
 ANTÍGENO: 
 Qualquer substância que pode ser reconhecida e 
combatida pelo sistema imune adaptativo. 
RESPOSTAS IMUNES: 
 As respostas que desenvolvemos contra infecções por 
patógenos potenciais. 
RESPOSTA IMUNE 
Resposta coletiva e coordenada à entrada de 
substancias estranhas no corpo humano 
independentemente da consequência fisiológica ou 
patológica de tal reação. 
FUNÇÃO FISIOLOGICA DO SISTEMA IMUNE 
Defender o corpo humano contra microrganismos 
infecciosos; 
Entretanto, mesmo substancias estranhas não 
infecciosas e produtos de células danificadas podem 
evitar respostas imunes. 
UM POUCO DE HISTÓRIA... 
O primeiro exemplo claro, foi a vacinação bem sucedida 
por Edward Jenner contra a varíola. 
Ele percebeu que ordenhadores tinham que se 
recuperado da varíola bovina nunca contraiam a 
varíola humana de forma mais grave. Baseado nisso, ele 
injetou o material de uma pústula de varíola bovina no 
braço de um menino de 9, e posteriormente foi inoculado 
com a varíola humana, onde a doença não se 
desenvolveu. 
FATORES QUE INFLUENCIARAM NA EVOLUÇÃO 
DA IMUNOLOGIA 
▪ Entendimento do sistema imune e suas 
funções. 
▪ Avanços de cultura celular (incluindo 
produção de anticorpo monoclonal). 
▪ Imunoquimica. 
▪ Metodologia de DNA recombinante. 
▪ Cristografia de raios X. 
▪ Criação de animais geneticamente 
modificados (especialmente camundongos 
transgênicos e knochout). 
IMUNIDADE INATA E ADAPTATIVA 
Defesa contra microrganismos mediada por respostas 
sequências e coordenadas. 
 
Os mecanismos da imunidade adaptativa fornecem 
defesa inicial contra infecções. 
As respostas imunes adaptativas se desenvolvem 
posteriormente e necessitam de ativação dos linfócitos. 
A cinética das respostas imunes inata e adaptativa são 
aproximações e podem variar em diferentes infecções. 
Somente tipos celulares selecionado são mostrados. 
ILC, célula linfoide inata; NK, natural killer. 
IMUNIDADE INATA 
Pode ser chamada de imunidade natural ou imunidade 
nativa. 
Essencial para a defesa contra microrganismos nas 
primeiras oras ou dias após a infecção. 
Acontece antes da imunidade adaptativa. 
É mediada por mecanismos que já existem antes da 
ocorrência de uma infecção e que facilitam rápidas 
respostas contra microrganismos invasores. 
CARACTERISTICAS 
ESPECIFICIDADE: para moléculas compartilhadas 
por grupos de microrganismos relacionados e moléculas 
produzidas por células lesadas do hospedeiro. 
DIVERSIDADE: limitada; reconhecimento de 
moléculas codificadas por genes herdados (da 
linhagem germinativa). 
MEMORIA: nenhuma ou limitada. 
NÃO REATIVIDADE AO PRÓPRIO: sim. 
COMPONENTES 
BARREIRAS CELULARES E QUÍMICAS: pele, epitélio 
de mucosa; moléculas antimicrobianas. 
PROTEÍNAS SANGUÍNEAS : complemento, várias 
lectinas e aglutininas. 
CÉLULAS: fagócitos (macrófagos, neutrófilo), células 
dendríticas, células natural killer, mastócitos, células 
linfoides inatas. 
IMUNIDADE ADAPTATIVA 
Respostas imunes estimuladas pela exposição a 
agentes infecciosos e que aumentam em magnitude e 
capacidades defensivas após cada exposição sucessiva a 
um microrganismo particular. 
Pode ser chamada de imunidade especifica ou 
imunidade adquirida. 
O sistema imune adaptativo reconhece e reage a 
antígenos. 
RELAÇAO DAS IMUNIDADES INATA E 
ADAPTATIVA 
A resposta imune inata aos microrganismos fornece os 
primeiros sinais de perigo que estimulam as respostas 
imunes adaptativas. 
Respostas imunes adaptativas frequentemente 
trabalham intensificando os mecanismos protetores 
da imunidade inata tornando os mais capazes de 
combater efetivamente os microrganismos. 
 
CAPACIDADE DO SISTEMA IMUNE 
O sistema imune de cada indivíduo é capaz de 
reconhecer, responder e eliminar muitos antígenos 
estranhos (não próprios), mas normalmente não reage 
contra antígenos e tecidos do próprio indivíduo. 
IMUNIDADE SISTEMICA 
Capacidade de linfócitos e de outras células imunes em 
circular pelos tecidos. 
Ou seja, a resposta imune é iniciada em um local e 
poderá conferir ação em outros locais distantes 
(característica essencial para o sucesso da vacinação). 
REGULAÇÃO DAS RESPOSTAS DO SISTEMA 
IMUNE 
As respostas do sistema imune são reguladas por um 
sistema de alças de feedback positivo que amplifica a 
reação e por mecanismos de controle que previnem 
ações inapropriadas ou patológicas. 
A magnitude da resposta é aumentada em decorrência 
da ativação dos linfócitos. 
IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK POSITIVO 
É importante, pois capacita o pequeno número de 
linfócitos, que são específicos para qualquer 
microrganismo, a gerarem a ampla resposta necessária 
à erradicação daquela infecção. 
MECANISMOS DE DEFESA 
Os mecanismos de defesa mais especializados que 
constituem a imunidade adaptativa são encontrados 
somente em vertebrados. 
A maior parte dos componentes do sistema imune 
evoluíram dentre de um curto espalho de tempo nos 
vertebrados. 
IMUNIDADE INATA: A DEFESA INICIAL 
O sistema imune inato responde quase que 
imediatamente a microrganismos e células lesadas, e 
repetidas exposições invocam respostas imunes inata 
praticamente idênticas. 
 
 
PRINCIPAIS COMPONENTES DA IMUNIDADE 
INATA 
▪ BARREIRAS FÍSICAS E QUÍMICAS (epitélios 
e agentes antimicrobianos produzidos nas 
superfícies epiteliais). 
▪ CÉLULAS FAGOCÍTICAS (neutrófilos, 
macrófagos). 
▪ CÉLULAS DENDRÍTICAS (DCs – dendrict 
cells). 
▪ MASTÓCITOS 
▪ CÉLULAS NATURAL KILLER (NK). 
▪ CÉLULAS LINFOIDES INATAS . 
▪ PROTEÍNAS SANGUÍNEAS (incluindo 
componentes do sistema complemento e outros 
mediadores da inflamação). 
*macrófagos, DCs r mastócitos estão presentes na 
maioria dos tecidos, onde atuam como sentinelas em 
busca de microrganismos invasores. 
FORMAS DE COMBATE DO SISTEMA IMUNE 
1. Recrutamento de fagócitos e outros leucócitos 
que destroem os microrganismos (processo 
chamado de inflamação). 
2. Bloqueio da replicação viral ou pelo killing de 
células infectadas por vírus, sem a necessidade 
de uma reação inflamatória. 
IMUNIDADE ADAPTATIVA 
A resposta imune adaptativa é mediada por células 
chamadas linfócitos e seu produtos. 
LINFOCITOS 
Expressam receptores altamente diversos que são 
capazes de reconhecer um vasto número de antígenos. 
Há duas populações principais de linfócitos: 
▪ Linfócitos B 
▪ Linfócitos T 
Os dois mediam diferentes tipos de respostas imunes 
adaptativas. 
 
 
 
 
CARACTERISTICAS FUNDAMENTAIS DAS 
RESPOSTAS IMUNES ADAPTATIVAS 
ESPECIFICIDADE E DIVERSIDADE 
Respostas imunes são especificas para antígenos 
distintos, e frequentemente, para diferentes porções de 
um único complexo proteico, polissacarídeo ou de 
outra macromolécula. 
DETERMINANTES OU EPÍTOPOS: porções de 
antígenos complexos especificamente reconhecidas 
como linfócitos individuais. 
Os linfócitos individuais expressam receptores de 
membrana que podem distinguir diferenças sutis na 
estrutura de epítopos diferentes. 
SELEÇÃO CLONAL: ocorre quando clone de linfócitos 
com diferentes especificidades estão presentes em 
indivíduos não imunizados e são capazes de 
reconhecer e responder antígenos estranhos. 
De acordo com essa hipótese, clones de linfócitos 
antígeno – específicos se desenvolvem antes e 
independentemente da exposição ao antígeno. 
EXPANSÃO CLONAL: ocorre quando um antígenose 
liga às células clone antígeno – especifico preexistente 
e as ativa, resultando na proliferação das células 
especificas para o antígeno para gerar milhares de 
descendentes com a mesma especificidade. 
REPERTORIO DOS LINFÓCITOS: é o número total 
de especificidades antigênicas dos linfócitos em um 
indivíduo; é extremamente grande no ser humano. 
Existem muitos clones distintos de linfócitos e cada 
clone possui um único receptor antigênico, e, 
consequentemente, uma única especificidade 
antigênica, contribuindo para um repertorio total 
totalmente diverso. 
 A diversidade é essencial se o sistema imune existe 
para defender os indivíduos contra diversos potenciais 
patógenos presentes no ambiente. 
MEMORIA 
A exposição do sistema imune a um antígeno estranho 
aumenta sua capacidade de responder novamente 
a aquele antígeno. 
RESPOSTAS IMUNES SECUNDARIAS: respostas a 
uma segunda exposição ou exposições subsequentes 
ao mesmo antígeno; são normalmente mais rápidas, de 
maior magnitude, e, com maior frequência, 
quantitativamente diferentes da primeira resposta imune 
à aquele indivíduo. 
MEMORIA IMUNOLÓGICA: ocorre porque cada 
exposição a um antígeno gera células de memória de 
vida longa e especificas para o antígeno. 
RAZÕES QUE A RESPOSTA SECUNDARIA É 
TIPICAMENTE MAIS FORTE QUE A 
PRIMARIA: 
As células de memoria se acumulam e tornam – se mais 
numerosas do que os linfócitos naive específicos para 
o antígeno existente no momento da exposição inicial ao 
antígeno. 
Células de memória regem mais rápida e 
vigorosamente ao desafio antigênico do que os 
linfócitos naive. 
A memoria permite que o sistema imune reproduza 
resposta aumentadas e exposições persistentes ou 
recorrentes ao mesmo antígeno e, assim, combata 
infecções por microrganismos prevalentes no meio 
ambiente encontrados repetidamente. 
NÃO REATIVIDADE AO PRÓPRIO 
(AUTOTOLERÂNCIA) 
Capacidade de reconhecem responder e eliminar 
muitos antígenos estranhos enquanto não reage 
prejudicialmente aos antígenos do próprio indivíduo. 
TOLERÂNCIA: não responsividade imunológica, 
MECANISMOS QUE PERMITEM A 
TOLERÂNCIA DE ANTÍGENOS PRÓPRIOS, OU 
AUTO TOLERÂNCIA: 
Eliminação dos linfócitos que expressam receptores 
específicos para alguns autoantígenos (inativam os 
linfócitos que expressam receptores específicos para 
alguns autoantígenos, pela ação de outras células). 
Anormalidade na indução ou manutenção do auto 
tolerância levam a resposta imunes contra 
autoantígenos (antígenos autólogos), as quais podem 
resultar em distúrbios denominados doenças 
autoimunes. 
 
Especificidade, memoria e contração das respostas 
imunes adaptativas. 
Antígenos X e Y induzem a produção de diferentes 
anticorpos (especificidade). A respostas secundaria ao 
antígeno X é mais rápida e maior do que a resposta 
primaria (memoria). Os níveis de anticorpos declinam 
com o tempo após cada imunização (contração, o 
processo que mantem a homeostasia). As mesmas 
caraterísticas são vistas nas respostas imunes mediadas 
por células. 
 
 
Seleção clonal. 
Cada antígeno (X) seleciona um clone preexistente de 
linfócitos específicos e estimula a proliferação e 
diferenciação daquele clone. O diagrama, mostra 
somente linfócitos B dando origem a células efetoras 
secretoras de anticorpos, mas o mesmo principio se 
aplica aos linfócitos T. 
 
 
 
 
 
VISÃO GERAL DA IMUNIDADE HUMORAL E 
MEDIADA POR CÉLULAS 
Tipo de imunidade humoral. 
São induzidas por diferentes tipos de linfócitos e atuam 
para eliminar diferentes tipos de microrganismos. 
ANTICORPOS: moléculas no sangue e em secreções 
mucosas que mediam a imunidade humoral, produzidas 
pelos linfócitos B. 
Principal mecanismo de defesa contra microrganismos e 
suas toxinas, localizados fora das células, uma vez que 
os anticorpos secretados podem se ligar a esses 
microrganismos e toxinas, neutralizando – os, além de 
auxiliar na sua eliminação. 
COMO OCORRE? 
Os anticorpos reconhecem antígenos microbianos, 
neutralizam a infectividade dos microrganismos e 
marcam microrganismos para sua eliminação pelos 
fagócitos e pelo sistema complemento. 
 
Tipos de imunidade adaptativa. 
Na imunidade adaptativa humoral, os linfócitos B 
secretam anticorpos que previnem as infecções e 
eliminam os microrganismos extracelulares. Na 
imunidade mediada por células, os linfócitos T 
auxiliares ativam macrófagos e neutrófilos para matar 
microrganismos fagocitados, ou linfócitos T citotóxicos 
destroem diretamente as células infectadas. 
 
Classes de linfócitos. 
Os linfócitos B reconhecem muitos tipos de antígenos e 
se desenvolvem em células secretoras de antígenos. Os 
linfócitos T auxiliares reconhecem antígenos nas 
superfícies das células apresentadoras de antígenos e 
secretam citocinas, as quais estimulam diferentes 
mecanismos de imunidade e inflamação. Os linfócitos T 
citotóxicos reconhecem antígenos em células infectadas 
e matam essas células, as células T reguladoras 
suprimem as respostas imunes. 
IMUNIDADE MEDIADA POR CELULAS – 
IMUNIDADE CELULAR 
Mediada por linfócitos T. 
Os microrganismos que sobrevivem dentro dos 
fagócitos são inacessíveis aos anticorpos circulantes, 
por isso a imunidade celular promove a destruição de 
microrganismos dentro dos fagócitos e a morte das 
células infectadas para eliminar os reservatórios da 
infecção. 
IMUNIDADE PROTETORA 
Pode ser fornecida tanto pela resposta do hospedeiro 
ao microrganismo quanto pela transferência de 
anticorpos que defendem contra o microrganismo. 
IMUNIDADE ATIVA 
Imunidade induzida pela exposição a um antígeno 
estranho. 
O individuo imunizado tem papel ativo na resposta ao 
antígeno. 
NAIVE: indivíduos e linfócitos que nunca encontraram 
um antígeno particular, ou seja, são 
imunologicamente inexperientes. 
IMUNES: indivíduos que responderam a um antígeno 
microbiano e estão protegidos de exposições 
subsequentes àquele microrganismo. 
 
Imunidade ativa e passiva. 
A imunidade ativa é conferida pela resposta do hospedeiro a 
um microrganismo ou antígeno microbiano, enquanto a 
imunidade passiva é conferida pela transferência adotiva de 
anticorpos ou de linfócitos T específicos para o 
microrganismo. Ambas as formas de imunidade conferem 
resistência à infecção e são especificas para antígenos 
microbianos, mas somente as respostas imunes ativas geram 
memoria imunológica. A transferência terapêutica passiva de 
anticorpos, mas não de linfócitos, é realizada rotineiramente e 
também durante a gravidez (da mãe pro feto). 
IMUNIDADE PASSIVA 
Ocorre quando o receptor de tal transferência se torna 
imune ao antígeno em particular sem nunca ter sido 
exposto nem ter respondido àquele antígeno. 
Isso, graças a transferência de anticorpos de um 
indivíduo imunizado para um indivíduo que nunca 
encontrou o antígeno. 
Um exemplo é a transferência de anticorpos maternos 
através da placenta para o feto, a qual permite aos recém 
nascidos o combate a infecções por vários meses antes 
que eles próprios desenvolvam a capacidade de 
produzir anticorpo. 
Essa imunização salva vidas, em casos de tratamentos 
em infecções rábicas ou picadas por serpentes. 
Pacientes com algumas deficiências genéticas são 
imunizadas passivamente pela transferência de um 
pool de anticorpos de doadores saudáveis. 
 IMUNÓGENOS: substancias que estimulam as 
respostas imunes; termo menos usado. 
 
INICIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS 
RESPOSTAS IMUNES ADAPTATIVAS 
Se desenvolvem em diversas etapas, iniciando pela 
captura do antígeno, seguida pela ativação dos 
linfócitos específicos. 
 
Desenvolvimento das respostas imunes adaptativas. 
As respostas imunes adaptativas consistem em passos 
distintos, sendo os três primeiros o reconhecimento do 
antígeno, a ativação dos linfócitos e a eliminação do antígeno 
(fase efetora). A resposta se contrai (declina) à medida que oslinfócitos estimulados pelos antígenos morrem por apoptose, 
restaurando a homeostatia, e as células antígeno – especificas 
que sobrevivem são responsáveis pela memória. 
A duração de cada fase pode variar em diferentes respostas 
imunes. O eixo y representa uma medida arbitraria da 
magnitude da resposta. Esses princípios se aplicam à 
imunidade humoral (mediada por linfócitos B) e à imunidade 
mediada por células (mediada por linfócitos T). 
 
A maioria dos microrganismos e outros antígenos 
entram no organismo através das barreiras epiteliais. 
As respostas imunes adaptativas se desenvolvem em 
órgãos linfoides periféricos. 
CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS 
(ACP’S): capturam os antígenos e expõe aos linfócitos 
específicos. 
CÉLULAS DENDRÍTICAS: ACP’s mais 
especializadas; capturam antígenos microbianos que 
entram no organismo a partir do ambiente externo, 
transportam esses antígenos aos órgãos linfoides e os 
apresentam aos linfócitos T naive para iniciar as 
respostas imunes. 
NAIVE: linfócitos que nunca responderam ao antígeno. 
EXPANSÃO CLONAL : aumento de clones- antígeno 
específicos causado pela ativação desses linfócitos pelo 
antígeno. 
CÉLULAS EFETORAS: diferenciação dos linfócitos 
ativados em células capazes de eliminar o antígeno; 
medeiam o efeito final da resposta imune, e em células 
de memória, que sobrevivem por longos períodos e 
montam fortes respostas após encontros repetidos com o 
antígeno. 
A eliminação do antígeno requer a participação de 
células não linfoides, como macrófagos e neutrófilos, 
chamadas de células efetoras. 
Caso a infecção se repita, as células de memória estão 
vigorosamente prontas para responder. 
A resposta imune adaptativa demora alguns dias para 
ativar os linfócitos, por isso a resposta imune se 
desenvolve de maneira lenta. 
O declínio da resposta ocorre quando a resposta imune 
adaptativa erradica a infecção, dai os estimulo para a 
ativação dos linfócitos se dissipa e a maior parte das 
células efetoras morre. 
CITOCINAS: constituem um amplo grupo de 
proteínas secretadas com diversas estruturas e funções, 
as quais regulam e coordenam muitas atividades das 
células da imunidade inata e adaptativa. 
FUNÇÕES CITOCINAS: 
▪ Promoção de crescimento e diferenciação das 
células imunes. 
▪ Ativação das funções efetoras de linfócitos e 
fagócitos. 
▪ Estimulação de movimento direcionado das 
células imunes a partir do sangue para os 
tecidos e dentro dos tecidos. 
QUIMICICINAS: grande subgrupo de citocinas, 
estruturalmente relacionadas que regulam a migração 
e o movimento celular. 
 Alguns dos fármacos mais efetivos desenvolvido para 
tratar doenças imunológicas tem como alvo as 
citocinas, por isso são tão importantes para a resposta 
imune. 
IMUNIDADE HUMORAL 
Os linfócitos B que reconhecem antígenos proliferam e 
se diferenciam em plasmócitos que secretam diferentes 
classes de anticorpos com funções distintas. 
Diferentes tipos de antígenos, incluindo proteínas, 
polissacarídeos, lipídeos e moléculas pequenas, são 
capazes de elicitar respostas de anticorpos. 
RAZÃO PELA QUAL AS CÉLULAS T SÃO 
CHAMADAS DE AUXILIARES: 
Pelo fato de que a reposta das células B aos antígenos 
proteicos requer sinais de ativação das células TCD4+. 
 
 
As células B podem responder a vários antígenos não 
proteicos sem a participação de células T auxiliares. 
Cada plasmócito secreta anticorpos que tem o mesmo 
sitio de ligação que o antígeno. 
Polissacarídeos e lipídeos estimulam a secreção 
principalmente do anticorpo chamado imunoglobulina 
M(IgM). 
Antígenos proteicos induzem a produção de anticorpos 
de diferentes classes (IgG,IgA,IgE) a partir de um único 
clone de células B. 
MATURAÇÃO DE AFINIDADE: processo onde as 
diferentes classes de anticorpos servem a funções 
distintas, e células T estimulam a produção de 
anticorpos com afinidade aumentada; melhora a 
qualidade da resposta imune humoral. 
FORMAS DE COMBATE AOS MICRORGANISMOS 
COM A IMUNIDADE HUMORAL: 
NEUTRALIZAÇÃO: os anticorpos se ligam aos 
microrganismos e os impedem de infectar as células, 
neutralizando – os; único mecanismo que a imunidade 
adaptativa que detém uma infecção antes que ela se 
estabeleça (razão pela qual a elicitação da produção de 
anticorpos potentes é um objetivo chave da vacinação). 
O sistema complemento é ativado por IgM e IgG e os 
produtos do complemento promovem a fagocitose e a 
destruição de microrganismos. 
IGA – secretada pelo epitélio da mucosa e neutraliza 
microrganismos do lúmen dos tecidos de mucosa (trato 
respiratório por exemplo). 
IGG MATERNA – ativamente transportada através da 
placenta e o protege o recém nascido ate que o sistema 
imune do bebe esteja maduro. 
IGG- a maior parte tem meia – vida na circulação de 
aproximadamente 3 semanas, enquanto outras classes 
de anticorpos têm meias- vida de apenas poucos dias. 
PLASMÓCITOS – seus anticorpos vivem por anos, 
produzindo continuamente baixos níveis de anticorpos 
(fornecem proteção imediata se o microrganismo 
reinfectar o indivíduo) 
CÉLULAS DE MEMÓRIA – proteção mais efetiva; são 
ativadas pelo microrganismo e rapidamente se 
diferenciam para gerar grandes números de 
plasmócitos. 
IMUNIDADE MEDIADA POR CELULAS 
LINFÓCITOS T + CÉLULAS DA IMUNIDADE 
CÉLULAS – reconhecem os antígenos dos 
microrganismos associados às células e diferentes tipos 
de células T auxiliam os fagócitos a destruir esses 
microrganismos ou matar as células infectadas. 
CÉLULAS T: 
▪ produzem anticorpo; 
▪ seus receptores antigênicos são moléculas de 
membrana distintas, mas estruturalmente 
relacionadas aos anticorpos; 
▪ tem especificidade restrita para antígenos; 
reconhecem peptídeos derivados das 
proteínas estranhas que estão ligadas ao 
hospedeiro denominadas complexo principal 
de hitocompatibilidade; 
▪ reconhecem e respondem a antígenos 
associados a superfície celular, mas não aos 
antígenos solúveis. 
LINFÓCITOS T: populações funcionalmente distintas, 
sendo as mais definidas as células T auxiliares (sua 
função é mediada pela secreção de citocinas) e os 
linfócitos T citotóxicos ou citoliticos (produzem 
moléculas que matam outras células). 
CÉLULAS T REGULADORAS : atuam principalmente na 
inibição de respostas imunes. 
Após a ativação nos órgãos linfoides secundários, os 
linfócitos T naive se diferenciam em células efetora e 
muitas desta migram para os sítios de infecção. 
DIFERENCIAÇÃO DOS LINFOCITOS PELA 
EXPRESSAO DAS PROTEINAS DE SUPERFICIE 
CELULAR: 
TCD4+ - algumas secretam citocinas que recrutam 
leucócitos e estimulam a produção de substancias 
microbicidas nos fagócitos; outras secretam citocinas 
que ajudam as células B a produzir um tipo de anticorpo 
chamado de IgE e ativam leucócitos chamados 
eosinófilos (capazes de matar parasitas grandes demais 
para serem fagocitados) 
CTLS CD8+ - matam as células que abrigam 
microrganismos (vírus, bactérias) no citoplasma. 
Com a destruição das células infectadas, os CTLs 
eliminam os reservatórios da infecção. 
CTLS- matam células tumorais que expressam 
antígenos reconhecidos como estranhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CELULAS E TECIDOS DO SISTEMA IMUNE 
Graças ao arranjo anatômico das células nos tecidos 
linfoides e suas capacidades de circular e realizar 
trocas de sangue, linfa e tecidos têm importância 
decisiva para a geração de respostas imunes. 
O sistema imune deve ser capaz de responder 
rapidamente a pequenas quantidades de muitos 
microrganismos distintos que podem ser introduzidos 
em qualquer lugar do corpo. 
Na resposta imune adaptativa, pouquíssimos linfócitos 
naive reconhecem e respondem especificamente a um 
antígeno qualquer. 
Os mecanismos efetores do sistema imune adaptativo 
podem ter de localizar e destruir microrganismos em 
sítios distantes do local onde a respostaimune foi 
induzida. 
CELULAS DO SISTEMA IMUNE 
FAGÓCITOS, CÉLULAS DENDRÍTICAS, 
LINFÓCITOS ANTÍGENO- ESPECÍFICOS E VÁRIOS 
LEUCÓCITOS: células que realizam papeis 
especializados nas respostas imunes inata e adaptativa; 
derivam das células – tronco hematopoiéticas existente 
na medula óssea, as quais se diferenciam a partir das 
linhagens ramificadas. 
CÉLULAS MIELOIDES: fagócitos e a maioria das DCs, 
ou em células linfoides, que englobam todos os 
linfócitos. 
São encontrados no sangue, porem as respostas de 
linfócitos a antígenos geralmente ocorrem em tecidos 
linfoides. 
 
A expressão de diversas proteínas de membrana é usada 
para distinguir populações de células no sistema 
imune. 
EX: a maioria das células T auxiliares expressam uma 
proteína de superfície chamada CD4, enquanto a 
maioria dos linfócitos T citotóxicos expressam uma 
proteína de superfície diferente chamada de CD8. 
CD4 E CD8 E OUTROS CDS: são chamadas de 
marcadores, porque identificam e discriminam 
polpações celulares distintas; esses marcadores 
exercem muitas funções nos tipos celulares em que são 
expressos. 
A forma mais comum de determinar se um marcador 
em particular é expresso em uma célula é testar se 
anticorpos específicos para esse marcado se ligam a 
célula. 
GRUPAMENTO DE DIFERENCIAÇÃO 
Método uniforme amplamente adotado para nomear 
moléculas de superfície celular que são características 
de um estagio de diferenciação ou de linhagem celular 
em particular, tem estrutura definida e são reconhecidas 
por um grupo de anticorpos monoclonais. 
Desta forma, todas as moléculas de superfície celular 
estruturalmente definidas recebem uma designação 
numérica de CD. 
As moléculas de CD são encontradas em todo o corpo 
e tem funções importantes nas respostas imunes e são 
alvos de muitos anticorpos terapêuticos usados no 
tratamento de doenças inflamatórias e do câncer. 
FAGOCITOS 
Incluindo os neutrófilos e macrófagos, são células cuja 
função primaria é ingerir e destruir microrganismos e 
remover tecidos danificados. 
Suas respostas consistem em etapas sequenciais: 
1. Recrutamento das células para os sítios de 
infecção. 
2. Reconhecimento e ativação por 
microrganismos. 
3. Ingesta dos microrganismos através do 
processo de fagocitose. 
4. Destruição dos microrganismos ingeridos. 
NEUTRÓFILOS E MONÓCITOS : são produzidos na 
medula óssea, circulam no sangue e são recrutados para 
os sitio inflamatórios; não são ativamente fagocíticos, 
mas contribuem significadamente. 
NEUTRÓFILO: resposta mais rápida, sua expectativa 
de vida e curta; usam rearranjos do citoesqueleto e 
montagem de enzimas para gerar respostas rápidas e 
transientes, enquanto os macrófagos contam 
principalmente com a transcrição de novos genes. 
MONÓCITOS: se transformam em macrófagos nos 
tecidos, podem viver por longos períodos, por isso sua 
resposta pode ter duração prolongada. 
 
Os dois tipos celulares compartilham muitas características, 
como fagocitose, quimiotaxia e habilidade de migrar ao longo 
dos vasos sanguíneos para os tecidos CTH, células – tronco 
hematopoiética; 
NEUTROFILOS 
Constituem a população mais abundante de leucócitos 
circulantes e o principal tipo celular nas reações 
inflamatórias agudas. 
Circulam como células esféricas. 
Medem cerca de 12-15 µm de diâmetro, com 
numerosas projeções membranosas. 
O núcleo é segmentado em três a cinco lóbulos 
conectados. 
Podem ser chamados de leucócitos polimorfonucleares 
(PMNs) devido a sua morfologia nuclear. 
O citoplasma contem dois tipos de grânulos ligados a 
membranas, chamados de grânulos específicos, 
repletos de enzimas (lisozima, colagenase e elastase), 
não são corados fortemente por corantes básicos e 
ácidos, distinguindo – o dois outros dois tipos de 
leucócitos circulantes (basófilo e eosinófilos). 
Há também grânulos autofílicos, que contem enzimas 
e outras substancias microbicidas, entre as quais as 
defensinas e catelicidinas. 
Os neutrófilos são produzidos na medula óssea e 
surgem de percussores que também originam fagócitos 
mononucleares. 
Um humano adulto produz mais de 1 × 10 11 
neutrófilos por dia. 
Os neutrófilos podem migrar rapidamente para sítios 
de infecção após a entrada de microrganismos. 
 Após entrarem nos tecidos, os neutrófilos atuam apenas 
durante 1-2 dias e, então, morrem
 
Morfologia de neutrófilos, mastócitos, basófilos e 
eosinófilos. 
A, Micrografia de luz de um neutrófilo sanguíneo corado com 
Wright-Giemsa mostra o núcleo multilobado, por causa do 
qual essas células também são chamadas leucócitos 
polimorfonucleares, e os grânulos citoplasmáticos 
esmaecidos. B, A micrografia de luz de um corte de pele 
corado com Wright Giemsa mostra um mastócito (seta) 
adjacente a um pequeno vaso sanguíneo, identificável pela 
hemácia presente no lúmen. Os grânulos citoplasmáticos no 
mastócito, que se coram de roxo, estão cheios de histamina e 
outros mediadores que atuam em vasos sanguíneos adjacentes 
promovendo aumento do fluxo sanguíneo e distribuição de 
proteínas plasmáticas e leucócitos no tecido. (Cortesia de Dr. 
George Murphy, Department of Pathology, Brigham and 
Women's Hospital, Boston, Massachusetts.) C, Micrografia de 
luz de um basófilo sanguíneo corado com Wright-Giemsa, 
mostrando os característicos grânulos citoplasmáticos corados 
de azul. (Cortesia de Dr. Jonathan Hecht, Department of 
Pathology, Brigham and Women's Hospital, Boston, 
Massachusetts.) D, Micrografia de luz de um eosinófilo 
sanguíneo corado com Wright-Giemsa, mostrando o típico 
núcleo segmentado e a coloração vermelha dos grânulos 
citoplasmáticos. 
 
A principal função dos neutrófilos é fagocitar 
microrganismos, especialmente microrganismos 
opsonizados, e produtos de células necróticas, bem 
como destruir material nos fagolisossomos. 
FAGOCITOS MONONUCLEARES 
Inclui células circulantes chamadas monócitos que se 
transformam em macrófagos ao migrarem para os 
tecidos, e macrófagos residentes teciduais, derivados 
principalmente de precursores hematopoiéticos 
durante a vida fetal. 
 
Maturação de fagócitos mononucleares. 
No estado estável em adultos e durante as reações 
inflamatórias, os precursores na medula óssea originam 
monócitos circulantes, os quais entram nos tecidos 
periféricos, amadurecem para formar macrófagos e são 
ativados localmente. No desenvolvimento inicial, assim como 
na vida fetal, os precursores presentes no saco vitelínico e no 
fígado fetal originam as células que semeiam os tecidos para 
gerar macrófagos residentes teciduais especializados.

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