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ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE

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13.05 – 20.05
ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE
Conceito
> À Sociedade Ltda., com o CC/02, abriu-se a possibilidade de profissionalização da administração,
uma vez que a nomeação deste agente pode ser processada em favor de um administrador não sócio,
seja no contrato ou em ato separado – pode ser um indivíduo especializado para realizar a
administração.
→ não só, possibilitou-se também a nomeação de administrador pessoa jurídica
> Algumas decisões na sociedade não podem ser tomadas somente por quem administra. Estas
decisões são chamadas de deliberações e são tomadas pelos sócios, administradores ou não da
sociedade limitada;
→ pode-se administrar de forma individual ou conjunta. Não existe melhor ou pior forma,
depende da própria existência e objetivos da sociedade – ambos podem representar a
sociedade.
→ interessante colocar a administração conjunta, mas admitida a individual para que, na
presença de um único representante para deliberar, esta seja viável e válida.
> Administrador: é o indivíduo responsável pela atuação da empresa, aquele que pratica os atos
fundamentais para que ela se desenvolva e consiga realizar o objeto social
→ seu campo de ação pode ser limitado por cláusulas específicas no instrumento de
nomeação (mandato), ou pode ser limitada apenas pela atividade própria da empresa
→ em linhas gerais, administrar sob o aspecto empresarial é gerir os negócios, seja interna
corporis ou externa corporis, bem como representar judicialmente a sociedade e todos os
outros atos de administração.
> A administração de uma sociedade limitada é composta de uma ou mais pessoas físicas (naturais),
responsáveis pela gestão ou condução dos negócios sociais
→ O trabalho gerencial é fundamental na definição e alcance dos objetivos organizacionais,
na formulação e implementação de estratégias e na realização da visão de futuro da empresa –
tomar as estratégias de negócios, decididas pelo Conselho de Administração ou Assembleia
Geral e executada pelos Diretores
> Funções do Administrador:
1. capacidade de selecionar e escolher talentos.
2. definir os resultados certos a serem alcançados.
3. foco nas fortalezas (potencializar os pontos fortes).
4. adequação de toda a base organizacional aos requisitos do negócio da empresa
> Na sociedade limitada, o que a legislação anterior identificava como gerência, e que hoje melhor se
define como diretoria, é o órgão responsável pelos destinos da empresa (tomada estratégica de
decisões)
→ atribuições no âmbito da empresa, administrar efetivamente a sociedade.
→ no meio externo a diretoria representa a empresa, manifestando a vontade da pessoa
jurídica
> Apesar de ter como sócios somente uma pessoa jurídica, em um exemplo de sociedade limitada,
inevitavelmente, uma pessoa natural e física deverá exercer papel de representação dos sócio, o que
pode ser realizado pelo administrador, seja sócio ou não.
→ embora a sociedade possa ser constituída e tenha no seu quadro societário somente pessoas
jurídicas e não sendo contratualmente admitidos administradores não sócios, a diretoria desta
sociedade será composta de administradores que representem as respectivas pessoas jurídicas
sócias.
→ diretamente, somente pessoas físicas ou naturais podem exercer a administração de
empresa
> Observemos ainda que o próprio art. 997 que estabelece também para as Ltdas. cláusulas
obrigatórias do contrato social, determina em seu inciso VI que o contrato deve definir as pessoas
naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições
→ o ideal é ter diretores não sócios, para que se evite a existência de conflito de interesse.
→ no mundo real, em vista da necessidade de custos, os diretores e o conselho de
administração possuem pessoas aglutinando ambas as funções, por mais contra indicado que
tal diligência seja.
> Designação do Administrador
a) diretamente no contrato social no ato de sua constituição,
b) posteriormente através de um aditivo ao contrato social que passa a ter a mesma natureza
da modalidade anterior, sobretudo após a consolidação do contrato social
c) através de ato separado, podendo ser, por exemplo, através de ata de reunião ou assembléia
dos sócios com o respectivo termo de posse
→ seja qual for a maneira escolhida, o administrador passa a compor a diretoria que
comandará os negócios sociais, tanto internamente quanto representando a sociedade
externamente, inclusive junto às questões litigiosas, administrativas ou judicialmente
— a administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno
direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade – parágrafo unico do art.
1060 do CC, o que substitui um administrador, depende-se da designação prevista
para que seja constituído como sócio
> Regras para a Administração em geral:
a) nomeação deve ser formal, e deverá ser assinada no prazo de trinta dias sob pena de tornar
sem efeito tal ato;
b) deverá ser averbada no Registro Empresarial no prazo máximo de dez dias, a contar da
investidura do cargo;
Administrador não-sócio
> Para que sejam admitidos administradores não sócios, não basta que os participantes da sociedade
resolvam colocá-los, é indispensável que haja previsão contratual.
→ a designação deles dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital
não estiver integralizado, e de dois terços, no mínimo, após a integralização – há de ser
observada a questão do quórum para deliberação sobre o assunto
> Quórum para o Administrador não-sócio:
→ se o capital social estiver totalmente integralizado, para a admissão de administrador não
sócio haverá a necessidade de aprovação de no mínimo 2/3 dos sócios;
→ na hipótese de não estar totalmente integralizado o capital, somente com a aprovação de
todos os sócios, ou seja, com a unanimidade
Administrador sócio
> Quórum para o Administrador sócio:
→ a lei exige a instalação de uma assembléia com o quorum mínimo de ¾ do capital social,
quando por meio do contrato social;
→ e por mais da metade do capital quando por instrumento apartado, exigindo-se, da mesma
forma, a averbação no registro competente
> Ato em Separado: terá que ser aprovada por sócios titulares de no mínimo três quartos, ou seja,
mais de 75% do capital social, pois este é o quorum mínimo para se processar alteração no contrato
social previsto no artigo 1.076, inciso I.
→ se não modificar o contrato social, precisa da aprovação de sócios que sejam titulares de
mais da metade do capital social
Deveres do administrador
> Os deveres do administrador estão previstos, de forma geral, no Código Civil artigo 1.011,
resumindo-se aos deveres de diligência e probidade. A lei das AS também contribui para definir
melhor os deveres do administrador, nesse caso, especificamente nas sociedades por ações
→ Dever de Diligência: O administrador deve atuar com todo o zelo e cuidado que a ciência
da administração ensina. Deve aplicar, da melhor forma, todos os métodos, teorias e atos
próprios e adequados aos padrões da técnica administrativa com a intenção de realizar a
finalidade social da sociedade. As obrigações do administrador são sempre de meio e não de
fim, ou seja, não se obriga pelo efetivo sucesso, mas pela busca de tal (best efforts). Responde
sempre na forma dos seus esforços
→ Dever Ético-social: os interesses da sociedade devem satisfazer as exigências do bem
público e a função social da empresa – o administrador deve exercer seus atos, para realizar o
objeto social, sempre com base e parâmetro nos dois objetivos
— Desvio de Poder: A administração da sociedade não gera poderes ilimitados
àqueles que a detém. A própria lei tenta coibir os atos de liberalidade que sejam
prejudiciais à saúde financeira da sociedade ou que não sejam do interesse social –
este tema é o que sustenta as diligencias societárias no caso de atos de inegável
gravidade
→ Dever de Lealdade: Por dever de lealdade entende-se, em primeiro lugar, o sigilo sobre os
negócios da sociedade e, em segundo lugar, a não utilização em proveito próprio ou de
terceiros das informaçõesprivilegiadas que decorrem de seu cargo (insider trade, art. 27D da
Lei X).
— Limitações decorrentes deste dever: a impossibilidade dos administradores de
instituições financeiras constituírem-se como mutuários das instituições que
administram – impedimento a pedir empréstimo na instituição financeira que
trabalha.
→ Dever de Sigilo: Refere-se à reserva das informações que ainda não foram repassadas ao
mercado, obtidas em razão do cargo
→ Dever de Informar: obrigação do administrador a dar publicidade aos negócios ou
situações da sociedade que poderão influenciar no mercado e seus investidores. O dever de
sigilo e de lealdade impedem que as informações impactem o mercado financeiro e façam
variar o valor no mercado de uma empresa ou bem (exemplo Elon Musk e a criptomoeda
Dogecoin)
Poderes do Administrador
> Limites
→ O administrador deve agir conforme a lei e também segundo os poderes que lhe são
conferidos pelos sócios
→ Em nenhum caso o administrador poderá por si só vir a realizar atos que competem
expressamente aos sócios
> Existem decisões tomadas pelos sócios e executados pelo administrador e que, por sua vez, com
base no decidido, tomará as decisões e providências rotineiras para tal execução
> O art. 1071 do CC/02 estabelece limites ao poderes do administrador: art. 1071
→ Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no
contrato:
I – a aprovação das contas da administração;
II – a designação dos administradores, quando feita em ato separado;
III – a destituição dos administradores;
IV – o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato;
V – a modificação do contrato social;
VI – a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de
liquidação;
VII – a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas;
VIII – o pedido de concordata
> As restrições podem ser maiores quando estiver estabelecido no contrato social ou resultar de outra
decisão social e assim o administrador deve agir de acordo com a maioria (art. 1013, § segundo do
CC/02). A violação de limitações legais e contratuais é sancionada pela responsabilidade civil –
novamente menção ao 1.085 (atos de inegável gravidade), no momento em que se causa danos à
sociedade e ensejando a responsabilização
> Espécies de Poderes do Administrador
→ Comuns ou Intra Vires: (dentro das forças) – decorre do só fato de ser administrador;
equivalem aos poderes de mandato em termos gerais; são poderes de gestão ou para os atos
normais de administração (ex: atos relativos ao objeto social; admissão, demissão
empregados,etc.)
→ Especiais ou Ultra Vires: (além das forças) - necessidade de outorga expressa; equivalem a
poderes especiais de mandato; atos que ultrapassam os normais de gestão ou de administração
(ex: fiança, aval, venda, etc). A não realização de outorga enseja responsabilização dos
envolvidos.
> Exclusão extrajudicial de Sócio:
(i) Deliberação por sócios representando a maioria do capital social;
(ii) Sócio que ponha em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de inegável
gravidade;
(iii) Alteração do contrato social que deve prever a exclusão por justa causa;
(iv) Convocação em reunião ou assembléia para o fim da exclusão;
(v) Ciente o acusado em tempo hábil para permitir o seu comparecimento e o exercício do
direito de defesa
→ A exclusão extrajudicial de sócio pode, ainda, ser deliberada em caso de sócios remissos
(descumpre a integralização pecuniária do capital social), pela maioria dos demais sócios
Responsabilidade dos administradores e dos sócios
> Podem os sócios responder pelos débitos da sociedade limitada? Qualquer sócio ou só os
administradores? Se podem, qual a extensão desta responsabilidade? Deve antes esgotar a
possibilidade de cobrança da sociedade?
→ O CC/02 estabelece (art. 1.052) responsabilidade do sócio limitada ao valor de sua quota,
sendo solidária entre os sócios pela integralização do capital. É o princípio da separação do
patrimônio dos sócios e da sociedade, plenamente reconhecido
> Ilimitação da Responsabilidade – Desconsideração da Personalidade Jurídica: abuso de direito,
excesso de poder, infração da lei por fato ou ato ilícito, violação dos estatutos ou do contrato social,
falência, estado de insolvência - encerramento ou inatividade provocados por má administração
→ No CC/02, a desconsideração da personalidade jurídica admite responsabilidade solidária
em caso de desvio de finalidade, confusão patrimonial
> Quanto aos administradores e sócios, é preciso, portanto, que haja um fato ilícito, voluntário, com
dolo, tendo havido intenção de inadimplir o crédito tributário. O preposto (incluindo o contador ou
contabilista) responde pessoalmente ao preponente, por ato culposo. e solidariamente com o
preponente, perante terceiros, por ato doloso

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