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Sistema Digestório e Endócrino_Sistema Endocrino

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Organogênese do sistema endócrino
O que é organogênese do sistema endócrino?
O processo de formação dos órgãos e demais tecidos que compõem o organismo.
ocorre dentro do estágio do desenvolvimento embrionário.
Apresentação de como os três folhetos germinativos, derivados do processo de gastrulação (ectoderme, mesoderme e 
endoderme), se diferenciam e se desenvolvem, dando origem aos órgãos que compõem o sistema endócrino.
A formação das glândulas - que compõem o sistema endócrino - inicia-se na 4ª semana da gestação, sendo que cada glândula 
apresenta um padrão de desenvolvimento específico, a partir de diferentes estruturas formadas pelos três folhetos 
embrionários.
E quais são essas glândulas e suas estruturas de origem?
Hipófise: Desenvolvimento do ectoderma, da cavidade oral e do ectoderma, do assoalho do diencéfalo.
Tireoide: Endoderme da porção cranial do intestino primitivo anterior ou faríngeo, que originará a faringe primitiva.
Paratireoides: Endoderme da terceira e quarta bolsas faríngeas.
Pâncreas: Endoderme da porção caudal do intestino primitivo anterior.
Glândulas suprarrenais: Mesoderme (região cortical) e células da crista neural (região medular).
Hipófise
A hipófise é proveniente do desenvolvimento do ectoderma, ela possui duas porções principais distintas, tanto em relação à 
origem do ectoderma, quanto às suas funções. 
A glândula é formada pela evaginação de uma porção do ectoderma da cavidade oral primitiva (estomodeu), que se desenvolve 
em direção cranial, formando a bolsa de Rathke e pelo crescimento do assoalho do diencéfalo em direção caudal, denominado 
infundíbulo.
Durante a 3ª semana do desenvolvimento embrionário, a bolsa de Rathke continua crescendo no sentido dorsal, em direção ao 
infundíbulo, perdendo a conexão com a cavidade oral no final do 2º mês de gestação, porém, permanecendo em contato íntimo 
com o infundíbulo. 
Subsequentemente, as células da parede anterior da bolsa de Rathke se multiplicam rapidamente, dando origem ao lobo 
anterior da hipófise, mais conhecido como adeno-hipófise.
Parte do labo anterior da hipófise, conhecida como porção 
tuberal, cresce ao redor do pedículo do infundíbulo, 
circundando toda a sua região. Contudo, a parede posterior 
da bolsa de Rathke, próxima ao infundíbulo, se desenvolve 
na porção intermediária da adeno-hipófise. 
O infundíbulo originará o pedículo e a parte nervosa, ou lobo posterior da hipófise, mais comumente designada neuro-
hipófise. Esta é formada por células neurogliais e fibras dos neurônios hipotalâmicos. Iremos aprofundar os estudos em seus 
aspetos anatômicos, histológicos e funcionais mais adiante. 
Tireoide
É formada pelo desenvolvimento do folheto embrionário endodérmico da porção cranial do intestino primitivo anterior, 
também denominado intestino faríngeo, que dará origem à faringe primitiva.
A partir do 24º dia de desenvolvimento embrionário, ocorre um: espessamento endodérmico mediano do assoalho da faringe 
primitiva (A), entre o tubérculo ímpar e a cópula (estruturas relacionadas ao desenvolvimento da língua), formando uma 
evaginação conhecida como tireoide primitiva (B). 
Subsequentemente, com o crescimento do embrião, a glândula em desenvolvimento migra pelo pescoço, passando 
ventralmente ao osso hioide e às cartilagens laríngeas em desenvolvimento. 
Durante essa migração, a tireoide permanece conectada à língua por um canal estreito, o ducto tireoglosso (C).
Em torno da 7ª semana de gestação, a tireoide alcança sua posição final na frente da traqueia, observado na figura acima (D) e 
o ducto tireoglosso degenera-se, restando apenas vestígios da sua abertura denominado forame cego no dorso da língua. 
Por volta da 11ª semana, a tireoide começa a funcionar, observando-se os primeiros folículos contendo coloide. 
Bolsa de Rathke é uma depressão no topo da boca em 
desenvolvimento.
Unidade 3
 
Por volta da 11ª semana, a tireoide começa a funcionar, observando-se os primeiros folículos contendo coloide. 
As células foliculares produzem o coloide, que funciona como matriz para síntese de tiroxina e de tri-iodotironina.
Entretanto, a tireoide também possui, em sua constituição, localizadas entre os folículos, as células parafoliculares ou células C, 
responsáveis pela produção do hormônio calcitonina. 
Essas células são originadas da migração das células da crista neural, provenientes do fechamento do tubo neural na região 
cranial do embrião, presentes no corpo ultimobranquial (região ventral da quarta bolsa branquial), que, posteriormente, será 
incorporado à glândula tireoide.
Paratireoide
As glândulas paratireoides originam-se da 3ª e 4ª bolsa faríngea, formadas a partir do desenvolvimento do folheto embrionário 
endodérmico da porção cranial do intestino primitivo anterior, também denominado intestino faríngeo, que posteriormente 
originará a faringe primitiva.
A 3ª e 4ª bolsas faríngeas são caracterizadas por apresentarem, na sua extremidade distal, uma porção dorsal e outra ventral. 
Por volta da 5ª semana de gestação, a região dorsal da 3ª bolsa faríngea se diferencia na glândula paratireoide inferior, 
enquanto que, o timo se origina da porção ventral da bolsa.
Ambos os primórdios glandulares perdem sua conexão com a parede faríngea, e a glândula paratireoide inferior acompanha o 
timo em sua migração no sentido caudal e medial.
Embora a principal porção do timo se mova rapidamente até sua posição final, na porção anterior do tórax, enquanto se funde 
com seu complemento do lado oposto, sua porção caudal persiste algumas vezes inserida na glândula tireoide ou como nichos 
tímicos isolados. 
O tecido paratireoideo da 3ª bolsa finalmente se posiciona na superfície dorsal da glândula tireoide e forma a glândula 
paratireoide inferior.
O desenvolvimento do epitélio da região dorsal da 4ª bolsa faríngea irá formar a glândula paratireoide superior, que, ao perder 
contato com a parede da faringe, se adere à superfície dorsal da tireoide, que migra caudalmente e se torna a glândula 
paratireoide superior, visto na figura acima. 
A glândula paratireoide derivada da 3ª bolsa migra com o timo e, por essa razão, assume uma posição inferior à glândula 
paratireoide derivada da região dorsal da 4ª bolsa faríngea.. 
Pâncreas
É formado pelo desenvolvimento do folheto embrionário endodérmico da porção caudal do intestino primitivo anterior, que, 
conjuntamente, originará o duodeno e outros órgãos do sistema digestório. 
É inicialmente constituído por dois brotos: 
Pancreático dorsal, localizado no mesentério
Pancreático ventral, próximo ao ducto biliar. 
Com a movimentação do duodeno para a direita, o broto pancreático ventral se move dorsalmente, posicionando-se 
imediatamente abaixo e atrás do broto dorsal. 
Subsequentemente, o parênquima e os sistemas de ductos dos brotos pancreáticos dorsal e ventral se fundem, formando as 
diferentes regiões anatômicas do pâncreas; 
O broto ventral forma o processo uncinado e a porção inferior da cabeça do pâncreas, enquanto que a porção restante da 
glândula é derivada do broto dorsal.
No 3º mês da vida fetal, as ilhotas pancreáticas ou de Langerhans, se desenvolvem a partir do tecido pancreático 
parenquimatoso, que no indivíduo adulto, serão constituídas por 4 tipos de células diferentes: 
Células β - produtoras de insulina
Células α - produtoras de glucagon
Células δ - produtoras de somatostatina
Células P - produtoras de polipeptídeo prancreático. 
A distribuição desses tipos celulares não é homogênea ao longo do parênquima do órgão devido à origem ventral e dorsal desse 
órgão. 
Dessa maneira, no corpo e na cauda, há maior densidade de células α e β, enquanto que, na cabeça, há uma prevalência de 
células P.
O mesoderma visceral, que circunda os brotos pancreáticos, forma o tecido conjuntivo pancreático.
Glândulas suprarrenais (adrenal)
A glândula suprarrenal adulta é composta por duas diferentes regiões:
Córtex: origem no desenvolvimento do folheto embrionário mesodérmico.
Medula: origem no desenvolvimento dofolheto embrionário ectodermico.
Durante a 5ª semana do desenvolvimento embrionário, as células mesoteliais entre a raiz do mesentério e a gônada em 
desenvolvimento começam a proliferar e penetram o mesênquima subjacente. 
Nesse ponto, elas se diferenciam em grandes células acidófilas, que formam o córtex fetal ou córtex primitivo, da glândula 
suprarrenal.
 
suprarrenal.
Posteriormente, outras células do mesotélio (morfologicamente menores) invadem o mesenquima, circundando a massa 
celular acidófila presente. 
Após o nascimento, o córtex fetal regenera-se e as células mesoteliais menores remanescentes se diferenciam em 3 camadas 
definitivas, formando o córtex da adrenal adulta, que é compartimentalizado em três regiões denominadas zona glomerulosa, 
zona fasciculada e zona reticular.
As especificidades histológicas e funcionais dessas sub-regiões do córtex da adrenal serão abordadas adiante. 
Concomitantemente à formação do córtex, as células da crista neural (origem ectodérmica) invadem a região medial da 
glândula, onde ficam arranjadas em cordões e grupos para formar a medula da glândula. 
As células da crista neural se diferenciarão nas células cromafins, que representam neurônios simpáticos pós-ganglionares 
modificados, inervados por fibras simpáticas que, quando estimuladas, produzem adrenalina e noradrenalina, liberadas 
diretamente na corrente sanguínea.
Introdução ao sistema endócrino
O sistema endócrino é formado pelo hipotálamo e por um conjunto de glândulas envolvidas na produção de hormônios, que 
são lançados na circulação sanguínea até alcançarem os determinados órgãos de atuação.
Em cooperação com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena toda a fisiologia corporal. 
Essa associação é possível devido à existência do hipotálamo, formado por um grupo de células nervosas localizadas na base do 
encéfalo, que estabelece a integração entre esses dois sistemas orgânicos, por meio do sistema porta-hipofisário.
O que é um hormônio?
Hormônios são moléculas, com diferentes naturezas químicas, que agem como sinalizadores. 
Essas moléculas são sintetizadas e liberadas na corrente sanguínea, por células epiteliais especializadas (endócrinas). 
Essa denominação "endócrinas" foi dada porque, essas células secretam os hormônios para dentro da circulação sanguínea, ao 
contrário das células de glândulas exócrinas, cuja secreção é conduzida pelos ductos excretores à uma cavidade de um 
determinado órgão ou à superfície do corpo.
Quais são as funções dos hormônios?
São responsáveis por diversas funções corporais consideradas contínuas e de longo prazo, que incluem metabolismo, regulação 
de temperatura, balanço hídrico e de íons, reprodução, crescimento e desenvolvimento.
As células endócrinas comumente se unem, formando glândulas endócrinas, nas quais se organizam geralmente sob forma de 
cordões celulares, havendo exceções. 
Existem também muitas células endócrinas isoladas, como as encontradas no sistema digestório (sistema endócrino difuso). 
Entretanto, hormônios também podem ser liberados por neurônios (neuro-hormônios) e, ocasionalmente, por células do 
sistema imune (citocinas).
Quais são os principais órgãos do sistema endócrino?
Hipotálamo
Glândula hipófise, tireoide e suprarrenais
Timo
Região endócrina do pâncreas
Testículos e os ovários. 
Classificação hormonal, síntese, secreção, transporte, 
depuração e mecanismos de ação dos hormônios
Os hormônios podem ser classificados de acordo com a natureza química de suas moléculas, que, embora possam apresentar 
uma grande diversidade estrutural, tais como os hormônios peptídicos (ou proteicos), os hormônios esteroides e os hormônios 
derivados de aminoácidos (amínicos), didaticamente é conveniente classificá-los em dois grandes grupos: os hidrossolúveis e os 
lipossolúveis.
O caráter de hidrossolubilidade dos hormônios influencia na determinação de características comuns nos processos de síntese, 
secreção, transporte e metabolização, assim como o tipo de receptor e o mecanismo de ação. (AIRES et al., 2008)
Hormônios Hidrossolúveis
Conhecidos também como, o grupo dos hormônios proteicos e são formados, principalmente, por proteínas.
As proteínas são formadas por cadeias de aminoácidos, conectados entre si por ligações peptídicas, preservando a 
característica polar das moléculas dos aminoácidos, o que os torna hidrossolúveis. 
Qual a composição desses hormônios?
A composição varia desde um único aminoácido modificado (hormônios derivados de aminoácidos), passando por peptídeos 
 
A composição varia desde um único aminoácido modificado (hormônios derivados de aminoácidos), passando por peptídeos 
simples (hormônios peptídicos), até grandes proteínas. 
Os hormônios ainda podem ser formados por proteínas modificadas após um processo de glicosilação (adição de um 
carboidrato) ou ainda por fosforilação (adição de grupos fosfato PO4). 
Quais são exemplos desses hormônios?
Hormônios proteicos: insulina, glucagon e o paratormônio. 
Hormônios peptídicos: a ocitocina e o hormônio antidiurético
Hormônios derivados de aminoácidos: catecolaminas
Como é feita a síntese desses hormônios?
Realizada pelos ribossomos presentes no retículo endoplasmático rugoso (RER) das células.
E são denominados de pré-pro-hormônios, por serem proteínas grandes e inativas, contendo um peptídeo sinal, que as 
direcionam para o lúmen do RER, onde ocorrerá a clivagem dessa sequência, e, consequentemente, a formação do pró-
hormônios (ainda inativo). 
Este é transportado por vesículas até o complexo de Golgi, onde poderá ocorrer modificações como a glicosilação e 
fosforilação. 
Posteriormente, essa substância será empacotada em vesículas de secreção, juntamente com enzimas proteolíticas que irão 
ativar esse hormônio. 
As vesículas, então, se fundem à membrana plasmáticas das células, liberando os hormônios ativos no interstício ou nos 
capilares sanguíneos.
Resumo:
Síntese do pré-pró-hormônio no RER -> Direcionadas para o lúmen do RER -> Clivagem da sequência -> formação do pró-
hormônio -> transportado até o Complexo de Golgi, por vesículas -> poderá ocorrer modificação (glicosilação e 
fosforilação) -> empacotada em vesículas de secreção com enzimas que irão ativar o hormônio -> vesículas se fundem na 
membrana plasmática -> liberação dos hormônios ativos no interstício ou capilares sanguíneos.
E em relação ao transporte?
Os hormônios hidrossolúveis solubilizam-se facilmente, tanto no interstício como no sangue, de forma que circulam livres até 
atingirem as células -alvo, com algumas exceções, tais como o hormônio do crescimento e os IGF, que circulam acoplados a 
uma proteína carreadora.
Os hormônios proteicos e os derivados de aminoácidos são degradados no fígado e nos rins, devido à grande quantidade de 
enzimas proteolíticas existentes nesses órgãos. 
Além disso, na célula alvo da ação hormonal, ocorre um contínuo processo de internalização do complexo hormônio-receptor, 
e, por ação dos lisossomos, ocorre a metabolização dos hormônios. 
Alguns desses hormônios têm meia-vida extremamente curta, como a da insulina, que é de 5-8 minutos, o que justifica a 
necessidade de síntese contínua pelo organismo.
Em relação ao mecanismo de ação, é importante ressaltar que, por conta da característica lipossolúvel da membrana 
plasmática, os hormônios hidrossolúveis, como o hormônio do crescimento, não são capazes de penetrar passivamente pela 
bicamada lipídica das células e por isso, possuem receptores localizados na membrana plasmática das células-alvo, com sítio de 
ligação ao hormônio exposto ao meio extracelular.
A interação do hormônio com o seu respectivo receptor desencadeia uma cascata de sinalização intracelular, gerando a 
resposta fisiológica esperada para aquele determinado hormônio.
Hormônios Lipossolúveis
São aqueles que possuem moléculas lipídicas como precursores, cujo caráter lipídico ou lipossolúvel é mantido na forma ativa 
do hormônio. 
Entretanto, os hormônios tireoidianos T3 e T4 são exceções. 
Esseshormônios são constituídos pela ligação de dois aminoácidos hidrossolúveis de tirosina que, ao serem posteriormente 
iodados, perdem o caráter hidrossolúve1 e passam a apresentar características de hormônios lipossolúveis. 
Qual a composição desses hormônios?
Derivados da molécula de colesterol (hormônios esteroides)
Derivados de moléculas análogas de colesterol: calciferóis
Derivados de moléculas de ácidos graxos: prostaglandina
Como é a síntese desses hormônios?
A síntese depende da presença do substrato lipídico precursor e de enzimas específicas na célula secretora, que irão 
metabolizar o precursor lipídico até a formação do hormônio ativo. 
Um exemplo de proteína é a aromatase, que converte a testosterona (hormônio esteroide masculino) em estradiol (hormônio 
esteroide feminino). 
O tipo de hormônio a ser sintetizado em cada território depende da presença de enzimas específicas na célula, conduzindo a 
rota da esteroidogênese para determinados produtos finais.
Por exemplo, a testosterona é produzida a partir do colesterol, no retículo endoplasmático liso das células de Leydig, situadas 
no testículo, por meio da atuação de diversas enzimas, incluindo a enzima 17b-HSD. 
Além de serem produzidos nos testículos e nos ovários e, consequentemente, estarem envolvidos em funções reprodutoras 
masculinas e femininas, esses hormônios também são sintetizados no córtex da adrenal e desempenham funções no 
metabolismo de carboidratos (glicocorticoides) e no equilíbrio eletrolítico (mineralocorticoides). 
Ao contrário dos hormônios hidrossolúveis, os hormônios esteroides possuem afinidade pela membrana plasmática das células, 
tempo necessário par degradar 50% da quantidade secretada 
num dado momento
 
sendo secretados à medida que são sintetizados, por difusão simples para o interstício ou para capilares sanguíneos.
Entretanto, apesar da característica lipossolúvel facilitar a secreção desses hormônios, o transporte em meio aquoso, seja no
interstício ou no sangue, depende da ligação desses hormônios às proteínas hidrossolúveis, denominadas globulinas, que, ao 
englobar as moléculas lipídicas, lhes conferem hidrossolubilidade, permitindo a mobilização por meios hidrofílicos. 
Uma vez que os hormônios esteroides entram na célula por difusão, o mecanismo de ação desses hormônios será 
desencadeado a partir da sua ligação a receptores intracelulares, geralmente nucleares, cujo complexo hormônio-receptor 
termina por se ligar em sítios específicos da região promotora de genes-alvo, agindo como fatores transcricionais da expressão 
gênica, ou seja, controlando a expressão gênica das células-alvo.
Controle por feedback da secreção hormonal 
O funcionamento dos diversos sistemas orgânicos dos organismos é possibilitado devido à existência de mecanismos 
fisiológicos que garantem a manutenção do equilíbrio, também denominado homeostase. Um desses mecanismos é a 
retroalimentação, popularmente conhecida por "feedback".
A retroalimentação pode ser definida de maneira geral, como uma mudança no estado de um dos componentes de um sistema, 
gerando uma interação que reduz (feedback negativo), ou aumenta (feedback positivo), a resposta do sistema no qual está 
inserido. 
Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação: Imagine as reações do seu corpo quando você está correndo uma 
maratona.
Dentre as várias adaptações, após um tempo, ocorrerá um aumento da temperatura do seu corpo. Como a sua temperatura 
deve manter-se constante para o ideal funcionamento das enzimas, o seu sistema nervoso compreende essa mudança e 
promove a liberação de suor. A evaporação do suor na sua pele promove o resfriamento do corpo, causando diminuição na 
temperatura. 
Ou seja, essa situação mostra que, ao detectar o aumento da temperatura, o organismo promoveu a diminuição dela por meio 
da produção de suor, sendo um clássico exemplo de retroalimentação negativa.
Como funciona o controle da atuação dos nossos hormônios?
O controle da atuação da grande maioria dos hormônios ocorre pelo mecanismo de retroalimentação negativa, regido por um 
eixo principal, o eixo hipotálamo-hipófise. 
Esse eixo, além de representar uma conexão entre o sistema nervoso central e o sistema endócrino, atua no controle da 
secreção de hormônios de glândulas endócrinas tais como a tireoide, paratireoide, pâncreas endócrino, suprarrenais, testículos 
e ovários. Alterações nesses eixos hipotálamo-hipófise-glândulas, podem causar doenças tais como: diabetes, hipotireoidismo, 
hipertireoidismo, gigantismo, entre outras.
Eixo hipotálamo hipofisário e hormônios hipofisários. Neurohipófise.
Eixo hipotálamo-hipofisário
Onde se localiza a glândula hipófise?
A glândula hipófise localiza-se em uma cavidade do osso esfenoide, denominada sella turcica. 
A hipófise se liga ao hipotálamo, situado na base do cérebro, por meio do infundíbulo, ligação entre a hipófise e o sistema 
nervoso central.
Qual a atuação do hipotálamo?
Atua em diversos centros de controle e de integração do organismo, dentre eles, a coordenação de atividades dos sistemas 
nervoso e endócrino. 
O hipotálamo age tanto por meio de estimulação ou inibição de células endócrinas na adeno-hipófise, como também por 
secreção de hormônios pelo núcleo supra-óptico (hormônio antidiurético - ADH) e pelo núcleo paraventricular (ocitocina)
Qual a formação da hipófise?
Em razão de sua origem embriológica dupla, consiste, em duas glândulas, unidas anatomicamente:
Hipófise anterior ou adeno-hipófise: originada do ectoderma da cavidade oral primitiva.
É constituída de três regiões:
Pars distalis ou lobo anterior: mais volumosa1.
Pars tuberalis: porção cranial que envolve o infundíbulo2.
Pars intermedia: é intermediária entre a neuro-hipófise e a pars distalis, separada desta última pela fissura 
restante da cavidade da bolsa de Rathke.
3.
○

Hipófise posterior ou neuro-hipófise: porção de origem nervosa do telencéfalo é formada por uma porção volumosa (pars 
nervosa) e pelo seu pedículo de fixação ao hipotálamo denominado infundíbulo. 

Como ocorre a secreção das células endócrinas da adeno-hipófise (hipófise anterior)?
As células sintetizam e secretam diversos hormônios. 
Essa secreção ocorre por conta da liberação de hormônios peptídicos, sintetizados pelos neurônios dos núcleos dorso-
mediano, dorsoventral e infundibular do hipotálamo. 
Esses hormônios, são liberados no sistema porta hipofisário da eminencia mediana e são transportados para adeno-hipófise 
pelos capilares. 
Ao atingirem a adeno-hipófise, esses hormônios estimulam as células endócrinas a produzirem hormônios proteicos, que, ao 
atingirem os capilares, irão atuar nos mais diversos órgãos.
Como ocorre a secreção das células endócrinas da neuro-hipófise (hipófise posterior)?
O hormônio produzido nos núcleos supra-ópticos e paraventriculares, são conduzidos pelos axônios e permanecem 
 
O hormônio produzido nos núcleos supra-ópticos e paraventriculares, são conduzidos pelos axônios e permanecem 
armazenados na neuro-hipófise. 
Neuro-hipófise
Quais são os hormônios produzidos pelo hipotálamo e armazenados na neuro-hipófise?
Hormônio antidiurético (ADH) e ocitocina.
Como ocorre a atuação da ADH?
A secreção da vasopressina (hormônio antidiurético - ADH) é controlada pela pressão osmótica do sangue. 
O aumento da pressão osmótica estimula os osmorreceptores situados no hipotálamo anterior, promovendo a secreção em 
neurônios do núcleo supraóptico nos capilares da neuro-hipófise, fazendo com que a vasopressina atinja a circulação 
sanguínea. 
Ao alcançar os rins, esse hormônio exerce efeito em aumentar a permeabilidade dos túbulos 
coletores do rim à água, fazendo com que ela saia do lúmen desses túbulos em direção ao 
interstício, onde é coletada pelos capilares sanguíneos, fazendo com que haja reabsorção 
de água pelo organismo. 
A ligação do ADH ao seu receptor na membrana plasmática desencadeia uma cascata de 
sinalização que culmina com o aumento de aquaporinas na membrana, possibilitando a entradade água nas células dos ductos coletores renais (AIRES et al., 2008). 
Dessa forma, conforme Junqueira et al. (2013), a vasopressina atua na regulação do equilíbrio osmótico do ambiente interno.
Como ocorre a atuação da ocitocina?
Atua na estimulação das células musculares lisas da parede uterina e nas células mioepiteliais que cercam os alvéolos e ductos 
das glândulas mamárias. 
A secreção de ocitocina é estimulada por distensão da vagina, distensão da cérvice uterina e pela amamentação, por meio de 
tratos nervosos que agem sobre o hipotálamo. O reflexo neuro-hormonal estimulado pela sucção dos mamilos é chamado 
reflexo de ejeção do leite.
Tireoide
A tireoide é uma glândula endócrina.
Onde está localizada a glândula tireoide?
Está localizada na região cervical anterior à laringe.
Quais são as funções desempenhadas?
Função de sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que atuam em atividades envolvidas na regulação da 
taxa de metabolismo do corpo (crescimento e desenvolvimento somático e neural, a termogênese, o metabolismo intermediário 
e a função sexual)
Qual a composição da glândula?
Composta de milhares de folículos tireoidianos, revestidos por epitélio simples, cujas células são denominadas tireócitos. 
A cavidade dos folículos contém uma substância gelatinosa chamada coloide, que fornece a matriz de formação dos hormônios 
T3 e T4. 
Outro tipo de célula encontrado na tireoide é a célula parafolicular ou célula C, responsável pela síntese do hormônio 
calcitonina.
Como é regulada?
É regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-tireoide. 
Os órgãos envolvidos nesse mecanismo são o hipotálamo, a hipófise, a tireoide e as diversas células-alvos de atuação dos 
hormônios tireoidianos, distribuídas ao longo de praticamente todos os órgãos do corpo humano.
Hormônios da glândula Tireoide:
TSH - Tireotrofina: produzida pela adeno-hipófise, atua estimulando a produção dos hormônios tireóideos 
triiodotironina (T3) e a tiroxina (4), que são liberados na corrente sanguínea, para agirem nas células-alvo.
A liberação do TSH é estimulada pelo hormônio liberador de tireotrofina (TRH), produzida pelo hipotálamo, 
via sistema porta hipotalâmico-hipofisário. Estes, são controlados por retroalimentação negativa (feedback 
negativo), mediante inibição exercida pelos hormônios tireoidianos livres, principalmente o T3.
○

Calcitonina: A liberação é estimulada pelos níveis dos íons Ca2+ no sangue.
Paratireoides e metabolismo do Cálcio
O que são as paratireoides?
São 4 pequenas glândulas que se localizam nos polos superiores e inferiores da face dorsal da tireoide.
Raramente, podem situar-se no interior da tireoide ou no mediastino, próximo ao timo, devido à proximidade da localização 
dessas glândulas durante o desenvolvimento embrionário.
Qual hormônio é produzido pelas paratireoides?
O paratormônio, hormônio produzido pelas paratireoides, é uma proteína que se liga a receptores de membrana em 
osteoclastos, estimulando a produção de um fator que aumenta o número e a atividade dessas células, intensificando as taxas 
de reabsorção de matriz óssea calcificada e a liberação de Ca2+ no sangue. 
Por outro lado, a elevação da concentração de Ca2+, inibe a produção de paratormônio por meio de receptores de cálcio 
encontrados na superfície das células principais da paratireoide.
Função de permitir a passagem de moléculas de água 
pela membrana, sem permitir a entrada de solutos. 
(manutenção do equilíbrio hídrico de certas células)
 
de reabsorção de matriz óssea calcificada e a liberação de Ca2+ no sangue. 
Por outro lado, a elevação da concentração de Ca2+, inibe a produção de paratormônio por meio de receptores de cálcio 
encontrados na superfície das células principais da paratireoide.
Entretanto, a calcitonina, produzida pelas células parafoliculares da glândula tireoide, inibe os osteoclastos, diminuindo a 
reabsorção de osso e a concentração desse íon no plasma. A calcitonina tem ação oposta à do paratormônio.
A ação conjunta de ambos hormônios é um mecanismo importante para regular, de forma eficiente, o nível de Ca2+ no sangue, 
um fator importante para o funcionamento de muitos processos que ocorrem nas células e nos tecidos.
Pâncreas Endócrino e Glândulas Suprarrenais
Além das diversas glândulas, o sistema endócrino também é composto pela parte endócrina do pâncreas e pelas glândulas 
suprarrenais. 
Os hormônios produzidos por essas glândulas, atuam no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, mas também 
desempenham outras funções.
Pâncreas Endócrino
Constituída pelas ilhotas de Langerhans.
Quando observados ao microscópio, apresentam-se como grupos arredondados de células de coloração menos intensa, 
incrustados no tecido pancreático. 
As ilhotas são constituídas por células poligonais, dispostas em cordões, envoltas por uma abundante rede de capilares 
sanguíneos.
Glândulas Suprarrenais (Córtex e medula da suprarrenal)
As adrenais são 2 glândulas achatadas com forma de meia-lua, cada uma situada sobre o polo superior de cada rim. 
Em humanos podem também ser chamadas suprarrenais, porque se situam sobre os rins. 
A glândula, que está envolvida principalmente na síntese de hormônios esteroides, é dividida em duas porções concêntricas 
distintas: 
Camada cortical ou córtex adrenal: periférica
Camada medular ou medula da adrenal: central
As células do córtex adrenal se dispõem em organização cordonal e variam a disposição organizacional em cada região. 
Possuem ultraestrutura típica de células secretoras de esteroides, com predominância de retículo endoplasmático liso no 
citoplasma. (JUNQUEIRA et al., 2013)
O córtex adrenal pode ser subdividido em 3 camadas concêntricas, cujos limites nem sempre são perfeitamente definidos em 
humanos:
Zona glomerulosa: 
Se situa imediatamente abaixo da cápsula de tecido conjuntivo. ○
Secreta a aldosterona, importante mineralocorticoide que contribui para manter o equilíbrio de sódio e potássio, e 
níveis de pressão arterial. 
A aldosterona age principalmente nos túbulos contorcidos distais dos rins, mas também na mucosa gástrica, 
nas glândulas salivares e sudoríparas

○

Zona fasciculada: 
Envolvidas na síntese de hormônios glicocorticoides (um dos mais importantes é o cortisol).○
Os glicocorticoides regulam o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, exercendo, portanto, ações no 
organismo inteiro.
○
Os glicocorticoides atuam na supressão da resposta imune.○

Zona reticulada: 
As células dessa zona produzem andrógenos e, em menor grau, glicocorticoides e mineralocorticoides. ○

As células do parênquima da medula da adrenal, originadas das células da crista neural, sintetizam os hormônios 
epinefrina e a norepinefrina, pertencentes a uma classe de substâncias denominadas catecolaminas. 
Os hormônios produzidos pelo córtex da adrenal são regulados pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, pelo 
mecanismo de retroalimentação negativa.

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