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Seminário Interddisciplinar Brasil Colonial

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1 Fabricio Paulo dos Santos, Matheus S. Jungton e Pamela Jacob 
2 Ricardo Figueiró Cruz 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso 1075HID – Prática do Módulo 5 – 12/07/2021 
 
Acadêmicos¹ 
Tutor Externo² 
 
RESUMO 
 
Na história do Brasil, a colônia brasileira refere-se ao período de 1530 a 1822. Esse período 
começou quando o governo português enviou ao Brasil a primeira expedição colonial liderada por 
Martim Afonso de Souza. Em 1532, fundou o primeiro povoado, Vila de São Vicente, no litoral do 
atual estado de São Paulo. Logo após a chegada dos portugueses ao novo território, a primeira 
atividade econômica girou em torno da exploração extensiva da costa brasileira (principalmente no 
Nordeste do país). Este período é denominado ciclo Pau-Brasil. Período pré-colonial. A exploração 
do Brasil foi apenas extrativista e não produziu ocupação efetiva. O trabalho de derrubada das 
árvores e preparação da madeira para o embarque ficou a cargo dos indígenas e de alguns europeus 
que permaneceram nas fábricas do litoral. Na década de 1520, as árvores perto da costa foram de 
desenvolvimento predatório e desapareceram. Portugal enviou várias expedições para reconhecer 
toda a costa brasileira e combater piratas e mercadores franceses. Os mais importantes são aqueles 
sob o comando de Christopher Jacques (1516 e 1526) que lutou contra os franceses. Martim Afonso 
de Sousa (1532) também lutou contra piratas franceses. Da mesma forma, instalou-o em San 
Vicente, a primeira aldeia a ter uma fábrica de açúcar para colonizar o Brasil e garantir a posse da 
terra, em 1534, a Coroa dividiu o território em 15 territórios hereditários. São grandes extensões de 
terra, que se estendem desde a costa até aos limites fixados pelo Tratado de Tordesilhas. Estes lotes 
foram doados ao capitão (doador) dos senhores portugueses, que também promoveu a defesa local e 
a colonização. A produção de açúcar foi escolhida por ser um produto muito procurado na Europa 
na época. No Nordeste do país, as atividades da indústria açucareira atingiram o maior nível de 
desenvolvimento, principalmente nos estados de Pernambuco e Bahia. Nos séculos 16 e 17, essas 
regiões se tornaram os centros dinâmicos da vida social, política e econômica brasileira. 
 
 
Palavras-chave: Brasil, Colonização, Navegação 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A América do Sul é uma terra muito "nova" quando comparada com o resto do mundo, 
como a Europa, África e Ásia. Só faz alguns séculos desde que essa região começou 
verdadeiramente um grande avanço, quando se tornou palco de diversas aventuras, expedições, 
guerras, etc. De fato, havia habitantes nessa região muito antes dos europeus chegarem, como chega 
a ser óbvio, mas com certeza que a chegada dos europeus para a América, e sua junção com o povo 
nativo daqui surgira muito mais que uma simples troca de mercadorias entre ambos: surge algo que 
posteriormente poderíamos chamar de unidade nacional. Claro que esta unidade não se alcança de 
um dia para o outro, e que muito posteriormente, com a chegada da família real ela se tornará 
muito sensível. O presente trabalho percorrerá por estes períodos de conflitos, de confusões, de 
mesclas, de desenvolvimentos. A exploração portuguesa pelo Atlântico, suas causas, como se 
deram, até no momento posterior, quando o Brasil se tornará uma colônia, que servirá futuramente 
como palco de uma tentativa para segunda vida. 
 
O Brasil Colonial 
2 
 
 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 A Expansão Marítima 
 
 
2.1.1 Contextualização 
 
 Num cenário fervilhante do período que entende-se como renascimento, onde culturas se 
mesclavam, a expansão marítima surge num pequeníssimo Estado, que inversamente proporcional à 
suas dimensões, possuía grande maturidade governamental. Portugal é seu nome. O pequeno 
Estado, vizinho da Espanha, fora o protagonista de uma épica aventura, digna de filme. 
 Dentre os demais Estados europeus, Portugal foi o primeiro a desenvolver sua tecnologia marítima 
em níveis que cruzassem oceanos; seu Estado unificado fora um dos grandes influenciadores desta 
façanha, afinal, os custos que a expansão demandaria eram consideráveis; portanto, precisava de um 
Estado que pudesse bancar o investimento. 
 Para melhor observarmos com um olhar para a Europa: o local hoje pertencente à Alemanha era 
fragmentado em inúmeros pequenos Estados, chamados de principados; a Itália, passava pela 
mesma situação. Foram ter seus Estados unificados muito tardiamente, por volta do século XIX. A 
França e a Inglaterra passavam por uma grande crise financeira por conta das constantes guerras. 
Em meio deste cenário turbulento da Europa, onde Estados fragmentados e/ou enfraquecidos por 
conta das guerras sangrentas estava Portugal, como um governo maduro e homogêneo. 
 
 2.1.2Motivos da expansão 
 
 Para a figura do rei, a ideia de expansão seria um prestigio- afinal, não era qualquer monarca 
que conseguiria atravessar o Oceano. Para a população, via-se, em meio ao medo- que estimulara a 
fantasia dos portugueses para criação de monstros (o que falarei adiante), estava uma vontade de se 
aventurar e explorar. 
Ainda com o povo, a sua baixa condição de vida- sua pobreza, fazia com que nada tivessem a 
perder, e que arriscar uma nova vida num lugar novo poderia ser frutífero. 
 No campo religioso, a ideia de propagar o cristianismo (aqui, óbvio está, falo do período entre 
final do século XV e início do XVI, quando o continente já havia sido “descoberto”) para o povo 
puro e inocente- os nativos, na palavra de Pero Vaz, era interessante. 
 Pode-se observar boa parte da parcela da população portuguesa favorável ao expansionismo 
(temos a nobreza, o clero e o povo em favor), excetuando algumas áreas comerciais que 
necessitavam de mão-de-obra, por claro motivo. 
 Tratemos agora da posição geográfica em que se localiza Portugal: situa-se na península Ibérica, 
na entrada do estreito de Gibraltar; ou seja, possuía acesso ao mediterrâneo, o que favorecia o 
comércio, pois na época a Itália era o principal centro comercial. Além disso, no oeste, Portugal 
possuía o Atlântico como quintal. Tal posição facilitou seu contado com os demais continentes- 
África, e posteriormente inclui-se a América, que teve seu nome escolhido no controverso caso 
onde o nome de Américo Vespúcio foi escolhido para batizar o continente. 
Agora que falei do favorecimento da população e do posicionamento geográfico, trarei um motivo 
mais “prático”. Inicio com a questão: qual era o objetivo de Portugal? Bom, voltando na Europa 
novamente, vemos, além do já dito, a presença de mouros e muçulmanos. Mouros são muçulmanos 
norte-africanos, enquanto os muçulmanos em si nada implicam em ser do norte da África; são 
oriundos da Arábia Saudita. 
Os muçulmanos expandiram da região da Arábia para a Ásia Menor, onde hoje é Turquia e pelo 
norte da África, chegando a atravessar o estreito de Gibraltar, que leva o nome de Tárique, um 
3 
 
 
 
comandante muçulmano que ajudou a conquistar as regiões e por fim pousaram nas terras de 
Camões e Cervantes. 
Como a dominação muçulmana na Europa e Oriente Próximo as rotas comerciais que ligavam 
oriente-ocidente estavam comprometidas; além do mais, o circuito podia correr outro risco: os 
comerciantes deveriam pagar “pedágio” para os senhores feudais para atravessar seus feudos. A 
cobrança do pedágio acarretaria no preço final. Na época, os 
grandes centros comerciais estavam na Itália, e não se deixa de lado os grandes encontros 
comerciais das regiões francesas e inglesas. Mas aqui limitamo-nos na Itália: seu grande contato 
com o oriente trazia muitas mercadorias de grande valia (coisa que como eu disse se tornaramais 
cara por conta das dificuldades de transporte). 
Tendo em vista as dificuldades para manter comércio com o oriente, os portugueses precisavam de 
uma nova rota. Essa se fez em torno da África. Reconhecer a costa africana demorara cerca de 53 
anos. 
Ter acesso ao litoral africano permitiu aos portugueses a instalação de feitorias: as feitorias eras 
postos fortificados feitos para o comércio. 
 Sem penetrar profundamente no território africano, os 
portugueses foram estabelecendo na costa uma série de feitorias, que eram postos 
fortificados de comércio; isso indica a existência de uma situação em que as trocas 
comerciais eram precárias, exigindo a garantia das armas. A parte comercial do núcleo era 
dirigida por um agente chamado feitor. Cabia a ele fazer compras de mercadorias dos 
chefes ou mercadorias dos nativos e estocá-las, até que fossem recolhidas pelos navios 
portugueses. BORIS (2017 p.27) 
 A chegada dos Portugueses ao índico não foi tarefa fácil: demandou gasto de grande energia e 
muitos investimentos. Aliás, durante as grandes navegações, tecnologias que facilitassem as 
navegações foram desenvolvidas: tais como Astrolábio e as velas latinas, que permitiam maior 
aproveitamento do vento. 
 Embora as tecnologias estivessem em avanço as navegações eram verdadeiras torturas para os 
marinheiros, e isso é que veremos no próximo capítulo. 
 
2.1.3 As dificuldades das navegações: torrados e famintos 
 
 As tormentas de um marujo do final da Idade Média/Idade moderna (compreende-se a divisão de 
datas mais comumente aceita, que põe termo na idade média com a tomada de Constantinopla) não 
são para qualquer um: aquele que vivera como marinheiro possuía baixíssima qualidade de vida e 
tendia para uma morte prematura. Temos que considerar aqui os fatores de tamanho desgaste: 
 
a) O sol não perdoa ninguém. O contato direito 
fazia com que a desidratação fosse comum; não obstante, este queimava a pele dos marujos 
ao ponto que o marinheiro jovem tivesse aspecto de um homem décadas mais velho. Nem 
seus olhos escapavam, pois o contato direto queimava as córneas. De soma, as nervuras do 
olho eram duramente afetadas. 
 
b) Alimentação estragada e de baixa qualidade. 
Seguindo agora para outro problema que assolava marinheiros, podemos citar os alimentos, 
ou melhor, a falta deles: numa embarcação do século XV o armazenamento se torna 
precário; a humidade, as pestes, a falta de uma refrigeração adequada ocasionavam uma 
radical diminuição da “vida útil” do alimento. Numa viagem que pode levar meses os 
alimentos poderiam estragar em dias. O consumo desse alimento estragado provocava 
graves doenças; e, para se somar, ratos não eram incomuns de serem vistos. 
 A falta de um alimento adequado afetava diretamente o marujo, que acabava por não 
consumir os nutrientes adequados e dos quais um trabalho pesado como aquele exigiria. 
Comentado [A1]: 
 
4 
 
 
 
O marinheiro acabava por sofrer escorbuto, que resumidamente seria uma doença acarretada 
pela falta de vitamina C. O escorbuto inflama gengivas e as tornam hemorrágicas; além do 
sangramento, os dentes poderiam cair. 
 
 
c) A insalubridade. Como se até agora não fosse 
notável, as condições destas pessoas afetavam suas saúdes: como já foi exposto, temos o 
contato do sol quente, o alimento em péssimas condições, as pestes, que possuíam contato 
direto com a tripulação, como por exemplo os ratos; no caso dos ratos, certamente passavam 
doenças para a tripulação em níveis pandêmicos. 
Não limitando-se a este individuo asqueroso, podemos citar os piolhos: estes, por sua vez, 
protagonizaram no século XIX uma verdadeira festa nas embarcações que levavam a família 
real e sua corte, em novembro de 1807. O episódio em questão fizera Carlota Joaquina, 
esposa de D. João VI, raspar seu cabelo. 
 
 
 
2.1.4 A expansão marítima e o desenvolvimento tecnológico 
 
 As grandes evoluções tecnológicas sempre se fizeram graças à grandes necessidades. Cito, por 
exemplo, as Grandes Guerras, responsáveis por uma grande necessidade de aeronaves com 
tecnologia avançada, dada a importância da soberania aérea. Comparando uma aeronave S.E.5A 
britânica da Primeira Grande Guerra com um Hellcat americano, já da Segunda Guerra, podemos 
ver diferenças claras na tecnologia (constatando o curto período entre ambas as guerras). A 
aeronave da 1° Guerra possuía um motor que chegava na velocidade máxima de 218km/h, enquanto 
o Hellcat americano, outro caça, alcançava 620km/h. 
 Voltemos alguns séculos antes, na expansão marítima, e veremos basicamente o avanço 
tecnológico que o período "precisou". 
Em uma embarcação da época, três fatores eram necessários: a) localização com máxima precisão 
b) embarcação suficientemente forte para suportar grandes travessias c) utilizar a natureza mais 
favoravelmente possível. 
Comecemos pela localização. Na época das grandes navegações, a localização precisa era ainda um 
sonho, mas que estava prestes a se realizar: o aperfeiçoamento do astrolábio e do quadrante 
permitiram saber se localizar pelos astros. 
Seguimos pela sequência. Uma embarcação deveria ser forte para suportar o mal humor do 
Atlântico, e ao mesmo tempo ser ágil por entre o mar. Sentindo a necessidade, os portugueses 
desenvolveram a caravela. Ela, uma embarcação leve e ágil, permitia uma navegação "harmoniosa" 
pelo mar. A caravela, sendo menos pesada, não era construída para suportar grandes cargas. 
A última parte, da utilização da natureza, se faz mais nítido quando lembramos a necessidade de um 
tempo favorável para a realização de uma navegação. Na época, era muito necessário o vento, que 
nem sempre permitia levantar âncoras; tal eventualidade trouxe um desenvolvimento de um novo 
jogo de panos: a vela latina. Seu maior ângulo permitia um maior aproveitamento do vento, o que 
possibilitava viagens mais frequentes e com maior velocidade. 
 
2.1.5 As Especiarias 
 
Um dos grandes bens buscados durante a Expansão Portuguesa, além do ouro, eram as especiarias. 
É importante definirmos o que é uma especiaria: do latim deriva-se, significando substância. Sobre 
a definição Boris Fausto comenta: 
 “Primeiro é preciso esclarecer o sentido da palavra. Ela provém do latim especia, termo 
usado pelos médicos para designar substância” (FAUSTO, 2019, p25.) 
5 
 
 
 
 
Qual seria a utilização das especiarias? Bom, várias seriam as possibilidades. A mais comum era 
sua utilização como tempero. Lembremos que na época não se tinha um sistema de refrigeração 
como atualmente, portanto os alimentos passavam por processor que lhe alteravam o sabor. Os 
temperos disfarçavam o sabor, das carnes por exemplo. 
Outras utilizações ainda podem ser citadas, como o uso de remédios e perfumes, já que as 
especiarias continham propriedades medicinais e cheiros agradáveis. 
São especiarias o açúcar- que posteriormente deixa de ser especiaria após se tornar um alimento "da 
massa"-, a noz-moscada, o cravo, a pimenta, que era caríssima, etc. 
2.1.6 As Ilhas do Atlântico 
 
 Diferentemente de como aconteceu na África, onde fora usado os esquemas de Feitorias, nas 
ilhas do Atlântico os portugueses de fato passaram a aplicar métodos de cultivo. Ilhas como a da 
Madeira, os Açores, Cabo Verde e de São Tomé foram tidas sob posse portuguesa. A Ilha da 
Madeira, como exemplo, teve sua economia formada pela agricultura padrão, como a do trigo, e a 
da cana-de-açúcar. Embora a cana-de-açúcar prevaleceu sobre a de trigo o seu sucesso permaneceu 
miúdo, visto que a competição com a cana brasileira e a da Ilha de São Tomé a rebaixou. 
 Graças aos métodos de cultivo estudados pelos portugueses nas ilhas do Atlântico fora possível 
ter experiência para a produçãonaquilo que posteriormente chamaríamos de Brasil. 
 
2.1.7 Os Portugueses chegam ao Brasil 
 
Dizem que durante uma navegação uma nau de Vasco da Gama avistou ao mar alguns pássaros 
voando por próximo, tal avistamento só poderia produzir uma conclusão: há terra por perto, no 
oeste. Mas o que impediu Vasco da Gama de por termo a esta dúvida fora sua viagem com destino 
às Índias. Após a sua volta, passado algum tempo, uma frota com 13 naus foi posta em rota, esta 
frota estava sob o comando de Pedro Álvares Cabral. Boris Fausto diz: 
 
 Meses depois, a 9 de março de 1500, partia do rio Tejo em Lisboa uma frota de treze 
navios, a mais aparatosa que até então tinha deixado o reino, aparentemente com destino às 
Índias, sob o comando de um fidalgo de pouco mais de trinta anos, Pedro Álvares Cabral. A 
frota, após passar as ilhas de Cabo Verde, tomou rumo oeste, afastando-se da costa africana 
até avistar o que seria terra brasileira, em 21 de abril. (2019, p28.) 
 
2.2 O Brasil Colonial 
 
2.2.1 Chegada ao então Brasil 
 
Quando os europeus chegaram à terra que viria a ser o Brasil, descobriram que a população 
indígena americana, muito homogênea na cultura e na língua, se distribuía ao longo do litoral. 
Podemos distinguir dois grandes segmentos que subdividem essa população: Tupi-Guarani e 
Tapuias. O tupi-guarani se estende por quase toda a costa brasileira, pelo menos desde o estado do 
Ceará até a Lagoa dos Patos, no extremo sul. Os Guarani estão localizados no litoral entre a Bacia 
do Paraná-Paraguai e Cananea e se tornarão o ponto mais meridional do Brasil. Embora os tupis e 
os guaranis sejam geograficamente diferentes, pelas semelhanças de cultura e língua, falamos 
juntos sobre os tupi-guaranis. 
A chegada dos portugueses representou para os índios uma verdadeira catástrofe. Vindos de 
muito longe, com enormes embarcações, os portugueses, e em especial os padres, foram associados 
na imaginação dos tupis aos grandes xamãs (pajés), que andavam pela terra, de aldeia em aldeia, 
curando, profetizando e falando-lhes de uma terra de abundância. Os brancos eram ao mesmo 
6 
 
 
 
tempo respeitados, temidos e odiados, como homens dotados de poderes especiais. Por outro lado, 
como não existia uma nação indígena e sim grupos dispersos, muitas vezes em conflito, foi possível 
aos portugueses encontrar aliados entre os próprios indígenas, na luta contra os grupos que resistiam 
a eles. Por exemplo, em seus primeiros anos de existência, sem o auxílio dos tupis de São Paulo, a 
Vila de São Paulo de Piratininga muito provavelmente teria sido conquistada pelos tamoios. Tudo 
isso não quer dizer que os índios não tenham resistido fortemente aos colonizadores, sobretudo 
quando se tratou de escravizá-los. Os índios que se submeteram ou foram submetidos sofreram a 
violência cultural, as epidemias e mortes. Do contato com o europeu resultou uma população 
mestiça, que mostra, até hoje, sua presença silenciosa na formação da sociedade brasileira. 
 
2.2.2 Início da colonização 
 
Podemos dividir a história do Brasil colonial em três períodos muito desiguais em termos 
cronológicos: o primeiro vai da chegada de Cabral à instalação do governo geral, em 1549; o 
segundo é um longo lapso de tempo entre a instalação do governo geral e as últimas décadas do 
século XVIII; o terceiro vai dessa época à Independência, em 1822. O que justifica essa 
periodização não são os fatos apontados em si mesmos, mas sim aquilo que expressam. O primeiro 
período se caracteriza pelo reconhecimento e posse da nova terra e um escasso comércio. Com a 
criação do governo geral inicia-se a montagem da colonização que irá se consolidar ao longo de 
mais de dois séculos, com marchas e contramarchas. As últimas décadas do século XVIII são uma 
referência para indicar um conjunto de transformações na ordem mundial e nas colônias, que dão 
origem à crise do sistema colonial e aos movimentos pela independência. 
A descoberta brasileira nem mesmo despertou o entusiasmo que Vasco da Gama causara ao chegar 
à Índia. O Brasil parece ser uma terra de possibilidades e geografia desconhecidas. Por vários anos, 
as pessoas pensaram que não era nada mais do que uma grande ilha. As atrações exóticas - índios, 
papagaios, araras - são tão populares que alguns informantes, principalmente italianos, deram-lhe o 
nome de Terra dos Papagaios. O Rei Dom Manuel prefere chamá-la de Vera Cruz e depois Santa 
Cruz. O nome "Brasil" começou a aparecer em 1503. Estava associada ao Brasil, principal riqueza 
da terra nos primeiros tempos. Seu cerne avermelhado é usado como corante, e sua madeira 
altamente resistente é usada para fazer móveis e navios. 
Considerações políticas levaram a Coroa Portuguesa à convicção de que era necessário colonizar a 
nova terra. A expedição de Martim Afonso de Sousa (1530-1533) representou um momento de 
transição entre o velho e o novo período. Tinha por objetivo patrulhar a costa, estabelecer uma 
colônia através da concessão não-hereditária de terras aos povoadores que trazia (São Vicente, 
1532) e explorar a terra, tendo em vista a necessidade de sua efetiva ocupação. Há indícios de que 
Martim Afonso ainda se encontrava no Brasil quando Dom João III decidiu-se pela criação das 
capitanias hereditárias. O Brasil foi dividido em quinze quinhões, por uma série de linhas paralelas 
ao equador que iam do litoral ao meridiano de Tordesilhas, sendo os quinhões entregues aos 
chamados capitães donatários. Eles constituíam um grupo diversificado, no qual havia gente da 
pequena nobreza, burocratas e comerciantes, tendo em comum suas ligações com a Coroa. Estavam 
entre os donatários o experiente navegador Martim Afonso; Duarte Coelho, militar de destaque no 
Oriente, sem grandes recursos, cuja história no Brasil seria ressaltada pelo êxito em Pernambuco; 
Jorge Figueiredo Correia, escrivão da Fazenda Real e grande negociante, associado a Mem de Sá e 
a Lucas Giraldes, da família dos Giraldi, negociantes e banqueiros de origem florentina; e Pero do 
Campo Tourinho, que vendeu suas propriedades em Portugal e seguiu para o Brasil com seiscentos 
colonos. Posteriormente, Tourinho veio a ser denunciado à Inquisição, após conflitos com os 
colonos, e embarcou de volta a Portugal. Antes de 1532, Fernão de Noronha recebeu do rei a 
primeira capitania do Brasil - a Ilha de São João, que hoje tem seu nome. Nenhum representante da 
grande nobreza se incluía na lista dos donatários, pois os negócios na índia, em Portugal e nas ilhas 
atlânticas eram por essa época bem mais atrativos. Os donatários receberam uma doação da Coroa, 
7 
 
 
 
pela qual se tornavam possuidores mas não proprietários da terra. Isso significava, entre outras 
coisas, que não podiam vender ou dividir a capitania, cabendo ao rei o direito de modificá-la ou 
mesmo extingui-la. A posse dava aos donatários extensos poderes tanto na esfera econômica 
(arrecadação de tributos) como na esfera administrativa. A instalação de engenhos de açúcar e de 
moinhos de água e o uso de depósitos de sal dependiam do pagamento de direitos; parte dos tributos 
devidos à Coroa pela exploração de pau-brasil, de metais preciosos e de derivados da pesca cabiam 
também aos capitães donatários. Do ponto de vista administrativo, eles tinham o monopólio da 
justiça, autorização para fundar vilas, doar sesmarias, alistar colonos para fins militares e formar 
milícias sob seu comando. A atribuição de doar sesmarias é importante, pois deu origem à formação 
de vastos latifúndios. A sesmaria foi conceituada no Brasil como uma extensão de terra virgem cuja 
propriedade era doada a um sesmeiro, com a obrigação - raramente cumprida - de cultivá-la no 
prazo de cinco anos e de pagar o tributo devido à Coroa. Houve em toda a Colônia imensas 
sesmarias, de limites mal definidos, como a de Brás Cubas, que abrangia parte dos atuais 
municípios de Santos, Cubatão e São Bernardo. Os direitosreservados pela Coroa, ao instituir as 
capitanias hereditárias, não se limitaram a uma espécie de vigilância quanto à manutenção de sua 
forma. O rei manteve o monopólio das drogas e especiarias, assim como a percepção de uma parte 
dos tributos. Assegurou ainda o direito de aplicar a justiça, quando se tratasse de morte ou 
retalhamento de partes do corpo de pessoas de condição nobre. Nomeou, além disso, uma série de 
funcionários para garantir que as rendas da Coroa fossem recolhidas. As capitanias hereditárias são 
uma instituição a que frequentemente se referem os historiadores, sobretudo portugueses, 
defensores da tese da natureza feudal da colonização. Essa tese e a própria discussão perderam hoje 
a importância que já tiveram, cedendo lugar à tendência historiográfica mais recente, que não 
considera indispensável rotular com etiquetas rígidas formações sociais complexas que não 
reproduzem o modelo europeu. Sem avançar neste assunto, lembremos que ao instituir as capitanias 
a Coroa lançou mão de algumas fórmulas cuja origem se encontra na sociedade medieval europeia. 
E o caso, por exemplo, do direito concedido aos donatários de obter pagamento para licenciar a 
instalação de engenhos de açúcar; esse direito é análogo às “banalidades” pagas pelos lavradores 
aos senhores feudais. Mas, em essência, mesmo na sua forma original, as capitanias representaram 
uma tentativa transitória e ainda tateante de colonização, com o objetivo de integrar a Colônia à 
economia mercantil europeia. Sabemos que, com exceção das Capitanias de São Vicente e 
Pernambuco, as outras fracassaram em maior ou menor grau, por falta de recursos, 
desentendimentos internos, inexperiência, ataques de índios. Não por acaso, as mais prósperas 
combinaram a atividade açucareira e um relacionamento menos agressivo com as tribos indígenas. 
As capitanias foram sendo retomadas pela Coroa, ao longo dos anos, através de compra e 
subsistiram como unidade administrativa, mas mudaram de caráter, por passarem a pertencer ao 
Estado. Entre 1752 e 1754, o Marquês de Pombal completou praticamente o processo de passagem 
das capitanias do domínio privado para o público. 
Após as três primeiras décadas, marcadas pelo esforço de garantir a posse da nova terra, a 
colonização começou a tomar forma. Como aconteceu em toda a América Latina, o Brasil viria a 
ser uma colônia cujo sentido básico seria o de fornecer ao comércio europeu gêneros alimentícios 
ou minérios de grande importância. A política da Metrópole portuguesa consistirá no incentivo à 
empresa comercial, com base em uns poucos produtos exportáveis em grande escala e assentada na 
grande propriedade. Essa diretriz deveria atender aos interesses de acumulação de riqueza na 
Metrópole lusa, em mãos dos grandes comerciantes, da Coroa e seus afilhados. Como Portugal não 
tinha o controle dos circuitos comerciais na Europa, controlados, ao longo dos anos, principalmente 
por espanhóis, holandeses e ingleses, a mencionada diretriz acabou por atender também ao conjunto 
da economia europeia. A opção pela grande propriedade ligou-se ao pressuposto da conveniência da 
produção em larga escala. Além disso, pequenos proprietários autônomos tenderiam a produzir para 
a sua subsistência, vendendo no mercado apenas um reduzido excedente, o que contrariaria os 
objetivos da Coroa e dos grandes comerciantes. 
 
 2.2.3 A Visão econômica da colonização 
8 
 
 
 
 
Desde o início da colonização do Brasil o objetivo sempre foi definido como um empreendimento 
comercial, onde se pautava objetivos econômicos, sendo maior definidor do que no ponto de vista 
político e religioso. Seu objetivo era promover lucro para a coroa portuguesa e demais 
comerciantes, tanto nacionais como também os estrangeiros. 
Durante o primeiro povoamento, o Brasil Passa por um experimento de introduzir nas terras o 
cultivo da cana de açúcar. Com resultados animadores, Portugal passa a procurar mão de obra 
suficiente para que o trabalho agrícola se torne realmente lucrativo. Para isto, em 1530, a Coroa 
decide transferir para a inciativa privada a responsabilidade da colonização. 
Para definir os direitos dos donatários e a Coroa foi criado um documento chamado Regimento, 
onde acompanhava a carta de doação assinada pelo rei. 
 
Com o cultivo da cana de açúcar no continente americano, a coroa construiu engenhos, onde a cana 
era beneficiada para a produção do açúcar, onde para gerar maior lucratividade, pequenos 
produtores transferiam a etapa de transformação da cana em açúcar aos grandes senhores de 
engenhos. 
 
No fim do século XVI, para se protegerem dos índios, Escravos fugitivos e estrangeiros, As 
companhias de ordenanças, onde segundo Mesgravis (2015) As companhias de ordenanças eram 
milícias compostas colonos livres comandados por senhores de Engenhos assim como pessoas 
ligados a eles. 
A produção de açúcar como principal atividade econômica no Brasil durou até o século XVII, sendo 
ultrapassada logo depois pela mineração. 
Em 1693, Com a Notícia de de descobertas de ouro não região que hoje fica Minas Gerais, 
milhares de pessoas vão para lá, com a esperanças de se tornarem ricos. 
 
Em 1702, para garantir parte de seus lucros, a Coroa portuguesa cria o Regimentos Aurífero, 
regulamentando assim a extração de minério. Logos depois, para evitar a sonegação, a Coroa só 
permite a exportação do ouro em barra, fazendo com que todo outro extraído passa-se pelas criadas 
casas de Fundição para transformar o ouro de pó para Barra. 
 
Com o declínio da mineração, ainda no século XVII, junto a dependência econômica de Portugal 
para a Inglaterra, o Rei escolheu para primeiro-ministro o Marquês de Pombal, para que suas 
medidas melhorassem a economia Portuguesa e eliminasse a autoridade dos Jesuitas 
Para intensificar a exploração no Brasil, Pombal criou diversas medidas, como a criação de 
Companhias de Comércio, estimulou a produção de algodão no Maranhão, expulsou os Jesuítas, 
transferiu de Salvador a capital para o Rio de Janeiro e findou as capitnias hereditárias 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 
 
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A pesquisa em questão se fez por meio de livros e artigos. A consulta nesses materiais foi 
feita com muito zelo, e aliás, não podemos deixar de mencionar a importância do livro História do 
Brasil, do Boris Fausto. Este livro fez parte da maioria das pesquisas realizadas neste trabalho, 
sendo um grande guia para a formação do presente trabalho. Também utilizamos o livro do Cláudio 
Vicentino, História Geral, que nos ajudou. Nota-se que as obras do Cláudio são de teor introdutório, 
geralmente utilizadas por estudantes do Ensino Médio, mas que nos ajudam a compreender bem o 
cenário da época. 
No mais, não acreditamos ser necessário comentar sobre cada autor que utilizamos, dando 
destaque para estes já citados e mais dois também muito lidos, e que de certa forma são polêmicos, 
sendo eles Laurentino Gomes, com sua obra 1808, e Pedro Doria, com sua 1565. São autores bem 
introdutórios, que abordam o tema sem muita "grossura", como Boris Fausto, por exemplo, que 
tende a ser mais sistematizado. 
 
 
4. CONCLUSÃO 
 
A partir desse trabalho foi possível identificar que a América do Sul, começou a evoluir a pouco 
tempo se comparado as demais regiões. Descobrimos que Portugal foi o primeiro a deslanchar em 
sua tecnologia marítima, devido ao seu governo estável e sua localização favorável, visto que a 
Itália era o centro comercial mais popular. 
Percebeu-se ainda que os portugueses enfrentaram algumas dificuldades em manter o comércio com 
o Oriente, sendo necessário recorrerem a África, mas este processo gerou muitos custos além de um 
desgaste físico e emocional imensurável aos marinheiros. 
Portugal buscava ouro, mas também especiarias, e foi a partir daí que começou a cultivar trigo e 
cana de açúcar, foi através dessas atividades quesua economia se fortaleceu. Mas Portugal sempre 
quis mais, e foi em busca das terras da India e acabou encontrando o Brasil. Vimos que quando os 
portugueses chegaram no Brasil encontraram muitos índios vivendo em grupos isolados, isso fez 
com que os índios se tornassem alvos fáceis dos portugueses e até se juntassem a eles, não levou 
muito tempo e Portugal tomou o Brasil para si. E por fim vimos que após alguns anos o Brasil havia 
se tornado uma colônia destinada a servir o comércio europeu economicamente. 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
DORIA, Pedro. 1565: Enquanto o Brasil nascia. Rio de Janeiro. Harper Collins, 2017. 
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo. EDUSP, 2019. 
GOMES, Laurentino. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte 
corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo. Ed. 
Planeta do Brasil, 2007. 
MESGRAVIS, Laima. História do Brasil Colônia. 1ª edição. São Paulo. Editora Contexto, 2015. 
VICENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo. Ed. Scipione, 1996

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