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Cricotireoidostomia - Resumo

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@flashmedcards Juliana Reichmann T8 
Cricotireoidostomia 
- Definição: é um método cirúrgico usado em emergências médicas, quando o suporte ventilatório impõe-se como 
medida extrema para preservar a vida. Juntamente com a intubação, este é um dos métodos mais rápidos para abrir 
as vias aéreas através de orificio aplicado na infraglote, restabelecendo a ventilação nos pacientes que podem evoluir 
rapidamente para hipóxia. 
- Indicações: Urgência e emergência, principalmente no paciente politraumatizado com lesões maxilofaciais graves, 
na qual a intubação não é possivel ou é contraindicada. 
- Contraindicações: Neoplasia maligna da laringe; Crianças abaixo de 10 anos, pelo risco de lesar as cordas vocais; Não 
deve ser utilizada eletivamente para acesso prolongado das vias aéreas (superior a 48h). 
- Técnica: 
• Paciente em decúbito dorsal horizontal, com o pescoço em extensão (coxim abaixo do pescoço). 
• Assepsia e antissepsia do campo operatório. 
• Palpação da fúrcula esternal, membrana cricotireoidea e cartilagem tireóidea 
• Caso o paciente esteja consciente, utilizar anestesia local (xilocaína com vasoconstritor) 
• Estabiliza-se a cartilagem tireóidea com a mão esquerda (polegar e médio, dedo indicador sobre a cartilagem 
tireóidea) para incisar horizontalmente sobre a membrana cricotireoidea. Não há ganho significativo numa 
incisão vertical, e se for realizada profundamente pode envolver as cartilagens cricoide e/ou tireoide. 
• Inserir uma pinça de Halsted (mosquito) ou um dilatador traqueal dentro da incisão e dilatá-la. Essa manobra 
é suficiente para providenciar uma via aérea imediata para um paciente com obstrução supraglótica. Cuidados 
devem ser tomados para não ferir a cartilagem ou as cordas vocais. 
• Inserir a cânula pela incisão na traqueia, em sentido caudal. 
• Conectar a válvula na cânula, inflar o cuff e ventilar o paciente com oxigênio a 100%, observando os 
movimentos dinâmicos e ruídos respiratórios. 
• OBS: Toda cricotireoidostomia dever ser convertida para uma traqueostomia o quanto antes ou em até 72h 
horas. 
- Ilustrações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Local de incisão Palpação das cartilagens para 
identificação do espaço 
Isolamento e definição da 
membrana cricoide 
@flashmedcards Juliana Reichmann T8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Complicações: Hemorragia; Condrite; Estenose de glote, subglote e laringe; Laceração do esôfago e traqueia; 
Paralisia das cordas vocais. 
Existe ainda a cricotireoidostomia por punção, que só deve ser realizada em situações extremas onde não é possível a 
técnica aberta 
- Técnica: 
• Colocar o paciente em decúbito dorsal com hiperextensão do pescoço; 
• Palpar o espaço cricotireoideo para orientação; 
• Montar o equipamento necessário (jelco de calibre número 12 ou 14, 8,5 cm e Seringa 5 a 10 mL); 
• Preparar a área a ser puncionada; 
• Estabilizar a cartilagem tireoide com a mão esquerda (dedo polegar e médio, usando o indicador para palpar 
a membrana cricotireoidea) e manter a estabilização; 
• Puncionar a pele na linha média com a agulha conectada à seringa, diretamente sobre a membrana, isto é, na 
linha média sagital 
• Direcionar a agulha em ângulo de 45 o caudalmente, aplicando pressão negativa na seringa; 
• Inserir cuidadosamente a agulha através da metade inferior da membrana, aspirando à medida em que a 
agulha avança (aspiração de ar significa penetração de luz da traqueia); 
• Remover a seringa e retirar a agulha ao mesmo tempo em que se avança o cateter para baixo, tomando 
cuidado para não perfurar a parede posterior da traqueia; 
• Conectar o tubo de oxigênio no cateter e fixa-lo ao pescoço; 
• OBS: Só se consegue oxigenação adequada por curto espaço de tempo (apenas com intuito de ganhar tempo 
para obter uma via aérea definitiva). 
- Complicações: hemorragia, asfixia, aspiração (sangue), enfisema subcutâneo ou de mediastino, criação de falso 
trajeto, pneumotórax, perfuração de traqueia, mediastino ou esôfago, lesão de corda vocal, aspiração de conteúdo 
gástrico, rotura de laringe; mais tardiamente pode ocorrer estenose subglótica ou traqueal, aspiração, fístula traqueo-
esofágica, mudança na voz, infecção, sangramento, traqueomalácia. 
 
Abertura da via aérea Inserção da cânula, incialmente virada 
com a ponta para cima. Girar no 
sentido da via aérea ao alcançar a luz 
da traqueia 
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