Buscar

CANDIDÍASE ORAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Ana Comin 
CANDIDÍASE ORAL 
ESTOMATOLOGIA I 
Há na cavidade oral mais de 500 espécies de 
microrganismos, comensais, que podem, a depender da 
situação bucal, tornar-se patogênicos. As infecções 
fúngicas são provocadas por Candida spp. 
Dos fungos do gênero Candida, a espécie albicans é a 
mais prevalente, sendo a mais patogênica. 
 
Os fungos oportunistas: 
 P o d e m t o r n a r - s e patológicos quando 
existem condições que favoreçam seu 
crescimento, quando, por exemplo, o paciente 
encontra-se imunossuprimido. 
A evidência clínica ou não de infecção depende 
provavelmente de três fatores gerais: 
 
1. Estado imunológico do hospedeiro; 
2. Ambiente da m u c o s a b u c a l e m q u e s t ã o ; 
3. R e s i s t ê n c i a d a C a n d i d a a l b i c a n s . 
 
 A candidose oral é considerada por alguns 
autores a lesão mais comum d os te cid os 
moles na cavida de buca l . O s 
m i c r o r g a n i s m o s p o d e m d e s e n v o l v e r -
s e e m q u a l q u e r superfície da mucosa. 
 Geralmente aparece em crianças, ou em casos de 
pacientes com doenças que geram alguma 
debilidade oportuna, como câncer, AIDS, 
paracoccidioidomicose. 
 O alcoolismo, uso prolongado de 
imunossupressores ou corticoides, carência 
nutricional e doenças sistêmicas como diabetes, 
são fatores que podem ser levados em 
consideração quanto a susceptibilidade à doença. 
 
Áreas mais comuns: 
 Língua, mucosa jugal, palato mole/duro. 
 Pode acometer orofaringe. 
 Pode ainda, acometer mucosas: intestinais e 
vaginais. 
TRANSMISSÃO: 
Normalmente é passado de pessoa para pessoa por meio 
do contato direto. Um bom exemplo de prática que 
favorece essa transmissão é o beijo, mas o contato 
sexual também pode ser o responsável pelo contágio. 
 
CLINICAMENTE: 
O paciente pode apresentar: 
 Sensação de secura na boca; 
 Rachaduras em toda a cavidade oral; 
 Surgimento de lesões avermelhadas; 
 Lesões brancas por toda a boca; 
 Desenvolvimento de uma secreção de cor branca, 
com aspecto de queijo; 
 Dor para engolir; 
 Redução do apetite; 
 Náuseas e vômitos; 
 Sensação de inchaço na garganta. 
TIPOS DE CANDIDOSE ORAL: 
PSEUDOMEMBRANOSA: 
 “Sapinho” é seu nome popular. É a mais comum. 
 Associada a antibióticos/baixa imunidade. 
 Placas semelhantes a leite coalhado, de caráter 
esbranquiçado. 
 As les ões sã o ca ra cte rizadas por pla cas ou 
nódulos brancos, de consistência variável, 
podendo suas bordas apresentarem-se 
eritematosas. Podem ser assintomáticas ou pode 
haver queixa de dor ou ardência (SILVA, BORNSZTEIN, 
1998). 
Figura 1: Lesões brancas assintomáticas formadas 
por bordas pseudomembranosas localizadas ao 
longo da língua. PACIENTE HIV positivo. 
 
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana 
(HIV) pode se manifestar por meio de vários 
sinais e sintomas. Uma delas, é a candidíase 
pseudomembranosa. 
ERITEMATOSA: 
 Forma primária da lesão em boca. 
 Sensibilidade intensa. 
 Numerosas erosões em boca. 
 Ana Comin 
 É subclassificada em atrófica aguda, ao se observar 
atrofia das papilas filiformes e sensação de 
queimação após o uso de antibióticos de amplo 
espectro; e atrófica crônica, chamada de estomatite 
protética, que aparece como petéquias 
hemorrágicas em região em contato com prótese 
removível. 
 A queimação é acompanhada pela perda das papilas 
filiformes no dorso da língua, gerando aquele 
aspecto avermelhado e “careca”. 
 Já a Glossite Romboidal Mediana é notada pela 
presença de atrofia papilar central, bem demarcada, 
na linha média do dorso da língua. 
 Pacientes que apresentam quadro de xerostomia 
têm chances aumentadas de candidíase 
eritematosa. 
 Outras formas de candidose eritematosa 
normalmente são assintomáticas e crônicas, como a 
atrofia papilar central da língua (ou glossite 
romboidal mediana), sendo uma zona eritematosa 
com limites nítidos, geralmente devido à perda das 
papilas filiformes, na linha média da região posterior 
do dorso lingual. Em outras superfícies orais é 
chamada de candidíase multifocal crônica. 
 
QUEILITE ANGULAR: 
Caracteriza-se por eritema, fissuras e descamação 
envolvendo as comissuras labiais, sendo comum em 
pessoas idosas com perda da dimensão vertical de 
oclusão e sulcos acentuados nas comissuras. A saliva 
tende a se acumular nessas áreas, mantendo-as úmidas e 
propiciando a infecção por fungos. Em situações, raras, 
candidose mais extensa pode envolver a pele perioral, 
geralmente devido à hábitos que mantêm a pele úmida 
(lamber o lábio, chupar o dedo), criando um padrão 
clinico chamado de queilocandidíase. 
HIPERPLÁSICA: CRÔNICA: 
CCH é uma variante distinta de infecção por Candida por 
normalmente apresentar displasia epitelial. 
A lesão, CCH, pode variar de lesões nodulares pequenas 
a placas brancas homogêneas não removíveis à 
raspagem. 
DIAGÓSTICO E TRATAMENTO: 
 Seu diagnóstico é clínico, com o manejo da 
semiotécnica de raspagem e confirmação 
citológica. 
 O tratamento é feito com nistatina, oral, 
suspensão ou pomada. 
 O cetoconazol é indicado via sistêmica, para 
lesões crônicas e disseminadas. 
 O prognóstico geralmente é favorável. 
REFERÊNCIAS: 
CASTRO, Acyr Lima. Estomatologia. 3ª edição. 
Livraria Santos Editora com. Imp. Ltda SP. 2000. 
Cavassani, Valdinês Gonçalves dos Santos et al. 
Candidíase oral como marcador de prognóstico em 
pacientes portadores do HIV. Revista Brasileira de 
Otorrinolaringologia [online]. 2002, v. 68, n. 5 
[Acessado 17 Julho 2021], pp. 630-634. Disponível 
em: <https://doi.org/10.1590/S0034-
72992002000500005>. Epub 02 Dez 2002. ISSN 
0034-7299. https://doi.org/10.1590/S0034-
72992002000500005. 
Cotran MD, Kumar V, Collins T. Robbins Patologia 
Estrutural e Funcional. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan; 2002:221,339,681. 
Galletta, Vivian Cunha et al. Candidose hiperplásica 
em palato desenvolvida por contato à glossite 
romboide mediana. Brazilian Journal of 
Otorhinolaryngology [online]. 2010, v. 76, n. 1 
[Acessado 17 Julho 2021] , pp. 137. Disponível em: 
<https://doi.org/10.1590/S1808-
86942010000100023>. Epub 16 Mar 2010. ISSN 
1808-8686. https://doi.org/10.1590/S1808-
86942010000100023. 
Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Oral 
& Maxillofacial Pathology. 2nd ed. Editor Saunders; 
2002. p.189-99,788-91. 
RIBEIRO, RL. Candidíase oral: do diagnóstico ao 
tratamento. Local Odonto. Disponível em: 
https://localodonto.com.br/candidiase-oral-
diagnostico-tratamento/. Acesso em: 17 jul. 2021. 
Souza, TA, Guedes, T., Carvalho, É.D., Angela, 
Monteiro, X., Silva, TA, & Honorato, E. 
(2019). LESÕES ORAIS EM PACIENTE COM 
 Ana Comin 
INFECÇÃO POR VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA 
HUMANA (HIV): RELATO DE CASO.

Continue navegando