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1 - Nem todas as relações sociais são objeto de estudo pelo Direito, a ciência jurídica incide sobre as normas que decorrem de uma das fontes obrigacionais do próprio Direito, assim, o sistema legal tem seu componente e sua forma própria de expressão: a norma; o seu modo próprio de operação, o código lícito e ilícito. Diante do exposto é correto afirmar que: a característica fundamental do sistema é sua interreferência com os demais sistemas, pois se utiliza das estruturas similares para poder se auto-referenciar. O sistema jurídico é normativamente fechado e cognitivamente aberto na medida em que é estimulado pelas informações do ambiente em contínua adaptação do ambiente. o sistema jurídico é um sistema aberto em que a norma sofre alteração em razão das mudanças sociais e da interferência da economia e da política. o ordenamento jurídico deve ser verificado de forma segmentada conforme a natureza da norma ser de ordem pública ou privada. No sistema jurídico não se aplica a autopoise, pois se socorre de critérios de outros sistemas. 2 - Na tragédia grega Antígona, Creonte, o rei, havia proibido que Polinice recebesse as honrarias tradicionais dos funerais, pois este tinha lutado contra a pátria. Para a desobediência de suas ordens, a pena seria a morte. Antígona, irmã de Polinice, descumpre a ordem do rei Creonte e enterra seu irmão. A seguir, o diálogo estabelecido entre Creonte e Antígona após o descumprimento da ordem do monarca: Creonte: Fala, agora, por tua vez; mas fala sem demora! Sabias que, por uma proclamação, eu havia proibido o que fizeste? Antígona: Sim, eu sabia! Por acaso poderia ignorar, se era uma coisa pública? Creonte: E apesar disso, tiveste a audácia de desobedecer a essa determinação? Antígona: Sim, porque não foi Júpiter que a promulgou; e a Justiça , a deusa que habita com as divindades subterrâneas jamais estabeleceu tal decreto entre os humanos; nem eu creio que teu édito tenha força bastante para conferir a um mortal o poder de infringir as leis divinas, que nunca foram escritas, mas são irrevogáveis; não existem a partir de ontem, ou de hoje; são eternas, sim! E ninguém sabe desde quando vigoram! Tais decretos, eu, que não temo o poder de homem algum, posso violar sem que por isso me venham a punir os deuses! Que vou morrer, eu bem sei; é inevitável; e morreria mesmo sem a tua proclamação. E, se morrer antes do meu tempo, isso será, para mim, uma vantagem, devo dizê-lo! Quem vive, como eu, no meio de tão lutuosas desgraças, que perde com a morte? Assim, a sorte que me reservas é um mal que não se deve levar em conta; muito mais grave teria sido admitir que o filho da minha mãe jazesse sem sepultura; tudo o mais me é indiferente! Se te parece que cometi um ato de demência, talvez mais louco seja quem me acusa de loucura. (Texto de Sófocles [496aC-406aC]) Considerando esse contexto, avalie as afirmações abaixo. I. Antígona pretende evidenciar uma oposição entre o pensamento positivista e o pensamento contemporâneo pós-positivista. II. Creonte tinha como objetivo que o Estado nacional monopolizasse a produção do Direito, afastando a prevalência do Direito Natural. III. Antígona expõe uma oposição entre o Direito Natural como lei dos deuses e o Direito Positivo como o decreto posto por Creonte. IV. Creonte nega uma posição baseada nos princípios que orientam o retorno da moral ao direito no pensamento contemporâneo. É correto apenas o que se afirma em: II e IV IV II e I I e IV III 3 - Em um Estado Democrático de Direito, entende-se que o poder legítimo para a criação das normas reside, em regra, no órgão parlamentar, que reflete a representação dos diversos grupos de interesses da população. No Brasil, a nível federal, a tarefa de criação da lei é exercida pelo Poder Legislativo, representado pelo Congresso Nacional. Todavia, sabemos que em situações excepcionais, o Presidente da República pode elaborar norma jurídica com força de lei em situações de relevância e urgência. A qual espécie normativa diz respeito tal prerrogativa do Presidente da República? Lei complementar Tratado internacional Lei delegada Decreto presidencial Medidas provisórias 4 - Com a recepção de obras de autores como Ronald Dworkin e Robert Alexy na teoria e na dogmática jurídica brasileira o tema dos princípios jurídicos ganhou grande relevo, colocando- se no horizonte superação de alguns parâmetros da dogmática positivista largamente difundida no país. Com base nessas informações, no pós-positivismo e na teoria das fontes do Direito, avalie as assertivas a seguir: I. Diferenciam-se princípios e regras pelo grau de obrigatoriedade e força normativa, sendo as regras exigíveis juridicamente, ao contrário dos princípios. II. Os princípios são comandos programáticos destituídos de eficácia normativa. III. Os princípios, notadamente os princípios constitucionais, são normas dotados de força normativa. III, apenas I, apenas II, apenas I e II, apenas I, II e III 5 - O tema da relação entre Direito e Moral, normalmente, é tratado de forma que se indique a experiência moral e a norma moral como anteriores, sobretudo tendo-se em vista o cronológico surgimento das regras de direito relativamente às regras da moral. Costuma-se também afirmar que a norma moral é interior, prescindindo de qualquer fenômeno exterior, como geralmente sói ocorrer com o fenômeno jurídico. BITTAR, Eduardo C. B. Curso de filosofia do direito. – 15. ed., rev., atual. e ampl. – São Paulo : Atlas, 2021. Considerando o texto apresentado, além do conteúdo acerca da teoria dos círculos, avalie as afirmações a seguir. 1.A teoria dos círculos concêntricos, preconizada por Jeremy Bentham, conceitua que o ordenamento jurídico estaria totalmente excluso do campo da Moral. 2.A teoria dos círculos secantes afirma a coexistência do Direito e da Moral, identificando um campo de competência comum, onde existem regras com fundamento jurídico e de caráter moral. 3.Os denominados círculos independentes demonstram um processo de desvinculação entre o Direito e a Moral, tratando-se de esferas diferentes, em que o Direito está atrelado à norma, sem a necessidade de ser validado por conteúdos morais. É correto o que se afirma em: I, II e III. III, apenas. I, apenas. II e III, apenas. I e II, apenas. 6 - A democracia deliberativa, tal como compreendida pelo filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habermas, constitui-se como um modelo ou processo de deliberação política democrática caracterizado por um conjunto de pressupostos teórico-normativos que incorporam a participação da sociedade civil na regulação da vida coletiva. Sobre o tema, o artigo 1º parágrafo único da CF/88 estabelece o seguinte: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição." Com base nessas informações e na relação entre direitos humanos e sociedade, é correto o que se afirma em: A democracia deliberativa visa promover a exclusão da participação popular dos processos de decisão públicos. A democracia deliberativa se realiza apenas a partir do voto. A democracia deliberativa compreende que conflito e dissenso são equivalentes entre si, portanto a diferença deve ser excluída. A democracia deliberativa toma como pressuposto a necessidade de participação dos co- afetados nos processos de tomada de decisão. A democracia deliberativa visa promover as eleições. 7 - Normas e princípios, portanto, compõem o sistema jurídico, na medida em que normas jurídicas válidas se aplicam, e normas jurídicas inválidas não se aplicam, enquanto que princípios sempre se aplicam, com maior ou menor intensidade aqui e ali, mas sempre serão consideradossubsídios para que a interpretação de cada caso esteja escorada em valores morais de grande força e peso socioinstitucional. Cf. Saldaña, Derechos morales o derechos naturales. In: Boletin Mexicano de Derecho Comparado, n. 90, p. 1216, sept.-nov. 1997. De acordo com o texto acima, pode-se afirmar que os valores são: preceitos impostos que compõe o ordenamento jurídico com o intuito de regular a conduta do indivíduo. prescrições específicas que disciplinam determinadas situações no âmbito daquilo que é fática e juridicamente possível. conceitos que surgem e são elaborados pela própria sociedade, versando sobre o que é correto ou não, imoral ou moralmente aceito, ou seja, refletem o conjunto de características de determinado grupo social, lastreados no senso comum. diretrizes de uma regulamentação jurídica, critérios para a ação e para a constituição de normas e institutos jurídicos. decisões e interpretações das leis feitas pelos tribunais superiores, adaptando as normas às situações fáticas. 8 - A Teoria do Ordenamento Jurídico de Norberto Bobbio é uma obra muito importante no debate jurídico contemporâneo, especialmente no Brasil. Bobbio é considerado um dos grandes positivistas da atualidade. Essa vinculação de Bobbio ao positivismo significa, em síntese, que ele defende: 1) uma abordagem científica do direito, o que implica – para o positivismo – uma abordagem valorativa, na qual prioriza-se o aspecto formal e não o material do fenômeno jurídico, sendo este o único caminho para a construção de uma genuína ciência do direito; 2) uma definição do direito centrada no seu aspecto coativo, como meio de fundamentar o conhecimento jurídico numa base empírica; 3) a preponderância da legislação sobre as demais fontes do direito (característica do estado liberal); 4) a norma jurídica como imperativo; O caráter original do pensamento de Norberto Bobbio está na sua compreensão do direito não mais centrada na norma – conforme defende o normativismo – mas centrada no ordenamento, entendido como o sistema, o conjunto das normas de uma determinada ordem jurídica. (Fonte: jus.com.br) Com base no texto acima é correto afirmar: Critério que se poderia extrair do conteúdo das normas jurídicas, ou seja, das ações reguladas. Conforme expressamente afirma Bobbio, "esse critério é manifestamente inconcludente". Os dois principais critérios materiais seriam o das ações internas e externas e ações subjetivas e intersubjetivas. Esses critérios podem servir para diferenciar o direito da moral, mas não das regras do costume ou das regras de trato social (convencionalismos sociais). A complexidade de um ordenamento jurídico deriva do fato de que a necessidade de regras de conduta numa sociedade é tão grande que é possível, por um único órgão de poder organizar as normas necessárias para atingir a pacificação social, em condições de satisfazê-la sozinho. A questão lógica é enfrentada por Bobbio como forma de fundamentar formalmente a sua teoria, pois, ele pretende que o direito seja necessariamente um ordenamento, entendido de uma forma complexa como um conjunto de normas, a possibilidade de existir uma ordem jurídica variada e diversificada, com várias formas propostas – mesmo que inviável no mundo real, como ele mesmo admite. Para Bobbio, uma norma de conduta que pretenda regular todas as ações possíveis, qualificando-as com uma única modalidade necessária, é o ideal para a organização social como um todo, sem questionamentos nem repartições, ou mesmo, adequações. As normas jurídicas não podem regular qualquer ação possível do homem, entendendo-se ação possível como aquelas que sejam necessárias e impossíveis, porém com várias restrições. O campo das ações possíveis é, portanto, engessado, uma vez que o comportamento as sociedade é previsível, independe do momento e do contexto histórico. 9 - A Convenção Americana sobre Direitos Humanos – também conhecida como Pacto de São José da Costa Rica – é um tratado internacional entre os países-membros da Organização dos Estados Americanos subscrito em 22 de novembro de 1969, entretanto, só ingressou no ordenamento jurídico brasileiro em 6 de novembro de 1992. Considerando a posição hierárquica das normas brasileiras é correto afirma que o Pacto de São José da Costa Rica éé uma norma constitucional, pois tem natureza de direitos humanos que se equipara aos direitos fundamentais. é uma norma supralegal estando abaixo da constituição, mas acima de todas as demais normas infraconstitucionais. é uma lei ordinária, assim, está hierarquicamente abaixo das normas supralegais e constitucionais. é uma norma complementar, assim, está hierarquicamente abaixo das normas supralegais e constitucionais. um decreto lei, assim, está hierarquicamente abaixo das normas supralegais e constitucionais. 10 - "Os fatos da vida humana sempre ofertam aos seus protagonistas as preferências, escolhas e formas de atuação dos indivíduos em face de todas as questões, sejam elas complexas ou não. É exatamente aí que a moral se transforma no instrumental de todas as decisões, por meio de vários preceitos e valores culturais da sociedade, cujo escopo também já havíamos assinalado: a perfeição individual.Qualquer sistema jurídico que se examine sempre refletirá um ponto de vista sobre a justiça e revelará, por meio de suas normas e demais referenciais estruturais, sobretudo a interpretação das normas por seus Tribunais, a legitimidade e os valores que lhe dão sentido e fundamento". Manual da Teoria Geral do Direito. Carlos Camillo. Pelo trecho acima podemos inferir uma relação entre o direito e a moral. A esse respeito, assinale a afirmativa correta. Direito e moral são absolutamente idênticos. Assim, a moral e o direito fundamentam-se em normas jurídicas devidamente positivadas, não vindas de obediência aos costumes e aos hábitos. A moral e o Direito não acompanham as transformações sociais, pois nascem de fenómenos religiosos. O direito e a moral são idênticos, tanto na forma como no conteúdo prescritivo. Assim, toda ação contrária à moralidade das normas jurídicas é também uma violação da ordem jurídica. A conduta moral refere-se à vontade interna do sujeito, enquanto o direito é imposto por uma ação exterior e se concretiza no seu cumprimento, ainda que as razões da obediência do sujeito não sejam morais. 11 - Os direitos humanos caracterizam-se por serem direitos básicos de todos os seres humanos, dentre os direitos inerentes está o princípio da igualdade. Diante do exposto analise a figura abaixo e assinale a assertiva correta: A coerção, tanto no direito quanto na moral, é um elemento determinante. É na possibilidade de impor-se pela força, independentemente da vontade, que o direito e a moral regulam a liberdade. a igualdade de gênero não é uma realidade conquistada em todos os países, entretanto, em razão do princípio da igualdade a lei não pode trazer qualquer diferença no tratamento entre homens e mulheres, a conquista da igualdade efetiva fica a submetida à conscientização social. A garantia da igualdade prevista nos direitos humanos é referente à igualdade formal somente, isto é, igualdade perante a lei. que a plena igualdade de gênero é realidade em todos os países do mundo. é preciso haver ações afirmativas que busquem incentivar a contratação das mulheres e a coibir o pagamento salarial desigual, entretanto, as ações afirmativas para a contratação deve ser efetivada enquanto a desigualdade for existente, assim, devem possuir caráter temporário. a criação de ações afirmativas para incentivar a contratação de mulheres fere o princípio da igualdade. 12 - Manter os próprios compromissosnão constitui dever de virtude, mas dever de direito, a cujo cumprimento pode-se ser forçado. Mas prossegue sendo uma ação virtuosa (uma demonstração de virtude) fazê-lo mesmo quando nenhuma coerção possa ser aplicada. A doutrina do direito e a doutrina da virtude não são, consequentemente, distinguidas tanto por seus diferentes deveres, como pela diferença em sua legislação, a qual relaciona um motivo ou outro com a lei. Pelo trecho acima podemos inferir que Kant estabelece uma relação entre o direito e a moral. A esse respeito, assinale a afirmativa correta: A coerção, tanto no direito quanto na moral, é um elemento determinante. É na possibilidade de impor-se pela força, independentemente da vontade, que o direito e a moral regulam a liberdade. Direito e Moral se correlacionam, em todos os casos, constante e mutuamente, com a mesma intensidade tanto para os valores morais quanto para os imorais. A conduta moral refere-se à vontade interna do sujeito, enquanto o direito é imposto por uma ação exterior e se concretiza no seu cumprimento, ainda que as razões da obediência do sujeito não sejam morais. O direito e a moral são idênticos, tanto na forma como no conteúdo prescritivo. Assim, toda ação contrária à moralidade das normas jurídicas é também uma violação da ordem jurídica. Direito e moral são absolutamente distintos. Consequentemente, cumprir a lei, ainda que espontaneamente, não é demonstração de virtude moral. 13 - Pode-se afirmar que os direitos humanos são os direitos e liberdades básicas que devem gozar todos os seres humanos, pressupondo o acesso às condições elementares para o gozo de uma vida digna, além de garantir a liberdade de pensamento e de expressão e a igualdade perante a lei. Com base nessa afirmativa podemos entender que: A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento oficial elaborado e aprovado pela Comissão de Direitos Humanos da ONU em 1930, composto por um preâmbulo e 30 artigos, o documento visa reconhecer quais são os direitos fundamentais de qualquer ser humano e garantir que todos os direitos lá apresentados sejam aplicados para o bem e pela dignidade da humanidade. Os primeiros indícios de reconhecimento de direitos mais parecidos com os que temos hoje vêm das revoluções liberais do século XV, que, em defesa da igualdade e na luta contra o Antigo Regime, estabeleceram modelos de governo e de sistemas políticos seguidos por grande parte dos países nos séculos XIX e XX. Os Direitos Humanos tem no final da segunda Guerra Mundial o marco histórico de sua criação, encerrando o paradigma de estrita legalidade do direito. A atuação da ONU – Organização das Nações Unidas, é fundamental para a garantia dos Direitos Humanos nos dias de hoje e suas ações ocorram por meio de campanhas de ajuda humanitária e fiscalização dos países signatários, podendo este Organismo Internacional interferir diretamente na política e nas ações econômicas dos países. A maioria das repúblicas e democracias parlamentaristas e constitucionalistas contemporâneas tem as suas leis alinhadas com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o que garante, em todas as situações e sem a menor sombra de dúvida, que o respeito aos direitos fundamentais dos seres humanos será sempre preservado. 14 - Em um ordenamento jurídico pode-se verificar a existência de um sistema escalonado de normas seguindo uma dada hierarquia, na qual as normas inferiores devem estar em conformidade com as normas superiores. São princípios que enunciam esta hierarquização: princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado onde podemos entender que o interesse de uma coletividade se sobrepõe ao interesse do particular e pelo princípio da moralidade pública, onde num Estado de Direito pode admitir a prática de atos atentatórios à moralidade administrativa e causadores de prejuízo ao erário público ou que ensejam enriquecimento ilícito. princípio da constitucionalidade e princípio da legalidade, sendo que, pelo princípio da constitucionalidade, algumas normas inferiores devem estar em conformidade com a Constituição Federal e pelo princípio da legalidade onde determina-se que os atos executivos e os judiciais devam estar em conformidade com a lei, enquanto estas devam subordinar-se entre si. princípio da constitucionalidade e princípio da legalidade, sendo que, pelo princípio da constitucionalidade, algumas normas inferiores devem estar em conformidade com a Constituição Federal e pelo princípio da legalidade onde determina-se que apenas os atos executivos devam estar em conformidade com a lei, enquanto estas devam subordinar-se entre si. princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado onde podemos entender que o interesse de uma coletividade se sobrepõe ao interesse do particular e pelo princípio da moralidade pública, onde num Estado de Direito não se pode admitir a prática de atos atentatórios à moralidade administrativa e causadores de prejuízo ao erário público ou que ensejam enriquecimento ilícito. princípio da constitucionalidade e princípio da legalidade, sendo que, pelo princípio da constitucionalidade, todas as normas inferiores devem estar em conformidade com a Constituição Federal e pelo princípio da legalidade onde determina-se que os atos executivos e judiciais devam estar em conformidade com a lei, enquanto estas devam subordinar-se entre si. 15 - Direito é uma palavra que refere-se tanto ao saber quanto ao conjunto de leis em vigor em um país. Ao mesmo tempo, a palavra direito pode ser usada para designar algo ou alguém que é honesto, correto, honrado, íntegro. E ainda direito pode ser uma conquista jurídica, um benefício, um privilégio, algo que do ponto de vista legal temos como prerrogativa. Sendo assim, a palavra direito comporta vários significados. Partindo dessa premissa, leia o texto a seguir e marque a assertiva que corresponde ao significado do Direito expresso no texto: O direito estabelece normas de conduta, às quais corresponde uma coerção. Estas normas são elaboradas pelas instituições que a sociedade cria e mantém com o fim de formular o direito, o qual refletirá a realidade axiológica daquele momento. A norma, a partir dessa visão, reflete uma realidade social, pois responde a uma necessidade que os indivíduos coletivamente apresentaram. I - faculdade II - justiça III - fato social IV - ciência É correto apenas o que se afirma em: IV, apenas. I, II e III. III, apenas. II, apenas. I, apenas. 16 - Os Direitos Humanos constituem a categoria mais básica de direitos que qualquer ser humano, em qualquer parte do mundo, pode requerer em defesa própria ou de outrem. Não há distinção de classe social, cor, gênero, nacionalidade, religião, orientação sexual ou de qualquer outro tipo que anule os direitos fundamentais de uma pessoa. (Fonte: mundoeducacao.uol.com.br) Com base no enunciado acima, assinale a alternativa correta: Os primeiros indícios de reconhecimento de direitos mais parecidos com os que temos hoje vêm das revoluções liberais do século XVIII, que, em defesa da igualdade e na luta contra o Antigo Regime, estabeleceram modelos de governo e de sistemas políticos seguidos por grande parte dos países nos séculos XIX e XX.Hoje em dia, com base nos fundamentos da Constituição Federal de 1988, ativistas pelos Direitos Humanos são ameaçados e assassinados. Também temos fatores, como a violência contra a mulher, os assassinatos da população marginalizada (principalmente de jovens negros e moradores de periferias), o trabalho escravo, o crime organizado, a formação de milícias e a desigualdadesocial, que ainda esbarram na garantia dos Direitos Humanos para a população brasileira. A atuação da ONU não é fundamental para a garantia dos Direitos Humanos nos dias de hoje. A participação atual de 153 países (em 1945 eram 50 países), que, por si só já garantem o necessário ao que se pretende com a defesa dos direitos da humanidade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento oficial elaborado e aprovado pela Comissão de Direitos Humanos da ONU em 1948. Composto por um preâmbulo e 10 artigos, o documento visa reconhecer quais são os direitos fundamentais de qualquer ser humano e garantir que todos os direitos lá apresentados sejam aplicados para o bem e pela dignidade da humanidade. Após o fim da Primeira Grande Guerra Mundial, cinquenta países reuniram-se em São Francisco, Califórnia, para estabelecer os novos rumos para a antiga Liga das Nações, que se tornaria a Organização das Nações Unidas (ONU). 17 - Kelsen compreende o Direito como uma estrutura de normas escalonadas, compreendida como uma pirâmide normativa, onde a norma inferior busca seu fundamento de validade na norma superior. Com base nessas informações e nas diversas de espécies normativas do ordenamento jurídico brasileiro, avalie as assertivas a seguir: I. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos celebrados pelo Brasil e incorporados pelo mesmo rito das emendas constitucionais têm constitucional, situando-se acima da legislação ordinária. II. Não existe hierarquia normativa entre a Constituição Federal, Constituição Estadual e Leis Orgânicas de Municípios. III. Não existe hierarquia normativa entre a Constituição Federal e as leis ordinárias. II e III, apenas I e II, apenas I, apenas II, apenas I, II e III 18 - O Direito “(...) é guiado por princípios universais. As Leis ou acordos sociais particulares são, em geral, válidos porque se apóiam em tais princípios. Quando as leis violam esses princípios, a gente age de acordo com o princípio. Os princípios são princípios universais de justiça: a igualdade de direitos humanos e o respeito pela dignidade dos seres humanos enquanto indivíduos. Estes não são meramente valores reconhecidos, mas também são princípios usados para gerar decisões particulares” (HABERMAS, Jürgen. Consciência Moral e Agir Comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989, p. 154). Considerando o texto acima, e o tema dos direitos humanos e fundamentais, avalie as afirmações a seguir: I. Os direitos humanos são princípios universais e devem ser positivados no ordenamento jurídico na forma de direitos fundamentais. II. Os direitos humanos são universais, mas por serem normas do tipo princípio tem hierarquia inferior aos direitos positivados. III. As leis que violam o princípio da dignidade humana são inconstitucionais. É correto o que se afirma em: I, II e III I, apenas I e II, apenas II, apenas I e III, apenas 19 - As regras e princípios podem ser formulados por meio das expressões básicas do dever, da permissão e da proibição. Princípios são, tanto quanto regras, razões para juízos concretos de dever-ser, ainda que de espécies muito diferente. A distinção entre regras e princípios é, portanto, uma distinção entre duas espécies de normas."ALEXY, Robert. Teoria da Argumentação Jurídica. Tradução Zilda Hutchinson Schikd Silva, Rio de Janeiro. Forense, 3ª edição, 2011 . Com base na situação apresentada, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Princípios são normas com grau de generalidade relativamente alto, enquanto o grau de generalidade das regras é relativamente baixo PORQUE II. Regras têm uma consequência definitiva: ordenam, proíbem ou permitem. Princípios são mandamentos de otimização. São espécies de normas que ordenam que algo se realize. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são proposições falsas. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa 20 - As palavras de Thomas Jefferson na Declaração de Independência são um exemplo da filosofia do direito natural moderno incorporada ao discurso político-jurídico. Nela se encontram praticamente todos os elementos da teoria, e, curiosamente, distingue-se por não incluir nos direitos fundamentais a propriedade, mas sim a busca da felicidade. De qualquer modo, este texto, do final do século XVIII, do século das luzes e dos enciclopedistas franceses, é fruto natural e filho legítimo do jus naturalismo do século XVII. LOPES, José Reinaldo de Lima. O direito na história: lições introdutórias. – 6. ed. São Paulo: Atlas, 2019. Considerando o texto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. A teoria jus naturalista moderna é fortemente caracterizada pela reafirmação do sujeito e da razão individual, ou seja, o ambiente em que floresce o justa naturalismo é caracterizado pelo personalismo e pela individualidade. PORQUE O jusnaturalismo afirma que o Direito é composto exclusivamente por normas postas ou que sejam admitidas por autoridade competente. As asserções I e II são proposições falsas. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 21 - Nas lições de Norberto Bobbio, na sua obra intitulada “Teoria do Ordenamento Jurídico”, nos primórdios o Direito foi estudado apenas pelo viés da norma jurídica, constatando-se que este era interpretado apenas com conteúdo de natureza normativa, deixando à deriva outros elementos que somente poderiam ser analisados mais profundamente a partir de uma perspectiva mais ampla. Neste diapasão, o Direito deveria ser interpretado como um todo e não apenas como um conjunto de normas que bastam por si, ou seja, como um ordenamento jurídico formado por normas, regras e princípios. (BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. 6. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1995, p. 19.) Considerando as informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Segundo Norberto Bobbio, o Direito encontra sua definição adequada quando se localiza no ordenamento jurídico, sendo assim, considera-se o modo pelo qual uma determinada norma se torna eficaz a partir de uma complexa organização que determina a natureza e a entidade das sanções, as pessoas que devam exercê-las e a sua execução. Desta baila, abordar o que é uma ordem jurídica seria analisar essa organização. PORQUE II. A definição de ordenamento jurídico expressa o contexto de produção normativa, abarcando não apenas as regras jurídicas por si, mas também as técnicas de produção e de integração das normas jurídicas de diferentes áreas do Direito. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições falsas. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. Em um ordenamento jurídico pode-se verificar a existência de um sistema escalonado de normas seguindo uma dada hierarquia,na qual as normas inferiores devem estar em conformidade com as normas superiores. São princípios que enunciam esta hierarquização: princípio da constitucionalidade e princípio da legalidade, sendo que, pelo princípio da constitucionalidade, algumas normas inferiores devem estar em conformidade com a Constituição Federal e pelo princípio da legalidade onde determina-se que apenas os atos executivos devam estar em conformidade com a lei, enquanto estas devam subordinar-se entre si. princípio da constitucionalidade e princípio da legalidade, sendo que, pelo princípio da constitucionalidade, algumas normas inferiores devem estar em conformidade com a Constituição Federal e pelo princípio da legalidade onde determina-se que os atos executivos e os judiciais devam estar em conformidade com a lei, enquanto estas devam subordinar-se entre si. princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado onde podemos entender que o interesse de uma coletividade se sobrepõe ao interesse do particular e pelo princípio da moralidade pública, onde num Estado de Direito pode admitir a prática de atos atentatórios à moralidade administrativa e causadores de prejuízo ao erário público ou que ensejam enriquecimento ilícito. princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado onde podemos entender que o interesse de uma coletividade se sobrepõe ao interesse do particular e pelo princípio da moralidade pública, onde num Estado de Direito não se pode admitir a prática de atos atentatórios à moralidade administrativa e causadores de prejuízo ao erário público ou que ensejam enriquecimento ilícito. princípio da constitucionalidade e princípio da legalidade, sendo que, pelo princípio da constitucionalidade, todas as normas inferiores devem estar em conformidade com a Constituição Federal e pelo princípio da legalidade onde determina-se que os atos executivos e judiciais devam estar em conformidade com a lei, enquanto estas devam subordinar-se entre si. 23 - O processo legislativo compreende um conjunto de formalidades que devem ser estritamente observadas na elaboração das diversas espécies normativas. Esse conjunto de formalidades garantem toda a coesão do ordenamento jurídico e são essenciais para a sua construção. Os procedimentos das espécies normativas estão previstos na Constituição do Estado, documento que serve de diretriz e dá estabilidade ao ordenamento jurídico. (Fonte: jusbrasil.com.br) Acerca das espécies normativas existentes no Direito Brasileiro, é correto afirmar: As leis complementares não precisam ter sua matéria predeterminada constitucionalmente, ou seja, podem tratar de qualquer assunto que a sociedade necessite para sua adequação, independente do que verse a Constituição Federal do Brasil; A lei delegada é um ato normativo elaborado e praticado pelo Presidente da República, em razão de uma autorização dada pelo Poder Legislativo. Trata-se de uma delegação da função legislativa modernamente aceita, sem nenhuma limitação para sua elaboração. É um mecanismo necessário para possibilitar a eficiência do Estado e sua necessidade de maior agilidade e celeridade. As emendas constitucionais possibilitam a inserção de acréscimos, supressões ou modificações do texto constitucional; Nos casos extraordinários de necessidade e urgência, o Governo poderá adotar, com única e exclusiva responsabilidade, providências provisórias com força de lei, sem necessidade de apresentá-las imediatamente à Câmara dos Deputados, para sua conversão em lei. O decreto legislativo é uma espécie normativa destinada a veicular as matérias de competência exclusiva da casa Legislativa de cada estado membro da Nação, todas elas elencadas e previstas nos artigos 49 e 62 da CF/88.
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