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SEMIOTÉCNICA
Pamela Elis Astorga Galleguillos
Cuidado ao paciente 
com feridas, sondagem 
e com ostomias
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Descrever os cuidados de enfermagem para os casos de ferida de 
primeira, segunda e terceira intenção.
 � Identificar os principais cuidados de enfermagem na passagem, bem 
como os testes para confirmação da sonda gástrica, enteral Blakemore 
e vesical de demora.
 � Elencar os principais cuidados de enfermagem, indicações e tipos de 
ostomias intestinais e urinárias.
Introdução
O cuidado com o paciente com ferida constitui uma prática muito corri-
queira do profissional de enfermagem, realizado de maneira individua-
lizada, atentando-se às necessidades daquele indivíduo que é portador 
de uma realidade e um cotidiano particular — visto que a presença 
dessa ferida modifica o seu cotidiano —, sensibilizando-o emocional e 
fisiologicamente.
Além desse cenário, o profissional precisa ter conhecimento sobre as 
orientações e os cuidados pertinentes à colocação de sonda e à ostomia, 
procedimentos bastante realizados na assistência à saúde.
Neste capítulo, você aprenderá a respeito desses cuidados per-
tinentes ao profissional de enfermagem, os testes realizados para as 
distintas sondas e indicar e diferenciar os tipos de ostomias (intestinal 
e urinária). 
Cuidados de enfermagem para os casos de 
feridas de primeira, segunda e terceira intenção
A pele é um órgão integrante do sistema tegumentar, que mantém a integri-
dade da superfície corporal pelo deslocamento e pela descamação, podendo 
recuperar a superfície das feridas pelo aumento dos mecanismos de reposição 
celular (VIANA; WHITAKER, 2011).
Já a ferida corresponde à interrupção ou ao rompimento da integridade 
normal da pele e dos tecidos, variando desde um pequeno corte em um dedo 
até uma queimadura de terceiro grau em quase toda a extensão do corpo 
(TAYLOR et al., 2014).
Essas feridas podem se originar por forças mecânicas (p. ex., incisões 
cirúrgicas) ou lesões físicas (p. ex., queimaduras), sendo classificadas como:
 � intencionais, que resultam de terapia ou tratamento invasivo e planejado, 
com fins terapêuticos, e não intencionais, aquelas feitas de maneira 
acidental, de um trauma inesperado;
 � abertas, quando a superfície da pele é rompida, constituindo uma porta 
de entrada para microrganismos, e fechadas, resultantes de uma pancada, 
força ou esforço causado por um trauma que não tem a superfície da 
pele rompida, mas somente o tecido macio danificado;
 � agudas, que costumam cicatrizar em dias ou semanas, com as bordas 
das lesões bem aproximadas, fator que diminui o risco de infecção, e 
crônicas, em que as bordas das lesões não costumam se aproximar, 
aumentando a possibilidade de uma infecção, visto que o tempo de 
cicatrização é lento;
 � quanto ao risco de infecção, podem ser limpas, produzidas volunta-
riamente no ato cirúrgico, passível de assepsia ideal e com condições 
favoráveis, não contendo elementos patogênicos; contaminadas ou 
sujas, que ocorreram com tempo maior que 6 horas entre o trauma e 
o atendimento, não apresentando sinais de infecção; e infectadas, que 
correspondem àquelas em que houve proliferação de microrganismo, 
levando a um processo infeccioso.
Após o surgimento de uma ferida, Viana e Whitaker (2011) relatam que o 
tratamento dependerá diretamente do tipo de cicatrização da lesão, que poderá 
ser de primeira, segunda e terceira intenção.
Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias2
A cicatrização de primeira intenção, ou fechamento primário, corresponde 
à cicatrização na qual há uma perda mínima de tecido, como a ferida cirúrgica 
(Figura 1). A proximidade das bordas é feita por sutura, colas especiais ou 
grampos cirúrgicos, processo que impede a contaminação de microrganismos.
Figura 1. Ferida cirúrgica.
Fonte: Viana e Whitaker (2011, p. 319).
Já a cicatrização de segunda intenção, ou fechamento secundário, corres-
ponde a lesões com perda tecidual mais intensa, que, por seu tamanho mais 
extenso, não permitem a aproximação das bordas, estando mais expostas a 
infecções e exigindo um período maior para a cicatrização (p. ex., lesão por 
pressão). A distinção entre as cicatrizações de primeira e segunda intenção 
pode ser claramente observada no esquema apresentado na Figura 2.
3Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias
Figura 2. Representação esquemática diferenciando entre a cicatrização de primeira e 
segunda intenção.
Fonte: Costa e Eugenio (2014, p. 194).
Já a cicatrização de terceira intenção surge principalmente por infecção 
da ferida que, desse modo, deverá ser tratada e, em seguida, ressuturada, 
abrangendo a pele e o tecido subcutâneo (COSTA; EUGENIO, 2014). 
Assim, em um primeiro momento a ferida permanecerá aberta para, depois, 
ser fechada. De acordo com Viana e Whitaker (2011), essas feridas precisam 
ficar abertas para a drenagem de secreção e para a regressão de um edema.
A limpeza de uma ferida pelo profissional de enfermagem deverá ser 
realizada com o objetivo de remover os microrganismos e dejetos do local 
lesionado, com o mínimo possível de força mecânica a fim de proteger o tecido 
granular saudável (TAYLOR et al., 2014).
Geralmente, os profissionais da área da enfermagem de instituições de saúde 
optam por utilizar uma solução fisiológica salina, ou seja, cloreto de sódio a 
0,9%, como agente de limpeza, sobretudo nos casos de lesões por pressão, 
devendo fazê-lo em um momento inicial e antes de aplicar um novo curativo.
De acordo com Taylor et al. (2014), o profissional responsável pela téc-
nica de limpeza de uma ferida com bordas aproximadas deve seguir estes 
procedimentos:
 � seguir as precauções padronizadas pela instituição de saúde;
 � umedecer a gaze, o algodão ou o forro estéril com o agente limpador 
previamente prescrito;
Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias4
 � utilizar uma gaze ou um algodão novo para cada movimento a ser 
realizado;
 � realizar a limpeza de cima para baixo e da direção externa a partir da 
incisão, em linhas paralelas a ela, conforme mostra a Figura 3;
Figura 3. Limpeza de feridas com bordas aproximadas.
Fonte: Taylor et al. (2014, p. 977).
 � a limpeza deverá ser feita da área mais limpa para a menos limpa.
Ainda conforme Taylor et al. (2014), na técnica de limpeza de uma ferida 
com bordas não aproximadas o profissional deve:
 � utilizar as precauções padronizadas pela instituição de saúde;
 � umedecer a gaze, o algodão ou o forro estéril com o agente limpador 
previamente prescrito;
 � utilizar uma gaze ou um algodão novo para cada movimento a ser 
realizado;
 � direcionar a limpeza em círculos completos ou pela metade, com início 
no centro no sentido para a parte mais afastada, conforme a Figura 4;
5Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias
 � realizar a limpeza pelo menos 2,5 cm para além das extremidades do 
curativo novo;
 � caso não seja inserido nenhum curativo novo, a limpeza então deverá 
ser feita pelo menos 5 cm além das margens da ferida.
Figura 4. Limpeza de feridas com bordas não aproximadas.
Fonte: Taylor et al. (2014, p. 977).
Em alguns casos, depois de limpar a ferida, é preciso cobri-la com gaze 
ou outro elemento, ou seja, aplicar um curativo, que pode ser classificado em:
 � oclusivo: oclui-se totalmente a ferida, geralmente em lesões abertas ou 
cirúrgicas nas primeiras 48 horas ou quando da presença de exsudato;
 � oclusivo úmido: aplica-se uma cobertura com soro fisiológico para 
promover a umidade do local, uma vez que as camadas da pele desidra-
tadas morrem na ausência dessa umidade; além disso, evita possíveis 
traumas decorrentes da troca do curativo;
Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias6
 � oclusivo seco: aplica-se uma cobertura seca sobre a lesão, sendo muito 
utilizado na ferida cirúrgica ou em local de inserção de cateter e dreno;
 � aberto: cobre-se a ferida,geralmente em incisões cirúrgicas após 48 
horas ou quando a ferida não apresenta mais exsudato;
 � compressivo: realiza-se a compressão da lesão pelo curativo, com a 
finalidade de promover a hemostasia e favorecer o retorno venoso.
Costa e Eugenio (2014) relatam que o profissional de saúde deve observar e 
avaliar alguns itens referentes à ferida, como a sua profundidade e o exsudato, 
que pode ser seroso, serossanguinolento, sanguinolento, piossanguinolento 
ou purulento.
Em complemento, Viana e Whitaker (2011), discorrem sobre a coloração 
do leito da ferida, que poderá ser: vermelho, característico de feridas saudá-
veis, que apresentam tecido limpo e de granulação; amarelo, pela presença 
de exsudato com uma camada de tecido endurecido; e preto, indicativo de 
necrose, devendo ser removido.
De maneira geral, as anotações de enfermagem quanto às feridas se con-
centram no local e na dimensão da lesão, na aparência da ferida, nos sinais e 
sintomas observados quanto à presença de secreção, na coloração, no odor, 
na quantidade e na dor para avaliar a necessidade de analgesia, no tempo de 
existência, na necessidade de desbridamento e no tipo de curativo e material 
prescrito e utilizado.
Cuidados de enfermagem na passagem e testes 
para confirmação da sonda gástrica, enteral 
blackmore e vesical de demora 
Durante o tratamento para o restabelecimento da saúde, o paciente poderá 
necessitar de apoio alimentar por um curto prazo, situação em que precisará 
utilizar a sonda gástrica, em que o conector é inserido até ao estômago.
Um cuidado muito importante na inserção da sonda nasogástrica se refere 
à mensuração desse elemento, para que seja longa o suficiente para atingir o 
estômago do paciente e, assim, atingir a sua finalidade — a de nutrir o paciente. 
De acordo com Malta et al. (2013), são possíveis algumas complicações 
em relação à inserção e à passagem da sonda nasogástrica, como estenose, 
perfuração do esôfago, pneumotórax, inserção da sonda em brônquios, entre 
outros.
7Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias
Há ainda o risco de aspiração quanto o tubo é inserido próximo da transição 
esofagogástrica, o que poderá ocasionar refluxo gastresofágico, ou deslocado 
após tosse, náuseas ou vômito.
Segundo Unamuno e Marchini (2002), existem diferenças entre as sondas 
usadas para infundir nutrientes e aquelas empregadas para drenar secreções 
digestivas, exigindo, consequentemente, alguns cuidados particulares.
Para as sondas gástricas, são referidos:
 � as sondas para sondagem gástrica de polivinil devem ser utilizadas por 
períodos menores de 30 dias;
 � o paciente deverá estar em jejum alimentar de, no mínimo, 4 horas;
 � posicionar o paciente com cabeceira elevada a 45°;
 � mensurar a extensão da sonda da seguinte maneira: colocar a sua parte 
distal na ponta do nariz estendendo-a até o lóbulo da orelha e, depois, 
até o apêndice xifoide (Figura 5);
Figura 5. Mensuração da sonda nasogástrica.
Fonte: Taylor et al. (2014, p. 1233).
 � ao introduzir a sonda, umedecê-la com água;
 � para evitar que o paciente tenha sensação de náuseas em razão da pas-
sagem da sonda pela faringe, o profissional deverá orientar o paciente 
a inspirar e fazer o movimento de engolir quando sentir que a sonda 
chegou à garganta;
 � a chegada da sonda ao estômago poderá ser verificada pela aspiração 
do suco gástrico com uma seringa de 20 mL — introduzem-se de 10 
a 20 mL de ar por intermédio da sonda em que o profissional deverá 
auscultar com o estetoscópio logo abaixo do apêndice xifoide;
Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias8
 � a sonda de Levine é fabricada em material de PVC, maleável, transpa-
rente e atóxico, e não requer radiografia para verificar sua localização.
Já a sonda Blakemore, observada na Figura 6, é utilizada para o tratamento 
de sangramento de varizes do estômago, hemorragias de fundo varicoso, 
sendo constituída por três luzes com dois balões: uma luz para insuflar o 
balão gástrico e a outra para o balão esofágico.
Figura 6. Esquema da sonda Sengstaken-Blakemore.
Fonte: Galvão (2016, documento on-line).
Para as sondas entéricas, os cuidados se referem a:
 � o tubo digestivo do paciente deverá estar íntegro com a capacidade de 
absorção pelo menos parcialmente conservada;
 � a porção distal da sonda deverá estar além da fístula, no caso de pacientes 
com fístula intestinal proximal de baixo débito;
 � o paciente deverá estar em jejum alimentar de, no mínimo, 4 horas;
 � posicionar o paciente com cabeceira elevada a 45°;
 � mensurar a extensão da sonda da seguinte maneira: colocar a sua parte 
distal na ponta do nariz estendendo-a até o lóbulo da orelha e, depois, 
9Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias
até o apêndice xifoide, devendo migrar espontaneamente com o estímulo 
peristáltico 25 cm ou mais, para os casos de posicionamento na segunda 
ou na terceira porção do duodeno ou jejuno;
 � ao introduzir a sonda, umedecê-la com água;
 � orientar o paciente a inspirar e fazer o movimento de engolir quando 
sentir que a sonda chegou à garganta;
 � não passar a sonda enteral com a cabeça em extensão;
 � após a confirmação do posicionamento gástrico, o profissional deverá 
fixar a sonda na face do paciente, dispondo uma alça que será desfeita 
espontaneamente de acordo com os movimentos peristálticos, permi-
tindo a passagem pelo piloro;
 � para uma passagem da sonda ao intestino mais rápida, o profissional 
poderá posicionar o paciente em decúbito lateral direito, estimular 
a sua deambulação ou administrar medicamentos que estimulem a 
motilidade gástrica.
As intubações pós-pilóricas são facilitadas pelas sondas com uma ogiva 
distal (2 a 3 g), que permite que o peristaltismo gástrico e intestinal posicione 
a sonda de maneira correta pelo período compreendido entre 4 e 24 horas 
(UNAMUNO; MARCHINI, 2002).
Em casos nos quais o paciente apresenta dificuldade respiratória, tosse 
persistente, cianose e agitação, poderá estar indicado desvio da sonda nas 
vias respiratórias, devendo ser retirada e reintroduzida.
Ainda sobre a verificação do posicionamento da sonda no tubo gástrico, 
radiografia de abdome ou fluoroscopia são muito utilizadas pelos profissio-
nais (UNAMUNO; MARCHINI, 2002). Ainda, há o teste de pH do líquido 
aspirado pela sonda, em que valores abaixo de 6 sugerem o posicionamento 
no estômago; no entanto, a presença de alimentos ou medicamentos no tubo 
digestivo poderá mascará-lo.
Em casos de difícil cooperação do paciente para a passagem da sonda, 
esta deverá ser introduzida com o fio-guia, lembrando-se de injetar 5 mL 
de vaselina liquida na luz da sonda, para que possa ser retirada com maior 
facilidade. Somente após a confirmação do posicionamento da sonda no 
estômago, o fio-guia poderá ser retirado.
A Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nº 0450/2013 
aponta as diretrizes para a atuação dos profissionais de enfermagem em relação 
à sondagem vesical:
Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias10
 � o calibre da sonda deve ser o menor possível, a fim de proporcionar a 
drenagem adequada e minimizar traumas;
 � encher o balão de retenção com água destilada, evitando soluções salinas 
ou com outros eletrólitos, uma vez que estes poderão cristalizar após um 
período, eventualmente dificultando a retirada do cateter na deflação;
 � usar um sistema de drenagem que garanta sua esterilidade como um 
todo;
 � no cateterismo de bexiga masculina, inserir com cuidado a ponta da 
seringa na uretra e instilar 10 mL de lubrificante, que garantirá a pas-
sagem do cateter sem traumas ao revestimento da uretra;
 � manter a bolsa coletora abaixo do nível de inserção do cateter, o que 
permitirá evitar o refluxo intravesical de urina;
 � substituir o sistema de drenagem quando houver quebra na técnica 
asséptica, desconexão ou vazamento;
 � sempre identificar e monitorar os grupos de pacientes suscetíveis à 
infecção do trato urinário;
 � na sonda vesicalde demora, ter cuidado quanto à limpeza ao redor do 
óstio uretral, que pode ser executada durante a sua lavagem externa 
com água e solução antisséptica, redobrando a atenção para evitar a 
tração da sonda;
 � secar a área com gazes e, em seguida, realizar a nova fixação do dis-
positivo de acordo com as especificidades para cada sexo; caso seja 
necessária a mudança de lado da bolsa coletora, o profissional deverá 
clampear a extensão da sonda, realizar a alteração o lado e, depois, não 
se esquecer de abrir o seu clamp;
 � verificar se a mangueira de drenagem não está dobrada e se os movi-
mentos das grades laterais do leito não interferem na bolsa de drenagem.
Após a inserção do cateter, o profissional deverá puxá-lo delicadamente 
depois de o balão ser inflado, até que se sinta uma resistência, uma vez que a 
inflação imprópria poderá provocar desconforto ao paciente e mau posicio-
namento do cateter.
De acordo com Taylor et al. (2014), caso não haja retorno de urina após o 
procedimento e persistirem dúvidas quanto à localização do cateter, o profis-
sional não poderá inflar o balão, e sim remover o cateter e notificar o médico.
11Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias
Cuidados de enfermagem, indicações e tipos de 
ostomias intestinais e urinárias 
Conforme as orientações do Instituto Nacional de Câncer (INCA) (2018), a 
ostomia intestinal e urinária correspondem a aberturas cirúrgicas realizadas 
para a construção de um novo trajeto para a saída das fezes ou da urina, 
localizado no abdome.
O tipo de ostomia (Figura 7) dependerá do local em que se orifício se 
localiza, como mostrado a seguir.
 � Colostomia — quando o estoma está no intestino grosso. A frequência 
e a consistência das fezes dependerão do lugar em que é realizada, 
podendo ser ascendente, transversa, descendente ou sigmoide e úmida 
em alça:
 ■ colostomia ascendente: as fezes são líquidas ou semilíquidas nos 
primeiros dias após a cirurgia e, depois, se tornam pastosas;
 ■ colostomia transversa: as fezes se apresentam em forma semilíquida 
a pastosa; 
 ■ colostomia descendente: as fezes encontram-se pastosas a sólidas, 
irregulares no início e podendo ser eliminadas várias vezes ao dia, 
em distintos momentos;
 ■ colostomia sigmoide: as fezes são firmes e sólidas, podendo ser 
eliminadas com regularidade; 
 ■ colostomia úmida em alça: o procedimento cirúrgico é realizado para 
que urina e fezes sejam eliminadas pela mesma ostomia.
 � Ileostomia — quando o estoma está no intestino delgado (fino). Nessa 
situação, as fezes são inicialmente líquidas, passando a ficar semipas-
tosas após um período de adaptação.
 � Urostomia — quando o estoma é realizado para a saída de urina, 
continuamente e sem interrupções.
Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias12
Figura 7. Tipos de ostomia.
Fonte: Perfoll (2018, documento on-line).
De acordo com o manual da Secretaria do Estado de Saúde de Vitória 
(ESPÍRITO SANTO, 2016), a ostomia pode ser em duplo barril ou duas bocas, 
ou seja, o intestino é separado por dois estomas, proximal e funcionante e 
distal não funcionante. No entanto, poder ser composta por uma única boca, 
dependendo da técnica cirúrgica empregada.
De maneira geral, as ostomias urinárias são indicadas para preservar a 
função renal, e as intestinais para desviar o trânsito fecal do local patologica-
mente comprometido. Suas principais indicações operatórias correspondem a 
malformação congênita do intestino, tumores intestinais, doença inflamatória 
intestinal, traumas abdominais, etc.
Os principais cuidados gerais que o profissional deve seguir acerca dos 
estomas são:
 � verificar a coloração (deverá ser vermelho-vivo), o brilho, a umidade, 
presença de muco, o tamanho e a forma;
 � realizar a limpeza de maneira delicada, sem movimentos de fricção;
 � limpar ao redor do estoma com água e sabonete neutro;
 � aparar os pelos ao redor do estoma;
 � orientar para que o paciente não utilize substâncias agressivas à pele, 
a fim de evitar ressecamento, lesão ou reações alérgicas;
 � ao realizar a troca da bolsa, retirá-la delicadamente, para não traumatizar 
a pele. Isso poderá ser feito com o auxílio de gaze ou algodão embebido 
13Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias
com água morna ou orientando o paciente a realizá-lo durante o banho, 
para facilitar a retirada;
 � secar cuidadosamente ao redor do estoma;
 � recortar a bolsa de acordo com o tamanho do estoma, retirar o papel 
que protege a resina e ser coloca-lo no sentido de baixo para cima;
 � sempre se certificar de que a bolsa está bem adaptada à pele, retirando 
todo o ar de dentro da bolsa, fechando com o clamp;
 � esvaziar a bolsa em casos de ileostomias e urostomias, quando no mí-
nimo 1/3 de seu espaço estiver preenchido, e das colostomias, sempre 
quando necessário, geralmente uma ou duas vezes por dia;
 � trocar a bolsa quando a coloração da placa protetora, que é amarela, se 
tornar quase branca em sua totalidade, já que, nesse ponto de saturação, 
há risco de descolamento e vazamento do conteúdo.
Existe uma especialidade da prática do enfermeiro, instituída no Brasil 
desde 1990, que trata da assistência às pessoas portadoras de estomias, fístu-
las, túbulos, cateteres, drenos, feridas crônicas e agudas, incontinência anal 
e urinária, nos diversos âmbitos (preventivo, terapêutico e de reabilitação), 
denominada estomaterapia. 
O órgão que representa a estomaterapia brasileira é a Associação Brasileira 
de Estomaterapia (Sobest), fundada em dezembro de 1992, que conceitua o 
enfermeiro pós-graduado em estomaterapia como enfermeiro estomaterapeuta 
(ET). Além disso, o órgão dita algumas competências clínicas relacionadas 
aos estomas intestinal e urinário, como (SOBEST, 2009) descrito a seguir.
 � No pré-operatório:
 ■ a consulta de enfermagem deverá conter informações como aspectos 
sociodemográficos e saúde geral, além do exame físico;
 ■ orientar o paciente quanto ao ato operatório, ao preparo prévio, ao 
estoma, às bolsas coletoras e aos programas públicos existentes;
 ■ realizar a demarcação do local do futuro estoma;
 ■ caso necessário, realizar o teste de sensibilidade aos equipamentos;
 ■ caso necessário, encaminhar o paciente a outros profissionais;
 ■ planejar e executar visitas domiciliares.
 � No intraoperatório:
 ■ trocar informações com o enfermeiro do centro cirúrgico sobre o 
equipamento adequando-o ao tipo de estoma e à confirmação da 
confecção do estoma na área anteriormente marcada.
Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias14
 � No pós-operatório imediato e mediato:
 ■ realizar visitas para avaliar as condições do estoma e da ferida 
operatória;
 ■ realizar orientações quanto ao autocuidado ao paciente e cuidador.
 � No pós-operatório tardio:
 ■ avaliar as condições da pele periestoma, do estoma e eventuais 
complicações;
 ■ quando necessário, reforçar as orientações prévias;
 ■ realizar treinamento quanto à autoirrigação ou ao equipamento 
oclusor;
 ■ se necessário, encaminhar a outros profissionais da equipe 
multidisciplinar;
 ■ estimular o retorno do paciente ao convívio social;
 ■ estimular a participação dos pacientes em associações de ostomizados 
ou grupos de autoajuda;
 ■ acompanhar a evolução da doença-base, orientando o paciente quanto 
aos exames de rotina e especializados;
 ■ avaliar as atividades prestadas, bem como os equipamentos utilizados, 
por meio de protocolos, visando à melhoria de sua qualidade.
COFEN. Resolução COFEN nº 0450/2013. Normatiza o procedimento de Sondagem 
Vesical no âmbito do Sistema Cofen / Conselhos Regionais de Enfermagem. 2013. 
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-04502013-4_23266.
html. Acesso em: 21 jun. 2019.
COSTA, A. L. J.; EUGENIO, S. C. F. Cuidados de enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
(Série Tekne).
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado de Saúde. Manual e orientação aos serviços de 
atenção às pessoas ostomizadas. Brasília: Secretaria de Estadoda Saúde, 2016. Disponí-
vel em: https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Consulta%20P%C3%BAblica/Manual%20
ostomizados%202016%201.pdf. Acesso em: 21 jun. 2019.
GALVÃO, E. Sengstaken-Blakemore. 2016. Disponível em: https://multisaude.com.br/
artigos/sonda-sengstaken-blakemore/. Acesso em: 24 jun. 2019.
INCA. Cuidados com estomias intestinais urinárias: orientações ao usuário. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Inca, 2018. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//
media/document//livro-cuidados-com-a-sua-estomia.pdf. Acesso em: 21 jun. 2019.
15Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias
MALTA, M. A. et al. Medidas antropométricas na introdução da sonda nasogástrica para 
nutrição enteral empregando a esofagogastroduodenoscopia. Arquivos Brasileiros de 
Cirurgia Digestiva, [s. l.], v. 26, n. 2, p. 107–111, 2013. Disponível em: http://www.scielo.
br/pdf/abcd/v26n2/07.pdf. Acesso em: 21 jun. 2019.
PERFOLL, R. Indicações e tipos de ostomias intestinais e urinárias. 2018. Disponível em: 
http://www.saude.sc.gov.br/index.php/informacoes-gerais-documentos/media-e-
-alta-complexidade/servico-de-ostomizados/apresentacoes-capacitacao-2018/12974-
-indicacoes-e-tipos-de-ostomias-intestinais-e-urinarias/file. Acesso em: 24 jun. 2019.
SOBEST. Competências do enfermeiro estomaterapeuta. 2009. Disponível em: http://
www.sobest.org.br/textod/19. Acesso em: 21 jun. 2019.
TAYLOR, C. R. et al. Fundamentos de enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de 
enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
UNAMUNO, M. R. D. L.; MARCHINI, J. S. Sonda nasogástrica/nasoentérica: cuidados na 
instalação, na administração da dieta e prevenção de complicações. Medicina, Ribeirão 
Preto, v. 35, p. 95–101, jan./mar.2002. Disponível em: http://revista.fmrp.usp.br/2002/
vol35n1/sonda_nasogastrica.pdf. Acesso em: 21 jun. 2019.
VIANA, R. A. P. P.; WHITAKER, I. Y. Enfermagem em terapia intensiva: práticas e vivências. 
Porto Alegre: Artmed, 2011.
Leitura recomendada
COREN-SP. Orientação Fundamentada nº 030/2016. Passagem e retirada da sonda de 
Sengestaken Blakemore (balão esofágico). 2016. Disponível em: https://portal.coren-
-sp.gov.br/sites/default/files/Orienta%C3%A7%C3%A3o%20Fundamentada%20-%20
030_1.pdf. Acesso em: 21 jun. 2019.
Cuidado ao paciente com feridas, sondagem e com ostomias16

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