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FARMACOLOGIA ANTI-HIPERTENSIVOS

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LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
FARMÁCIAS ANTI-
HIPERTENSIVOS 
AULA 1 E 2 DE FARMACOLOGIA 
 
✓ Hipertensão arterial: condição clínica multifatorial caracterizada por elevação 
sustentada dos níveis pressóricos maiores ou iguais a 140 e/ou 90 mmHg. 
✓ Consequências: aumento dos riscos de doenças cardiovasculares: DAC, ICC, 
AVCI/H, IR, DAP; 
✓ Fatores de risco: 
— Questão genética; 
— Idade: 65% → 60 anos (redução da complacência do leito vascular, era 
tido como natural haver um aumento da pressão arterial com o aumento 
da idade ➔ hoje, você não vê assim, há idosos saudáveis e ativos, nesses 
casos, você deve buscar níveis normais entre adultos mais novos); 
— Sexo: homens jovens, mulheres com mais de 60 anos; 
— Etnia: negros (apesar disso, o vigitel 2018 mostrou que não houve uma 
diferença muito grande) → não são todas as referências que mostram 
isso; 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
— Fatores socioeconômicos e hábitos de vida! ➔ Ingestão alta de sal + 
ingestão de álcool; 
 
A abordagem terapêutica da PA elevada inclui medidas não medicamentosas e o uso 
de fármacos anti-hipertensivos, a fim de reduzir a PA, proteger os órgãos-alvo, 
prevenir desfechos CV e renais. A meta é individualizada! 
ATUALIZAÇÕES 2020: 
A hipertensão arterial (HA) é definida por valores de PA maiores ou igual a 140x90 
mmHg, em pelo menos 2 ocasiões diferentes! Os números que definem a HA são 
arbitrários, mas se caracterizam como valores em que os benefícios do tratamento (não 
medicamentoso e/ou medicamentoso) superam os riscos. 
 
Fazem parte da avaliação: a medida da pressão arterial (PA) no consultório e/ou fora 
dele, utilizando-se de técnica adequada e equipamentos validados e calibrados, a 
obtenção de história média (pessoal e familiar), a realização do exame físico e a 
investigação clínica e laboratorial. Propõem-se avaliações gerais a todos os hipertensos 
e avaliações complementares para grupos específicos. 
• MAPA (Monitorização Ambulatorial da PA); 
• MRPA (Monitorização Residencial da PA); 
• AMPA (Automedida da PA); 
 
E por que usar o MRPA, por exemplo? POIS AS MEDIDAS FORA DO CONSULTÓRIO 
CONSEGUEM DIAGNOSTICAR A HIPERTENSÃO MASCARADA E A HIPERTENSÃO DO 
AVENTAL BRANCO. Além disso, a MAPA e a MRPA demonstraram ser melhores 
preditores de risco CV e de desenvolvimento de lesões de órgãos-alvo do que a PA de 
consultório! Para pacientes jovens e sem FR, podem-se alcançar valores inferiores a 
130/80 mmHg! 
 
Quando utilizadas as medidas de consultório, o diagnóstico de HA deverá ser sempre 
validado por medições repetidas, em condições ideais, em duas ou mais visitas médicas 
em intervalo de dias ou semanas; ou de maneira mais assertiva, realizando-se o 
diagnóstico com medidas fora do consultório (MAPA ou MRPA), excetuando-se aqueles 
pacientes que já apresentam LOA ou doença CV. Define-se a classificação de acordo com 
a PA do consultório e pelo nível mais elevado de PA, sistólica ou diastólica. 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
ATUALIZAÇÕES EM RELAÇÃO À DBHA 2017: PA normal passa de denominar PA ótima; 
Pré-hipertensão → PA normal e pré-hipertensão; PAS 130-139 E PAD entre 85-89 ➔ 
pré-hipertensão; 
 
 
DBHA – 2020 ↑ 
 
DBHA – 2017 ↑ 
 
 
DBHA – 2020 ↑ 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
 
DBHA – 2017 ↑ 
 
• OUTRA DIFERENÇA: a importância do pré-hipertenso (já considera MAPA ou 
MRPA) 
 
 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
 
DBHA – 2017 ↑ 
 
DBHA – 2020 ↑ 
 
E QUAIS AS METAS? 
 
✓ PRINCIPAL DIFERENÇA: MAIOR ESPECIFICAÇÃO DAS METAS 
 
• NO GERAL, VALORES MENORES QUE 140/90 mmHg; 
• JOVENS SEM FR, 130/80 mmHg; 
• HIPERTENSOS DE RISCO CV BAIXO OU MODERADO: < 140/90 mmHg. No Alto 
risco, < 130/80 mmHg 
• HIPERTENSO COM DAC → <130/80 mmHg, mas a PAD deve ser mantida acima 
de 70 mmHg (pelo risco de hipoperfusão coronariana, você pode precipitar ma 
isquemia cardíaca), lembrar da curva em J; 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
• HAS + IC ou AVE, meta <130/80 mmHg, mas a concomitância de DAC e idade 
avançada nessa população, limita a redução da PA até 120x70 mmHg; 
• HAS + DM ou DRC, meta <130/80 mmHg (diabéticos evitar reduzir para 120x70 
mmHg); 
 
 
DBHA – 2017 ↑ 
ATUALIZAÇÃO: Para hipertensões de baixo risco, manteve a meta geral; Para 
hipertensão de alto risco, reduziu ainda mais a meta (130/80 mmHg → 120-129/70-79 
mmHg); 
E PARA IDOSOS? 
• IDOSOS HÍGIDOS (incluindo fragilidade leve): limiar para início de tratamento = PA 
maior ou igual a 140/90 mmHg; meta pressórica: PAS 130-139, PAD 70-79 mmHg; 
• IDOSOS FRÁGEIS (fragilidade moderada a severa): limiar para início de tratamento = 
PA maior ou igual a 160/90 mmHg, meta pressórica: PAS 140-149 e PAD 70-79 mmHg 
 
DBHA 2017: Não há evidências avaliando o impacto da terapia anti-hipertensiva nesse 
grupo com PAS basal entre 140 e 159 mmHg. Talvez em função de critérios de inclusão 
dos principais estudos, o valor de PA para entrada foi maior que 160 mmHg. Recomenda-
se o início de terapia com PAS maior ou igual a 140 mmHg, desde que bem tolerado. O 
limite para início de terapia entre idosos com mais ou com 80 anos é de uma PAS maior 
ou igual a 160 mmHg. 
 
DBHA 2020: Na maioria dos ensaios clínicos que mostraram benefício do tratamento da 
PA em pacientes idosos, o alvo para a PAS variou ente 140 e 150 mmHg, em que se 
observou a maior redução de eventos CV e fatais. Autores demonstram que PA < 150/90 
mmHg trazem redução da mortalidade, AVC e eventos cardíacos em idosos. De maneira 
geral, a recomendação é de metas para pacientes idosos brasileiros com mais de 60 anos 
é alcançar valores de acordo com sua condição global (hígidos ou frágeis). 
HAS resistente ou refratária? 
 
✓ PRINCIPAL DIFERENÇA: MAIOR ESPECIFICAÇÃO DO QUE SERIA A HIPERTENSÃO 
REFRATÁRIA; 
 
• HAS resistente = PA maior ou igual a 140/90 mmHg, mesmo com o uso de 3 ou mais 
classes de anti-hipertensivos, em doses máximas toleradas, sendo um deles um 
diurético tiazídico. 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
• Já a HAS refratária (subgrupo da HAR) é definida como PA não controlada mesmo 
estando em uso de 5 ou mais fármacos anti-hipertensivos, incluindo espironolactona 
e um diurético de longa ação. 
 
 
 
 
↑DBHA 2020 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
 
↑DBHA 2017 
QUANTO TRATAR COM MEDICAMENTOS? 
 
SÃO CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEISD DO FÁRMACO ANTI-HIPERTENSIVO: 
• Ter demonstrado a capacidade de reduzir a morbidade e a mortalidade CV; 
• Ser eficaz por via oral; 
• Ser bem tolerado; 
• Ser administrado preferencialmente em dose única diária; 
• Pode ser usado em associação; 
• Ter controle de qualidade em sua produção; 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
• Utilizar por um período mínimo de 4 semanas, antes de modificações, salvo em 
situações especiais; 
• Ter controle de qualidade em sua produção; 
 
ATUALIZAÇÕES 2020: 
• Não utilizar medicamentos manipulados, pois não são submetidos a controle da 
farmacocinética e farmacovigilância; 
 
COMENTÁRIO DA PROFESSORA; se for um trabalho confiável, eu particularmente 
não vejo como problema o uso de manipulados, uma vez que facilita o acesso 
econômico. 
 
• O paciente deverá ser orientado sobre a importância do uso contínuo da medicação 
anti-hipertensiva, da eventual necessidade de ajuste de doses, da troca ou da 
associação de medicamentos e ainda do eventual aparecimento de efeitos adversos; 
• Não há evidências suficientes para a recomendação rotineira da administração 
noturna de fármacos anti-hipertensivos, exceto em condições especiais. 
 
COMENTÁRIO DA PROFESSORA: se for alfa-bloqueador, por estar próximo da 
situação de dormir, situações como a hipotensão ortostática seriam evitadas (paciente 
já estaria deitado), então talvez seja bom o uso noturno. 
PONTOS DA REGULAÇÃO ARTERIAL 
 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
 
OS FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS 
• Diuréticos* (usado em monoterapia) → pode gerar resistência insulínica e aumentar 
os níveis de ácido úrico: pacientes nesse contexto devem ter uso do DIU de forma 
ponderada, ver custo-benefício; 
• Inibidoresadrenérgicos: 
o Ação central – agonistas alfa-2 centrais; 
o Betabloqueadores; 
o Alfabloqueadores; 
• Vasodilatadores diretos – muito interessante em crises hipertensivas, porém grande 
parte dos hipertensos não irão chegar nesses fármacos; 
• Bloqueadores de canais do cálcio; 
• Inibidores do ECA; 
• Antagonistas de receptor AT1 para angiotensina II (mesmo mediador que a IECA); 
• Inibidor direto da renina; 
 
EM NEGRITO = OS PREFERÍVEIS 
QUAIS AS NOVIDADES DO TRATAMENTO (DIRETRIZ – 2020)? 
• Tratamento não medicamentoso para TODOS: 
➢ Cessação de tabagismo (não pela hipertensão em si, mas pelo aumento do risco 
CV) 
➢ Dieta DASH (aumento no consumo de frutas, hortaliças, laticínios com baixo teor 
de gordura e cereais integrais. Redução no consumo de gorduras, doces e 
bebidas com açúcar e carnes vermelhas); 
➢ Restrição no consumo de sódio para <2 g/dia; 
➢ Perda de peso (manter IMC < 25 kg/m2) → principal medida não farmacológica 
para controle da HAS; 
➢ 150 minutos/semana de atividade física moderada; 
 
• MONOTERAPIA → Quando considerar? 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
— HA estágio 1 + risco CV baixo 
— Pré-hipertensos (PA 130-139/85-89 mmHg) de risco CV alto 
— Indivíduos idosos e/ou frágeis 
 
**As classes de anti-hipertensivos consideradas preferenciais para o controle da PA em 
monoterapia são: DIU tiazídicos, BCC, IECA e BRA 
 
• COMBINAÇÃO DE MEDICAMENTOS: 
✓ Estratégia inicial recomendada para: 
o HIPERTENSOS ESTÁGIO 1 DE MODERADO OU ALTO RISCO CV; 
o HIPERTENSOS ESTÁGIOS 2 E 3; 
 
✓ O início do tratamento deve ser com combinação dupla de medicamentos que 
tenham mecanismo de ação distintos; 
✓ CASO A META PRESSÓRIA NÃO SEJA ALCANÇADA EM PERÍODO MÍNIMO DE 4 
SEMANAS, ajustar doses ou combinação tripla estarão indicados. 
 
✓ RECOMENDAÇÕES GERAIS: 
1. ALTO RISCO CV NÃO OBESOS → IECA + BCC di-idropiridínico > IECA + DIU 
Tiazídico (NE B/GR I); 
2. COMBINAÇÃO TRIPLA → Opções: IECA ou BRA, associado a DIU tiazídico ou 
similar e BCC (NE A/GR I); 
3. SE COM 3 FÁRMACOS NÃO OCORRER CONTROLE, ADICIONAR 
ESPIRONOLACTONA (NE B/GR I) 
 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
 
DBHA 2017 ↑ (observe que não há especificação de espironolactona) 
 
 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
• IECA não se associa com BRA ➔ mecanismo parecido; 
• A associação manteve-se igual nas duas diretrizes; 
SIMPATICOLÍTICOS 
ALFA-AGONISTAS 
ALFA-1: Contração de músculo liso vascular, genitourinário, TGI, maior inotropismo e 
excitabilidade; maior glicogenólise e gliconeogênese; 
BLOQUEIO ALFA-1: relaxamento dos músculos... 
 
ALFA-2: Menor secreção de insulina, maior agregação plaquetária, menor liberação de 
norepinefrina, maior contração de músculo liso vascular 
BLOQUEIO ALFA-2: relaxamento de músculo liso vascular. 
 
• Agonistas alfa-2: 
o Alfa-metildopa (Aldomet ®) ➔ preferido em gestantes; 
o Clonidina (Atensina ®, Clonidin ®); 
o Guanabenzo (Lisapres ®); 
o Rilmenidina (também é inibidor dos receptores imidazolínicos); 
• Fármacos de ação central; 
• Menor liberação de NA das terminações adrenérgicas, frequência cardíaca e RVP; 
• Efeitos adversos: sonolência, hipotensão postural, boca seca, disfunção sexual; 
ANTAGONISTAS ALFA-1 
➢ Relaxamento do músculo liso; 
• Pode aparecer tolerância (tafilaxia) → precisar de 
associações ou aumento de posologia; 
• Tansulosina* = HPB; 
• Efeitos adversos: tonrua, hipotensão ortostática, 
fraqueza, sonolência, cefaleia, palpitaã, congestão 
nasal, ejaculação retrógrada, hipotensão e síncope; 
 
BETABLOQUEADORES 
Promovem diminuição inicial do débito cardíaco e da secreção de 
renina, havendo readaptação dos barorreceptores e diminuição das 
catecolaminas nas sinapses nervosas. Os fármacos de terceira 
geração (carvedilol, nebivolol) além das ações anteriores, têm 
efeito vasodilatador por mecanismos diferentes: o carvedilol, pelo 
seu efeito de bloqueio concomitante do receptor alfa-1 
adrenérgico; e o nebivolol, por aumentar a síntese e liberação de 
óxido nítrico no endotélio vascular. O propranolol mostra-se 
também útil em pacientes com tremor essencial, síndromes 
hipercinéticas, cefaleia de origem vascular e hipertensão portal. 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
BETA-1: maior cronotropismo, maior velocidade de condução do nó AV, maior secreção 
de renina; 
BLOQUEIO BETA-1 → BRADICARDIA 
BETA-2: relaxamento do músculo liso 
BLOQUEIO BETA-2 → CONTRAÇÃO (broncoespasmo?); 
1. Não-seletivos: beta-1 (miocárdio) e beta-2 (músculo liso, pulmões, vasos 
sanguíneos e outros órgãos); 
a. Propanolol → mostra-se útil também em pacientes com tremor 
essencial, prolapso de válvula mitral, síndromes hipercinéticas 
(hipertireoidismo e síndrome do pânico), cefaleia de origem vascular e 
hipertensão portal. 
b. Nadolol; 
c. Pindolol → atividade simpatomimética intrínseca, agindo como um 
agonista adrenérgico parcial e produzindo menos bradicardia; 
2. Cardiosseletivos: beta-1 adrenérgicos; 
a. Atenolol; 
b. Metoprolol; 
c. Bisoprolol; 
d. Nebivolol → o mais cardiosseletivo; maior produção de óxido nítrico; 
 
NAdolol x NEbivolol: NA de NÃO ➔ não é cardiosseletivo; “NE” de sim em coreano 
(KKKKKKKKKK); 
3. Com ação vasodilatadora: antagonismo ao receptor alfa-1 periférico (carvedilol) 
e por produção do óxido nítrico (nebivolol) ➔ menor propensão de alteração 
metabólica (os de 1° e 2° geração podem levar a uma hipertrigliceridemia). 
• METANÁLISE QUE INCLUIU 130 MIL PACIENTES COM HIPERTENSÃO PRIMÁRIA 
COMPAROU os BB a outras classes (DIU, BCC, IECA, BRA), os BB aumentam em 16% 
o risco de AVE, uso deve ser específico. 
• USOS GERAIS: 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
➢ Pós-infarto agudo do miocárdio (IAM) e angina do peito; 
➢ IC com fração de ejeção reduzida (ICEFr), para o controle da frequência cardíaca 
(FC) e em mulheres com potencial de engravidar. 
 
 
• EFEITOS COLATERAIS: desatenção, sensação de cansaço, capacidade de exercício 
diminuída, disfunção sexual, broncoconstrição, bradicardia, distúrbios da condução 
atrioventricular. A retirada abrupta dos BB deve ser evitada, pois pode provocar 
taquicardia reflexa e mal-estar! 
o Vasoconstrição periférica → fenômeno de Raynaud; 
o Intolerância à glicose e hipertrigliceridemia (não observado na 3° 
geração). 
VASODILATADORES DIRETOS 
• Atuam na musculatura, promovendo relaxamento muscular da parede vascular; 
Efeitos: taquicardia reflexa, retenção de sódio; 
• HIDRALAZINA → EFEITO DIRETO sobre a musculatura lisa, mas mecanismo 
desconhecido. Efeitos colaterais: cefaleia, flushing, taquicardia reflexa e reação 
lúpus-like (dose-dependente). Seu uso também pode acarretar, anorexia, náuseas, 
vômitos e diarreia. Pode ser usada em gestantes (eclâmpsia e pré-eclâmpsia). 
• MINOXIDIL → Hiperpolarização da membrana por meio da abertura dos canais de 
potássio. O Hirsutismo gerado como efeito colateral, aparece em 80% dos paciente, 
foi usado para tratamento da calvície. 
 
 
 
 
INIBIDORES DOS CANAIS DE CÁLCIO 
• Fenilalquilaminas: verapamil (ATUA BEM NO CORAÇÃO); 
o Verapamil → ação preferencialmente cardíaca; 
o Efeitos crono/inotrópicos negativos; 
o Diminuição da velocidade de condução → pode causar bradicardia, 
bloqueio AV e IC; 
o Inibe a formação de focos arritmogênicos supraventriculares; 
o EFEITOS ADVERSOS: Hipotensão, taquicardia reflexa sinusal inicial, 
constipação intestinal, bradicardia; 
 
• Benzotizepinas: diltiazem (ATUA NO CORAÇÃO E VASOS → meio caminho); 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
o Diltiazem; 
o Ação intermediária; 
o EFEITOS ADVERSOS: 
bradicardia, hipotensão; 
 
• Diidropiridínicos: anlodipino, 
nifedipino, felodipino, manidipino, 
levanlodipino, lercanidipino, 
lacidipino (ATUA EM VASO); 
o Ação preferencialmente 
vascular, vasodilatação de 
leitos arteriais e 
coronariana; 
o Podem causar ativação 
simpática reflexa → 
COMEÇAR COM PEQUENA POSOLOGIA; 
o EFEITOS COLATERAIS: 
▪ Vasodilatação excessiva: tonteira, hipotensão, cefaleia, rubor, 
náuseas, tosse, edema de membros inferiores, edema pulmonar, 
hiperplasia gengival;▪ Menos comuns: exantema, sonolência, aumento das enzimas 
hepáticas; 
 
Essa classe de medicamentos bloqueia os canais de cálcio na membrana das 
células musculares lisas das arteríolas, reduz a disponibilidade do cálcio no interior das 
células, dificultando a contração muscular e, consequentemente, diminuindo a RVP por 
vasodilatação. Geralmente, separa-se em dois grupos: Di-hidropiridínicos e Não Di-
hidropiridínicos. Os di-hidropiridínicos (anlodipino, por exemplo) exercem efeito 
vasodilatador predominante, com mínima interferência na FC e na função sistólica, 
sendo, por isso, mais frequentemente usados como medicamentos anti-hipertensivos. 
 Os BCC não di-hidropiridínicos têm menor efeito vasodilatador e agem na 
musculatura e no sistema de condução cardíacos. Por isso, reduzem a FC, exercem 
efeitos antiarrítmicos e podem deprimir a função sistólica, principalmente nos 
pacientes que já tenham disfunção miocárdica (sobretudo IC de fração de ejeção 
reduzida), devendo ser evitados nessa condição. 
 O edema maleolar costuma ser o efeito colateral mais registrado e resulta da 
própria ação vasodilatadora (mais arterial que venosa), promovendo a transudação 
capilar. A cafaleia latejante e as tonturas são comuns. O Rubor facial é mais comum com 
os BCC di-hidropiridínicos de ação rápida. A hipercromia do terço distal das pernas 
(dermatite ocre) e a hipertrofia gengival são efeitos adversos ocasionais. 
 Os efeitos adversos costumam ser dose-dependentes, podem causar 
intolerância aos BCC di-hidropiridínicos e, às vezes, resultam em resistência ao 
tratamento. Nesses casos, pode ser testada a utilização de BCC lipofílicos (manidipino, 
lercanidipinino, lacidipino) ou o levandipino em baixas doses. A Verapamila ou o 
dialtiazem podem agravar a IC, além de causar bradicardia e bloqueio atrioventricular. 
Observa-se a obstipação intestinal com a verapamila. 
 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
• São hipertensivos eficazes; 
• Reduzem morbimortalidade CV; 
• Alternativa para BB (pode ser usado em pacientes com HAS + DAC) ou associados 
com com BB no tratamento de angina refratária. EVITAR ESSA ASSOCIAÇÃO SE 
PACIENTE POSSUIR BRADICARDIA! 
 
INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) 
 
 
 
 São medicamentos anti-hipertensivos eficazes que têm como ação principal a 
inibição da enzima conversora de angiotensina I, responsável a um só tempo pela 
transformação de angiotensina I em angiotensina II (vasodilatadora). São eficazes no 
tratamento da HAS, reduzindo a morbidade e mortalidade CV. 
 
• Úteis para ICFEr e antirremodelamento cardíaco pós-
IAM, além de possíveis propriedades 
ateroscleróticas. 
• Retardam o declínio da função renal em pacientes 
com doença renal do diabetes ou de outras etiologias, 
especialmente na presença de albuminúria. 
• Uso cauteloso em adolescentes e mulheres em idade 
fértil; 
• Fármacos principais: Captopril e Enalapril 
(principalmente esse); 
• Efeitos gerais: promovem vasodilatação, diminuição 
da aldosterona, diminuição do remodelamento 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
cardíaco, diminuição da retenção de sódio e água e diminuição da RP e retorno 
venoso. 
• Efeitos colaterais: hipotensão, tosse irritativa, hiperpotassemia, elevação de renina 
e angiotensina, raros: IRA, angioedema. Contraindicado na gestação. 
 
Habitualmente, são bem tolerados pela maioria dos pacientes hipertensos, sendo a 
tosse seca (aumento de bradicinina) seu principal efeito colateral, acometendo 5 a 20% 
dos usuários. O edema angioneurótico e a erupção cutânea ocorrem mais raramente. 
Para pacientes com IR, ocorre queda da função renal no início por conta de um 
mecanismo protetor (adaptação hemodinâmica intraglomerular = vasodilatação da 
arteríola eferente e redução da pressão de filtração glomerular), gerando elevação da 
ureia e creatinina séricas. 
 
➢ Mecanismo nefroprotetor: evitar a hiperfiltração glomerular e reduzir a 
progressão da DRC (IECA → menor Ang II → menor PA/ dilatação da arteríola 
aferente → menor pressão intraglomerular → menor proteinúria e esclorese 
glomerular); 
 
OBS: Se perda renal ultrapassar 30%, retirar o fármaco e investigar a possibilidade de 
estenose bilateral das artérias renais ou estenose de artéria renal em rim único 
funcionante. 
 
 
➢ IECA e BSRAA ➔ hiperpotassemia em pacientes com IR, sobretudo se diabéticos; 
uso contraindicado na gravidez (risco de complicações fetais); 
 
 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
BLOQUEADORES DOS RECEPTORES AT1 DA ANGIOTENSINA 
Os BRA antagonizam a ação da angiotensina II pelo bloqueio específico dos 
receptores AT1, responsáveis pelas ações próprias da angiotensina II (vasoconstrição, 
estímulo da proliferação celular e da liberação de aldosterona). No tratamento da HAS, 
especialmente em populações de alto risco CV ou com comorbidades, proporcionam a 
redução da morbidade e da mortalidade CV e renal (doença renal do diabetes). 
São incomuns os efeitos adversos relacionados com o BRA, sendo o exantema 
raramente observado. De forma semelhante aos IECA, os BRA podem promover a 
redução inicial da filtração glomerular por vasodilatação das AE. Pelas mesmas razões 
dos IECA, podem causar hipercalemia, especialmente na presença de insuficiência renal, 
e são contraindicados na gravidez, devendo os mesmos cuidados ser tomados em 
mulheres em idade fértil. 
 
• EFEITOS ADVERSOS: tonteira, fadiga, mialgia, cefaleia, tosse seca raramente, 
hipotensão, hiperpotassemia, IRA; Contraindicados na gestação. 
 
 
 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
DIURÉTICOS 
Classe mais utilizada devido sua eficácia e baixo custo, sendo considerado a 
classe de 1° linha em várias diretrizes. 
• Ação anti-hipertensiva devido seus efeitos diurético e natriurético; 
• Classificados de acordo com o local de ação no túbulo renal. 
 
 
INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA 
• Representantes: Acetazolamida, metazolamida e diclorfenamida; 
• Excreção: menor H+ e mais HCO3- → maior ph urinário → acidose metabólica; 
• Mais Na+, Cl-, K+ (trocado por Na+ na porção distal do néfron), fosfato; 
• Outras ações: menor humor aquoso 
DIURÉTICOS DE ALÇA 
• Atuam na alça de Henle; 
• Furosemida (Lasix ®), Bumetamida, Piretanida, Ácido etacrínico; 
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS 
• Atuam no túbulo distal; 
• Hidroclorotiazida (Clorana ®), Clortalidona → HAS resistente ou refratária, 
Indapamida; 
• Antes, preferia-se mais a hidroclorotiazida, mas hoje já se indica mais a clortalidona 
pelo maior efeito dose a dose (quando comparados) e sua meia-vida ser mais 
prolongada. 
LAVÍNIA PRADO MEDICINA (VII) 
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO 
• Atuam nos receptores da aldosterona nos túbulos distais; 
• Espironolactona (Aldactone ®), Amilorida (Diupress ®); 
➢ Dar preferência aos tiazídicos ou similares (clortalidona, hidroclorotiazida, 
indapamida) → DOSES BAIXAS (mais suaves, maior tempo de ação); 
➢ Os DIU de alça são utilizados em casos de insuficiência renal; 
➢ Poupadores de K+ são utilizados em associação com outras duas classes 
anteriores ➔ HAS refratária ou resistente. 
 
O Mecanismo da ação anti-hipertensiva dos DIU relaciona-se inicialmente a seus 
efeitos natriuréticos, com a diminuição do volume circulante e do volume extracelular. 
Após quatro a seis semanas, o volume circulante praticamente normatiza-se, e ocorre 
redução da resistência vascular periférica (RVP). Os DIU reduzem a PA e diminuem a 
morbidade e a mortalidade CV. 
Preferir os DIU tiazídicos e reservar os DIU de alça e poupadores de potássio de 
acordo às condições clínicas com retenção de sódio e água, como a IR (creatinina > 2 
mg/dL ou o ritmo de filtração glomerular estimado < ou igual a 30 mL/min/1,73m2) e 
situações de edema (IC, síndrome nefrítica). 
Mesmo com vários estudos ainda não há definição da clortalidona como DIU 
preferencial, mas se pode utilizá-la quando se deseja maior efeito diurético, em especial 
na HAR, pois é mais potente que a hidroclorotiazida. 
 
OBS: EFEITOS ANTI-HIPERTENSIVOS NÃO VARIAM MUITO DEACORDO COM A DOSE, 
MAS EFEITOS COLATERAIS SIM!!

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