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CRIPTORQUIDISMO CANINO

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O criptorquidismo consiste na não migração 
de um ou ambos os testículos da cavidade 
abdominal para o escroto através do anel 
inguinal, o testículo retido pode se 
encontrar no tecido subcutâneo da área 
pré-escrotal, no abdome ou na área do anel 
inguinal. 
Tem caráter hereditário autossômico, o que 
quer dizer que embora só se manifestem 
em machos, as fêmeas podem ser 
portadoras do gene e transmitir aos filhotes 
machos. 
 
 
 
 
A incidência do criptorquidismo em cães foi 
descrita como sendo em até 5,0% 5. O 
unilateral é mais comum, ocorrendo com 
variação de 79,8 % e o bilateral 20,2%, no 
unilateral, o testículo direito é mais 
acometido que o esquerdo com incidências 
de 65,7% e 34,3%, respectivamente. 
Em ordem, as formas mais comuns de 
criptorquidismo são: testículo direito retido 
em região inguinal, testículo direito retido 
no interior da cavidade abdominal. 
Algumas raças são mais suscetíveis, tais 
como: Border Collie, Boxer, Cairn Terrier, 
Chihuaua, Buldogue Inglês, Greyhound, 
Lakeland Terrier, Maltês, Schnauzer 
Miniatura, Old English Sheepdog, Pequinês, 
Poodle Toy e miniatura, Spitz alemão (Lulu 
da Pomerânia), Pastor de Shetland 
Shepherd Dog, Husky Siberiano, Silky 
Terrier, Teckel miniatura, Whippet e 
Yorkshire Terrier. 
Dados mostram que dentro de uma mesma 
raça existe a tendência de indivíduos de 
porte menor apresentar o problema e que 
em cães sem raça definida a incidência é 
menor do que nos de raças reconhecidas. 
 
 
 
Pode-se dividir a descida dos testículos em 
três fases: primeira, chamada de migração 
intra-abdominal, ainda como feto o 
testículo que se desenvolve caudalmente ao 
rim, é tracionado em sentindo caudal pelo 
crescimento do gubernáculo; a segunda é 
chamada de migração intrainguinal em que 
a produção de andrógenos gonadais 
induzida pelo eixo hipotálamo-hipofisário é 
um fator endócrino determinante; a 
terceira fase onde há migração do testículo 
para o escroto se dá devido à regressão do 
gubernáculo, ela se inicia ao redor de 
quatro dias após o nascimento e se 
@naaramedvet 
INTRODUÇÃO 
EPIDEMIOLOGIA 
PATOGENIA 
completa até os seis meses de idade quando 
o anel inguinal deve se fechar. 
Os fatores genéticos são a causa do 
aparecimento de criptorquidismo, mas ele 
apresenta componentes endócrinos e 
extrínsecos como fatores predisponentes. 
A patogenia da doença ainda não é bem 
elucidada nos cães, alguns autores 
suspeitam que a apresentação posterior no 
momento do parto pode ser um fator 
predisponente, visto que há diminuição do 
aporte sanguíneo para a região testicular e 
retardo no fechamento umbilical que leva à 
diminuição da pressão intra-abdominal com 
consequente persistência do ligamento 
suspensório cranial do testículo do neonato. 
Outros fatores citados são: anomalias que 
levam à deficiência ou ausência de 
testosterona e alterações na inserção do 
testículo ao gubernaculo testis. 
Os sintomas apresentados pelos animais 
portadores variam de acordo com a idade e 
com a localização do testículo. 
Animais com criptorquidismo bilateral 
serão estéreis, entretanto, no 
criptorquidismo unilateral, no qual um 
testículo permanece no escroto, o animal 
será fértil, podendo apresentar uma 
oligospermia. 
O destaque principal do criptorquidismo é 
que as chances do testículo ectópico que 
não completou a descida para o escroto de 
desenvolver tecido tumoral é 13,6 vezes 
maior do que o do testículo normal. 
Os tipos histológicos mais comuns de 
neoplasia no testículo retido são o 
sertolinoma (50%), seguidos de seminoma 
(33%), teratoma e cistos dermoides. 
Modificações comportamentais como 
hipersexualidde, excitabilidade, 
irritabilidade e agressividade podem 
ocorrer no cão criptorquida, além de que as 
neoplasias podem acentuar sobremaneira 
essa alteração comportamental, além da 
diminuição da fertilidade, do alto risco de 
torção do cordão espermático e todas as 
complicações clínicas e cirúrgicas pela 
presença do tumor. 
 
 
Na inspeção visual e palpação do escroto é 
possível detectar a ausência de um ou dos 
dois testículos, devendo tomar cuidado 
para não confundir gordura escrotal e 
linfonodos inguinais com um testículo 
ectópico. 
O exame confirmatório e de eleição é a 
ultrassonografia, visto que permite 
identificar localização e possíveis alterações 
morfológicas do tecido, sendo indicado 
também que seja realizada após o sexto 
mês de idade do animal antes de 
estabelecer o diagnóstico definitivo. 
 
 
Existem relatos do uso de medicamentos 
para descida testicular, que só é indicado 
em casos que o testículo ectópico se 
encontra em local de difícil acesso cirúrgico 
e se usa o medicamento a fim de facilitar o 
procedimento de orquiectomia, pois a 
doença é de caráter hereditário e o cão 
deve ser retirado de reprodução. 
O tratamento usado para a descida é com o 
hormônio liberador de gonadotrofina 
(GnRH) ou drogas que tenham ação 
semelhante ao hormônio luteinizante, 
como por exemplo, a gonadotrofina 
coriônica humana. 
 
Referências Bibliográficas 
ABRABULL. Criptorquidismo em cães. 
Disponível em: 
http://www.abrabull.com.br/artigos/31/cri
ptorquidismo-em-caes/. Acesso em: 4 nov. 
2016. 
DIAGNÓSTICO 
TRATAMENTO 
CAC, B. et al. Criptorquidectomia em 
coelhos: modelo experimental para 
tratamento laparoscópico. Ciência Rural , 33 
(2): 331-337, 2003.

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