Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL ALAN R F PAZ JÚNIOR PASSO FUNDO 2021 HIPERSENSIBILIDADE A DROGAS Relembrando: ◉ Mácula: lesão cutânea plana menor que 1 cm de diâmetro ◉ Mancha: lesai cutânea plana maior que 1 cm de diâmetro ◉ Pápula: saliência elevada com menos de 1 cm ◉ Placa: lesões palpáveis elevadas acima da superfície cutânea maiores que 1 cm ◉ Nódulo: pápla firme e maior com uma dimensão vertical significativa. ◉ Pústula: é uma pápula contendo fluido purulento ◉ Vesícula: é uma pápula contendo um fluido claro e seroso ◉ Bolha: é uma vesícula maior, > 1 cm ◉ Uurticária: é uma pápula ou vergão. O termo enxatema maculopapular indica uma erupção cutânea de lesões planas e elevadas Eritema nodoso é a reação cutânea secundária mais comum ao uso de drogas. Eritema tóxico é uma resposta cutânea a colonização bacteriana da pele. Farmacodermias: principais causas de atendimento na emergência, os medicamentos que mais causam farmacodermias são as sulfas, atbs, analgésicos e tranquilizantes. 80% das reações a drogas são previsíveis, geralmente dose- dependentes, as reações não previsíveis independem da dose e não são relacionadas à ação farmacológica da droga. Reações não imunulógicas Reações imunológicas Previsiveis: ◉ Superdosagem, efeitos colaterais, distúrbio ecológico, teratogenia Não previsíveis: ◉ Intolerância (toxicidade em doses habitualmente não tóxicas) ◉ Derivados da quinina: zumbido em alguns indivíduos ◉ Idiossincrasia: quadro diferente da ação esperada (prometazina Reações do tipo 1 – dependente de IgE: ◉ Reações a penicilina ◉ Urticária, enxatemas e anafilaxia Reações do tipo 2 – mecanismo citotóxico: ◉ Formação de complexos droga- anticorpos-complemento ◉ Anemia hemolítica e plaquetopenias Reações do tipo 3 – imunocomplexos – sedativa – causando agitação) ◉ Consumo de complemento ◉ Vasculites Reações do tipo 4: imunidade celular ◉ Dermatite de contato Enxatema agudo: aparecimento súbito, geralmente 8 dias após o inicio do uso da droga, pode ocorrer em até 3 semanas após a administração, morbiliforme ou escarlatiniforme, pode apresentar prurido e urtica, febre, cefaleia, atralgias. Em casos de reexposições ocorre o reaparecimento do enxatema (igual ou de maior intensidade). Mais comum → ampicilina (80% dos pacientes com mononucleose infecciosa ou quando for usada com alopurinol). ◉ Drogas mais comuns: ampicilina e penicilina, fenibutazona, sulfonamidas, carbamazepina, ouro, gentamicina Eritema pigmentado fixo: mácula redonda ou oval, vermelho-azulada de limites nítidos, nas formas mais graves pode apresentar purpúrica, urticada ou bolhosa, geralmente se apresenta com prurido e queimação, aparece em qualquer região do corpo mas é mais comum nos membros do que do que no tronco, mãos, pés e ginitais. Esmaecimento gradual do eritema → cor castanho clara → desaparece em semanas. Se houver reexposição a recidiva vai acontecer no mesmo local, mas se for reexposição sucessiva a pigmentação se torna permanente. Eritema pigmentado fixo Erupção fixa → drogas responsáveis: ◉ Mais comuns: analgésicos e anti – térmicos ◉ Sulfametoxazol-trimetropin (principal causa) ◉ Tetraciclinas ◉ Atco ◉ Sulfas ◉ Barbitúricos ◉ Antineoplásicos ◉ Heroína Eritema nodoso: associado a doenças reumatológicas, mas as principais causas são os anticoncepcionais orais, brometos, iodetos, codeína, salicitatos, sulfonamidas, pencilinas e tetraciclinas, busulfan. Esse tipo de lesão parece ser plana, mas quando palpada percebe-se que são lesões elevadas. Eritema multiforme: causados por barbitúricos genotiazínicos, hidantoína, carbamazepina, sulfonamidas, penicilina, tetraciclina, isonizida, griseofluvina e alguns antineoplásicos (metotrexato, busulfan e bleomicina). As lesões se manifestam geralmente em órgãos alvo → começam pequenas lesões nas mãos, mas evoluem formando plcas e confluindo. Síndrome de Stevens-Jhonson: acomete principalmente crianças e adultos jovens, é a forma major do eritema multiforme, é causada por drogas, vírus e bactérias. As principais drogas envolvidas são as sulfas, anticnvulsivantes, AINEs, dipirona, penicilina e aloporinol. Quando as pápulas do eritema multiforme confluem pode levar a esse síndrome. Boca muito característica dessa síndrome. Há muito acometimento de mucosas e muita erosão. A pessoa fica de olhos fechado devido ao acometimento da conjuntiva que causa muita dor. Quadro clinico: os pródomos da infecção vão ser febre, coriza, cefaleia, mialgias e atralgias (Até 2 semanas). A complicação mas grave é a infecção, a mortalidade é cerca de 5-15%, a boca é a área mais acometida, mas essa síndrome também acomete os olhos e outros órgãos. ◉ Tratamento: hospitalização com isolamento pois o paciente tem perda de pele e pessoas saudáveis podem se contaminar ao contato com pacientes doentes, limpeza e assepsia das lesões, vigilância contínua, manutenção do equilíbrio hidrolitico e o uso de corticoides é controverso pois pode aumentar a imunoglobulina. Necrólise epidérmica tóxica (NET) → síndrome de Lyell: a principal causa são drogas mas sem relação com a dose, as drogas que são mais envolvidas coma NET são os AINEs, dipirona e salicílicos, anticonvulsivantes, carbamazepina e barbitúricos, cefalosporinas e penicilinas, corticoides, alopurinol, antineoplásicos. Além dessas drogas as causas podem ser infecções virais, vacinação ou até mesmo linfomas. É bastante grave → o paciente perde toda epiderme. ◉ Quadro clinico: mal estar, febre baixa, hipersensibilidade cutânea, inflamação conjuntival, distúrbios gastrointetinais, eritemas nas grandes pregas cutâneas → necrose expansiva da pele → bolhas flácidas sero- hemorrágicas → desprendimento extenso de retalhos da pele → aspecto de grande queimado. O sinal de Nikolsky é positivo somente na pele lesada, ocorrem lesões nas mucosas, toxemia intensa e lesões viscerais. ◉ Pior prognóstico: idade avançada, NET extenso, demora de atendimento adequado (mais que 3-4 dias), trombocitopenia e tratamento empírico com atb. A mortalidade é de cerca de 30-40% e ocorre geralmente por síndrome da insuficiência respiratória por septicemia geralmente pó S.aureus e P. aeroginosa. ◉ Tratamento: hospitalização com isolamento, suspensão precoce da droga causadora pode melhorar o prognóstico, mas drogas causadoras com meia vida maior aumentam o risco de óbito. Deve-se ter os mesmos cuidados do que se tem com um grande queimado, assepsia adequada, manutenção do equilíbrio hidro-eletrolitico, prevenção e tratamento das sinéquias oculares, o uso de corticoide é controverso, pode-se usar imunoglobulina humana EV para que haja bloqueio da morte celular, usa- se também ciclofosfamida, ciclosporina A e plasmaférese. Síndrome da hipersensibilidade induzida por drogas – DRESS: é mais comum na raça negra, fatal em 10% dos casos, as drogas mais comuns de causarem essa doença são as sulfas, anticonvulsivantes, minociclina, sulfametoxazol, terbinafina dapsona, alopurinol, talidominda dipirona, inibidores dos canais de cálcio, antirretrovirais, lamotrigina. ◉ Exposição a droga + disposição genética. ◉ Critérios diagnósticos: se houver 7 critérios a doença é classificada em típica, se houver 5, é atípica. - Enxatema maculo papular após 3 semanas do inicio de um número limitado de drogas - Febre acima de 38 graus - Sintomas prolongados após a suspensão da droga causal - Alterações linfocitárias - Linfedenomegalia - Reativação do HSV-6 ◉ Tratamento: corticoide sistêmico → resolução lenta ou recorrência após a retirada da droga A farmacodermia é muito importante no diagnóstico precoce, se a conjuntiva estiver ictérica devemos investigar acometimento hepático. Paciente tem rosto edemaciado, mas só percebe quando perguntam à ele. Eritemacutâneo + conjuntiva amarela + febre = DRESS
Compartilhar