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148 SEÇÃO 11 Anatomia Funcional ocorre a maioria dos movimentos da escápula com relação à clavícula, e a articulação convive com grandes tensões de contato, como resultado das elevadas cargas axiais que são transmitidas através da articulação (75). A articulação AC se situa sobre o alto da cabeça do úrnero e pode funcionar como restrição óssea aos movimentos do braço acima da cabeça. A articulação está reforçada com uma cápsula densa e um grupo de ligamentos AC situados acima e abaixo da articulação (Fig. 5.2). Essencialmente, os ligamentos AC dão sustentação à articulação em situações de baixa carga e de pequenos movimentos. Junto à articu- lação AC, existe o importante ligamento coracoclavicular, que ajuda nos movimentos da escápula por funcionar como um eixo de rotação e por proporcionar apoio substancial em movimentos que necessitam de maior amplitude e deslo- camento. O cíngulo do membro superior está suspenso da clavícula por esse ligamento, que funciona como principal limitação ao deslocamento vertical (75). Outro ligamento na região que não atravessa uma articu- lação é o ligamento coracoacromial. Esse ligamento pro- tege estruturas subjacentes no ombro, podendo limitar o excessivo movimento superior da cabeça do úmero. Articulação escapulotorácica A escápula faz interface com o tórax por meio da articu- lação escapulotorácica. Essa não é uma articulação típica, que conecta osso a osso. É uma articulação fisiológica (89) com estruturas neurovasculares, musculares e bursais que permitem um movimento harmonioso da escápula no tórax (75). Na verdade, a escápula fica sobre dois músculos, o ser- rátil anterior e o subescapular, ambos conectados à escápula e movimentando-se transversalmente entre si conforme a escápula se movimenta. Por baixo desses dois músculos, está situado o tórax. São 17 os músculos que se fixam ou têm origem na escápula (75). Conforme ilustra a Figura 5.3, a escápula é um osso grande, plano e triangular com cinco bordas espes- sas (cavidade glenoidal, espinha da escápula, margens medial e lateral e processo coracoide) e duas superfícies delgadas, duras e larninadas (fossas infraespinal e supraespinal) (27). Esse osso tem duas funções principais relacionadas ao movi- mento do ombro. a primeira dessas funções, a articula- ção escapulotorácica fornece outra articulação, de modo a aumentar a rotação total do úmero com relação ao tórax (27). Isso faz que a amplitude de movimento ultrapasse os 1200 gerados exclusivamente na articulação do ombro. Durante a elevação do braço na articulação do ombro, há um grau de elevação escapulotorácica para cada dois graus de elevação do ombro (75). A segunda função da escápula é facilitar uma ala- vanca maior para os músculos que aderem a esse osso. Considerando seu tamanho e forma, a escápula propor- ciona grandes movimentos em torno das articulações AC e esternoclavicular. Pequenos músculos existentes na região podem proporcionar uma quantidade suficiente de torque para ser efetivo na articulação do ombro (27). A escápula se movimenta ao longo do tórax como con- sequência de ações nas articulações acromioclavicular e Fossa supraespinal Margem superior Cavidade glenoidal Incisura inferior ou espinoglenoidal Espinha da escápula Fossa infraespinal Margem lateral A Ãngulo inferior Processo Face articular coracoide Acrômio da clavícula Incisura supraescapular Margem superior Ãngulo superior Colo da escápula Ângulo acromial Tubérculo supraglenoidal Margem medial Corpo Margem lateral B Ângulo inferior FIGURA S.3 A escápula é um osso plano que serve como local de inserção para muitos músculos. Estão ilustradas as superfícies dorsal (A) e ventral (B) da escápula no lado direito. esternoclavicular, o que resulta numa amplitude de movi- mento total para a articulação escapulotorácica de aproxi- madamente 600 de movimento para 1800 de abdução ou flexão do braço. Cerca de 65% dessa amplitude de movi- mento ocorre na articulação esternoclavicular e 35% ocorre A / - - ...•. I I I I I I I I I I \ \ \ ,, B Elevação oeplssão c I .•..- '\ / I I I \ \ \ \ \ \ \ li '; ;o~;ç~oJ/ ~ para cima Rotação para baixo Adução~ Abdução FIGURA 5.4 Os movimentos escapulares ocorrem em três direções. A. Elevação e depressão da escápula ocorrem no ato de encolher os ombros ou quando o braço é levantado. B. Abdução (protração) e adução (retração) ocorrem quando as escápulas são afastadas ou aproximadas das vértebras, respectivamente, ou quando o braço é conduzido à frente ou atrás do corpo, respectivamente. C. A escápula também realiza rotação para cima e para baixo quando o braço levanta ou abaixa, respectivamente. orno resultado do movimento da articulação acromiocla- vicular (89). A clavícula funciona como uma manivela para a escápula, com movimentos de elevação e rotação para elevá-Ia. O movimento da escápula na articulação acromioclavicu- lar pode ocorrer em três direções, conforme ilustra a Figura - .4. A escápula pode se mover nos sentidos anterior e pos- erior com relação a um eixo vertical; esses movimentos são chamados protração ou abdução e retração ou adução, respectivamente. Protração e retração ocorrem quando o acrômio se movimenta sobre o menisco na articulação e uando a escápula realiza rotação em torno do ligamento oracoclavicular medial. Pode ocorrer cerca de 30 a 50° de rotração e retração da escápula (73). O segundo movimento da escápula ocorre quando a sua ase oscila nos sentidos lateral e medial no plano frontal. Essas ações são denominadas rotação para cima e para aixo. Esse movimento se dá quando a clavícula se movi- menta sobre o menisco na articulação e quando a escápula realiza rotação em torno da parte trapezoide do ligamento coracoclavicular lateral. Esse movimento pode ocorrer ao ongo de uma amplitude de movimento de aproximada- mente 60° (89). CAPíTULO 5 Anatomia Funcional do Membro Superior 149 O terceiro e último movimento potencial, ou grau de liberdade, é o movimento da escápula para cima e para baixo, chamado elevação e depressão. Esse movimento ocorre na articulação AC e não é auxiliado por rotações em torno do ligamento coracoclavicular. A amplitude de movimento na articulação AC para elevação e depressão é de aproximadamente 30° (73,89). Os movimentos da escápula também dependem do movimento e da posição da clavícula. Os movimentos na articulação esternoclavicular são opostos aos movimentos na articulação AC para elevação, depressão, protração e retra- ção. Exemplificando, quando ocorre elevação na articulação acromioclavicular, ocorre depressão na articulação esterno- clavicular, e vice-versa. Isso não é válido para a rotação, visto que a clavícula realiza rotação na mesma direção ao longo de seu comprimento. A clavícula de fato realiza rotação em direções diferentes para acomodar os movimentos da escápula: anteriormente com protração e elevação e poste- riormente com retração e depressão. Articulação do ombro A última articulação no complexo do ombro é a articu- lação do ombro, ilustrada na Figura 5.5. Os movimentos na articulação do ombro estão representados pelos movi- mentos do braço. Esta é uma articulação esferoidal sinovial, que oferece a maior amplitude de movimento e potencial de mobilidade entre todas as articulações do corpo. A articulação contém uma pequena cavidade rasa cha- mada cavidade glenoidal. Essa cavidade tem apenas um quarto do tamanho da cabeça do úmero que deve nela se encaixar. Uma das razões pelas quais o ombro é apropriado para mobilidade extrema é a diferença de tamanho entre a cabeça do úmero e a pequena cavidade glenoidal na escápula (4). Em qualquer momento considerado, apenas 25% a 30% da cabeça do úmero estará em contato com a cavidade gle- noidal, mas isso não leva necessariamente a um movimento excessivo porque, no ombro normal, a cabeça do úmero fica limitada a algo em torno de 1 a 2 mm do centro da cavidade glenoidal pelos músculos (75). Estabilidade da arti(ula~ão do ombro Tendo em vista que existe mínimo contato entre a cavidade glenoidale a cabeça do úmero, a articulação do ombro depende muito das estru- turas ligamentares e musculares para sua estabilidade. A estabilidade é proporcionada por componentes estáticos e dinâmicos, que propiciam contenção e orientação e mantêm a cabeça do úmero na cavidade glenoidal (4,75). Os estabilizadores estáticos passivos incluem a superfície articular, o lábio glenoidal, a cápsula articular e os ligamen- tos (15,75). A superfície articular da cavidade glenoidal tem forma ligeiramente achatada e uma cartilagem articular mais espessa na periferia, criando uma superfIcie para interface com a cabeça do úmero. A articulação também está com- pletamente vedada, o que proporciona sucção e resistência a forças de luxação em baixas cargas (75). A cavidade articular fica aprofundada por uma borda de fibrocartilagem conhecida como lábio glenoidal. Essa estrutura recebe reforço suplementar dos ligamentos e dos 150 SEÇÃO II Anatomia Funcional Processo coracoide A Acrômio Supraespinal Tendão do supraespinal Bolsa subacromial -----j'----7"" Tubérculo menor Tubérculo maior -t---ff- Tendão da cabeça longa do bíceps Cabeça do úmero Tubérculo m . Sulco intertubercular Cabeça do úmero , I \ \, Tubérculo menor' Colo anatômico Colo cirúrgico \ Tuberosidade do músculo deltoide Tuberosidade do músculo deltoide Crista supraepicondilar lateral Sulco do nervo radial Crista supraepicondilar medial Crista supraepicondilar medial Localização do nervo ulnar Fossa radial Fossa coronóidea Epicôndilo medial Epicôndilo medialCapítulo do úmero Tróclea do úmero Epicôndilo lateral Fossa do olécrano Tróclea do úmeroB cCôndilo 'do úmero FIGURA 5.5 A cabeça do úmero articula com a cavidade glenoidal da escápula, formando a articulação do ombro. Estão ilustrados os pontos - referência do complexo do ombro (A) e as superfícies anterior (B) e posterior (C) do úmero. 152 SEÇÃO 11 Anatomia Funcional Rotação lateral 90' Flexão horizontal ~135' Extensão horizontal ~ 45' 135 0 "f VISTA DE CIMA FIGURA 5.7 O ombro possui uma amplitude de movimento considerável. O braço pode se movimentar ao longo de 180° de flexão ou abdução, 60° de hiperextensão, 75° de hiperadução, 90° de rotação medial e lateral, 135° de flexão horizontal e 45° de extensão horizontal. 90° de abdução pode fazer rotação somente até 90° (11). Finalmente, o braço pode se mover transversalmente ao corpo em uma posição elevada por 135° de flexão horizontal ou adução e 45° de extensão horizontal ou abdução (89). CARACTERíSTICAS DOS MOVIMENTOS COMBINADOS DO COMPLEXO DO OMBRO Na seção anterior, examinamos o potencial motor de cada articulação. Esta seção examinará o movimento do Amplitude de movimento necessária no ombro e no cotovelo Amplitude de Amplitude de movimento do movimento do Atividade ombro cotovelo Pentear os 20° a 100° de 115° de flexão cabelos elevação, com 37,7° de rotação Comer 36° 116° de flexão, com uma com 33° de colher pronação Ler 57,5° de 20° de flexão elevação com com 102° de 5° de rotação pronação Magemans, D. J., et aI. (2005). Requirements for upper extremity motions during activities of daily living. Clinical Biomechanics, 20:591-599. complexo do ombro como um todo - o que é denominado às vezes como ritmo escapuloumeral. Conforme dito anteriormente, as quatro articulações do complexo do ombro devem trabalhar conjuntamente, em uma ação coordenada para criar os movimentos do braço. Em qualquer momento que o braço é elevado em flexão ou abdução, há movimentos escapulares ou claviculares concomitantes. A escápula deve fazer rotação para cima a fim de permitir flexão e abdução completas na articulação do ombro, e a clavícula deve se elevar e fazer rotação para cima a fim de permitir o movimento escapular. A Figura 5.8 mostra uma vista posterior da relação entre o braço e os movimentos da escápula. os primeiros 30° de abdução, ou nos primeiros 45 a 60° de flexão, a escápula se movimenta em direção à coluna vertebral ou afastando-se dela em busca de uma posição de estabilidade no tórax (73). Depois de ter sido obtida a estabilização, a escápula se movimenta nos senti- dos lateral, anterior e superior nos movimentos descritos como rotação para cima, protração ou abdução e elevação. Na clavícula, também ocorre rotação posterior, elevação e protração, enquanto o braço se movimenta em flexão ou abdução (20). Nos primeiros estágios de abdução ou flexão, os movi- mentos ocorrem principalmente na articulação do ombro, exceto quanto aos movimentos estabilizadores da escápula. Depois de 30° de abdução ou 45 a 60° de flexão, a relação entre os movimentos glenoumeral e escapular passa a ser de 5:4. Ou seja, ocorrem 5° de movimento umeral para cada 4° de movimento escapular no tórax (67,73). Para a amplitude de movimento total ao longo de 180° de abdu- ção ou flexão, a relação entre os movimentos glenoumeral e escapular passa a ser de 2:1; assim, a amplitude de movi- mento de 180° é gerada por 120° de movimento glenou- meral e 60° de movimento escapular (29). As ações das articulações que contribuem para o movimento escapular são 20° produzidos na articulação AC, 40° produzidos na articulação esternoclavicular e 40° de rotação posterior da clavícula (20). --~ I \ ~\,-, ..' FIGURA 5.8 O movimento do braço é acompanhado por movimentos do cíngulo do membro superior. A relação operacional entre os dois é conhecida como ritmo escapulourneral. O braço pode se movimen- tar somente até 30° de abdução e 45 a 60° de flexão com mínimos movimentos da escápula. Depois de ultrapassados esses pontos, os movimentos da escápula ocorrem de modo concomitante aos movimentos do braço. Para 180° de flexão ou abdução, aproximada- mente 120° de movimento ocorrem na articulação do ombro e 60° de movimento ocorrem como resultado do movimento da escápula sobre o tórax. Quando o braço realiza abdução de 90°, o tubérculo maior na cabeça do úmero se aproxima do arco coraco- acromial, a compressão do tecido mole começa a limitar uma maior abdução e o tubérculo entra em contato com o acrômio (20). Se o braço fizer rotação lateral, poderão ocorrer mais 30° de abdução, quando o tubérculo maior é deslocado de sua posição debaixo do arco. A abdução fica ainda mais limitada, podendo ocorrer somente até 60° com a rotação medial do braço, visto que o tubérculo maior fica mantido sob o arco (20). A rotação lateral acompanha a abdução até cerca de 1600 de movimento. Do mesmo modo, a abdução completa não pode ser atingida sem alguma extensão da parte superior do tronco como auxílio ao movimento. AÇÕES MUSCULARES A inserção, a ação e a inervação para cada músculo indi- vidual da articulação do ombro e do cíngulo do membro superior estão delineadas na Figura 5.9. A maioria dos rnús- ulos na região do ombro são estabilizadores e também executam movimentos. Nesta seção, são apresentadas as interações especiais entre os músculos. CAPíTULO 5 Anatomia Funcional do Membro Superior 153 Os músculos que contribuem para a abdução e flexão do ombro são semelhantes. O deltoide gera cerca de 50% da força muscular para elevação do braço em abdução ou flexão. A contribuição do deltoide aumenta com o aumento da abdução. O músculo é mais ativo ao longo de 90° a 180° (66). Contudo, foi demonstrado que o deltoide é mais resis- tente à fadiga na amplitude de movimento de 45° a 90° de abdução, o que torna bastante popular essa amplitude de movimento nos exercícios de elevação do braço. Quando o braço se eleva, o manguito rotador (redondo menor, subescapular, infraespinal, supraespinal) também desempenha um papel importante, visto que o deltoide não pode abduzir ou flexionar o braço sem estabilização da cabeça do úmero (89). O manguito rotador como um todo é também capaz de gerar flexão ou abdução com cerca de 50% da força normalmente gerada nesses movimentos (29). Nos primeiros estágios da flexão ou abdução do braço, a linha de tração do deltoide é vertical; assim, o músculo é ajudado pelo supraespinal, que produz abdução enquanto, ao mesmo tempo, comprime a cabeça doúmero e opõe resistência ao movimento superior da cabeça do úmero pelo deltoide. Os músculos do manguito rotador se contraem em grupo para comprimir a cabeça do úmero e manter sua posição na cavidade glenoidal (65). Os músculos redondo menor, infraespinal e subescapular estabilizam o úmero em elevação, pela aplicação de uma força para baixo. O latís- simo do dorso também se contrai de forma excêntrica para ajudar na estabilização da cabeça do úmero e aumenta em atividade à medida que o ângulo aumenta (42). A interação entre o deltoide e o manguito rotador em abdução e flexão está ilustrada na Figura 5.10. A força inferior e medial do manguito rotador permite que o deltoide eleve o braço. Acima de 90° de flexão ou abdução, a força do manguito rotador diminui, deixando a articulação do ombro mais vul- nerável a lesões (29). Contudo, um dos músculos do man- guito rotador, o supraespinal, permanece dando importante contribuição acima de 90° de flexão ou abdução. Na mais alta amplitude de movimento, o deltoide começa a tracio- nar a cabeça do úmero para baixo e para fora da cavidade articular, criando assim uma força de subluxação (73). O movimento ao longo de 90° a 180° de flexão ou abdução depende da rotação lateral na articulação. Se o úmero reali- zar rotação lateral de 20° ou mais, o bíceps braquial também poderá promover abdução do braço (29). Quando o braço se encontra abduzido ou flexionado, o cíngulo do membro superior deve fazer protração ou abdu- ção, elevação e rotação para cima acompanhada de rotação clavicular posterior para manter a cavidade glenoidal numa posição ideal. Conforme mostra a Figura 5.U, o serrá til anterior e o trapézio funcionam como um par de forças para a criação dos movimentos lateral, superior e rotacional da escápula (29). Essas ações musculares ocorrem após o deltoide e o redondo menor terem iniciado a elevação do braço e continuam até 180°, com a maior atividade muscu- lar na faixa de 90° a 180° (66). O serrátil anterior também é responsável por manter a escápula junto à parede torá- cica e prevenir qualquer movimento da margem medial da escápula em afastamento do tórax. 1S4 SEÇÃO 11 Anatomia Funcional Esternocleidomastóideo Clavícula Subclávio Processo coracoide Peitoral menor Subescapular Coracobraquial Deltoide Bíceps braquia/: Cabeça longa Cabeça curta ASPECTO ANTERIOR Trapézio Levantador da escápula Romboide menor Supraespinal Espinha da escápula Romboide maior Infraespinal Deltoide Tríceps braquia/: Cabeça curta Cabeça longa , I Latíssim6/ do dorso lécrano -. ASPECTO POSTERIOR FIGURA 5.9 Músculos que atuam na articulação do ombro e no cíngulo do membro superior, aspectos anterior (acima) e posterior (abaixo). Juntamente com a inserção e a inervação, os músculos responsáveis pelos movimentos percebidos (MP) e os músculos auxiliares (Aux.) estão citados na tabela na próxima página. Se o braço for lentamente abaixado, produzindo-se adu- ção ou extensão dele com simultâneas retração, depressão e rotação do cíngulo do membro superior para baixo com rotação da clavícula para a frente, as ações musculares serão excêntricas. Portanto, o movimento é controlado pelos mús- culos previamente descritos na seção sobre abdução e flexão do braço. Contudo, se o braço for abaixado de forma enér- gica, ou se for abaixado contra uma resistência externa (p. um aparelho de pesos), a ação muscular será concêntrica. uma adução OLl extensão concêntrica contra re . cia externa como, por exemplo, durante uma braçada natação, os músculos responsáveis pela criação dessas a - articulares são: latíssimo do dorso, redondo maior e esternal do peitoral maior. O redondo maior tem ativi (O texto continua na p. 1:;- Rotoção Rotaçao medial do lateral do Flexão do Extensão do Abdução do Adução do ombro ou ombro ou ombro ou ombro ou ombro ou ombro ou rotação da rotação da Abdução Adução elevação da depressão abdução da adução da escápula escápula horizontal horizontal Músculo Inserção Inervação escápula da escápula escápula escápula para cima para baixo do ombro do ombro Bíceps Tubérculo supragle- Nervo Aux.: Ombro braquial noidal; processo musculocutâ- coracoide ATt a neo; C5, C6 tuberosidade do rádio Coracobraquial Processo coracoide da Nervo museu- MP: Ombro Aux.: Ombro MP: Ombro escápula ATt a super- locutâneo; C5, fície medial adjacente C6,C7 à tuberosidade do músculo deltoide Deltoide Terço lateral da Nervo axilar; MP: Ombro MP: Ombro MP: Ombro MP: Ombro MP: Ombro MP: Ombro MP: Ombro clavícula; acrômio; C5, C6 (apenas partes (apenas parte (todas as três (apenas parte (apenas parte (apenas parte (apenas parte espinha da escápula acromial e espinal do partes) clavicular do espinal do espinal do clavicular do ATt a tuberosidade do clavicular do deltoide) deltoide) deltoide) deltoide) deltoide) músculo deltoide no deltoide) úmero Infraespinal Fossa infraespinal ATt Nervo MP: Ombro Aux.: Ombro o tubérculo maior no subescapu- () úmero lar; C5, C6 ~ "Latíssimo Processo espinhoso Nervo MP: Ombro MP: Ombro MP: Ombro ::::;'c do dorso das vértebras torácicas toracodorsal; O 6-12, L1-L5; costelas C6-C8 u. inferiores 3-4; crista ~ ilíaca; ângulo inferior :::Ili da escápula Ars o Õ sulco intertubercular 3 no úmero õ'... Levantador Processo transverso de Plexo cervical via MP: Escápula Aux.: Aux.: c :::I "da escápula C1-C4 ATt o ângulo C3, C4; nervo Escápula Escápula õ' superior da escápula escapular dorsal; :::I!!.. C5 Q. MP: Ombro MP: Ombro Aux.: Ombro MP: Ombro o Peitoral maior Clavícula; esterno, Nervo peitoral MP: Ombro ~ costelas 1-6 ATt o medial; C6-C8 (apenas parte (apenas parte ., tubérculo maior do esternocosta I) esternocostal) 3IT úmero, sulco .. o intertubercular CIIc Peitoral menor Costelas 3-5 ATt o Nervo torácico MP: Escápula MP: Escápula MP: Escápula "U.,.. processo coracoide anterior - ramo õ' medial; C8, T1 .. (continua) -(li FIGURA 5.9 (CONTINUAÇÃO) (li Rotação Rotação VI medial do lateral do O- Flexão do Extensão do Abdução do Adução do ombro ou ombro ou ombro ou ombro ou ombro ou ombro ou rotação da rotação da Abdução Adução C/lm elevação da depressão abdução da adução da escápula escápula horizontal horizontal -()». Músculo Inserção Inervação escápula da escápula escápula escápula para cima para baixo do ombro do ombro O =Romboide Processo espinhoso Nervo dorsal da MP: Escápula MP: Escápula MP: Escápula de O, Tl-T5 ATÉ a escápula; C5 ~::I margem medial da 11Õ escápula 3 Serrátil Costelas 1-8 ATÉ o Nervo torácico MP: Escápula MP: Escápula MP: Escápula õ' ." anterior lado inferior da escá- longo; C5-0 c:::I pula, ao longo da nõ' margem medial ::Is, Subclávio Cartilagem costa I da Plexo braquial; Aux.: Escápula costela 1 ATÉ o lado C5,C6 inferior da clavícula Subescapular Fossa subescapular Nervo subesca- MP: Ombro ATÉ o tubérculo pular; C5-0 menor no úmero Supraespinal Fossa supraespinal da Nervo subesca- MP: Ombro escápula ATÉ o tubér- pular; C5, C6 culo maior do úmero Redondo Superfície posterior da Nervo subesca- Aux.: Ombro Aux.: Ombro Aux.: Ombro maior escápula no ângulo pular; C5, C6 inferior ATÉ a crista do tubérculo menor do úmero Redondo Margem lateral da Nervo axilar; MP: Ombro MP: Ombro menor escápula posterior ATÉ C5,C6 o tubérculo maior no úmero Trapézio Osso occipital; liga- Nervo acessório MP: Escápula MP: Escápula MP: Escápula MP: Escápula mento nucal; processo - parte espinhal (parte descen- (parte ascen- espinhoso de C1-T12 do 11° nervo dente) dente) ATÉ o acrômio; craniano; C3, espinha da escápula; C4 clavícula lateral Tríceps Tubérculo infragle- Nervo radial; Aux.: Ombro Aux.: Ombro braquial noidal na escápula; 0,C8 (cabeça longa) (cabeça diáfise medioposterior longa) do úmero; diáfise infe- rior do úmero ATÉ o olécrano- FIGURA 5.9 (CONTINUAÇÃO) CAPíTULO 5 Anatomia Funcional do Membro Superior 159 Grupo muscular Flexores/abdutores do ombro Extensores/adutores do ombro Exemplo de exercício de alongamento Exemplo de exercício de fortalecimento I Outros exercícios Elevação frontal de haltereElevação lateral de haltere Puxada pela frente na polia alta Puxada com os braços retos Rotadores do ombro Rotação lateral Rotação medial FIGURA 5.14 Exemplos de exercícios de alongamento e fortalecimento para grupos musculares selecionados. Desenvolvimento militar Desenvolvimento de ombro Remada alta Levantamento frontal e lateral Desenvolvimento sentado com halteres Puxada na barra com mãos pronadas Puxada na barra com mãos supinadas Puxador com cabos Coçar as costas Rotação lateral e medial com cabos 160 SEÇÃO II Anatomia Funcional Grupo muscular Exemplo de exercício de alongamento Encolhimento de ombro com halteres Exemplo de exercício de fortalecimento Outros exercícios Levantadores do cíngulo do membro superior Abdutores do cíngulo do membro superior t Encolhimento de ombro com haltere de barra Encolhimento de ombro sentado Remada em pé na polia Adutores do cíngulo do membro superior FIGURA 5.14 (CONTINUAÇÃO) Remada em pé Pul/over com halteres Remada em decúbito ventral Flexão de braços no solo Voador (f/y) de pé Exercícios com saco de areia Remada sentada Remada unilateral com halteres