APOSTILA EJA

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO MARANHÃO
Capítulo 5- Origem de novas espécies e dos grandes grupos dos seres vivos
Professores: Carlos Henrique
Leticia Costa Silva 
Jacyele Cavalcante Lisboa
Apostila para o PROEJA, apresentada ao curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, como requisito para obtenção de nota da Disciplina de Estágio Supervisionado III, sob orientação da professora Éville Ribeiro- Novaes.
 Barreirinhas - MA 2021 
CAPÍTULO 5: Origem de novas espécies e dos grandes grupos dos seres vivos
1 A ORIGEM DE NOVAS ESPÉCIES
1.1 A diversidade de seres vivos
 A diversidade de seres vivos variou ao longo do tempo geológico em nosso planeta. Entender essa variação e conhecer a biodiversidade atual sempre foi um desafio para os cientistas.
 Diversas propostas já surgiram procurando estabelecer uma ordem na enorme diversidade de organismos, classificando-os de acordo com suas semelhanças.
 Desde a Antiguidade existe uma linha de pensamentos afirmando que os seres vivos são imutáveis, ou seja, que eles surgem com a forma atual e não mudam ao longo do tempo, o que é conhecido como fixismo. Essa interpretação, apesar de ainda ser aceita por alguns seguimentos da cultura humana, começou a mudar em 1858 quando dois pesquisadores ingleses, Charles Darwin (1809-1882) e Alfred Russel Wallace (1823-1913), atuando de forma independente, revolucionaram a Biologia com a divulgação de idéias sobre evolução por seleção natural. Essas idéias são aceitas até hoje pela imensa maioria da comunidade científica e é com base nelas que analisaremos os seres vivos.Figura 1.1 (Charle Darwin e Alfred Wallace) Fonte: https://www.google.com/search?q=imagens+de+darwin+e+wallace&sxsrf=ALeKk00dm00GtM6dI8B4IrVM3Z0PdgSBag:...
 
 Os sistemas de classificação que não se baseia em relações de parentesco evolutivo entre os grupos de seres vivos são considerados artificiais, enquanto os sistemas que procuram compreender essa relação são chamados naturais.
 O ramo da Biologia que trata da descrição, da nomenclatura e da classificação dos seres vivos denomina-se taxonomia.
 Um grande marco na classificação dos seres vivos foi estabelecido a partir de 1735, com os trabalhos do médico e professor sueco Carl von Linné (1707-1778), cujo nome em português é Lineu. Por meio do livro Systema Naturae ele propôs um sistema de classificação dos seres vivos que, embora artificial, é empregado até hoje, com modificações.
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(Figura 1.2 Carl Von Linné)
Fonte: https://br.images.search.yahoo.com/search/images;_ylt=A2KLfRfP_7RgpBwAjUvz6Qt.;_ylu=Y29sbwNiZjEEcG9zAzEEdnRpZAMEc2VjA3Nj?p=imagens+de+carl+von+linn%C3%A9&fr=mcafee#id=3&iurl=https%3A%2F%2Fc8.alamy.com%2Fcompes%2Fcw2142%2Fcarl-linne-carl-von-linne-cw2142.jpg&action=click
 Os sistemas atuais consideram um conjunto de caracteres relevantes, os quais permitem propor e testar hipóteses de relações de parentesco evolutivo e construir a filogenia ou filogênese dos diferentes grupos de seres vivos, ou seja, estabelecer as principais linhas de evolução desses grupos.
1.2 Espécie
O que é Espécie?
 Em 1942, o biólogo Ernst Mayr, da universidade de Harvard, propôs o conceito de espécie biológica. Segundo Mayr, a espécie é uma população, ou um grupo de populações, cujos componentes têm a capacidade, pelo menos em potencial, de se cruzar na natureza, produzindo descendentes férteis. Esses componentes, no entanto, não são capazes de se cruzar com os de outra espécie.
 (Figura 1.3, espécies)
Fonte: https://br.images.search.yahoo.com/search/images;_ylt=A2KLfRfrCbVgQDcAZbbz6Qt.;_ylu=Y29sbwNiZjEEcG9zAzEEdnRpZAMEc2VjA3BpdnM-?p=imagens+de+especies&fr2=piv-...
Mas,...
 ...como surgem as novas espécies?
 A partir de agora estudaremos como as diferentes espécies de seres vivos teriam surgido.
 É preciso que tenhamos em mente a escala do tempo passado quando se fala na formação de uma nova espécie, ou seja, de um novo grupo de seres vivos. A escala do tempo geológico, quando comparado ao nosso tempo de vida, é quase incomparável em termos concretos. E é exatamente nesses longuíssimos intervalos de tempo que a evolução opera; mudanças evolutivas podem parecer repentinas, mas nem sempre o são, quando levamos em conta a escala de tempo geológico.
 
(Figura 1.4, tempo geológico)
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/709105903811832794/
 O conceito de espécie baseado na capacidade de cruzamento é importante em evolução, porque nos permite compreender a forma como surgem espécies novas. Imagine por exemplo, que ao longo da evolução de uma espécie aparecesse algum mecanismo que impedisse, de forma definitiva, um livre fluxo de genes entre duas populações: isso seria o suficiente para que ocorresse o fenômeno de especiação, ou seja, o surgimento de novas espécies. Está claro que o conceito de espécie baseado na reprodução tem limitações. Imagine, por exemplo, um organismo cuja reprodução seja normalmente assexuada, como as bactérias e alguns protistas. Nesses casos, o conceito de espécie terá de depender de outros critérios, como as características morfológicas e bioquímicas.
 
 
(Figura 1.5, bactérias ácido-láticas)
As bactérias ácido-lácticas desempenham um importante papel na indústria de alimentos fermentados e compreendem um grupo diverso de microrganismos. O principal produto da fermentação do leite, promovida por essas bactérias, é o ácido lático, a partir da conversão da lactose presente no leite.
Fonte: https://br.images.search.yahoo.com/search/images;_ylt=AwrE1yHs6LRggHcAfQjz6Qt.;_ylu=Y29sbwNiZjEEcG9zAzE...
1.3 A árvore filogenética
Uma árvore filogenética, ou árvore evolutiva, é um diagrama ramificado que indica relações de parentesco evolutivo entre grupos de seres vivos, ou seja, sua filogenia. Ao escolher qualquer espécie atual e descer pelo ramo que a originou, chegamos depois de muitas e muitas bifurcações, ao tronco primitivo ancestral, representado pelos primeiros seres que habitaram a terra.
(Figura 1.6, árvore filogenética)
Fonte: https://br.images.search.yahoo.com/search/images;_ylt=AwrJ6y.SBLVgfv8Abxfz6Qt.;_ylu=Y29sbwNiZjEEcG9zAzEEdnRpZAMEc2VjA3BpdnM-?p=%C3%A1rvore+filogen...
11 1.4 Anagênese e Cladogênese
Nos dias de hoje, entende-se que a diversidade de seres vivos é rultanmte de processos evolutivos e que esses processos podem ocorrer basicamente por anagênese e cladogênese.
Anagênese: compreende processos pelos quais um caráter surge ou se modifica numa população ao longo do tempo, sendo responsáveis pelas novidades evolutivas. São exemplos de eventos anagenéticos (alterações no material genético ) e de recombinações gênicas (envolvem meiose e fecundação, o que ocorre na reprodução sexuada) através principalmente da seleção natural que atua sobre a variabilidade genética da população, selecionando os organismos mais bem adaptados a uma determinada condição ambiental, mantendo ou alimentando as novidades evolutivas que surgem.
Cladogênese: compreende processos responsáveis pela ruptura da coesão original em uma população, gerando mais populações. Um exemplo de evento cladogenético é o surgimento de barreiras geográficas separando uma população inicial em duas, que não se comunicam mais. Cada uma dessas populações, agora separadas, passa a ter sua própria história evolutiva. Em função dos eventos anagenéticos, essas populações modificam-se ao longo do tempo, podendo originar duas espécies distintas. Características vantajosas que surgem nas populações podem ser mantidas por seleção natura.
1.5 Especiação
A formação de novas espécies de seres vivos, fenômeno denominado especiação, é uma etapa fundamental do processo evolutivo. De acordo com a linha de pensamento predominante atualmente, as espécies surgem normalmente por cladogênese, que tem inicio com a diversificação de populações de uma espécie ancestral, as quais se mantêm isoladas no território,o que denomina isolamento geográfico.
Em ambientes distintos, a seleção natural atua de forma diferenciada sobre as populações isoladas, conduzindo cada uma delas a uma adaptação particular. Depois de algum tempo, os processos de anagênese que atuam sobre cada população isolada podem levá-las a se tornar tão diferentes em termos genéticos que a reprodução entre elas já não é mais possível, mesmo que o isolamento geográfico deixe de existir Nesse estágio, as populações passam a apresentar isolamento reprodutivo e constituem duas novas espécies, originadas por cladogênese da espécie original.
 1.6 Poliploidia: um método de especiação rápida
Os híbridos interespecíficos como a mula, são estéreis, porque neles os cromossomos do gameta paterno não são homólogos aos do gameta materno. Quando, mais tarde, houver meiose no híbrido, não acontecerá o pareamento – que ocorre, como você já estudou, entre cromossomos homólogos. A falta de pareamento perturba a meiose, e o híbrido interespecífico não produzem gametas viáveis.
(Figura 1.7, cria de jumento com égua).
Fonte: https://www.hobbyfarms.com/donkey-vs-horse-which-is-a-better-fit-for-your-farm/
Os burros vêm em uma variedade de tamanhos, desde a miniatura da Sardenha até o impressionante Mammoth Jack americano, com variedades mistas de todos os tamanhos. Há apenas um pequeno punhado de raças de burros de raça pura nos Estados Unidos para escolher, mas você pode encontrar uma grande variedade de cores além da cor cinza mais frequentemente vista em burros padrão. Com esses animais planeje um amigo de longa data. Os burros podem viver mais de 50 anos.
Em geral, diversos mecanismos de isolamento atuam simultaneamente. Em princípio, quanto mais tempo se passa desde a diversificação por cladogênese que originou duas espécies, maiores são as diferenças acumuladas entre elas e, consequentemente, mais eficientes os mecanismos de isolamento. O isolamento reprodutivo mantém cada espécie em sua trajetória evolutiva particular e permite a diferenciação de seu conjunto gênico típico e original.
2. A ORIGEM DOS GRANDES GRUPOS DE SERES VIVOS
2.1 O tempo geológico
O tempo geológico, intervalo que vai desde a origem da terra até os dias de hoje, é dividido em unidades temporárias hierárquicas, estabelecidas com base em eventos geológicos e biológicos ocorridos em diferentes intervalos de tempo. Em ordem hierárquica decrescente, essas unidades são denominadas: éons, eras, períodos, épocas e idades. Éon é o intervalo mais abrangente e idade, o mais restrito.
(Figura 2.1, escala do tempo geológico)
Escala geológica do tempo simplificada, mostrando as principais subdivisões do pré-cambriano (idades em milhões de anos) e principais eventos geológicos evidenciados nos sítios de ocorrência dos estromatólitos. (Adaptado da carta estratigráfica internacional da ICS, 2008 Fonte: http://www.stratigraphy.org/cheu.pdf).
(Figura 2.2, escala do tempo geológico).
Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/tempo-geologico.html
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/geografia/resumo-geografia-periodos-geologicos-extincoes-massa-646815.shtml
3. A VIDA NOS MARES PRIMITIVOS 
O período denominado como pré-cambriano, ficou marcado como o mais longo intervalo do tempo geológico, e foi onde aconteceram alguns dos mais importantes eventos da Terra.
Segundo cientistas foi nesse período também que surgiram as moléculas precursoras da vida, essas moléculas tinham como principal característica a capacidade de autoduplicação, sendo esse sistema de autoduplicação o marco da história da vida na terra.
Os primeiros seres que surgiram na terra eram seres unicelulares (seres constituídos por uma única célula), capazes de viver em ambientes inóspitos, onde acreditavam que não poderia haver qualquer forma de vida. Nesse intervalo do tempo geológico, a vida no mar se desenvolveu desde as minúsculas bolhas flutuantes, até os primeiros vermes.Imagem 3.1 Imagem representando protozoários seres unicelulares. 
Fonte: https://www.biologianet.com/biodiversidade/seres-unicelulares-multicelulares.htm
Os primeiros organismos eram “heterotróficos”, somente mais tarde começaram a surgir os primeiros organismos autotróficos. Esses organismos autotróficos se alimentavam a partir da luz solar e produziam oxigênio a partir da fotossíntese, sendo ainda os responsáveis pela composição atmosférica para a forma atual.
Entre o período pré-cambriano e o paleozoico, houve um aumento da temperatura no planeta Terra, o que tornou o ambiente mais favorável à vida, provocou um grande aumento da diversificação dos seres existentes, e ficou conhecido como a explosão de vida no cambriano.
Os trilobitas foram incluídos entre os primeiros artrópodes, e foram o grupo de animais primitivos mais bem-sucedidos, por colonizarem os oceanos durante mais de 270 milhões de anos.
Figura 3.2 Imagem representando fóssil trilobita primitiva do fundo do mar.
Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/tecnologia/canaltech/a-vida-na-terra-pode-ter-surgido-milhoes-de-anos-antes-do-que-imaginamos,3077bab3
Nesse período, temos como principal marcos:
- Início da vida na terra (surgimento das primeiras células procarióticas)
- Início do movimento das placas tectônicas 
- Aparecimento das primeiras células eucarióticas 
- Aparecimento dos primeiros animais e vegetais
4. ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS RÉPTEIS
Logo após a conquista da terra firme pelos animais, surgiram os anexos embrionários, que permite o desenvolvimento do embrião fora do ambiente aquático. O ovo amniótico foi uma das evoluções mais importantes, pois foi através dele que os grandes grupos de animais tiveram sucesso absoluto de sobrevivência, sendo eles os repteis, aves e mamíferos todos eles foram denominados amniotas, recebem esse nome por conta do âmnio, um tecido embrionário presente no desenvolvimento do embrião. 
Figura 4.1 
Foto ilustrativa, mostrando o processo embrionário dos répteis com a presença do âmnio. 
Fonte: http://salabioquimica.blogspot.com/2014/10/anexos-embrionarios.html
O grupo dos repteis surgiram na terra no período Carbonífero, como já vimos antes, surgiu a partir de uma família (linhagem) de anfíbios (ex: sapos, rãs, salamandras etc.). O primeiro réptil descoberto pelos pesquisadores só aconteceu por causa de várias pegadas encontradas na província de Nova Escócia, no Canadá em uma rocha com mais de 315 milhões de anos. Ele foi batizado como rato da floresta (Hylonumus lyelli nome científico) ele foi o réptil mais antigo da terra. Era um animal bem pequeno e provavelmente muito semelhante a um lagarto atual. Figura 4.2 Representação artística, do pequeno Hylonomus, o primeiro réptil a ser estudado. 
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hylonomus_lyelli_-_MUSE_(flipped).jpg
 
Os primeiros répteis sempre apresentavam tamanho pequeno e era sempre discreto perto do grande grupo de anfíbios que existiam na floresta. Segundo os pesquisadores esse cenário se modificou quando ocorreu uma grande alteração climática, que deixou o clima muito seco, chegando a destruir as florestas e causando o desaparecimento de alguns animais e plantas que nela vivia. Esse fenômeno ficou conhecido como “colapso das florestas úmidas do Carbonífero”, por conta do período como já vimos no começo. Logo após esse acontecimento alguns répteis evoluíram melhorando suas habilidades de sobrevivência. Antes do colapso os repteis se alimentavam de insetos e de peixes, agora eles conseguiram evoluir e desenvolveram novas estratégias alimentares, as espécies de répteis se diversificaram, em várias espécies e vários tamanhos e formas corporais. A maior parte do período Permiano (por volta de 40 milhões de anos) era dominada por um grupo de répteis que segundo os pesquisadores era conhecido como pelicossauros, com espécies que chegavam até 3m ou mais de comprimento. Como após o colapso que ocorreu e algumas espécies foram se adaptando ao novo ambiente outras espécies foram surgindo, aparecendo então uma nova espécie de répteis (ordem Therapsida) que seadaptou muito bem ao ambiente e logo se expandiu, substituindo assim os pelicossauros como grupo dominante em terra firme. Boa parte do grupo terapsidas entrou em extinção por não se adaptarem ao novo ambiente, restando apenas um pequeno grupo que deu origem aos mamíferos. 
Outra linhagem de répteis, que surgiu no final do período Perniano ou inicio do Triássico, não se sabe ao certo foram os arcossauros, se adaptando rapidamente ao ambiente e se tornou o grupo de vertebrados (coluna vertebral) dominante em terra firme. Eles foram divididos em quatro grupos: os famosos dinossauros, que ocupavam os ambientes de terra firme; os pterossauros, que tinham capacidade de voar e os plessiossauros, que eram os grandes predadores dos mares. Por serem os dominadores da época o período a era mesozoica ficou conhecida pelos pesquisadores e historiadores como a “idade dos répteis”Figura 4.3 Representação dos grandes répteis, que dominaram por um período de tempo o ambiente de terra firme. 
Fonte: https://olhardigital.com.br/2020/06/30/noticias/pesquisa-do-google-coloca-dinossauros-no-mundo-real-entenda/
Mas como percebemos que os animais viviam em constantes adaptações e sobreviviam quem se adaptava melhor, o domínio dos répteis terminou por volta de 66Ma, por conta das grandes ondas de extinção em massa, quando desapareceram 75% das espécies que viviam na terra, entre elas todos os dinossauros. Dos repteis que viveram nesse período resta apenas tartarugas, crocodilos e lepdossauros, dos quais são da família dos lagartos, as serpentes e as tartarugas atuais. 
5. ORIGEM DAS AVES 
O surgimento das aves aconteceu no período Jurássico, por volta de 201,3 Ma e 145 Ma, através de uma linhagem de dinossauros, e são consideradas parentes vivos desses animais que foram extintos. Para alguns pesquisadores as aves e os repteis atuais, apesar de diferenças físicas são semelhantes pela linhagem evolutiva que eles tiveram. 
Uma característica principal para identificar uma ave é a presença de penas, mas acredita-se que essa característica não seja exclusiva das aves, alguns pesquisadores revelam que havia diversos grupos de dinossauros que eram que eram cobertos por penas, entre elas a que originou o grupo das aves. É conhecida historicamente como Archaeopteryx lithographica,( nome científico) que viveu no final do período jurássico. Apesar do sucesso da grande descoberta da linhagem das aves, alguns paleontólogos vêm estudando vários fosseis que eram cobertos por penas, e essas descobertas enfraqueceram a teoria de que o Archaeopteryx seja o ancestral que originou as aves, deixando duvidas de qual linhagem de répteis deu origem às aves. 
As aves evoluíram se adaptando as necessidades no ambiente, e passaram a dominar os ares, explorar com sucesso terra firme e também o ambiente aquático. 
Figura 5.1 Representação artística do, Archaeopteryx lithographica, que podia atingir cerca de 1 metro de comprimento e até 4 kg. 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/206391595394828944/
6. ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS MAMÍFEROS 
O grupo dos mamíferos é o mais desenvolvido de todo reino animal. A grande parte possui o corpo mais ou menos coberto de pelo e sangue quente. “Eles recebem esse nome de ‘mamíferos” por possuírem glândulas mamarias nas fêmeas e que são capazes de produzir leite e alimentar seus filhotes. 
Como estudamos no inicio do capitulo, os pesquisadores acreditam que os mamíferos surgiram em 220 Ma, a partir de um grupo de répteis terapsidas, como citado anteriormente. As características dos primeiros mamíferos que surgiram em terra firme era de animais de pequeno porte, a maioria tinha 5 cm de comprimento, e sua principal refeição era insetos minúsculos. O seu principal predador eram os répteis, então eles desenvolveram habilidades como a sensibilidade olfativa, ou seja, sentiam bem o cheiro dos predadores se aproximando e auditivas que conseguiam escutar os ruídos das florestas, eles criaram hábitos noturnos para ficarem menos na vista de possíveis predadores.
Figura 6.1 Foto ilustrativa do primeiro mamífero, andando pelas florestas no período noturno em busca de alimento.
 Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2013/08/17/interna_ciencia_saude,382983/achado-o-mais-antigo-ancestral-dos-mamiferos.shtml
· Breve história dos mamíferos monotremados e marsupiais
Para iniciarmos esse histórico desses dois grupos, iremos aprender qual animal representa cada grupo e o que diferencia um do outro. Os monotremados são mamíferos, mas para ter seus filhotes colocam ovos, característica comum dos répteis. Eles são representados atualmente pelos ornitorrincos e equidnas. Os marsupiais são animais muito interessantes no desenvolvimento do seu filhote, pois eles não nascem completamente formados, eles terminam seu desenvolvimento dentro de uma bolsa denominada marsúpio que fica do lado de fora na mãe. Eles são representados atualmente pelos cangurus e gambás. 
Figura 6.2 
Imagem de um ornitorrinco representando o grupo dos monotremados, mamíferos que colocam ovos. Fonte: http://tudosobretodosanimaisbloggerbomdemais.blogspot.com/2012/10/ornitorrincos.html
	
 Figura 6.3 
Imagem de uma mamãe canguru com seu filhote na bolsa marsupial para concluir o desenvolvimento do filhote. 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/527484175085741875/
Alguns especialistas admitem que o grupo dos monotremados surgiram por volta de 200 Ma, mas quando e como surgiram os marsupiais ainda é motivo de uma incerteza. No final do século XX, foi encontrado um fóssil que para os pesquisadores essas duas linhagens de mamíferos tinham se separado por volta de 125 Ma, mas quando estudaram o material genético das espécies viventes desses grupos levou a pensar que essa separação era bem mais antiga, por meados de 175 Ma. 
Figura 6.4 
Imagem representando o mais antigo fóssil dos mamíferos, animal placentário que viveu por volta de 160 Ma. Ele tinha cerca de 6 cm de comprimento e pesava cerca de 15g. 
Fonte: https://www.publico.pt/2011/08/25/ciencia/noticia/juramaia-sinensis-e-o-mais-antigo--fossil-de-mamifero-com-placenta-1509206
· Breve Histórico dos mamíferos placentários 
	Dando continuação a nossa historia da origem dos mamíferos na terra, iremos agora falar sobre os mamíferos placentários, mas antes de iniciarmos esse histórico iremos aprender o que são esses mamíferos placentários e suas características. Os mamíferos placentários são caracterizado pelas fêmeas possuírem mamilos para amamentar os seus filhotes e outra característica muito interessante é que as mamães geram seu filhote no útero, onde o feto consegue se alimentar pela placenta, esse grupo se diferencia do grupo anterior que estudamos. 
Figura 6.5 
Figura ilustrativa mostrando a gestação do feto nos mamíferos placentários e como a placenta nutre o feto. 
Fonte: http://salabioquimica.blogspot.com/2014/10/anexos-embrionarios.html
Acredita-se que o primeiro animal placentário a existir foi um pequeno animal com cerca de 10 cm de comprimento que foi batizada pelos pesquisadores de Eomaia, um fóssil mais antigo que pode ser o antepassado dos mamíferos placentários. 
A grande extinção que aconteceu entre os períodos Cretácio e Paleoceano, que matou os grandes répteis da face da terra como os dinossauros criaram de certa forma um favorecimento para que os pequenos mamíferos evoluíssem e obtiveram sucesso na evolução tomando mais espaço no novo cenário. Estes mamíferos eram os insetívoros que se alimentavam de insetos e possuíam tamanho pequeno, os onívoros que comiam algumas plantas e animais pequenos, e os grandes herbívoros e carnívoros que tinham seu porte maior. 
Os grandes oceanos com temperaturas quentes, cheio de peixes, possibilitou a evolução de algumas espécies de mamíferos aquáticos, como as primeiras baleias e os peixes-boi que existem até os dias atuais. 
Para finalizamos nosso capitulo do surgimento dos animais e sua evolução, é importante lembrar que do inicio da terra até os dias atuais vimos que ocorreu variasextinções de animais e alguns animais foram evoluindo, essa evolução é constante tanto na fauna como na flora e infelizmente alguns animais também são extintos, importante lembrar que a ação do homem influencia na extinção de algumas espécies, por isso devemos cuidar da nossa natureza para que não ocorra uma nova extinção em massa. 
Figura 6.6 Imagem ilustrativa, mostrando a evolução dos mamíferos placentários de grande e pequeno porte. 
Fonte: https://pt.quizur.com/trivia/alfabeto-de-animais-bg9W
· Exercícios 
1. Ovos amnióticos representaram uma novidade evolutiva importante, garantindo a independência de água para a reprodução e a verdadeira conquista do ambiente de terra firme. Em que grupo de animais essa característica surgiu originalmente? 
a) Anfíbios.
 b) Aves. 
c) Mamíferos. 
d) Peixes. 
e) Répteis.
2. Descreva os grupos dos mamíferos, sua característica e qual animal representa esse grupo. 
3. Descreva como seriam as primeiras formas de vida encontradas no período pré-cambriano?
4. Em qual período aconteceu o surgimento das aves 
a) No período Jurássico, por volta de 201,3 Ma e 145 Ma
b) No período Cretáceo por volta de 100 Ma e 157 Ma 
c) No período Pré - Cambriano 
5. De acordo com a nossa aula a égua e jumento podem se cruzar e produzir descendentes, mas não podem ser considerados seres da mesma espécie. Explique por quê.
· VAMOS PRATICAR?
· Cada aluno irá iniciar fazendo o resumo do capitulo estudado.
· Logo após o resumo irá produzir um mapa mental, colocando as informações que você considera principais de forma coesa. 
· Lembrando que esse material deve ser entregue junto com o exercício anterior 
· Links e materiais de apoio para ajudar na compreensão do nosso assunto 
· https://youtu.be/OYDUKdDW2Qk
· https://youtu.be/BtajgvdEwRo
· https://youtu.be/KTyMgHKjxC0
· http://bio11ifnmg.blogspot.com/2014/02/origem-das-especies-e-dos-grandes.html
REFERÊNCIAS. 
AMABIS, Jose Mariano; Martho, Gilberto Rodrigues. Biologia Moderna. Editora: Moderna, 1ª Edição. 
Biologia-3ª Série, César da Silva Júnior e Sezar Sasson, 2005 SARAIVA S.A.- Livreiros Editores, São Paulo, 2005.
Biologia-Volume Único, Sônia Lopes, Sérgio Rosso, 2005, SARAIVA S.A- Livreiros Editores, São Paulo, 2005.
AMABIS, Jose Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia das populações. Vol. 3. 2ª edição, São Paulo, 2004. Editora Moderna.
Produções: 
Professor Carlos Henrique: A ORIGEM DE NOVAS ESPÉCIES até A ORIGEM DOS GRANDES GRUPOS DE SERES VIVOS
Professora Leticia: A VIDA NOS MARES PRIMITIVOS
Professora Jacyele: ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS RÉPTEIS até ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS MAMÍFEROS