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SERVIÇOS PÚBLICOS ● Busca atender as necessidades coletivas. Atividade prestacional. Serviço de titularidade exclusiva do Estado: ele próprio executa ou delega por meio de lei/contrato. Serviço de titularidade compartilhada (ex: art 199 e 209, CF): pode prestar o serviço o Estado ou particular, sem necessidade de delegação. Existem serviços indelegáveis. ● Princípio da continuidade do SP: é um dos princípios setoriais. Pede que o serviço seja contínuo (art. 6, p. 1o da lei 8987/95; art. 22 do CDC). Art. 6o, parágrafo 3o, II da lei 8987/95: pode cair. Possibilita a suspensão do serviço por inadimplência do usuário. É preciso estar atento a necessidade de aviso prévio, ou seja, tem que notificar o pagador, e que seja por débitos atuais (súmula 194 e 198 do TJ/RJ). Débitos pretéritos são anteriores a 3 meses e não levam a suspensão. Houve um conflito de normas entre o art. 22 do CDC e o dispositivo da lei 8987/95 e o STJ decidiu pela prevalência do segundo, tendo em vista o critério da especialidade. STJ diz que trata-se de um serviço "uti singuli" remunerado por tarifa, que tem natureza facultativa, ou seja, a pessoa opta pelo serviço ou não. Suspensão de serviço por falta de pagamento de taxa não pode ocorrer, porque tratam-se de serviços de natureza compulsória. Serviços prestados por concessionárias são pagos mediante tarifa e não taxa, taxa geralmente está associado a serviços fornecidos pelo próprio Poder Público (ex: taxa de incêndio, é um serviço que está sempre à disposição e deve ser pago regularmente). Argumentos para impossibilidade de suspensão: 1) princípio da dignidade da pessoa humana: núcleo duro, rígido e essencial dos direitos fundamentais. Ao retirar um serviço tido por essencial, a dignidade da pessoa humana é afetada 2) p. da continuidade do SP: pro serviço ser adequado precisa ser contínuo. 3) vedação de cobrança vexatória (art. 42, CDC): a concessionária tem outros meios para realizar a cobrança, não precisa utilizar um meio coercitivo. 4) p. da vedação ao retrocesso (art. 5, XXXII, CF): o CDC veio atender a uma norma constitucional que trata-se de um direito fundamental, negar vigência ao CDC é aniquilar um DF e negar vigência da própria constituição, por isso seria um retrocesso. ● Art. 6o, parágrafo 2o fala do princípio da atualidade. Lei 13460/17 (código de defesa do usuário do SP, vem regulamentar art. 37, parágrafo 3o, I da CF. Lei 14015/20 altera a lei 13460/2017 e a lei 8987/95 (acrescentou o parágrafo 4o). ● Se uma concessionária está executando um serviço e causa um dano ao usuário e terceiros, ela que responde de forma objetiva e primária (art. 13 e 14, CDC; art. 37, p. 6o, CF, art. 25 de lei 8987/95). Caso fortuito interno é um risco inerente a atividade desenvolvida, então não dá pra alegar. O máximo que pode haver é responsabilidade subsidiária do Estado se não tiver êxito na primeira ação.