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BMF III - HISTOLOGIA DA HIPÓFISE

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BMF III - HISTOLOGIA DA HIPÓFISE
ROSS CAP 21 - ÓRGÃOS ENDÓCRINOS
NETTER CAP 10 - SISTEMA ENDÓCRINO
GLÂNDULAS EXÓCRINAS
-Tem um Ducto que leva a secreção para fora
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
-Vai direto para a corrente sanguínea, não tem Ducto
-Em sua volta surgem vasos sanguíneos
EXISTEM 2 TIPOS:
1-CORDONAL
-Em forma de cordão em volta dos vasos sanguíneos
2-FOLICULAR
-Secreta para dentro dos colóides e depois vai para fora
HIPÓFISE
-Tem origem no teto do estomodeu (epitélio glandular, adeno hipófise) e bolsa de
rathke (epitélio neural, neuroectoderma, neuro hipófise)
Neuro-hipófise - evaginação do teto do estomodeu (neuroectoderma) +
Adeno-Hipófise Evaginação do assoalho do diencéfalo (ectoderma de superfície)
ADENO-HIPÓFISE
-Muito mais células
-Formada por Epitélio glandular endócrino cordonal
-Epitélio de revestimento, bolsa de rathke
-Produção e secreção
DIVIDIDA EM 3 REGIÕES:
1-PARTE DISTAL
-Maior parte
-Epitélio cordonal (epitélio glandular)
-Vasos fenestrados
-Células cardinais quando coradas com H e E, se consegue ver células basófilas
10% (corante básico - hematoxilina - roxo), acidófilas 40% (afinidade com corantes
ácidos - eosina - rosa) e cromófobas 50% (fobia, não gosta de corante, não se
cora), se acredita que são células tronco
-Para se conseguir ver todos os tipos de células é preciso fazer uma
imunohistoquímica
2-PARTE INTERMEDIÁRIA
-tecido: pequenos cistos preenchidos com colóide que são resquícios da bolsa de
Rathke (cistos de Rathke)
-Produzem hormônio estimulador de melanócitos e o peptídeo opióide
beta-endorfina
-entre a adeno e neuro hipófise
-Onde a bolsa de rathke grudou
-Nos humanos essa parte é rudimentar
-Tem folículos
3-PARTE TUBERAL
-Região que da a volta e agarra a Neuro hipófise
-Altamente vascularizada e acredita-se que existem células que conectam o
hipotálamo com a neuro hipófise
-Não se sabe sua importância em humanos
-Não se vê o epitélio dessa região
CÉLULAS - Atividade
A- Basófila - roxo - hematoxilina - Ex. FSH, LH, TSH e ACTH
B- Acidófila - rosa - eosina - GH, PRL
C- Capilar sanguíneo, com epitélio fenestrado - Célula endotelial do capilar
simusóide
D- Cromofoba (tem o núcleo maior do que das outras células)
NEURO-HIPÓFISE
-Por meio de neurônios hipotalâmicos especializados em neurosecreção, secreta
dois hormônios peptídicos ocitocina e ADH (vasopressina)
-Mais regiões de neurônios e poucas células
-Formada pelas regiões finais dos axônios, onde os corpos de Herring armazenam
os neuro-hormônios para serem secretados na corrente sanguínea, quem produz os
hormônios é o Hipotálamo
-Tecido nervoso
-Extensão do tecido nervoso central
-Sem presença de células secretoras
-Capilares fenestrados
-Ocitocina e Vasopressina (ADH)
DIVIDIDA EM DUAS PARTES
1-REGIÃO NERVOSA
2-INFUNDÍBULO
CÉLULAS
1-Pituicitos (astrocitos)
-Formam a sustentação das células
-Sustentação para o tecido nervoso
2-Neurônios
-Tratos = conjunto de vários axônios, os axônios não tem mielina
-Os neurônios que vão para a neuro-hipófise eles terminam na neuro-hipófise e
essas regiões finais das vesículas terão as secreções
-A neuro hipófise é formada pela parte terminal dos neurônios, onde ficam os
depósitos de neurosecreção chamados Corpos de Herring
CASO CLÍNICO
1-
-Fossa hipofisial da sela turca (acidente ósseo) do osso esfenóide
-A hipófise está estrategicamente localizada na base do encéfalo, na região do
hipotálamo, onde o pedículo hipofisário, com o qual ele mantém extensas
conexões vasculares e neurais, a mantém suspensa.
-Ela se situa na linha média em uma depressão do osso esfenoide, a sela turca, e,
por isso está bem protegida. A hipófise possui várias importantes relações
anatômicas. Ela se encontra próxima anterolateralmente ao quiasma óptico e aos
nervos ópticos, de modo que lesões ou tumores na hipófise que exerçam pressão
sobre essas estruturas possam causar deficiências visuais significativos. O seio
paranasal esfenoidal se encontra inferiormente à glândula, o que permite que o
acesso cirúrgico transesfenoidal seja relativamente fácil até ela. A face superior da
hipófise é coberta por uma extensão espessada da dura-máter, chamada de
diafragma da sela, e a glândula é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo
denso modelado.
2-
Neuro-hipófise - evaginação do teto do estomodeu (neuroectoderma) - tecido
nervoso
Adeno-Hipófise - Evaginação do assoalho do diencéfalo (ectoderma de
revestimento) - glandular com cordões
-A adeno-hipófise origina-se da bolsa de Rathke, uma invaginação embrionária do
epitélio faríngeo, e a neuro-hipófise deriva do crescimento de tecido neural do
hipotálamo
-Uma vem de ectoderma de revestimento e outra vem da parte neural. A que vem
de ectoderma de revestimento forma a adeno-hipófise e sua histologia forma tecidos
de glândula, já a de origem neural não tem glândulas e é formada apenas de tecido
nervoso
-Existe uma porção de origem nervosa e outra de origem ectodérmica de
revestimento, e por conta dessa origem, a hipófise consiste em duas glândulas: a
de origem nervosa - neuro-hipófise formada pela evaginação do assoalho do
diencéfalo que vem do neuroectoderma, um tecido nervoso - e a de origem
ectodérmica - adeno-hipófise com evaginação do teto do estomodeu, que vem do
ectoderma e tem epitélio de glândulas cordonais.
3-
Adeno-Hipófise São 6 hormônios: GH (somatotrofina), TSH (tireoestimulante ou
Tireoteofina), FSH (foliculoestimulante), LH (luteinizante), PRL (prolactina), ACTH
(adrenocorticotrófico ou Corticotrofina)
Neuro-hipófise não produz nenhum hormônio
Neuro-hipófise:
- não há produção de hormônios
- há somente secreção (liberação de hormônios hipotalâmicos) e armazenamento:
ocitocina (indução de parto, ejeção de leite) e ADH (controle de osmolaridade e
fluidos corporais)
Adeno-hipófise:
Produz 6 hormônios: Na Parte Distal - Todos são peptídeos
I) ACTH (hormônio adrenocorticotrófico); - Corticotropos
II) TSH (hormônio tireoestimulante); - Tireotropos
III) GH (hormônio de crescimento); - Somatotropos - Hormônio Proteico
Hidrossolúvel
IV) FSH (hormônio foliculoestimulante); - Gonadotropos
V) LH (hormônio luteinizante); - Gonadotropos
VI) PRL (Prolactina) - Lactotropos
4-
Adeno-Hipófise (derivada do ectoderma oral)
1-Parte distal - Pars distalis
2-Intermediária - Pars intermedia - Formada por Tecido Epitelial Glandular Endócrino
Cordonal
3-Tuberal - Pars tuberalis
Neuro-Hipófise (derivada do neuroectoderma)
1-Região nervosa - Formada por Tecido Nervoso
2-Infundíbulo (eminência mediana + pedículo hipofisário)
OBS: No NETTER é classificada como
1-Parte nervosa (Pars nervosa) - parte principal e mais expandida
2-Eminência Mediana - parte superior que fica a glândula ao hipotálamo. É
parcialmente envolvida pela parte tuberal, a qual está ligada a ela por uma rede de
muitos capilares da adeno hipófise
3-Infundíbulo - Haste delgada associada a parte tuberal, formando com está o
pedículo hipofisário
5-
1-Células basofilas 10% (corante básico - hematoxilina - roxo),
2- Células acidófilas 40% (afinidade com corantes ácidos - eosina - rosa) e
3- Células cromófobas 50% (fobia, não gosta de corante, não se cora), se acredita
que são células tronco
6-
Adeno-hipófise. Célula Somatotrófica GHRH somatotrofos (GH). Acidófila - eosina -
rosa
PARTES DA FIGURA
5-Neuro-hipófise
6-Parte intermediária da adeno-hipófise
7-Adeno-hipófise
8-Parte Tuberal da adeno-hipófise
9-Infundíbulo
BMF III - FISIOLOGIA DO EIXO SOMATOTRÓPICO
GUYTON - CAP 76 - Hormônios Hipofisários e seu controle pelo hipotálamo
SILVERTHORN CAP 23
IGF-1 - Fator de Crescimento semelhante à insulina
-O IGF-1 induz maior produção de somatostatina que por sua vez se liga aos
receptores das células somatotróficas inibindo a liberação de Gh
-Inibe diretamente o somatotrofo e indiretamente por indução da somatostatina pelo
hipotálamo, então inibe o GH pela produção de somatostatina
-Se bloqueia o IGF-1 diminui a somatostatina, diminui a inibição do PKA,
aumentando a síntese e secreção de GH
-Inibe diretamente o somatotrofo e indiretamente aumenta a somatostatina que inibe
o PKA (Feedbacknegativo)
-Age em colaboração com o GH e induz mitose e proliferação
-Produzido pelo fígado, porém na região da placa epifisária também é produzido,
que é importante para seu desenvolvimento
-O condrócito produz IGF que é utilizado pela própria célula que produziu
(autócrina), pode agir em uma célula vizinha (parácrina) ou pode utilizar o IGF que
está no sangue (endócrina), então a cartilagem cresce e é substituída por osso
-Fator muito importante para a proliferação celular
-A meia vida do IGF-1 é mais longa do que o GH
-O IGF-1 é um hormônio que induz a proliferação
PKA - Proteína Quinase A
-A via do PKA no somatotrofo que estimula ou inibe a síntese e secreção de GH
GHBPs
-Proteínas carreadoras de GH
GH
-Hormônio hidrossolúvel, porém é carreado por uma proteína carregadora pois isso
faz com que aumente a vida útil do Gh aumentando o estoque deste hormônio no
sangue e protege sua degradação no fígado e rins
-O Gh é produzido pelos neurônios parvocelulares e secretados pelos somatotrofos
da adeno-hipófise
-Apos ser secretado no sangue se liga em um receptor específico nas células alvo
(hepatócitos, placa epifisaria) que estimula a produção de IGF-1
-Tem um efeito hiperglicemiante
-Promove uma hiperinsulinemia pois tem muita glicose no sangue
-Aumenta a síntese proteica no músculo, diminui a captação de glicose
-No tecido adiposo aumenta a lipólise, diminui a captação de glicose. Se libera
ácidos graxos e glicerol no sangue e no fígado como está estimulando a
gliconeogênese se usa esses componentes
-Reduz a sensibilidade à insulina o que promove uma produção maior de insulina
pelas células beta pancreáticas o que pode ocasionar a diabetes
O GH estimula a produção de somatomedinas, dentre elas o IGF-1 produzido pelo fígado. O aumento
da secreção de GH aumentou os níveis de IGF-1 circulante.
EIXOS
Eixo Hormonal
Estímulo
GHRH — GH — IGF-1
Feedback Negativo
IGF-1 Induz + Somatostatina ou Hormônio Inibidor do Hormônio de Crescimento
(GHIH)
O IGF-1 induz maior produção de somatostatina que por sua vez se liga aos
receptores das células somatotróficas inibindo a liberação de Gh
GH Inibe menos GHRH
O excesso de Gh inibe pela alça curta a produção de GHRH
ACONDROPLASIA
-Não há alteração hormonal e sim genética, pois se trata de um distúrbio no gene
FGFR3, o qual é responsável por transcrever receptores para GH nas células. Com a
mutação desse gene, não há a produção de receptores de GH, não havendo,
portanto, alteração hormonal.
-O problema se encontra nos receptores para Gh nas placas epifisárias o que
ocasionará na não formação da placa epifisária e consequentemente o crescimento
ficará prejudicado.

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