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FACULDADE DE CIÊNCIAS EDUCACIONAIS CAPIM GROSSO CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO ANÁLISE SWOT CAPIM GROSSO-BA JUNHO/2021 FRANK ERIC SOUZA SILVA ANÁLISE SWOT Artigo, apresentado ao Curso de Graduação em Administração, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração, Faculdade de Ciências Educacionais Capim Grosso. Professor orientador: Thiago Rosa Jordão CAPIM GROSSO-BA JUNHO/2021 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................ 05 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 06 ANÁLISE SWOT DO DEP ADM E FINACEIRO DA SEMUS .......................... 12 Pontos fortes levantados ................................................................................. 14 Pontos fracos levantados ................................................................................ 16 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 19 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 21 TEMA: ANÁLISE SWOT FRANK ERIC SOUZA SILVA1 RESUMO Este artigo é uma aplicação da ferramenta de SWOT como meio de desenvolvimento estratégico na Secretaria Municipal de Saúde de Andorinha – BA, especificamente no Departamento da Diretoria Administrativa e Financeira, analisando as formas de utilização desta ferramenta nos seus quatro aspectos. Através da análise foi possível constatar suas oportunidades e ameaças no ambiente externo e suas forças e fraquezas no ambiente interno e através dos resultados, proporcionar aos gestores parâmetros para elaboração de estratégias para obter melhor desempenho nas atividades organizacionais na Secretaria de Saúde. O estudo iniciou-se através de pesquisa bibliográfica sobre os conceitos da ferramenta SWOT e de que maneira a mesma pode ser aplicada nas organizações, independente de qual segmento seja. O objetivo principal deste estudo é demonstrar a eficácia e a importância da ferramenta no setor público, permitindo verificar os resultados obtidos, auxiliando a administração pública a aplicar novas metodologias que otimizem o tempo, o custo e beneficamente possam trazer bons resultados para a organização. PALAVRAS CHAVE: SWOT. Setor Público. Planejamento. Estratégias. Secretaria de Saúde. 1 E-mail: franksecsaude@gmail.com 5 1. INTRODUÇÃO Hoje, a maioria das organizações se dedicam ao planejamento estratégico, isto começou a ganhar importância, não apenas no setor privado, mas também nas organizações que atuam no setor público e no terceiro setor. Pensamentos estratégicos e planejamento estratégico tornaram-se mais importantes diante da globalização. A característica mais importante da gestão estratégica é que ela forneça a oportunidade para uma organização de analisar seu próprio status e o ambiente externo. A gestão estratégica amplamente utilizada no setor privado também se tornou indispensável para o setor público. Os propósitos peculiares da gestão pública apresentam um entendimento de serviço diferente em comparação ao setor privado, pois a gestão pública geralmente não tem fins lucrativos em seus serviços deve chamar a atenção e solucionar os problemas sociais. Uma das dificuldades da administração pública é o aprimoramento das estruturas burocráticas que valorizem e enfatize a importância do planejamento como ferramenta no processo de tomada de decisão. A análise SWOT é uma importante ferramenta para tomada de decisões, pois através dela é possível analisar aspectos importantes em quatro pontos que podem ser utilizadas no planejamento dentro das organizações para o desenvolvimento e aplicação de metas que possam elevar a organizacional e trazer melhores resultados. Este estudo foi aplicado no Departamento da Diretoria Administrativa e Financeira da Secretaria Municipal de Saúde de Andorinha – Bahia, com o propósito de identificar os seus pontos fortes, pontos fracos, suas oportunidades e fraquezas, na perspectiva de auxiliar a gestão pública na compreensão de dados que possam nortear e auxiliar na execução do planejamento estratégico. A pesquisa demonstra que a aplicação da análise SWOT é de grande importância para o desenvolvimento das atividades, pois possibilita a identificação das competências e das variáveis dos quatros aspectos perante o mercado onde a mesma está inserida. Com essas informações a Secretaria de Saúde terá condições de definir suas estratégias e atingir os seus objetivos. Esta pesquisa é importante, visto que é uma das habilidades a serem desenvolvidas por discentes que cursam Administração, sendo uma oportunidade de 6 pôr em prática competências e técnicas obtidas no decorrer do curso fundamentais para desenvolver processos que resultem em resultados positivos e inovadores. Para atingir tal objetivo, foi utilizada como metodologia a pesquisa de estudo bibliográfico em sites, livros, artigos acadêmicos e pesquisa de campo. 2. REFERENCIAL TEÓRICO Criada por Kenneth Andrews e Roland Cristensen, professores da Harvard Business School, e posteriormente aplicadas por inúmeros acadêmicos, a análise SWOT estuda a competitividade de uma organização segundo quatro variáveis: Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Oportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Através destas quatro variáveis, poderá fazer-se a inventariação das forças e fraquezas da empresa, das oportunidades e ameaças do meio em que a empresa atua. A análise da Matriz SWOT é uma ferramenta essencial para uma organização, pois é através dela que a empresa consegue ter uma visão clara e objetiva sobre quais são suas forças e fraquezas no ambiente interno e suas oportunidades e ameaças no ambiente externo, dessa forma com essa análise é possível realizar planejamentos para obter vantagens competitivas e evitar situações que venham prejudicar a vida da empresa. É possível utilizar a análise SWOT para aproveitar ao máximo que se tem para melhor vantagem de uma organização. É possível através da análise, reduzir chances de fracasso, entendendo o que está faltando e eliminando perigos que de outra forma, o pegariam desprevenido. A função da análise SWOT é compreender fatores influenciadores e apresentar como eles podem afetar a iniciativa organizacional, levando em consideração as quatros variáveis citadas (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças), com base nas informações obtidas a empresa poderá elaborar novas estratégias. Para a constatação de forças e fraquezas, oportunidades e ameaças advêm sempre dos resultados de uma análise combinada, na qual as condições internas devem ser sobrepostas e confrontadas com as situações do ambiente de negócios da empresa (YANAZE, 2007). 7 Tabela 1 – Matriz SWOT Fonte: adaptado CHIAVENATO e SAPIRO (2003, p. 188). É algo relativamente trabalhoso de produzir, contudo a prática constante pode trazer ao profissional uma melhor visão de negócios, afinal de contas, os cenários onde a empresa atua estão sempre mudando. O ambiente externo permite que a organização possa conhecer e monitorar suas oportunidades (pontos positivos da organização que auxilia para o crescimento da vantagem competitiva) e suas ameaças (pontos negativos da organização que auxilia para a compreensão da vantagem competitiva). Para Bethlem (2009) o ambiente externo exerce muita influência no desempenho da empresa. Desta forma, a empresa precisa realizar uma análise das ameaças e oportunidades, que só é possível a partir de um conhecimento prévio do ambiente em que ela atua ou deseja atuar. Qualquer análise das ameaçase oportunidades com que uma empresa depara deve começar com um entendimento do ambiente externo em que ela atua. O ambiente externo consiste de tendências amplas, no contexto em que uma empresa opera, que podem ter impacto nas escolhas estratégicas dessa empresa. Kotler e Keller (2007) ainda citam alguns fatores internos da empresa que devem ser verificados ao se realizar uma análise de forças e fraquezas. Entre eles, 8 estão a reputação da empresa, a eficiência na determinação do preço, a cobertura geográfica, a estabilidade financeira, as instalações, a capacidade de produção e a liderança. Ao término das análises dos ambientes externo e interno, terá sido concluída a Análise SWOT. “O papel da estratégia, nessa busca, é primeiro o de focalizar a atenção em áreas definidas pela estratégia e, em segundo lugar, o de excluir as possibilidades não identificadas que sejam incompatíveis com a estratégia”. Menciona (CONTREAS, 2002, p.27). Atualmente o termo Estratégia é um dos assuntos mais debatidos e utilizados nas organizações, é possível perceber que não existe uma uniformidade em sua essência, pois esse termo pode ser utilizado de diversas maneiras e situações, os gestores que tem como dever defini-la da maneira a implantá-la em suas organizações. O Sucesso que define uma estratégia boa de uma estratégia ruim, esse é o seu elemento fundamental. A Empresa precisa ter um objetivo definido a ser alcançado para direcionar a sua estratégia, por isso é necessário ter três definições: Visão, Missão e Objetivos. De acordo com Rezende (2008), as forças ou pontos fortes da organização são as variáveis internas e controláveis que propiciam condições favoráveis para a organização em relação ao seu ambiente. São características ou qualidades da organização, que podem influenciar positivamente o desempenho da organização. Os pontos fortes devem ser amplamente explorados pela organização. Consideramos uma grande força da organização o know how da empresa na sua área de atuação. É fato importante dentro do ambiente competitivo diferencia a empresa de seus concorrentes e de eventuais novos entrantes. Soma-se a isto o rápido poder de mobilização operacional, o que permite que a empresa responda rapidamente às necessidades do mercado (PEREIRA, et al., 2002). Para Martins (2007), são os aspectos mais positivos da empresa em relação ao seu produto, serviço ou unidade de negócios, devem ser fatores que podem ser controlados pela própria empresa e relevantes para o planejamento estratégico. As forças são fatores internos positivos que a empresa tem total controle, e devem ser explorados ao máximo para que a empresa mantenha-se com um bom 9 As fraquezas são consideradas deficiências que inibem a capacidade de desempenho da organização e devem ser superadas para evitar falência da organização (MATOS, MATOS, ALMEIDA, 2007). Conforme Martins (2007), são aspectos mais negativos da empresa em relação ao seu produto, serviço ou unidade de negócios. Devem ser fatores que podem ser controlados pela própria empresa e relevantes para o planejamento estratégico. Para a análise do ambiente externo deve-se avaliar por exemplo, a mudança de hábitos do consumidor, surgimentos de novos mercados, diversificação, entrada de novos concorrentes, produtos substitutos (CHIAVENATO e SAPIRO, 2003). Segundo Cobra (2003), o ambiente externo envolve uma análise das forças macro ambientais (demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais) e dos fatores micro ambientais (consumidores, concorrentes, canais de distribuição, fornecedores). Procura identificar duas coisas: oportunidades e ameaças. Oportunidades e ameaças existem fora da empresa, independente de forças e fraquezas. Oportunidades e ameaças ocorrem tipicamente dentro dos ambientes competitivo, do consumidor, econômico, político/legal, tecnológico e/ou sociocultural (FERRELL e HARTLINE, 2009). Para Daychouw (2010) O ambiente externo pode representar oportunidades ou ameaças ao desenvolvimento do plano estratégico de qualquer organização. A empresa deve estar atenta ao ambiente externo, pois ele influi diretamente nos fatores internos da organização. É de extrema importância porque através desta análise o gerente pode identificar oportunidades e ameaças e poderá desenvolver estratégias para tirar proveito das oportunidades e minimizar ou superar as ameaças da empresa. São situações, tendências ou fenômenos externos, atuais ou potenciais, que podem contribuir para a concretização dos objetivos estratégicos (CALLAES, BÔAS, GONZALES, 2006). Para Martins (2007), oportunidades são aspectos mais positivos do produto/serviço da empresa em relação ao mercado onde está ou irá se inserir. São fatores que não podem ser controlados pela própria empresa e relevantes para o planejamento estratégico. As oportunidades para a organização são as variáveis externas e não controladas, que podem criar as condições favoráveis para a organização, desde que a mesma tenha condições ou interesse de utilizá-las (REZENDE, 2008). 10 Martins (2006) considera as oportunidades como chances que uma empresa tem para atender seus clientes, suprindo uma ou mais necessidades não satisfeitas pelo mercado, analisando as possibilidades de êxito do novo negócio. As oportunidades estão ligadas a lucratividade da empresa, pois podem ampliar sua receita. As oportunidades refletem a realidade externa da empresa e devem ser observadas, pois elas influem tanto no ambiente externo quanto interno da organização. A oportunidade na maioria das vezes influi positivamente no ambiente interno. Oferecem para a empresa chances de lucratividade a partir da identificação de novos mercados e clientes, no entanto, é necessária a verificação das condições e viabilidade da organização para utilizar tais oportunidades como estratégia competitiva. As ameaças são situações ou fenômenos externos, atuais ou potenciais, que podem prejudicar a execução de objetivos estratégicos (CALLAES, BÔAS, GONZALES, 2006). Ameaças são aspectos mais negativos do produto/serviço da empresa em relação ao mercado onde está ou irá se inserir. São fatores que não podem ser controlados pela empresa e são relevantes para o planejamento estratégico (MARTINS, 2007). Para Morais (2008), as ameaças são as forças externas que podem impactar no sucesso da empresa, tal como a competição, a capacidade operacional e o custo de aumentos dos bens. De acordo com Martins (2007), ameaças: são atividades que podem levar a empresa para uma redução de receita ou até mesmo a seu desaparecimento. Estão ligadas aos concorrentes e novos cenários, desafiando a atual estratégia do empreendimento. Para evita-las devem ser analisados seus graus de possibilidade de ocorrerem e níveis de gravidade. Ameaças são fatores do ambiente externo que impactam diretamente na empresa e não podem ser controlados, eles podem prejudicar seu desenvolvimento e acarretar em perca de posicionamento de mercado. Portanto, devem ser analisados no planejamento estratégico da empresa. Foram encontrados na literatura diversos trabalhos que utilizam a Análise SWOT, muitas vezes em conjunto com outros métodos, na busca de compreender melhor uma realidade e identificar oportunidades de melhoria, ou de desenvolver trabalhos futuros mais aprofundados. No Brasil, podem-se citar trabalhos aplicados a diferentes setores e contextos: Scheidegger et al. (2015), em um restaurante universitário; Sousa & Silva (2015), no setor têxtil; Hennig et al. (2012), no 11 setor fitness; Souza et al. (2010), no setor de fast food; Bornia et al. (2007), em empresa de software; e Michelon et al. (2006), no setor de alimentos e bebidas. No exterior também se encontram diversos estudos que utilizam a Análise SWOT, tais como: Kurttila et al. (2000), aplicado à certificação florestal; Markovskaet al. (2009), em desenvolvimento de energia sustentável; Zhang & Chen (2013), na indústria de reciclagem; e Dzonzi-Undi & Li (2015), em regulação ambiental e segurança na indústria de mineração de carvão. Portanto, a Análise SWOT é uma ferramenta que vem sendo aplicada a diferentes contextos, desde serviços, como fitness, até a indústria extrativista. Cruz et al. (2015) afirmam que nenhum método atenderá todos os quesitos durante a realização de uma análise, mas que esse fator depende principalmente da profundidade da análise, posição do negócio e das necessidades do tomador de decisão. Queiroz et al. (2012) afirmam que, a partir das análises realizadas com a SWOT, a organização pode perceber com clareza o que deve ser modificado, quais medidas devem ser tomadas e que estratégias devem ser adotadas para que a empresa atinja seus objetivos e metas. Melo et al. (2010) destacam as dificuldades identificadas por executivos de um grande grupo atacadista brasileiro na Análise SWOT: mais dificuldade de identificar as forças do que aquilo que percebem como errado na organização; assumir que executivos sempre têm as informações e o conhecimento que lhes permitem perceber as forças ou fraquezas da organização; a implementação da estratégia depende do poder e da influência das pessoas envolvidas, portanto, deve ser concentrada com os diretores; efeitos descritos como fraquezas, porém sem identificação das causas. Alguns estudiosos têm desenvolvido pesquisas a fim de aperfeiçoar a ferramenta da Análise SWOT. Al-Araki (2013) apresenta dois frameworks a partir da SWOT, os quais podem ser utilizados em separado ou em conjunto com a ferramenta original para identificar o como e o porquê das coisas. Pai et al. (2013) desenvolveram um mecanismo de Análise SWOT baseado em ontologia que utiliza a estrutura de informação de avaliações eWOM (experiências compartilhadas online por consumidores sobre compra e utilização de produtos e serviços) para revelar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma empresa. Gao & Peng (2011), por sua vez, investigaram um novo método de análise SWOT quantificada baseado 12 no método multicritério de apoio à decisão a fim de fornecer um apoio à decisão mais eficaz e flexível e melhorar a usabilidade da ferramenta. 3. ANÁLISE SWOT DO DEP ADM E FINACEIRO DA SEMUS Diante da experiência vivenciada, foi possível perceber a complexidade nos processos que regem a Saúde Pública municipal de Andorinha – BA. O ambiente no qual se deu o estágio tem suas potencialidades, entretanto há pontos que devem ser observados para obtenção de melhores resultados, principalmente diante do mundo globalizado, com acervo e disponibilidade de outros recursos que podem fortalecer os processos, tornando-os mais eficazes, mas para isso é necessário o aprimoramento das habilidades técnicas e adoção de novas práticas, em consonância coma a legalidade, como rege um dos princípios da administração pública. É importante ressaltar a aplicação do planejamento estratégico, que vise não somente atender as funções da administração, mas também entender, vivenciar e discutir os estágios que antecedem a elaboração deste planejamento. Através do planejamento estratégico é possível perceber as necessidades da equipe, da organização e da clientela a qual a mesma atende para buscar as estratégias necessárias para desenvolver um trabalho mais adequado a sua rotina, buscando desenvolver a formação de seus integrantes e atender de forma cada vez mais eficiente a demanda do seu consumidor ou usuário de seus serviços. “Cabe ao planejamento prover o sistema de tomada de decisões de dados, das informações e dos conhecimentos necessários para que, em cada momento dos cursos das ações, promova-se a melhor conciliação possível entre o que o decisor conhece acerca da realidade que pretende transformar, os objetivos que impulsionam e os instrumentos da ação: os meios e os recursos disponíveis.” (QUEIROZ, 2011, p.121). Para assegurar a eficácia e eficiência nas instituições há necessidade de se introduzir alterações na estrutura de gestão que permitam identificar e trabalhar os seus pontos fortes e fracos que contemplam as forças, fraquezas, ameaças e oportunidades. Para Porter (1986) os pontos fortes e fracos são os perfis de ativos e as qualificações em relação à concorrência, incluindo recursos financeiros, postura 13 tecnológica e identificação de marca. As ameaças e oportunidades definem o meio competitivo com seus riscos consequentes e recompensas potenciais. Nesta perspectiva, através do quadro abaixo foi possível realizar a análise de SWOT na Secretaria Municipal de Saúde de Andorinha nos seguintes aspectos: Aspectos favoráveis Aspectos favoráveis P e rs p e c ti v a I n te rn a FORÇAS FRAQUEZAS • Ações da administração pública pautas em leis e normas; • Participação de representantes dos vários segmentos da sociedade civil, que formam o Conselho Municipal de Saúde; • Equipe de profissionais multidisciplinares; • Comunicação descentralizada; • Departamentos informatizados; • Organização de arquivos e documentos classificados e armazenadas de forma correta; • Imóvel com boa localização; • Reuniões de estratégias com Secretários e Coordenadores, para definir metas e objetivos institucionais; • Apoio do Departamento Jurídico na promoção e orientação nos diversos processos administrativos; • Uso do celular como ferramenta de apoio as atividades laborativas. • Consumo excessivo de papéis; • Inexistência de Sistema de infomação eficaz; • Não cumprimento da carga horária total; • Falta de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida; • Dificuldade no acompanhamento das metas e objetivos; 14 P e rs p e c ti v a E x te rn a OPORTUNIDADES AMEAÇAS • Implantação do relógio de ponto para controle eficaz da jornada de trabalho; • Investimento em treinamento de pessoal e novas tecnologias para agregar mais eficiência e agildidade nos processos públicos; • Desenvolvimento de Planejamento estratégico, salientando a importância de ser elaborado por pessoas familiarizadas com os pontos fortes e fracos da organização, envolvendo também, todos os atores da mesma, para detectar os problemas existentes e os que poderão surgir no decorrer desta implantação. • Mudança na legislação que rege a contratos e licitações; • Descrédito da população na atual gestão; • Forças políticas contrárias. 3.1 Pontos fortes levantados 1 - Leis e normas, como as ações da administração pública são pautadas na constituição federal e demais leis que regem seus atos públicos, isto possibilita que o comportamento dos servidores e a aplicação de recursos destinados para finalidades específicas, sejam gerenciados e aplicados de forma transparente a favor da coletividade, com legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficácia. Através das normativas constitucionais os municípios e seus gestores são obrigados a trabalharem rigorosamente de forma organizada, com a realização de planejamentos de curto, médio e longo prazo, com o cumprimento de metas, realização de ações em prol do bem comum e do desenvolvimento econômico e 15 social, com a prestação de contas e a responsabilidade fiscal, onde estabelece ações para prevenir riscos e corrigir desvios que possam afetar o equilíbrio das contas públicas, podendo em situações extremas responder judicialmente por atos de improbidade administrativa; 2 - Participação de representantes dos vários segmentos da sociedade civil, que formam o Conselho Municipal de Saúde, com encontros mensais para acompanhamento e avaliação do processo de execução dos planos, do orçamento e do cumprimento de metas, em função dos resultados de impacto na saúde da população geral e dos gruposde riscos, no âmbito das responsabilidades e atribuições legais do Gestor. Caso o gestor, por qualquer motivo deixe de assumir qualquer das suas funções, cabe ao Conselho, dentro das suas atribuições, e esgotadas todas as possibilidades de convencimento e parceria, mobilizar forças sociais e instituições, o Poder Legislativo, o Tribunal de Contas, e o Ministério Público, visando o bom cumprimento de todas as funções da Gestão; 3 - Equipe de profissionais multidisciplinares, com habilidades técnicas de acordo a suas funções, experientes, com relacionamento interpessoal coerente e harmonioso, transparecendo um ambiente saudável, com espírito de equipe unida; 4 - Comunicação descentralizada, havendo uma relação direta entre líder e liderado, assim facilitando o relacionamento interpessoal do funcionário com a liderança, pois o mesmo tem a liberdade para ir até o seu superior expor seus anseios e junto com ele resolve-lo. De acordo com Matos (2009) a comunicação empresarial é a relação da empresa com seu público interno e externo, ela envolve um conjunto de procedimento e técnicas destinados ao processo de comunicação e de transmissão de informações sobre os seus desempenhos, resultados, missão, objetivos, metas, projetos, processos, normas, procedimentos, instruções de serviços etc. É uma solução estratégica de gestão, que, se for bem aproveitada, pode garantir um funcionamento com integração, coesão e produtividade na empresa. Ou seja, a comunicação tem todo potencial pra ser uma vantagem competitiva ou um enorme problema. 5 - Departamentos informatizados, viabilizando a redução de custos na utilização de ferramentas que substituem parte do trabalho manual, proporcionando maior eficiência e abrangência nos processos, economizando tempo, evitando falhas consideráveis e gerando maior segurança as informações; 16 6 - Organização de arquivos e documentos classificados e armazenadas de forma correta, de fácil identificação, localização e acomodados de forma a garantir a sua vida útil. De acordo com Sousa; Araújo Júnior (2015), a classificação de documentos de arquivo tem três objetivos: manter o vínculo arquivístico, fundamentar a avaliação e a descrição e possibilitar a recuperação da informação contida nos documentos de arquivo. 7 - Imóvel com boa localização onde está instalada a Secretaria Municipal de Saúde, facilitando o acesso das pessoas que necessitam do serviço prestado por esta instituição; 8 - Reuniões de estratégias com Secretários e Coordenadores, para definir metas e objetivos institucionais, afim de socializar responsabilidade e promover ações relevantes para o bom desempenho da instituição; 9 - Apoio do Departamento Jurídico na promoção e orientação nos diversos processos administrativos que são gerados para formalização de aquisição de materiais, bens ou serviços, dentro do que tange os princípios legais; 10 - Uso do celular como ferramenta de apoio as atividades laborativas, representando diminuição das despesas com telefones fixos e fazendo com que a informação chegue mais rápido através dos grupos de whatssap da instituição. 3.2 Pontos fracos levantados 1 - Consumo excessivo de impressões para inicialização dos processos no departamento. Como a área pública é muito rigorosa e exige que determinadas etapas sejam executadas e diversos documentos sejam reunidos para formalização de um processo, consequentemente há um número de impressões muito grande, apesar do uso da digitalização em alguma situações, o que prevalece ainda é uso físico de documentos gerando um grande fluxo de papéis; 2 - Inexistência de sistema de informação que possa auxiliar no controle eficaz dos dados que são processados dentro do departamento, principalmente na área de compras. Na Secretaria de Saúde, não há um controle eficaz da entrada e saída de materiais. O gerenciamento dessas informações são feitos em uma planilha no programa Microsoft Excel, que requer mais atenção e dedicação do colaborador para que as informações estejam de acordo com a realidade, porém como a colaboradora 17 que utiliza este meio, não tem domínio total do programa, outros recursos e ferramentas automáticas que poderiam melhorar a eficácia, agilidade e fidelização das informações, deixa a desejar. Um sistema de Controle de Estoque eficiente permite que a organização identifique produtos que estejam em falta ou em quantidade reduzida para a sua demanda. Isso permite que compras equivocadas ou desnecessárias sejam evitadas, dando mais inteligência ao gasto de recursos e reduzindo, consequentemente, o prejuízo. Segundo Gasnier, Banzato, Carillo, Mendes, Tomaselli e Moura (2007, p. 196). “Existem diversas alternativas de procedimentos para inventários, cada uma mais adequada às diferentes necessidades, recursos e exigências existentes”. A gestão de estoques é um fator preponderante para o sucesso ou fracasso de uma empresa e no setor público não é diferente, a falta de dados concretos da realidade de um estoque, pode acarretar prejuízos significativos na gestão pública, que podem ser evitados com técnicas, tecnologias e aperfeiçoamento profissional. Ter profissionais capacitados e sistemas que auxiliem no controle de estoques é um fator relevante para o sucesso, neste contexto seria necessário um software específico que pudesse gerenciar todas as demandas geradas no setor de compras e almoxarifado da Secretaria, até mesmo porque essas informações servem como base para o planejamento do ano seguinte, caso aja um desencontro de informações, o prejuízo na máquina pública pode ser irreparável. 3 – Foi possível observar que parte dos servidores lotados na Secretaria de Saúde detém de uma jornada de trabalho muito flexível, a ponto de ser considerada um fator negativo para os serviços prestados à população. O horário de funcionamento do setor ocorre das 8 horas às 16 horas, com 1 hora para intervalo de almoço, de segunda à sexta-feira. Contabilizadas as horas, em média os servidores da Secretaria trabalham em torno de 35 horas semanais. O fato é que mesmo com o horário flexível, não há pontualidade no início e nem no fim da jornada laboral, por vezes foi possível presenciar servidores chegando até 25 minutos atrasados e saindo antes do horário previsto, sem que houvesse compensação da carga horária e isto reflete negativamente para aqueles que procuram o serviço de saúde, mesmo se tratando de um setor administrativo, afinal com a jornada de trabalho reduzida, há menos tempo para desenvolver uma gama demandas diariamente encontradas no referido departamento. Segundo o Secretário de Saúde, para minimizar essa situação, 18 a Secretaria estaria implantando o controle de frequência através de um relógio de ponto digital; 4 – Falta de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. Se tratando de uma Secretaria de Saúde, apesar do imóvel está bem localizado, o mesmo não dispõe de uma estrutura adequada para atender a diversidade de pessoas que procuram do serviço no setor. A entrada do imóvel é por meio de uma escada, não tendo rampas de acesso para cadeirantes, ou pessoas com a mobilidade reduzida. Em situações que um paciente nestas condições procurem o setor, é necessário que um servidor se dirija até a parte externa da Secretaria, para realizar o atendimento desejado, gerando constrangimento para o mesmo. 5 – Falta do acompanhamento das metas e objetivos. Foi possível observar que não há um acompanhamento do planejamento e dos pontos traçados no planejamento realizado pela Secretaria. Observa-se que em algumas situações as demandas vão surgindo, e conforme necessidade as mesmas são executadas. Se houvesse o acompanhamento do planejamento, seria possível prever situações que colocasse o todo o sistema em risco. Essas atividades de planejamento são necessárias tanto para mensurar os resultados obtidos, quantopara avaliar o andamento dos objetivos globais e específicos da empresa, por meio do acompanhamento de metas e indicadores. O planejamento constitui a primeira das funções administrativas, vindo antes da organização, da direção e do controle. Planejar significa interpretar a missão organizacional e estabelecer os objetivos da organização, bem como os meios necessário para a realização desses objetivos com o máximo de eficácia e eficiência. (CHIAVENATO, 2004 p. 209). Sendo assim, percebe-se que a gestão estratégica é um processo que dirige a organização, viabiliza a realização das atividades em conjunto para atingir objetivos estratégicos. Através da gestão estratégica e do planejamento, pode-se solucionar ou precaver todos os problemas da organização, sejam elas públicas privadas. A análise SWOT, do ponto de vista estratégico, é um importante mapa de rotas para estratégias de gestão e poderá ser utilizado pela Secretaria de Saúde como ferramenta de apoio. Por meio da gestão estratégica, será possível medir a si mesma. Isto apresentará seus pontos fortes e fracos. Desta forma, a organização poderá ver objetivamente quais objetivos podem alcançar ou quais não podem. Essa totalidade 19 fornece uma gestão e organização razoáveis e orienta o pessoal a agir de acordo com os objetivos da organização. Se as instituições públicas que realizam análises de status de os recursos físicos, humanos e econômicos devidos pela organização aplicam a gestão estratégica de forma eficaz, eles podem usar seus recursos de forma ativa e eficaz. Se as organizações sem pontos de vista estratégicos não podem definir claramente seu propósito de sua presença, eles não podem ter a visão para criar seus objetivos. Portanto, a gestão estratégica permitirá o estabelecimento de uma estrutura organizacional, a fim de evitar quaisquer deficiências ou flutuações futuras, e assim acompanhar o novos desenvolvimentos e resposta às expectativas sociais. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante o estudo foi constatado que a Secretaria Municipal de Saúde não aplica diretamente a análise SWOT, não conhecendo de fato suas potencialidades, franquezas e oportunidades, correndo risco de comprometer todo o serviço prestado para população, pelo fato de não poder prever os fenômenos externos que podem prejudicar na execução dos objetivos estratégicos. Foi constatado a necessidade da implantação da ferramenta de análise SWOT, visto seu papel fundamental na definição das estratégias e planos de ação. Pode se perceber o quanto é necessário à sua aplicabilidade, sendo um instrumento importante para qualquer tipo de organização, principalmente no setor público. Realizada a análise SWOT e colocando-a em prática, a Secretaria de Saúde será capaz de observar as vantagens e os pontos fracos da organização de maneira mais transparente, podendo assim tomar decisões que irão ajudar no desenvolvimento, no alcance das metas, dos objetivos e na prestação de serviços com mais qualidade, eficiência e fidelização dos princípios legais que regem administração pública, necessários para garantir a atuação de processos aprimorados que atribuam mais qualidade ao serviço prestado aos cidadãos andorinhenses, utilizando-se de uma ferramenta básica do planejamento estratégico nas organizações. Conclui-se com base nos resultados obtidos que a utilização da ferramenta SWOT, permitirá minimizar os problemas relacionados as suas fraquezas que 20 impactam diretamente no ambiente interno e externo desta Secretaria, mas para isso os seus gestores deverão se atentar na elaboração do plano de ação para levantamento dos dados, afim de equilibrar e melhorar os seus processos internos, investimentos, qualificações técnicas que resultem na excelência dos serviços prestados a toda sociedade de Andorinha-BA. 21 REFERÊNCIAS FERNANDES, I. et al. Planejamento Estratégico: Análise SWOT. Três Lagoas-MS, 2013. Disponível em: <http://www.aems.com.br/conexao/edicaoatual/sumario2/downloads/2013/3/1.pdf. Acesso em: 01 de junho, 2021, às 19h32min. KWASNIKA, Eunice Lavaca. Introdução à Administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da Administração. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 1993. LUZ – Planilhas Empresariais. GUIA rápido Análise SWOT. 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