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Fisiologia Respiratória 1

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Fisiologia Respiratória 1
 Questão 1.
1- O fluxo ocorre porque quando há variação no volume, que é causado pela pressão transpulmonar. Essa força na parede do pulmão leva ao aumento do seu volume e, assim, ocorre uma queda na pressão do alvéolo, que fica menor do que a pressão atmosférica (considerando que ela está constante). Assim, o gás entra nos pulmões e a força continua sendo exercida na parede pulmonar, que continua aumentando seu volume por um tempo. Quando essas pressões entrarem em equilíbrio novamente, o fluxo vai parar. Assim, a força de retração pulmonar, vai reduzir o volume do pulmão que vai gerar um aumento de pressão a ponto de ficar maior que a pressão atmosférica. Com isso, o ar vai sair dos pulmões e a força de retração pulmonar vai manter a pressão alveolar maior. Quando todo o ar tiver saído, a pressão alveolar e a pressão atmosférica entram em equilíbrio e o volume do pulmão fica normal. Os músculos inspiratórios vão gerar uma movimentação da caixa torácica, que gera uma pressão intrapleural negativa, que leva a expansão do volume alveolar de modo a culminar em uma pressão alveolar negativa por descompressão e a força motriz para gerar fluxo. 
2-Na curva volume-fluxo de indivíduos com doenças respiratórias obstrutivas, como a asma, há restrição do fluxo de ar, por uma redução da luz do sistema de condução, aumentando a resistência e a pressão. Durante a expiração, os alvéolos vão colabar, causando obstrução no fluxo de ar, fazendo com que a expiração dure mais tempo para que possa expulsar esse volume de ar que está a uma alta pressão. Esses indivíduos inspiram menos ar, expiram menos ar ainda em um tempo maior se comparado a indivíduos saudáveis. Logo, a curva de volume-fluxo é mais baixa e na parte que reapresente a expiração é quase uma curva em forma de C, diferentemente de indivíduos saudáveis que é praticamente uma reta. 
3- Na curva volume-tempo de indivíduos com doenças respiratórias obstrutivas, a capacidade vital forçada e o volume expirado são menores se comparados as curvas de um indivíduo saudável. Isso ocorre porque houve uma diminuição do fluxo de ar e , assim, é preciso aumentar a pressão pleural negativa para manter a velocidade do fluxo inspiratório. Logo, como os brônquios tendem a colapsar na expiração, eles tendem a reter o ar e, por isso, o volume expiratório é menor e no início da inspiração o pulmão já está hiperinsuflado, o que explica a baixa capacidade vital. Além disso, a expiração não é mais passiva e depende da contração ativa de músculos respiratórios. A razão entre o volume expirado e a capacidade vital será reduzida. 
 Questão 2.
1-A complacência pode informar se o indivíduo possui algum distúrbio respiratório. Por exemplo, se a complacência está aumentada, pode estar relacionada a alguma doença obstrutiva pulmonar, como enfisema, que, quando há aumento da pressão, o pulmão aumenta muito seu volume se comparado a indivíduos saudáveis. Por exemplo, se a complacência está aumentada, pode ser indício de uma doença pulmonar restritiva, como a fibrose, em que o volume do pulmão varia pouco quando há mudança na pressão. 
2- Na curva volume-fluxo de um indivíduo com doença restritiva, como a fibrose, há diminuição da complacência e aumento da elastância, representando, consequentemente, uma maior dificuldade de variar o volume mediante ao aumento da pressão e capacidade maior de voltar ao seu volume original. Logo, há redução do volume pulmonar e pouco ar é mobilizado e pouco ar é expulso.
3- Na curva volume-tempo de um indivíduo com doença restritiva, como a fibrose, a capacidade vital e o volume expirado diminuem, porém o volume expirado diminui pouco. Logo, a razão entre volume expirado e capacidade vital forçada aumenta. Isso ocorre porque em doenças restritivas a complacência é diminuída, ou seja, o pulmão varia menos de volume quando aumenta a pressão se comparar com um indivíduo saudável. 
Questão 3. O surfactante é uma substância decretada pelos pneumócitos do tipo 2, que tem a função de diminuir a tensão superficial, diminuindo a interface ar-água. Os alvéolos maiores vão ter maior pressão porque estão interagindo menos com as moléculas de água e os alvéolos menores vão ter mais moléculas surfactante quebrando a interação entre as moléculas de água, diminuindo a pressão. Dessa forma, as pressões ficam equivalentes e o fluxo se distribui de forma homogênea e na hora da desinsuflação não há tendência de o alvéolo maior transferir o ar para os alvéolos menores. Porém, com a ausência de surfactante, os alvéolos maiores vão transferir o ar para os alvéolos menores, visto que suas pressões não estão equilibradas porque não teve o surfactante para quebrar as interações entre as moléculas de água para diminuir a pressão. Logo, esses alvéolos vão ficar colapsados e por transferirem o ar, precisando de muita pressão para abrir esses alvéolos, o que gasta muito energia, de modo a aumentar o trabalho. 
Questão 4. A importância do ajuste correto do parâmetro ventilação-minuto está relacionado a quantidade de volume corrente e a frequência respiratória, visto que o produto desses dois fatores é igual a ventilação-minuto. O baixo volume corrente significa que pouco volume de ar está sendo mobilizado, ainda mais porque uma parte vai para o espaço morto, onde não há trocas gasosas. Dessa forma, a ventilação alveolar não é favorecida. O aumento da frequência respiratória está relacionada à hipoventilação, caracterizada pela grande quantidade de fluxo, porém o mesmo não chega aos alvéolos e, portanto não há trocas gasosas. Logo, o ajuste ideal seria aumentar o volume corrente e diminuir a frequência respiração, para que o fluxo chegue os alvéolos e haha troca gasosa. Também o tubo deve ser considerado como um espaço morto, para além do espaço morto do pulmão, sendo incluindo na conta para que o ajuste seja realizado de maneira correta.
Questão 5. Na posição anatômica (em pé, face voltada pra frente, membros superiores e inferiores estendidos, palmas das mãos e dedos dos pés voltados para frente) a ventilação não é distribuída de maneira homogênea por causa da gravidade. Ela puxa o pulmão para baixo, que arrasta a caixa torácica. Assim, o ápice fica mais distante da pleura e a base fica mais perto da pleura e, consequentemente, pressão intrapleural do ápice é maior que da base. Através da equação: pressão transpulmonar = pressão alveolar - pressão intrapleural é possível perceber que no ápice a pressão transpulmonar é maior que na base, logo os alvéolos da ápice tem um maior volume e, portanto, uma menor complacência. Assim, os alvéolos que estão no ápice, que já estão exapandidos, tem menor volume para expandir e os alvéolos da base que têm menor volume têm um maior volume para expandir. Assim, os alvéolos da base recebem mais ventilação. Esse efeito da não uniformidade da ventilação é menor quando a pessoa está em decúbito ventral e é menor ainda quando está em decúbito dorsal, esse último porque o diafragma é empurrado para cima quando a pessoa está nessa posição, o que afeta o tamanho de todos os alvéolos, melhorando a homogeneidade.
Questão 6. Nos alvéolos com ventilação/perfusão infinita há fluxo de ar entrando, porém não há fluxo sanguíneo circulante entre os alvéolos e, assim, não há trocas gasosas e a pressão de oxigênio e de gás carbônico nos alvéolos se equipara ao mesmo desses gases na pressão atmosférica. Uma forma de regulação local seria a obstrução dos alvéolos pela musculatura lisa por bronquioconstrição, facilitando, assim, o colabamento dos alvéolos por redução da produção de surfactante dos pneumócitos do tipo 2. 
Questão 7. Nos alvéolos com ventilação/perfusão igual a zero não há fluxo de ar entrando, mas ainda há circulação de sangue entre os alvéolos. A pressão parcial de oxigênio no alvéolo torna-se igual a do sangue e a pressão parcial de gás carbônico no alvéolo torna-se igual a do sangue porque não houve difusão. Logo, sem dessas trocas, há vasocontrição dos vasos.
Questão 10. Quando há diminuição de pressão degás oxigênio e aumento de pressão de gás carbônico arterial, há ativação dos quimiorrecptores. Os quimiorreceptores centrais são mais sensíveis ao aumento de gás carbônico, visto que esse ultrapassa a barreira hematoencefálica e chega no líquido cérebroespinhal e, assim, afeta o pH desse líquido. Porém, como esse indivíduo possui essa doença crônica seus quimiorrecptores centrais estão adaptados, visto que como a alta pressão de gás carbônico é constante, algumas células aumentam a produção de bicarbonato para aumentar essa maior acidez. Assim, o pH desse liquidado volta à normalidade e, dessa forma, não há ativação dos quimiorrecptores e, portanto, não há aumento da ventilação. Então, apenas os quimiorrecptores periféricos, que são mais sensíveis à diminuição de pressão de gás oxigênio, induzem o aumento da ventilação. Portanto, se é dado uma oxigenoterapia a 100% para esses indivíduos, eles podem sofrer uma parada respiratória, visto que o estímulo químico para a ventilação é eliminado.

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