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3 Teoria do Crime - Fato Tipico

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Teoria do Crime
CONCEITO ANALITICO DE CRIME:
· Fato Típico (conduta + resultado + nexo causal + tipicidade)
· Antijurídico – é presumida diante da tipicidade
· Culpabilidade (Imputabilidade + PCI + ECD)
FATO TÍPICO: 
Teorias:
Clássica/Causal/Mecanicista: ótica cientifica, causa e efeito... a conduta é mera ação voluntária que gera mudança no mundo exterior.
	Fato típico = conduta + resultado + nexo + tipicidade
		Conduta = ação e vontade (não considera o dolo)
	Antijuridicidade = 
	Culpabilidade = Imputabilidade + Dolo (normativo) ou Culpa
	(Teoria psicológica da culpabilidade – dolo e culpa são psíquicos)
- O conceito é sempre tripartido (FT + A + C)
Neokantista (causalista neoclássica): Os pressupostos são da teoria clássica, mas a conduta deixa de ser uma ação e passa a ser um comportamento voluntário que causa modificação no mundo exterior (ação ou omissão). 
	Fato Típico = Conduta (comportamento sem dolo ou culpa) + resultado + nexo + tipicidade
	Culpabilidade: Imputabilidade + Dolo normativo + ECD
Finalista (Hans Welzel – sec. XX):
A conduta humana é uma ação dirigida a uma finalidade.
	Fato típico: Conduta (dolo (natural) + culpa) + resultado + nexo + tipicidadeCulpabilidade vazia = é a culpabilidade sem dolo ou culpa da teoria finalista!
	Antijuridicidade:
	Culpabilidade: Imputabilidade + ECD + PCI
Teoria Cibernética (Welzel): conduta dirigida a um fim não ilícito. 
Teoria Social da Conduta: 
A conduta é comportamento dirigido a um fim socialmente reprovável. 
Elemento sociológico é o responsável por adaptar a realidade.
Fato típico = Conduta (elemento sociológico) + r + nc + t
Antijuridicidade = 
Culpabilidade = I + ECD + PCI
Teorias Funcionalistas (modernas):
:
CONDUTA:
Elementos:
- Comportamento voluntário dirigido a um fim (dolo ou culpa)
- Exteriorização da vontade (comportamento que externa o elemento psíquico)
Causas de exclusão da conduta:
- Caso fortuito ou força maior: imprevisibilidade ou inevitabilidade.
- Estado de inconsciência completa: sonambulismo ou hipnose.
- Movimentos reflexos: reação motora automática a um estimulo externo.
Obs.: ação em curto circuito – ação impulsiva e volitiva onde há conduta.
- Coação física irresistível (vis absoluta): 
	Coação FISICA irresistível
	Coação MORAL irresistível
	Vis absoluta
	Vis compulsiva
	Ausência de vontade
	Inexigibilidade de conduta diversa
	Exclui a conduta Fato típico
	Exclui a culpabilidade 
RESULTADO: 
Naturalístico: causa um resultado no mundo exterior (crimes materiais). Nem todos os crimes possuem (crimes formais, tentados, omissivos próprios e mera conduta). 
Jurídico ou Normativo: lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico tutelado pela norma penal.
TODO CRIME SEMPRE TEM RESULTADO JURÍDICO.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
DOLO:
Art. 18 - Diz-se o crime: 
Crime doloso 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
· Integra a conduta
· Elemento psicológico (subjetivo) do tipo penal
· Elementos: vontade (elemento volitivo) + consciência (elemento cognitivo/intelectivo).
Teorias:
1. Da vontade: agir de acordo com a vontade (explica o dolo direito).
2. Da Representação ou possibilidade: é doloso se o resultado for previsível (não é aceita no direito; lembra a culpa consciente). 
3. Consentimento (assentimento ou anuência): o dolo tem vontade de produzir o resultado e quando assume o risco (dolo eventual).
ESPÉCIES DE DOLO:
1. Dolo Natural (Incolor): elemento volitivo e intelectivo
2. Dolo Normativo (Colorido): Consciência, vontade e CONSCIENCIA ATUAL DA ILICITUDE. 
3. Dolo direito: vontade dirigida a um fim determinado – art. 18.
4. Dolo Indireto (indeterminado): 
	4.1 Dolo Alternativo: o agente prevê a possibilidade de diversos resultado e dirige a produção de qualquer deles. (sempre responde pelo resultado mais grave – ainda que na modalidade tentada). 
	4.2 Dolo Eventual: o agente prevê a possibilidade de vários resultados e se dirige a produção do menos grave, mas assume o risco (responde pelo resultado alcançado). [É um crime material por natureza por que precisa do resultado para acontecer]. “Seja como for, dê no que der, em qualquer caso não deixo de agir.”
5. Dolo de propósito (refletido): dolo que o agente pensa, crimes premeditados.
6. Dolo de Ímpeto (repentino): conduta sob o domínio de violenta emoção. (art. 65,III, C – atenuante genérica).
7. Dolo genérico: o tipo penal não exige uma finalidade. 
8. Dolo específico: o tipo penal exige uma finalidade especial. 
9. Dolo Geral ou por Erro sucessivo: o agente busca um resultado, alcança de maneira diferente do que pensou.
10. Dolo presumido ou in re ipsa: presume-se o dolo do agente apesar de não haver comprovação de sua participação ou autoria. Não é aceito, pois o direito penal brasileiro não admite a responsabilidade objetiva do agente.
11. Dolo Antecedente, Inicial ou Preordenado: é o dolo antes da prática. Não é relevante, pois deve haver dolo durante os atos executórios. É levado em consideração na embriaguez preordenada. 
12. Dolo Atual ou Concomitante: durante os atos executórios.
13. Dolo subsequente: o crime já aconteceu, e o dolo persiste. É irrelevante. 
14. Dolo de Primeiro Grau: é o dolo direto com consciência e vontade. É o almejado pelo agente. 
15. Dolo de Segundo Grau (consequências necessárias): é o dolo de efeitos colaterais, pois o resultado buscado pelo agente atingirá outros bens jurídicos. 
	Dolo de 2º grau
O resultado colateral é certo e necessário
	Dolo eventual
O resultado é incerto, desnecessário, eventual.
16. Dolo de 3º grau: é a consequência da consequência. Não é muito aceito. 
Cespe: Em relação ao crime doloso, o Código Penal adota a teoria da vontade para o dolo direto e a teoria do assentimento para o dolo eventual.
CULPA: 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Para o crime ser culposo é necessário que esteja previsto no tipo penal.
Em regra, os crimes são previstos em tipos penais abertos.
Culpa: conduta voluntária dirigida a um fim lícitos resultado ilícito e involuntário. A conduta poderia ser evitada se tivesse sido prevista. 
O crime culposo não admite tentativa. 
	Obs: Culpa imprópria admite tentativa. 
Elementos da Culpa:
Comportamento humano voluntário: por meio de ação ou omissão, o comportamento pode ser ilícito, mas não tem a finalidade de alcançar o resultado naturalístico ocorrido.
Violação do dever de cuidado objetivo: inerente à sociedade.
	Imprudência (culpa in agendo) – o agente pratica a ação sem o dever objetivo de cuidado. 
	Negligência (culpa in omitindo) – o agente deixa de agir de algum modo antes da conduta. 
	Imperícia – é a culpa profissional por falta de aptidão técnica. O agente está autorizado pra exercer a atividade, mas não possui conhecimento técnico. Se o agente não tem autorização, será punido a titulo de dolo eventual. 
Resultado naturalístico involuntário: em regra os crimes culposos são crimes materiais e precisam de mudança no mundo exterior. Exceto o art. 38 da Lei de drogas (prescrever culposamente drogas, sem que delas necessite o paciente).
Nexo entre conduta e resultado: decorre da conditio sine qua non – art. 13 CP. 
Tipicidade: é necessário que haja a previsão na lei da modalidade culposa.
Previsibilidade objetiva: é necessário que fosse possível prever o resultado de acordo com o homem médio. 
Espécies de culpa: 
1. Culpa Inconsciente – o agente não prevê o resultado, é irrelevante porque o homem médio poderia ter previsto o resultado. 
2. Culpa Consciente – o agente prevê o resultado, mas acredita que o resultado não irá ocorrer. 
	Culpa consciente
	Dolo eventual
	O agente prevê o resultado, mas confia na sua habilidade de que o resultado não vai acontecer.
	O agente prevê o resultado, masacredita que não irá produzi-lo, mas não se importa se ele vier a ocorrer.
	Obs.: a análise é feita a partir do caso concreto e não do psicológico. 
3. Culpa Indireta ou Mediata: o resultado ocorre a partir de uma segunda ação / prévia que gerou a possibilidade e ocorrência do resultado. A relação precisa ser eficiente.
4. Culpa Presumida (in re ipsa): responsabilização objetiva. Não é admitida.
5. Culpa Própria: art. 18 – espécie comum de culpa. 
6. Culpa Imprópria: o agente prevê o resultado e deseja produzi-lo, mas por erro evitável o agente supõe uma situação que não existe, se existisse justificaria sua ação. Há a intenção (dolo), mas o agente responde na modalidade culposa, por razões de política criminal. Admite tentativa. 
Descriminantes putativas 
Art. 20 § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. CULPA IMPRÓPRIA!
Obs.: 
O direito brasileiro não admite a compensação de culpas. 
O direito brasileiro admite a concorrência de culpas. 
A culpa exclusiva da vitima exclui a culpa. 
Causas de Exclusão da Culpa:
Caso fortuito ou Força maior – imprevisível.
Principio da confiança – dever objetivo de cuidado. 
Erro profissional – a ciência ainda não se desenvolveu as técnicas.
Risco tolerado – inerente à sociedade. 
Cespe: A culpa imprópria ocorre nas hipóteses de descriminantes putativas em que o agente, em virtude de erro evitável pelas circunstâncias, dá causa dolosamente a um resultado, mas responde como se tivesse praticado um delito culposo.
RESULTADO AGRAVADOR – PRETERDOLO:
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
São crimes complexos, pois atinge outro bem jurídico.
Tipos: 
1) Dolo na conduta antecedente + Dolo no resultado agravador. Ex. latrocínio. 
2) Dolo na conduta antecedente + Culpa no resultado agravador (PRETERDOLO). Ex. tortura qualificada pela morte; lesão corporal seguida de morte. 
3) Culpa na conduta antecedente + culpa no resultado agravado. Ex. crime culposo de perigo comum – explosão. 	
4) Culpa na conduta antecedente + Dolo no resultado agravador. Obs.: Alguns doutrinadores entendem que não é possível. Ex. 303 §1º CTB – não prestar socorro. 
Crime Preterdoloso: dolo na conduta + culpa no resultado agravador. 
· É uma figura hibrida. 
· Não é cabível a tentativa. 
· O resultado mais grave e involuntário deve ser previsível. 
· A culpa não é presumida. 
NEXO CAUSAL: relação entre conduta e resultado. Pertinência apenas em crimes materiais. 
 Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 	
TEORIAS:
1) Teoria da Equivalência dos antecedentes (conditio sine qua non): 
Causa é toda conduta humano sem o qual o crime não teria ocorrido. 
Processo hipotético de eliminação de Thyrren: elimina as condutas e se o crime acontecer então é causa. 
A crítica em relação a esta teoria é a ocorrência de regressos infinitos.
A limitação da responsabilização infinita: analisa os critérios objetivos e o Dolo e a Culpa. 
2) Teoria da Causalidade Adequada (condição qualificada): 
Causa é fato antecedente indispensável e adequado à produção do resultado. Analisa a probabilidade.
Adota no CP apenas na Concausa superveniente independente (art. 13 §1º)
Superveniência de causa independente
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
CONCAUSAS: 
Causa (conduta ou fato).
Causas absolutamente Independentes: 
Conduta Principal Resultado C.A.I = rompe o nexo causal e o agente responde somente pelos atos praticados.
a) preexistente: 	Rompe com o Nexo Causal & o agente responde só pelos atos praticados.
b) Concomitante: 
c) Superveniente: 
Causas relativamente independentes: 
Conduta principal Resultado C.R.I = as condutas se somam e são necessárias para o resultado naturalístico. Não rompe o nexo causal e o agente é responsabilizado pelo resultado. 
a) preexistente: NÃO ROMPEM COM O NEXO CAUSAL!
b) Concomitante: 
c) Superveniente: 
Superveniente que não produz por si só o resultado: Teoria da equivalência dos antecedentes (13, caput) – o agente responde pelo resultado.
Superveniente que, por si só, gerou o resultado: teoria da causalidade adequada (13 §1º) – o agente só responde pelos atos praticados. 
3) Teoria da Imputação Objetiva: NÃO ESTÁ PREVISTA NO CP!
Busca limitar a responsabilização penal analisando apenas os elementos objetivos (conduta, resultado, nexo causal e tipicidade), não analisa dolo e culpa. Uso de critérios para eliminar o nexo causal. 
Requisitos: A JURISPRUDÊNCIA TEM ADOTADO! STJ HC 46525/2006
Equivalência dos antecedentes 
Imputação objetiva 
Criação ou aumento de risco: não há nexo quando o risco é irrelevante ou há diminuição. 
Risco proibido pelo direito: não há nexo quando o risco é permitido; adequação social da conduta; criação do risco pela própria vitima; e proibição do regresso. 
O risco foi realizado no resultado: não há nexo quando o resultado decorre de danos tardios; dano resultando de choque; ações perigosas de salvamento; comportamento indevido posterior de terceiro. 
Dolo ou culpa
CRIMES OMISSIVOS: 
Crimes comissivos: conduta positiva (ação)
Crimes omissivos: conduta negativa (não fazer)
· Próprios: o tipo penal descreve uma omissão. São unissubsistente (um ato) e não admitem tentativa. Em regra, são crimes dolosos. 
Ex. art. 135 – omissão de socorro; 269 – omissão de notificação de doença; 299 – falsidade ideológica; 319 – prevaricação; art. 13 (estatuto do desarmamento) crime omissivo próprio na modalidade culposa. 
· Impróprios: são crimes comissivos praticados nas condições do art. 13 §2º.
DEVER JURIDICO DE AGIR: 
Art. 13 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
Dever legal:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
O termo lei deve ser entendido em sentido amplo (lei, decreto, CF).
Garante: 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
Decorre de negocio jurídico, contrato, promessa, relação de confiança. 
Ingerência: 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
TIPICIDADE: adequação da conduta ao tipo penal.
Teoria Indiciária – presunção de que se há tipicidade há antijuridicidade. 
· Formal ou Legal: adequação da conduta ao tipo penal da lei.
· Material: efetiva lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal. 
· Princípio da Insignificância 
Classificação: 
Tipo simples: só há um verbo (ex. homicídio – 121)
Tipo misto: 2 ou mais verbos do tipo penal 
	Cumulativo: 2 verbos responde duas vezes – concurso de crimes (ex. 198 CP);
	Alternativo: várias condutas e basta que pratique qualquer delas. (ex. 33 LDD). 
Subordinação Imediata: conduta se adequa perfeitamente ao tipo penal.
Subordinação mediata: conduta não se adequa perfeitamente ao tipo, sendo necessária a aplicação de outra norma integrativa ou de extensão. (art. 14, II – 29 CP – 13§2º).
Tipicidade Conglobante: Criada por Zaffaroni. Ela é aceita, mas não é aplicada. Uma forma de excludente de ilicitude. A conduta não pode ser fato típico se não viola o ordenamento jurídico.
Tipicidade = formal + Conglobante (tipicidade material + antinormatividade).
	- Antinormatividade: analise da conduta que é contrario aos demais ramos do direito (ordenamento jurídico). 
Cespe: Segundo a teoria da tipicidade conglobante, o exercício regular do direito, o estrito cumprimento do dever legal, a legítima defesa e o estado de necessidade deixam de ser excludentes de ilicitude e passam a ser excludentes de tipicidade, pois, se o fato é direitoou dever legal, legitimamente protegido pela norma, não pode estar descrito também, paradoxalmente, como infração penal. E
Contraria a norma; 
Provocar lesão ou perigo de lesão;
Ser antinormativa (outros ramos do direito). 
ITER CRIMINIS e CONSUMAÇÃO: 
Fases: 
Interna: Cogitação (está na cabeça do agente) – nunca é punível. 
(idealização – debilitação – resolução). 
*premeditação: é a organização para o delito. 
Externa: Atos preparatórios (condições para a realização do delito) – em regra não são punidos, exceto se o ato preparatório constitui um crime; ou crimes obstáculos (ex. associação criminosa, incitação ao crime) atos executórios (exteriorização da conduta por meio de atos) – é punível. Consumação (art. 14, i CP). | Exaurimento (esgotamento do crime) – não integra o iter criminis. Pode influenciar na dosimetria da pena. 
TENTATIVA, CONATUS, crime manco, crime imperfeito ou incompleto: 
Tentativa 
Art. 14, II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Pena de tentativa 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. 
Ocorre durante os atos executórios. É necessário ao menos o inicio. Até a finalização dos atos. 
Elementos da tentativa:
· Prática dos atos executórios;
· Ausência de consumação por circunstâncias alheias a vontade do agente;
· Dolo voltado para a consumação do delito;
· Resultado possível.
Natureza jurídica: causa obrigatório de diminuição de pena. O quantum é decidido pelo juiz. Norma de extensão ou ampliação da conduta. Subordinação mediata. 
Teorias: 
Subjetiva (voluntaria ou monista): leva em consideração o dolo do agente. A punição deve ser igual ao do crime consumado. Alcança os atos preparatórios. 
Impressão ou Objetiva-subjetiva: ): leva em consideração o dolo do agente limita o alcance aos atos preparatórios. Excepcionalmente o CP adota no p.u art. 14 nos crimes de atentado ou empreendimento (352 e 309 CP).
Sintomática: considera a periculosidade do autor (direito penal do autor).
Objetiva, realística ou dualista: considera a proximidade da consumação e a prática de atos executórios. 
Quantum: 1/3 a 2/3 quanto mais próximo da consumação, menor a diminuição. Quanto mais longe da consumação, maior a diminuição. 
Obs: competência do Jecrim até 2 anos a pena. 
Classificações:
	Imperfeita, Inacabada, ou propriamente dita 
	É interrompido durante os atos executórios. 
	Perfeita, acabada, o crime falho.
	Inicio da execução, utiliza TODOS os meios, mas não consuma por circunstancias alheias. 
	Cruenta (vermelha)
	O objeto material é atingido, mesmo que não alcance o resultado. 
	Incruenta (branca)
	O objeto material não é atingido. 
	Idônea (propriamente dita).
	O resultado jurídico pode ser atingido, consumado. 
	Inidônea (CRIME IMPOSSIVEL)
	É impossível que o resultado jurídico se consuma.
Obs: o agente não é punido!
Obs: é possível tentativa nos crimes de ímpeto e nos crimes com dolo eventual. 
Obs: Crimes puníveis apenas na modalidade tentada: crimes contra a segurança nacional – arts. 9º e 11. 
Obs: Crimes que não admitem tentativa:
· Contravenção: art. 4º LCP. Não é punível a tentativa de contravenção. 
· Crimes culposos: pois não há dolo de consumação. Exceto nos crimes omissivos impróprios.
· Crime condicionado ou com resultado vinculado: o crime está condicionado a um resultado. 
· Crimes habituais: reiteração dos atos criminosos.
· Crime Omissivo Próprio ou Puro: o crime é unissubsistente, não dá pra fracionar o iter criminis. 
· Crimes unissubsistente: se consumam com um único ato. 
· Crimes Preterdoloso: dolo na conduta e culpa no resultado.
· Crime de atentado ou empreendimento: a tentativa está descrita no próprio tipo penal.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA e ARREPENDIMENTO EFICAZ:
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
 Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
A DV e o AE interrompem o iter criminis pela própria vontade do agente. Somente responde pelo atos já praticados.
Desistência voluntária = tentativa abandonada / tentativa qualificada / ponto de ouro. 
Interrupção dos atos executórios pela manifestação VOLUNTÁRIA do próprio agente, o qual poderia ter prosseguido na execução do delito.
Formula de Frank
DV = posso prosseguir, mas não quero!
Tentativa = quero prosseguir, mas não posso!
Arrependimento Eficaz = conduta voluntária do agente, que impede a produção do resultado, após ter praticado todos os atos executórios. 
· É compatível com a tentativa perfeita ou acabada.
· É compatível somente com crimes materiais. 
DV e AF:
· Voluntariedade e Eficácia 
· Não exige espontaneidade (da cabeça do agente)
· Irrelevância dos motivos
· Efeitos: responsabilização dos atos realizados.
Obs: não é aplicável nos crimes culposos.
Natureza Jurídica: Exclusão da tipicidade x Extinção da Punibilidade
STJ: causa exclusão da tipicidade!
ARREPENDIMENTO POSTERIOR:
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Arrependimento posterior = ponto de prata.
Natureza jurídica: causa obrigatória de diminuição de pena.
Aplicação: crimes com efeitos patrimoniais.
Obs: pode aplicar nos crimes contra a administração publica.
Requisitos:
· Crime sem violência ou grave ameaça.
· É cabível se a violência for culposa ou contra a coisa.
· Reparação do dano ou restituição.
· Deve ser PESSOAL e INTEGRAL.
· STJ RHC 56387 / STF HC 98658
· Limite temporal até o RECEBIMENTO da denúncia.
· Após o recebimento é uma atenuante.
· Voluntariedade (não precisa ser espontânea).
Obs: a recusa da vitima em receber a reparação integral é irrelevante!
Diminuição de 1/3 a 2/3 leva em conta a celeridade e voluntariedade genuína do agente. 
Obs: em caso de concurso de pessoa e um deles se arrepende e restitua a coisa se estende aos coautores e participes (é uma condição de natureza objetiva).
Casos específicos: 
· Peculato Culposo (312 §3º) – reparação do dano até o TEJ extingue a punibilidade.
· Crime de Menor Potencial Ofensivo – composição civil dos danos extingue a punibilidade. 
CRIME IMPOSSÍVEL: 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Meio: ineficácia absoluta do meio e absoluta impropriedade do objeto.
Denominações: crime oco, quase crime, tentativa inidônea, inadequada, impossível.
Natureza Jurídica: causa exclusão da tipicidade.
Espécies: 
· Ineficácia absoluta do meio: refere-se ao meio de execução do delito; para que haja crime impossível o instrumento deve ser ABSOLUTAMENTE ineficaz para o alcance do resultado almejado. Para averiguar a ineficácia absoluta do meio, deve-se analisar o caso.
· Impropriedade absoluta do objeto: o objeto material recai sobre a conduta criminosa; o objeto é inexistente ou o objeto não alcança o resultado.
Não se configura crime impossível: 
· Súmula 567 STJ – sistema de câmera de vigilância e segurança.
· REsp 1.340.747 – crime de roubo, se já perpetrada a violência ou grave ameaça contra a pessoa. 
Teorias:
· Subjetiva: considera a intenção do agente. O agente responde pela tentativa. Não reconhece o crime impossível.
· Sintomática: considera a periculosidade do agente. Direito penal do autor. Responde pela tentativa.
· Objetiva: considera no mínimo o perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal. 
· Objetiva Pura: não há tentativa se a inidoneidade do meio for absoluta ou relativa. Não pune nem pela tentativa. 
· Objetiva Temperada: art. 17 CP.
CRIME PUTATIVO: 
É diferente de crime impossível. 
É crime imaginário ou erroneamente suposto.
O agente acredita estar praticando um crime, mas o fato não corresponde a qualquer tipo penal. 
Espécies: 
· Erro de tipo: o agente acreditaestar praticando crime, mas faltam elementos do tipo penal. Forma de crime impossível por impropriedade absoluta do objeto. 
· Erro de proibição (delito de alucinação ou crime de loucura): o agente supõe que a conduta praticada é típica, mas é um indiferente penal. Ex. furto de uso. 
· Obra do agente provocador: crime de ensaio, flagrante provocado, flagrante preparado – um agente induz outro a praticar crime para apreender, mas torna impossível a consumação. Também é considerada crime impossível. Súmula 145 STF. 
	Crime Impossível
	Crime Putativo
	Causa excludente da tipicidade
	Fato atípico

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