HIPEREMIA E CONGESTÃO

Prévia do material em texto

HIPEREMIA E CONGESTÃO
Patologia II
2019.2
INTRODUÇÃO
● Hemorragia: extravasamento de sangue para fora do vaso.
● Hiperemia: aumento do fluxo de sangue arterial, promovendo uma melhora da oxigenação
do tecido afetado.
● Congestão: aumento do fluxo de sangue venoso, prejudicando a oxigenação do tecido
afetado.
CONCEITO
Consiste no aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos de um órgão ou território
orgânico, sendo que se o sangue em questão for arterial tem-se hiperemia, se for venoso tem-se
congestão.
HIPEREMIA
É um processo ativo, em que aumenta-se a chegada de sangue ao órgão/tecido = aumento do
influxo, devido à dilatação arteriolar.
Causas: podem ser fisiológicas ou patológicas.
● Fisiológicas:
○ Digestão;
■ Popularmente chamada de “congestão”: o sangue se concentra na região
do TGI para promover a absorção/digestão, no momento que a pessoa vai
fazer atividade física o sangue acaba se direcionando para os membros,
isso causa um mal-estar.
○ Exercícios físicos;
○ Reflexo na ira e na vergonha;
○ Excitação
● Patológicas:
○ Paralisação dos nervos vasoconstritores (hiperemia neuroparalítica);
■ É secundário a uma patologia pré-estabelecida, por exemplo a ação de um
vírus com tropismo por tecido nervoso (herpes) ou a paralisia de Bell
(paralisia facial).
○ Estímulo dos nervos vasodilatadores (febre, hiperemia neurotônica).
○ Agente físicos (traumas) ou químicos (envenenamento por Hg)
○ Reações inflamatórias (liberação de histamina, serotonina e prostaglandina, são
vasodilatadores)
Morfologia:
● Macroscopia: tecido vermelho vivo => eritema.
● Microscopia: vasos arteriais dilatados e cheios de hemácias.
Consequências:
● Formação de um edema discreto.
● Aumento do metabolismo e defesa dos locais frente à infecção (útil ao organismo)
CONGESTÃO
É um processo passivo, em que diminui-se a saída de sangue do órgão/tecido = retardo do efluxo
de sangue de determinado órgão ou tecido. Decorre da redução da drenagem venosa.
Causas: podem ser locais ou sistêmicas
● Locais:
○ Oclusão da luz venosa por trombo
○ Torção de alça intestinal, ovário ou testículo
○ Encarceramento de hérnias
○ Compressão venosa por tumor
● Sistêmicas:
○ Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC): formação de edema por aumento pressão
hidostática.
○ Insuficiência Cardíaca Direita: ação retrógrada = o sangue não está circulando de
maneira adequada, então vai se acumular.
■ Manifestações: edema de cabeça e pescoço; estase da veia jugular; edema
de membros superiores e inferiores; fígado em noz moscada
● O sangue não circulando corretamente vai se acumular no fígado,
isso leva à um aumento da pressão hidrostática, com saída de
plasma e também de hemácias, os macrófagos residentes do fígado
vão fagocitar a porção heme das hemácias, deixando livre as partes
férricas, o que justifica a coloração do fígado.
○ Insuficiência Cardíaca Esquerda: o sangue não está saindo do pulmão e não
consegue alcançar a corrente circulatória geral (VE), então vai se acumulando.
○ Congestão pulmonar aguda: formação de edema decorrente do extravasamento de
líquido por aumento da pressão hidrostática.
○ Congestão pulmonar crônica: hemossiderose, decorrente do extravasamento de
hemácias.
Fases
● Aguda:
○ Macroscopia: tecidos de coloração vermelho-azulada
○ Microscopia: vasos venosos cheios de hemácias.
● Crônica:
○ Macroscopia: tecidos de coloração ferruginosa/acastanhada.
■ Extravasamento de hemácias => fagocitose local das hemácias => digestão
da hemoglobina => acúmulo local de hemossiderina => coloração.
○ Microscopia: macrófagos com pigmento de hemossiderina.
Consequências:
● Alterações do metabolismo celular (por impedir a chegada do sangue arterial):
degeneração hidrópica por falta de oxigenação e diminuição do metabolismo por
diminuição da disponibilidade de ATP.
● Esteatose: déficit na conjugação de gorduras e proteínas, com consequente deposição em
órgãos, o colesterol principalmente nas artérias, e os triglicerídeos no fígado, levando à
esteatose.
● Atrofia: em consequência da diminuição de disponibilidade de oxigênio as células se
adaptam, diminuem suas organelas ou morrem.
● Edema (aumento da pressão hidrostática)
● Substituição do parênquima: sem oxigenação as células principais (parênquima) são
substituídas por células do estroma, o que diminui a função do órgão.