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Tutoria 2 Módulo III Queimadura Classificar as queimaduras de acordo com a extensão da superfície corporal, calculada em porcentagem da área total queimada (ATSQ) Princípios gerais ● Zonas de queimadura ○ Zona de necrose/coagulação central ■ Tecidos do centro da queimadura que estão inviáveis, com lesão irreversível ○ Zona de estase (mesma que de isquemia?) ■ Inicial - Dilatação dos vasos e difusão capilar ■ Após 24h a 48h - obstrução dos capilares, convertendo em coagulação - pode ser reversível se cuidados intensivos ○ Zona de hiperemia ■ Tecidos edemaciados viáveis ● Graus/profundidade ○ Primeiro grau ■ Atinge a camada mais superficial da pele e a epiderme ■ Eritema e dor; sem alteração hemodinâmica e clínicas significativas ■ Reepitelização total e preservação da função; cicatrização em 3-6 dias; sem cicatriz ○ Segundo grau ■ Atinge epiderme e parte da derme, poupando parte dos anexos cutâneos responsáveis pela reepitelização ■ Presença de bolhas ou flictenas ■ Superficial - superfície rósea abaixo das bolhas, cicatrização sem sequelas em 10-14 dias ■ Profunda - esbranquiçadas, menos doloridas que as superficiais; 25-35 dias, com cicatrizes não estéticas ○ Terceiro grau ■ Queimaduras profundas que acometem toda a espessura da pele e acometem tecidos profundos, como subcutâneo, músculos e ossos ■ Não são dolorosas, não reepiteliza devido a destruição de todos os anexos e das terminações nervosas dérmica ■ Apresentam aspecto céreo, consistência endurecida, podendo apresentar, por transparência, vasos sanguíneos trombosados (sinal patognomônico) ■ Deixam sequelas deformantes ○ Quarto grau ● Agente causal ○ Escaldo - mais frequente; mais grave em regiões com roupa e com líquido mais espesso ○ Chama - se atingir vestimentas, geralmente causa ferimento mais profundo ○ Flash burn - explosões costumam causar ferimentos muito profundos pois atingem temperaturas muito elevadas; se atingir a roupa e ela nao incendiar, confere proteção ○ Contato - geralmente com metais e plásticos, são mais localizadas mas mais profundas ○ Queimaduras elétricas - alta intensidade de calor e lesão de membranas celulares; o calor gerado é diretamente proporcional à amperagem da corrente e da resistência do local por onde ele passou; apesar de a lesão de pele parecer restrita, há uma grande destruição nas estruturas abaixo e nas proximidades, descendo sempre ser considerada mais grave que a aparência (maior cuidado com arritmias, acidose e mioglobinúria) ○ Queimaduras químicas - causadas por ácidos, álcalis em acidentes, de trabalho, causam lesão progressiva ate o agente ser totalmente removido, preferencialmente com água em abundância; consideradas profundas até o contrário Epidemiologia ● Números próximos entre mulheres e homens ● Jovens sao mais acometidos ● Crianças abaixo de 5 anos tem um. Risco maior ● Criança se queima mais por escaldo e maiores que 5 anos mais por fogo direto ATSQ ● Regra da palma da mão ○ A superfície da palma da mão (excluindo dedos) equivale a 1% da area de superfície corpórea, sendo usada para calcular o restante ○ O metodo menos fidedigno ● Regra dos. (Wallace) ○ As regiões anatômicas correspondem a 9% ou múltiplos de 9 da superfície corpórea ○ OBS: em crianças, a cabeça é maior que o corpo ○ ○ ● Lund e Browder ○ É o mais confiável, em que varia a representação das áreas da cabeça e dos membros inferiores com a idade, sendo o mais utilizado nas unidades de queimados ○ Pouco prático na emergência Compreender a fisiopatologia e as alterações metabólicas dos queimados inclusiva a resposta inflamatória sistêmica Fisiopatologia ● Aumento da permeabilidade e edema ● Exposição do colágeno tipos IV e V dos endotélio vasculares, com liberação de histamina (e bradicinina) pelos mastócito, que leva a um aumento de permeabilidade capilar que permite a passagem de um filtrado plasmático para o interstício dos tecidos afetados, provocando hipovolemia e edema tecidual ● Ativação do sistema calicreína produz cininas que colaboram para o aumento da permeabilidade capilar, agravando o edema e a hipovolemia; há também ativação do sistema fosfolipase-ácido aracnóideo, liberando prostaglandinas inflamatórias (->aumenta permeabilidade) ● Ativação da via do tromboxane, que junto com a plasmina e a trombina circulantes, provoca um depósito nas paredes desses capilares, ocasionando o aumento na pressão hidrostática de até 250%, contribuindo para o edema tecidual ● Tempestade de citocinas - sem infecção, os pacientes manifestam sinais de sepse e tem alta mortalidade, causando disfunção múltipla de órgãos ● Após a agressão, uma sucessão drástica de eventos passa a ocorrer em todos o organismo, mais acentuadamente na área queimada; quando a queimadura ultrapassa 10-15% da área corporal, inicia-se uma resposta inflamatória sistêmica, além de dependerem também da idade, composição física e resposta pessoal inflamatória; se for incontrolável, será autodestruidora ● Fase de choque - o fator mais importante é a permeabilidade capilar; leva ao choque e ao edema; fenômeno bifásico e a recomposição da permeabilidade se dá por volta de 18h com retorno total em 24h; outros fatores: desaparecimento da barreira cutânea, grande aumento das perdas insensíveis, diminuição da velocidade de circulação no sangue e aumento da viscosidade com obliteração de capilares junto à área queimada, aumentando a lesão ● Redução do tempo da meia vida de hemácias, perda de eritrócitos destruídos na área queimada, acidose metabólica (se grande) estão envolvidos como fatores de depressão miocárdica que contribui com o choque Alterações metabólicas ● Ocasionadas por uma combinação de liberação de mediadores inflamatórios e descargas hormonais anormais induzidas pelo estresse, mediadas através do eixo hipotálamo-hipófise ● O grau de anormalidade metabólica após a lesão vai depender do grau de resposta ao estresse da pessoa, iniciada por fatores liberados pelo ferimento originado e perpetuados pela liberação sistêmica de que “hormônios de estresse” - angiotensina, aldosterona, vasopressina, tromboxano ● O hipotálamo recebe sinais neuronais aferentes de dor, pressão, hipóxia, temor e ansiedade; o aumento da liberação de citocinas pró-inflamatórias do TNFå, IL6, IL8 e aumento de atividade oxidativa vão resultar em hiperdegradação de proteínas ● Aumento de hormônios catabólicos endógenos como cortisol e catecolaminas e ainda uma diminuição da atividade de anabólicos como o GH e testosterona, gerando uma grande perda proteica no organismo ● O gasto calórico será de duas vezes o valor basal, visto que a cicatrização da área queimada consome grandes quantidades de energia pela densidade celular inflamatória e fibroblastos responsáveis pela produção de colágeno e matriz ● Devido ao nível alto de catabolismo junto à maior necessidade energética, os substratos energéticos são mobilizado com ritmo 2 ou 3x acima do normal; a produção de glicose, gliconeogênese, está acentuada e um exagero nessa produção leva ao “diabetes do estresse”; vai haver uma hiperglicemia, aumento de deposição de gordura, aumento do catabolismo e perda de energia; a oferta de glicose exógena reduz apenas em 50% essa produção endógena; concomitantemente, vai haver aumento de lipólise pela estimulação ß2-adrenérgica ● Haverá também uma redução de micronutrientes, compostos orgânicos (vitaminas) ou inorgânicos (minerais), seja por aumento de perdas, por consumo elevado e/ou exposição inadequada, influenciando no metabolismos e desarranjo metabólico Resposta inflamatória sistêmica ● Depressão no sistema de linfócitos T maior que no B, com marcante diminuição no número de LT. ● Tempestade de citocinas, ja citada, surgindo a partir da ativação de macrófagos após a lesão e consequente liberação de citocinas pró-inflamatórias, principalmente IL1, IL6 e TNFå. ● Apesar da resposta inflamatória exagerada e direcionada ao próprio corpo, há uma imunodepressão ligada às escaras decorrentes da queimadura, principalmente ligada a um polímerolipídico-proteico (LPC), que tem efeitos tóxicos nos neutrófilos, na membrana celular de hepatócitos (-> insuficiência metabólica), e em estudos com ratos está relacionada a maior mortalidade ● Para evitar esse processo ○ pode se fazer a excisão precoce das escaras (<72h), com ausência de LPC e diminuição do processo inflamatório ○ Banho em nitrato de cério - meia hora em solução a 0,04mg - a substância liga-se ao LPC e evita sua entrada na corrente sanguínea ○ Uso de substitutos de pele Identificar os procedimentos para a monitorização do paciente queimado (tratamento imediato e na sala de emergência -ATLS) Atendimento inicial ● Caracterizar o evento ○ Temperaturas, localização, tempo de exposição? ○ Fonte? ○ Possibilidade de inalação? ○ Mecanismos de lesão associada? ● Via aérea ○ Hipoxia, intoxicação por monóxido de carbono (CO) - oximetría de pulso não é confiável ○ Indicação precoce de IOT em pacientes com sinais de lesão térmica das vias aéreas, mesmo que conscientes ○ A obstrucao da via aérea pode acontecer nas primeiras 2 a 4 horas após a queimadura ou até um pouco depois da reidratação - observar por 24-36h ○ Após 2-3 dias o edema diminui ○ Traqueostomia em pacientes intubados por 2-3 semanas ○ Antibioticoterapia profilática nao é recomendada ○ Investigar lesão de coluna cervical e de fraturas - principalmente quando o agente tiver sido explosão ● Ventilação ○ Investigar pneumotórax simples e/ou hipertensivo ○ Escarotomias se houver queimadura em tórax e abdômen - 2 incisões bilaterais lineares na linha axilar anterior que se estendem por toda a espessura da pele queimada e permite separação da escara constritora - se as duas incisões não forem suficientes, realizar uma terceira horizontal, fazendo um H ● Circulação ○ Grande perda hídrica - realizar 2 punções venosas periféricas calibrosas, preferencialmente em áreas não queimadas, para infusão de volume, de preferência soluções salinas isotônicas ○ Feito com base na porcentagem de área queimada já citada ○ Reposição volêmica ○ ○ OBS: em geral, em adultos se faz o cálculo com 2ml, e para crianças 3ml, enquanto os 4ml são reservados para queimaduras elétricas ○ O volume deve ser infundido em 24 horas - metade nas primeiras 8 horas e metade nas seguintes 16h - as primeiras 8 horas são contadas a partir da lesão e nao da chegada ao hospital ○ A reposição hídrica se baseia nesse cálculo, mas deve ser adaptado para obter resultados clínicos de reposição volêmica, como débito urinario >0,5 ml/kg/h ● Neurológico ○ Cuidado com a perda de líquidos e hipotensão - confusão mental e inconsciência ○ Explosões e traumas elétricos podem causar trauma cranioencefálico ○ Exames diagnósticos só podem ser realizados apos estabilização hemodinâmica e respiratória ● Exposição e prevenção a hipotermia ○ Calcular a extensão e a profundidade da lesao ○ Remoção de roupas, agentes plásticos e piche para evitar exposição prolongada e aumento de lesões ○ Resfriamento com água fria apenas se acometimento menor de 10% ○ Envolver toalhas secas e limpas diminui contaminação e atenua a dor ○ Químicas -retirar o agente e roupas, irrigação local exaustiva com água e soro; evitar soluções neutralizantes; a concentração e a duração determinam gravidade ○ Elétricas - remover vítima da fonte de energia de forma segura (desligando a fonte ou usando material não condutor); causam muita lesão muscular e lesões internas; pode ter áreas de entrada e saída da corrente ○ Analgesia ■ Não existem esquemas rígidos e eficientes para todos os pacientes, precisa ser individualizado e atualizado constantemente ■ Utilização de bomba de PCA (controlada pelo paciente) e tratamento para ansiedade e depressão associado ■ ● Nutrição - avaliar nas primeiras 24h ○ Antropometria - estimar necessidade de nutrientes e gasto energético basal ○ ○ ○ Avaliação da história dietética com o paciente e/ou familiar ○ Avaliação de parâmetros bioquímicos ○ Avaliação de perdas e do balanço nitrogenado ○ ○ Definir a via de administração da dietas, preferencialmente por via oral, associada ou nao à enteral; a parenteral é a última escolha, em casos específicos ○ Avaliação do risco nutricional ○ A ingesta proteica recomendado é de 2,5-3g/kg/d ○ 20% desenvolve íleo paralítico nas primeiras 24h - nesses casos, deve ser passada sonda nasogástrica ○ Profilaxia com protetor gástrico pelo grande risco de desenvolvimento de úlceras gástricas de estresse ou de Curling ● Antibioticoterapia ○ Recomenda-se uso de microbianos tópicos para redução do risco de crescimento bacteriano e consequente invasão da corrente sanguínea; antibioticoterapia profilática não é recomendada ○ Após avaliação primária e estabilização ○ ○ Deve ser administrada toxoide tetânico a todos os pacientes ○ Quando houver infeccao comprovada, o ATB escolhido deve cobrir bactérias comunitárias encontradas na pele; oxacilina é a melhor opção Compreender a fluidoterapia para reanimação do queimado (choque e hipovolêmico) ● O volume extravasado do espaço intravascular é extremamente elevado quando a área queimada excede 15%; essa perda é rápida e basicamente de água livre; a perda de proteína acontece apenas após as primeiras 8 horas de evolução e quando maior que 15% ● A reposição tem como princípio das o mínimo de colima necessário para manter a perfusão dos órgãos e repor a perda de sal extracelular ○ A estabilização dos sinais clínicos é prática mas não garante que o tecido esteja sendo bem oxigenado para atender ao hipermetabolismo -> são indicadores iniciais de sucesso terapêutico ● Podem ser usadas diferentes substâncias para essa reposição, com diferentes composições: coloides, cristalóides e soluções hipertónicas; os esquemas de hidratação vão ser divididos em função disso ● O preconizado: ringer lactato 2-4 ml/kg/%ACQ ao longo de 24 horas. A metade desse volume deverá ser administrado em 8 horas e o restante em 16 horas; deve ser aquecida para evitar hipotermia ○ Infusões adicionais devem ser feitas para atingir PAM >70 mmHg e diurese mínima de 0,5-1 ml/kg/h em adultos ○ Monitorar níveis de lactato e creatinina sérica ○ Mensuração e ajuste de pH e eletrólitos ○ A administração de coloides deve ser iniciada apenas no segundo dia e/ou quando a albumina sérica é inferior a 2g% - a quantidade sugerida é de 0,3 a 0,5ml/kg/%ACQ de uma solução coloide (não necessariamente albumina humana) ● Ressuscitação excessiva e seus danos: ○ Redução na oferta de oxigênio aos tecidos ○ Hipertensão e edema pulmonar ○ Obstrução de vias respiratórias ○ Maior rigidez da caixa torácica e maior trabalho respiratório ○ Menor mobilidade e síndrome compartimental nos membros ○ Retardo na cicatrização ○ Maior possibilidade de sepse cutânea OBS: os danos da ressuscitação excessiva são menores do que a reposição insuficiente (-> gera maior morbimortalidade) ● A perda hídrica é maior quando há lesão nas vias aéreas ou quando o agente é elétrico Conhecer os critérios de transferência de pacientes para as unidades de tratamento de queimaduras Classificação de pequeno, médios e grandes queimados ● Grande queimado ○ >25% área queimada em crianças maiores e adultos até 40 anos de 2o grau OU >5% de 3o grau ○ >20% de área queimada em crianças menores e adultos >40 anos ○ Envolvimento de áreas nobres, lesão por inalação, queimadura por irradiação, química ou eletricidade ○ Pacientes com comorbidades ○ Precisa transferir para UTI de queimados ● Médio queimado ○ Precisa transferir para hospital com setor de queimados, não necessariamente UTI ● Pequeno queimado ○ 1º grau ou 2o grau menor que 10% Descrever a avaliação de risco e gravidade das queimaduras Principais fatores de prognóstico ● Área corporal queimada ● Idade ● Lesão por inalação ● Obesidade ● Abuso de álcool ● Doenças degenerativas Cálculo para prever taxa de mortalidade ● Área corporal queimada de 3o grau + idade = taxa de mortalidade ● Adiciona-se 20% se queimadura inalatória ● Pacientes com índice de 90-100 tem uma taxa de mortalidade de50-70% Identificar os danos respiratórios e queimadura inalatórios ● Conferem um maior risco e morbimortalidade, aumenta a perda hídrica ● As complicações respiratórias acontecem em cerca de ⅓ dos pacientes com grandes queimaduras ● Vias aéreas / ventilação ○ Intubação orotraqueal em casos de queimaduras extensas e queimaduras envolvendo cabeça e pescoço e na suspeita de lesão inalatória ○ Pacientes não intubados precisam ser observados em UTI por pelo menos 24 horas ○ Suporte ventilatório adequado ■ Pct sem lesão pulmonar ou sedação profunda - ventilação com pressão de suporte ■ Síndrome do desconforto respiratório agudo -uso de ventilação com estratégia protetora pulmonar, com baixos volumes correntes (6ml/kg) e pressão de platô baixa (<35 cmH2O); preferência a ventilação limitada à pressão; adequar PEEP para diminuir o colapso alveolar ○ Pacientes com queimaduras em tórax podem sofrer com síndromes restritivas e necessitar de escarotomia imediata, para melhor complacência torácica e complacência pulmonar ○ Pode ser feita uma broncoscopia para resolução de atelectasia ou coleta de lavado para cultura ○ O desmame da VM acontece como qualquer outra patologia, sendo feito a partir da resolução da causa Insuficiência respiratória ● Pode ocorrer secundariamente à inalação de fumaça, independentemente de haver lesões externas ● Sinais e sintomas iniciais da inalação de fumaça: taquipneia, tosse, dispneia, broncoespasmo e estridor ○ Indicam lesão por inalação: queimaduras em face e pescoço, queimaduras de vibrissas nasais, eliminação de escarro carbonáceo e uma história de exposição em ambientes fechados ○ Intoxicação por monóxido de carbono - confusão mental, dor de cabeça, náuseas, fadiga, instabilidade cardiovascular, rebaixamento do nível de consciência, falta de concentração, aprendizado e memória; pode se desenvolver de 2 ate 28 dias ○ Intoxicação por gás cianídrico - convulsões, depressão respiratória e acidose metabólica persistente ○ Síndrome do desconforto agudo grave OU hipervolemia e infecção - taquipneia, hipoxemia progressiva, relação PaO2/FiO2 <200 e infiltrado radiológicos difusos ■ Lembrar sempre de TEP e atelectasia Lesão inalatória ● Na presença de inalação de ar, vapor e gases superaquecidos, fumaça e aspiração de líquidos superaquecidos, pode ocorrer a lesão das vias aéreas superiores e inferiores ● Cursa com edema das vias respiratórias superiores, causado pela lesão térmica direta, broncoespasmo, obstrução de vias aéreas inferiores pela presença de debris e perda do mecanismo ciliar, aumento do espaço morto e shunting intrapulmonar, diminuição da complacência pulmonar e torácica, edema alveolar, traqueobronquite ou pneumonia ● Diagnóstico: história de queimadura em ambiente fechado, queimaduras faciais, vibrissas nasai queimadas, presença de debris carbonáceos no escarro, na boca ou na faringe, edema nas vias respiratórias superiores e dificuldade respiratória; pode ser confirmado com broncoscopia mostrando edema, debris, úlceras e eritema Identificar as medidas gerais imediatas para o tratamento da ferida provocada por queimadura (balneoterapia) ● Higiene rigorosa e troca de curativos constante ● Uso de antibióticos tópicos ● Queimadura em face e genitália - curativo aberto ●
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