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Calcificações Patológicas Funções do cálcio: ➔ Contração dos músculos esqueléticos, cardíacos e lisos ➔ Coagulação sanguínea e hemostasia ➔ Transmissão de impulso nervoso ➔ Excitabilidade celular (para dar estabilidade a membrana) ➔ Liberação de hormônios ➔ Ativação de enzimas ➔ Manutenção e estabilidade de membranas celulares ➔ Manutenção da integridade estrutural de ossos e dentes Regulação dos mecanismos de cálcio: Hormônios calciotrópicos Nív Calcitonina PTH VITAMINA D Níveis de cálcio plasmático Calcificações Patológicas Calcificações Patológicas Sistema endocrinológico e Vitamina D Intestino: 1,25(OH)2D estimula a absorção ativa de cálcio no duodeno e absorção passiva no jejuno. A absorção ativa é regulada pelo estímulo à expressão de proteínas responsáveis pela captação do cálcio pelos enterócitos (TRPV5 e TRPV6), de proteínas envolvidas no transporte intracelular do cálcio (calbindina) e dos canais de membrana ATP-dependentes para extrusão do cálcio para o fluido extracelular. Rins: 1,25(OH)2D atua nos túbulos distais promovendo a reabsorção do cálcio filtrado através da regulação da expressão de proteínas transportadoras de cálcio, TRPV5 e CaBP- 9k. Osso: 1,25(OH)2D regula expressão e síntese de FGF-23 nos osteoblastos e osteócitos, o qual inibe a atividade da proteína cotransportadora de sódio e fosfato tipo 2a (NaPi2a) nos túbulos proximais, regulando a fosfatemia e a fosfatúria de modo a promover níveis de cálcio e fósforo adequados para a mineralização óssea Calcitonina Calcificações Patológicas Calcificação Patológica Conceito: a calcificação patológica é a deposição anormais de sais de cálcio junto com quantidade menores de outros sais minerais Tipos: distrófica e metastática Calcificação Distrófica ➔ Deposição localizada ➔ Independente dos níveis séricos de cálcio ➔ Encontrada em áreas de necrose tecidual ➔ Pode iniciar intracelularmente (mitocôndrias de células em lesão irreversível) ou extracelularmente Calcificações Patológicas 1. Fosfatase alcalina: comumente observada nos processos normais de calcificação. Nos tecidos lesados é aumentada a sua liberação, o que facilita a formação de fosfato de cálcio 2. Alcalinidade: nos tecidos necrosados, a alcalinidade está aumentada, provocando uma diminuição da solubilidade do carbonato de cálcio. Este, agora menos solúvel, precipita-se mais facilmente 3. Presença de proteínas extras : acredita-se que algumas proteínas, como o colágeno, possuem afinidade pelos íons cálcio, principalmente nos processos normais de calcificação. Em tecidos necrosados, essas proteínas podem estar “descobertas”, mais livres para associação com o cálcio, estimulando a deposição destes sobre a matriz proteica. Iniciação com a deposição de cristais de fosfato de cálcio e proliferação quando há a progressão autocatalítica da deposição de sais. Exemplos: ➔ Camada íntima de vasos sanguíneos (placas ateromatosas) ➔ Válvulas cardíacas – endocardites ➔ Túnica média das artérias ➔ Tumores (mama, ovários, tireóide) ➔ Processos inflamatórios crônicos granulomatosos (tuberculose) Macroscopia: • Sítio de lesão esbranquiçado • Consistência arenosa ou pétrea • Constatação ao som de “ranger de navalha” ao corte na macroscopia Calcificações Patológicas Microscopia • Apresenta coloração basofílica • Coloração histoquímica (especial): VonKossa (coloração enegrecida) Calcificações Patológicas Corpo psamomatoso: calcificações microscópicas arredondadas com estrutura lamelar concêntrica encontradas em algumas neoplasias e malignas e em alguns processos inflamatórios crônicos Calcificação Metastática ➔ Ocorre em tecidos normais sempre que houver hipercalemia ➔ Calcificação heterotópica ➔ Tendência a ser mais generalizada ou multifocal Principais locais de deposição: ➔ Coração – interstício muscular Calcificações Patológicas ➔ Rins – epitélio tubular e interstício renal ➔ Pulmão- parede dos alvéolos ➔ Mucosa gástrica – lâmina própria e membrana basal das glândulas Teoria da alcalinidade dos órgãos: rins, pulmões e mucosa gástrica mais predispostos a deposição de sais de cálcio devido ao pH parcialmente alcalino Macroscopia e microscopia: • Não são diferenciáveis das calcificações distróficas morfologicamente • Consistência arenosa ou pétrea comum • Tendência a afetar múltiplas áreas e ser mais difusa • Tecidos sadios sem evidencia de lesão Calculose • Massas sólidos, concretas e compactas, esferoides e ovoides ou facetada de consistência argilosa á pétrea • Localizados em estruturas tubulares ocas e sem fluxo sanguíneo • Causam obstrução, lesão ou infecção de ductos Calcificações Patológicas Colelitíase – cálculo da vesícula biliar Nefrolitíase – pedras renais
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