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SEMINÁRIO ADVENTISTA LATINO-AMERICANO DE TEOLOGIA JULIANO SANTOS DE JESUS A relação entre Cristo e o profeta dos Persas, o Cristianismo e o Zoroastrismo. CACHOEIRA – BA 2010 JULIANO SANTOS DE JESUS A relação entre Cristo e o profeta dos Persas, o Cristianismo e o Zoroastrismo. Trabalho corrente apresentado como requisito parcial obrigatório para a aprovação na disciplina de Introdução Geral à Bíblia. Professora: Ms. Mágela Souza CACHOEIRA – BA 2010 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 A VIDA DO PROFETA E O SURGIMENTO DO ZOROASTRISMO 5 3 SURGIMENTO DO JUDAÍSMO, CRISTIANISMO E O MONOTEÍSMO 8 4 ELEMENTOS DE UNIFICAÇÃO ENTRE ZOROASTRISMO E CRISTIANISMO 10 5 CONCLUSÃO 14 REFERÊNCIAS 16 1 INTRODUÇÂO No mundo em que vivemos existem muitos exemplos de religiões que procuram se igualar com o Cristianismo. O Cristianismo hoje é uma das religiões mais presenciais em todo o mundo. E cada religião tem seu personagem central. No monotéismo els acreditam também em um profeta que recebe um revelação divina. Pelo Cristianismo o seu profeta e personagem principal seria Jesus Cristo, mas há uma religião em que há grande semelhança com o Cristianisnmo, que é o Zoroatrismo. Há uma grande semelhança na vida de ambos profetas e também em sua doutrina, desde a forma do seu nascimento, até seu estilo de vida e algumas crenças. Dentro do ambito histórico o Zoroatrismo surgiu antes do Cristianismo. Neste trabalho será levantado as questões de unificação entre estas religiões, uma analise comparativa da vida de Zoroastro com a de Jesus Cristo. 2 A vida do profeta e surgimento do Zoroastrismo No Irã (região onde sugiu o Zoroastrismo) a religião que havia era politeísta, os Persas serviam a muitos deuses. Eles adoravam aos astros e espécies de animais e acreditavam eles serem estes seres divinos, e os dividia em duas classes: ahuras (senhores) e daivas (deuses), ambas positivas. Mas surgiu no período do final do séc. VII ou inicio do séc. VI, um profeta chamado Zoroastro que reformou a religião Persa de politeísta para monoteísta. Há muita divergência em relação ao período da existência do profeta. Algumas culturas defendem a ideia de que ele existiu seis mila nos antes da nossa era; outros afirmam ser comtemporâneo de Nino, doze séculos antes de Jesus. Não há certeza quanto datas, mas sabe-se que os gregos já conheciam as doutrinas do Zoroastro. Baseados numa única palavra de uma inscrição assíria alguns estudiosos concluem vivera Zoroastro aos 1000 a. C. mas as duas maiores autoridades no assunto, Casatelli e Jackson, após penosas investigações, declararam correta a data tradicional 650- 583 a. C. (POTTER. 1944, p.85 ). Uma das maneiras de descobrir a origem e a forma de vida de Zoroastro é através do Avesta livro sagrado do Zorastrismo, e este é formado por Gathas que são cânticos ou salmos. Segundo Jean-Michel Angebert (1976, p. 79), este afirma que sua mãe recebeu a visita de um anjo, da mesma forma como Maria foi visitada pelo anjo Gabriel, Mateus 1:18-20; também de acordo com o mesmo, no texto da Vulgata que relata o nascimento virginal de Jesus poderia ser uma cópia da religião do Irã, dessa forma lançando dúvidas sobre a autenticidade e veracidade do Cristianismo. Em relação com os ensinos do Zoroastrismo, seu profeta teria nascido de uma virgem com natureza semidivina. Não sabe-se dizer corretamente em relação à sua juventude, mas de acordo com Potter (1944, p. 86), ele foi entregue aos sete anos para um mestre e que aos quinze anos, como rito da época, ele assumiu a maioridade. Zoroastro mais ou menos aos quartoze anos ele já mostrava grande sabedoria, confundindo até os doutores da lei de sua época, da mesma forma como os evangelhos relatam sobre Jesus no períodoinfância impressionava. Não se sabe sobre a vida do período dos quinze aos trinta anos de idade, esses anos se comparam com os ―dezoito anos de silêncio de Cristo‖ de Jesus. Algumas tradições afirmam que neste período de ―silêncio‖, ele esteve no deserto em meditação. Em relação a Stella (1971, p. 10) declara que aos vinte anos ele entregou-se a meditação no deserto quando o espírito Vohu Mano, o levou a suprema divindade Ahura Mazda. Aos vinte anos retirou-se do mundo para se entregar a meditação. Um espírito, Vohu Mano, o levou perante a divindade suprema, Ahuramazda, que lhe fêz a revelação e colocou em suas próprias mãos o livro sagrado, o Avesta. Ahura Mazda ao chamar Zoroastro para sua missão, o constituiu «Pastor dos Pobres». (STELLA. 1971, p. 10,11). A tradição declara que neste período de meditação ele vivia em uma caverna, com apenas um único queijo milagroso que tinha o poder de refazer- se, Potter (1944, p. 87, 88) afirma que o profeta foi um dos primeiros a refletir sobre os problemas humanos. Mas no decorrer da sua jornada no deserto após o chamado, veio o diabo para tentar-lhe no deserto; ele lutara contra os sues desesperos íntimos, um conflito emotivo tão profundo que o mal parecia aparecer-lhe pessoalmente. ―Não cederei!‖ exclamava, agoniado. ―Êste grande demônio das trevas será conquistado pelo deus da luz‖. ― Partirei e pregarei à minha gente, dizendo-lhes que os seus antigos deuses do terror e da superstição são apenas agentes do grande Demônio da Falsidade, Angra Mainya, e avisando-lhe que os assaltos ao nosso pobre gado pelos turanianos são feitos sob a inspiração daquele Gênio do Mal. Mas a proclamarei também que se aproxima o dia em que Angra Mainya será completamente vencido po Ahuramazda, o Deus supremo da Luz e da Verdade‖. (POTTER. 1944, p. 89). Aos trinta anos iniciou seu ministério público, mas com as novas ideias reformistas em uma região politeísta causou um certo conflito com os costumes religiosos antigos. De acordoTatsch (2008, p. 120) Zoroastro partiu na sua caminhada em busca de refúgio, em suas andanças encontrou abrigo em uma tribo no território da rainha Hutuosa e seu marido, Vishtaspa, que logo convertera-se as novas ideias e foi grande protetor e amigo do profeta. A conversão de Vishtaspa foi de grande influência à propagação da religião, ele era um grande monarca para o leste do Irã. A religão é composta por alguns itens que foram essenciais para a compreesão do Zoroastrismo, existe o Avesta que é onde se encontra os ensinos e doutrinas, este é composto da maneira de cânticos que são chamdos de Gathas, estes são os documentos mais antigos e autorizados e apresentam um traço tão vivo do profeta, que não é lícito consirera-lo um mito. Ao longo dos séculos, um conjunto de preceitos reuniu-se aos cânticos formando o Avesta: Yasna (sacrifícios), Yasht (hinos às divindades), Vendidad (regras de pureza), Visperad (liturgia), Nyayishyu e Gâh (orações), Khorda ou Pequeno Avesta (orações cotidianas), Hadhõkht Nask (livro das Escrituras), Aogemadadêchã (instruções sobre o além), e o Nirangistãn (regras culturais). (TATSCH. 2008, p. 132). Os seguidores do Zoroastrismo acreditam que todas as escrituras revelam diferentes aspectos da religião, devendo ser cultuadas, independente do período de sua elaboração. Quem aceitava o Zorastrismo era chamado de masdeíta. Landers (1986, p. 57) afirma que ―A religião masdeísta conta com poucos fiéis hoje cem mil na Índia e, talvez, dez mil no Irã.‖; a religião zoroastriana não é uma religião missionária, o Zoroastrismo é uma religião para quem nasceu em seu seio. 3 O surgimento do Judaísmo, Cristianismo e o monoteísmo Antes do Cristianismo já existia o Judaísmo, que era quem profetizava um Messias parao seu povo; de acordo com Taylor (1955, p. 16) Deus é o fundador tanto do Judaísmo quanto do Cristianismo. Por isto será importante a compreensão de ambas. Landers (1986, p. 57) declarando que o masdeísmo é de interesse histórico mais foi o Judaísmo que trouxe a expressão do monoteísmo através do povo de Israel. A maioria da religiões tinham suas crenças em vários deuses. Taylor (1955, p. 16) declara: Seu monoteísmo ético, progressivamente, era o reflexo, em vida humana, do caráter e propósitos divinos. Na plenitude dos tempos, após revelar-se por séculos num povo, Deus concretizou e consumou esta revelação em seu Filho. O Cristianismo é Cristo, profetizado, historiado e interpretado. Ambas religiões iniciaram-se quando Abraão por motivos inexplicáveis foi escolhido por Deus para representar seu povo entre os homens, e o Senhor disse: ― Em ti serão benditas todas as nações‖ (Gênesis. 12:3). O Senhor vinha confirmando sua aliança com o filho de Abraão e seu neto Israel. E de geração à geração a aliança vinha sendo afirmada. O povo ficou em cativeiro no Egito, após a morte do bisneto de Abraão, o José; Deus levantou um líder para libertar Seu povo do cativeiro, Ele estabeleceu Seu povo sob a liderança de Moisés. De acordo com Landers (1986, 58) a aliança no tempo de Moisés ficou em forma de lei. Os cultos em Israel assemelhava-se, em alguns aspectos exteriores, ao culto dos povos vizinhos, por exemplo: festivais, sacrifício, sacerdócio. Israel tornou-se um forte nação sob a liderança de Davi. Este reino durou quatro séculos, apesar de ameaças à casa de Davi. A história do povo de Israel é relatada nas Escrituras; para os judeus segundo Taylor (1955, p. 25) ―A Bíblia de Jesus é nosso Velho Testamento, sem acréscimo, sem apócrifos. ‗Tôda Escritura é inspirada por Deus.‘ ‖, continuando o pensamento de Landers (1986, p. 26) este utiliza o verso ―Aquele Espírito de verdade… vos guiará a toda verdade.‖ João 16.13, para afirmar que Cristo prometera o Novo Testamento, formando assim a Bíblia Sagrada dos cristãos. No judaísmo esperava-se uma Messias, haviam profecias que indicavam sua vinda. Mas este Messias viria para salvar a nação judaica na concepção do judaísmo; e na concepção do Cristianismo veio para salvar a humanidade. Jesus Cristo profeta do Cristianismo não foi aceito como Messias para os judeus. Landers (1986, p. 63) declara ―Conforme o Evangelho Segundo Mateus, magos do Oriente (provavelmente zoroástricos) também visitaram o berço do menino Jesus. Em Jesus cumpriu as esperanças das nações.‖, ele afirma o contato de Jesus com masdeístas e mostrando que Jesus veio salvar todas as nações. Nos dias de Jesus, o judaísmo dividiu-se entre os saduceus e fariseus. Para Taylor (1955, p. 19, 20) os saduceus passaram a não acreditar em anjo, espírito, ressureição ou qualquer Escritura senão o Pentateuco; já os fariseus ou puritanos, zelosos pela Lei e pelas tradições acreditavam em todo o Velho Testamento; no Cristianismo há algumas divisões, a igreja católica romana. Há várias seitas católicas, algumas delas são nacionais, e também há entre os ortodoxos e protestantes suas ramificações. Assim o Judaísmo não é uma religião que cresce, mas resistente e persistente. Enquanto muitos judeus tem abandonado sua religião para engajar-se nas várias formas de secularismos, mas ainda persistem sinagogas espalhadas em vários países, inclusive o Brasil. O Cristianismo tem crescido cada vez mais pelo mundo, ele é mais interessado nas pessoas e em sua conversão; o Brasil é um dos países onde há maior presença do Cristianismo. 4 Elementos de unificação entre Cristianismo e o Zoroastrismo Para muitos historiadores existe uma grande similiaridade entre Cristo e Zoroastro, ele afirmam que o Zoroastrismo teve uma influência sobre a vida de Cristo e no Cristianismo. Desde o nascimento que estes grandes personagens de sua respectiva religão tem semelhanças. De acordo com Stella (1971, p. 70) o nascimento de Jesus foi miraculoso, Lucas 1:2. O anjo anunciou a Maria que daria à luz um filho, concebido pelo Espírito Santo e Filho de Deus. E Zoroastro (660-583 a.C.), teve também o seu nascimento sobrenatural. A glória de Ahura Mazda transmitiu-se à jovem que veio a ser sua mãe, com 15 anos de idade. Inúmeras maravilhas se realizaram com a jovem. A vida do menino foi miraculosamente preservada muitas vezes. Na conversação, quando menino, Zoroastro já manifestava sua sabedoria, maravilhando a todos pela sua inteligência poderosa, face as outras crianças da mesma idade. Após o nascimento de Jesus, houve uma visita de três magos que trouxeram alguns presentes, estudiosos afirmam que estes magos seriam zoroastriano. A visita de gentios devotos para adorar o rei recém-nascido se enquadra perfeitamente nesse evangelho do rei e, portanto, só é registrada aqui. Ocorreu talvez meses após nascimento, quando a sagrada família ainda residia em Belém. Os magos compunham uma classe erudita da Pérsia, ou ligada à religião zoroastriana, como sarcedotes, ou à prática da astrologia. (UNGER, 2006, p. 377). Segundo Potter (1944, p. 98) a expressão ―Homens Sábios‖ na Bíblia foi traduzida para o grego por ―magi‖ dando a entender que os viajantes seriam sacerdotes zoroastrianos. Não admira pois que a cristandade primitiva se rejubilasse com a hidtória de êsses sacerdotes do velho credo tazerem aos pés do Menino Jesús preciosos presentes de ouro, incenso e mirra, talvez exprimindo-lhes a esperança de ser a criança Saoshyant ou o Salvador, tão longamente esperado pelo zoroastrianismo. (POTTER. 1944, p. 99). Um outro fator idêntico entre ambos foi o momento da tentação. Segundo Stella (1971, p. 70) Zoroastro foi tentado por Angra Mainyu (espírito mal) ao iniciar seu ministério público, ele tentou dissuadi-lo do seu propósito. Assemelhando-se a Cristo ao iniciar seu ministério público foi conduzido ao deserto aonde foi tentado pelo diabo, mas o venceu. Atribui-se aos dois fundadores de suas religiões uma natureza divina. Zoroastro teve origem sobrenatural, e é, juntamente com Deus, Ahura Mazda e outros sêres canônicos, dignos de adoração religiosa. Foi Zoroastro o mais sábio de todos os sêres em perfeição e em santidade. Pré-existiu 3.000 anos antes do seu nascimento físico, vivendo durante êsse espaço de tempo com os arcanjos. Jesus é considerado divino, Filho de Deus, sem pecado e com atributos iguais a Deus e ao Espírito Santo. Jesus fêz referencia a sua pré-existência: «Antes que Abrão fosse eu sou», João 8:58. (STELLA. 1971, p. 71). Para os historiadores o Cristianismo deve ao Zoroastrismo algumas ideias e doutrinas. Uma delas é a ideia da existência do diabo, ele afirma que quando o povo hebreu foi para cativeiro babilônico há três anos antes da morte de Zoroastro. Um cuidadoso investigador da Bíblia, dotado da menor parcela de senso histórico, é forçado a reconhecer o fato irrfutável de haverem os hebreus tomado emprestado o diabo dos zoroastrianos. Os judeus foram conduzidos ao cativeiro em Babilônia no ano 586 a.C., três anos antes da morte de Zoroastro. Antes do cativeiro êles não tinham demônio algum em sua teologia. Cicoenta naos mais tarde, Ciro o Zoroastriano, conquista os babilônios e permite aos judeus voltarem a sua própria pátria. Durante dois séculos, até o advento de Alexandre, o Grande, foram êles governados por reis zoroastrianos. (POTTER. 1944, p. 97, 98). Um exemplo para esta afirmação do Potter (1944, p. 98) é o texto de segundo Samuel cápitulo vinte quatro, verso um da Bíblia, afirmando uma comparação com o texto pós-exílio escrito em primeiro Crônicas vinte um, verso um; mostrando a contradição no pensamento dos hebreus, mostrando que antes do exílio não havia crença em diabo e após o exílio eles já escreveram uma crença no ―Adversário‖ para os hebreus odiabo. Muitas outras ideias provieram do império Persa afirma Potter (1944, p. 99) a ressureição dos mortos, a vitória sobre o demônio, o advento do messiânico Filho do Homem, o Juízo final com a separação de justos e bons. Zoroastro foi o primeiro a conceder ao próprio homem o livre-arbítrio, a responsabilidade por seus atos e pensamentos. Também foi pioneiro ao contemplar o julgamento individual baseado na ética pessoal. Como resultado desse juízo, pode-se chegar ao paraíso ou ao inferno. Segue-se a ressurreição do corpo e, finalmente, o Julgamento Final. Esses preceitos se tornariam comuns a muitas outras religiões, como o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. (TATSCH, 2008, p. 119). Assim ambos acreditando na liberdade de escolha, e como consequência desta maneira de juízo, alguns chegariam ao inferno ou ao paraíso. Nascimento (1998, p. 16) ―O homem é livre para escolher entre os dois senhores e os dois caminhos. Há um Céu como recompensa pela justiça praticada na Terra, e um Inferno como punição para os que forem conrruptos.‖ E igualmente ao Zoroastrismo o Cristianismo acredita que a cupa da existência do mal não pode ser colocada nEle. Tatsch (2008, p. 124) assim também afirma: […] não se pode culpar Ahura Mazda pela origem do mal ou pela direção tomada por Angra Mainyu, pois o drug (natureza) antecede a própria criação do espírito. Em sua sabedoria, onipotência e bondade, o Senhor Supremo já antevia qual seria a opção dos filhos. Realmente existe uma semelhança entre o Cristianismo, que prega a existência de Deus e do diabo, e o diabo escolheu a ignorância e a maldade, ele é o originou a morte. Esta é uma luta entre o bem e o mal. Outra situação que pode-se refletir entre ambas religiões são os livros sagrados e em ambos existe diretrizes para uma cerimônia batismal e uma ceia sagrada. A similiaridade até na crença de um rei salvador, para o Cristianismo o Messias e para o Zoroastrismo chamado Saoshyante, o qual trará juízo em sua vinda. A doutrina da vida após a morte para os zoroastrianos estaria ligada a crença dos cristão. Segundo Fillho (1994, p. 127) apresenta o Zoroastrismo acreditando que no homem há a parte carnal e espiritual; no momento da morte o corpo se decompõe e na ressureição ele seria restaurado de forma transfigurada. E ainda Filho (1994, p. 127) considera uma esperança que todo cristão tem ― Não se recebe medo algumda morte; como a imagem no espelho nem se compara com o próprio objeto, assim também a morte nada é diante da vida futura.‖. O mesmo autor também afirma a forma de vencer as tentações do espírito maligno com a oração. Dentre estes pensamentos, Taylor (1955, p. 33) declara que há alguma ideia de graça de Deus em Zoroastro, nas partes mais antigas do Avesta. Monloubou e Buit (2003, p. 628) acreditam em uma possível referência a Ahura Mazda na Bíblia: Israel e Persia. Ciro foi muito favorável aos judeus exilados na Babilônia; seus sucessores fizeram a mesma coisa com os repatriados. Ahura-Mazdâ teve talvez certa semelhança com Javé, chamado ―Deus do céu‖ na titulagem oficial (Esdra 7:21). Por sua vez Revelação pôde utilizar certos dados iranianos sobre desenvolvimento da doutrina dos demônios. Dentre as semelhanças de ambas religões há a crença em um Deus Supremo, no livre-arbitrio, na salvação e ressurreição, na vinda de um salvador que trará juízo, a crença em um espírito maligno que o Deus destruirá, na oração como fonte de força espiritual para vencer as tentações e até ideias de graça. 5 CONCLUSÃO Em relação ao monoteísmo o Cristianismo ainda mantém esta ideia, já o masdeísmo segundo Taylor (1955, p. 36) ―Zoroastro promovia a moral austera. Mas seus adptos abraçaram os deuses que êle repudiara e os reis da Pérsia apoiaram a religião corrompida.‖; após a morte de Zoroastro a religião se tornou corrompida, que tipo de confiança merece uma religão como esta? Como o Zoroastrismo nega a entrada de pessoas que não são descendentes do meio deles? Após algumas pesquisas Nascimento (1998, p.15) afirma que: Para que podemos visualizar os movimentos calculados do inimigo de Deus, as diversas formas de culto do passado assemelhando-se ao Cristianismo são armadilhas para engodar os incautos. A pesquisadora Tatsch (2008, p. 119) afirma que ―Essa religião influenciou — direta ou indiretamente — outras crenças religiosas, entre elas o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.‖; alguns pesquisadores afirmam que o Cristianismo é influenciado pelo Zorastrismo, simplismente pelo fato de haver o Zoroastrismo ter surgido muito antes do Cristianismo, mas o Judaísmo do qual o Cristianismo surgi, já existia há muitos anos antes de Zoroastro nascer. O ser humano é um ser inteligente e que precisa ter certeza aonde sua esperança está fundamentado. Havia uma espécie de culto a Mitra como afirma Filho (1994, p. 132), estava ligado ao culto fogo principal ocupação dos sacertotes, Mitra seria o deus que havia matado a serpente, símbolo do gênio do mal. Tatsch (2008, p. 121, 122) afirma que ―[…] já Mithra era o ‗contrato‘; o deus do Sol, o maior dos fogos, aquele que acompanhava o astro durante seu trajeto diário; a ‗lealdade‘. Ambos receberam o título de ahura, que significa ‗deus‘, ‗senhor‘.‖. Diante das declarações da forma de crença e adoração ao deus Sol, as adequações religiosas à tradições humanas a qual desintregou o monoteísmo, afirma-se o pensamento de Nascimento (1998, p. 15): O Zoroatrismo é mais uma daquelas religiões pagãs que têm muitos pontos semelhantes ao Cristianismo. Fato que levaria os racionalistas e naturalistas dos nossos dias a fazer da religião de Jesus Cristo, uma evolução do sincretismo religioso antigo. Realmente há um inimigo ou um espírito maligno que procura distorcer a religião universal, da qual afirma Stella (1975, p. 85, 86): O Cristianismo tem características que o revelam como a Religião Universal. É a religião que encara o indivíduo, seja quem for, homem ou mulher, grande ou pequeno, rico ou pobre, livre ou escravo, sábio ou ignorante, feliz ou desgraçado, e procura resolver os seus problemas complexos: materiais, sociais, intelectuais, morais e especialmente espirituais, no presente e no futuro. Se outras podem resolver alguns dêsses problemas, o Cristianismo, não como uma religião, mas a religião, tem poder para esta tarefa divina. O Cristianismo satisfaz a todas as aspirações da alma, na vida presente e na vida futura. O Cristianismo sim é a religião da qual o ser humano necessita, ela mantém a sua fundamentação, que são as Escrituras, imutável; ela não muda porque o Deus que a inspirou a mantém viva na vida do ser humano ao escuta- la. Há dois caminhos e a liberdade de escolha, mas somente Cristo nos concede a tão sonhada salvação na qual se fundamenta o Cristianismo. O Cristianismo satifaz as aspirações da alma no presente e no futuro. REFERÊNCIAS ANGEBERT, Jean-Michel. 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